MINICARTILHA DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA - LEIS 10639/03 E 11645/08 Espero que esta pequena cartilha ajude a todos a compreender melhor a vida desses nossos povos que são tão discriminados, desvalorizados e desrespeitados em toda a sua plenitude. Que nós professores possamos dar a nossa parcela de contribuição nas escolas com o intuito de acabarmos com os preconceitos, principalmente contra nós, afrobrasileiros, africanos e indígenas. Laércio LEIS 10639/03 E 11645/08 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003 Mensagem de veto: Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos: 26-A, 79-A e 79-B. "Art. 26-A: Nos estabelecimentos de ensinos fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. 1º - O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política, pertinentes à História do Brasil. 2º - Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar; em especial, nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileira. 3º - (VETADO)". "Art. 79-A: (VETADO)". "Art. 79-B: O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra ". Art. 2º: Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182º ano da Independência e 115º ano da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008 Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º: O art. 26-A, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 26-A: Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. 1º: O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. 2º: Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar em especial, nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. (NR) Art. 2º: Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 10 de março de 2008; 187º ano da Independência e 120º ano da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Fernando Haddad Este texto não substitui o publicado no DOU, de 11.3.2008. ORIGENS RESUMO DA NOSSA HISTÓRIA Os africanos mandados para o Brasil pertenciam principalmente a dois grandes grupos: os oeste-africanos (antigamente chamados de Sudaneses) e os Bantu. Os Bantus, nativos de Angola, Congo e Moçambique foram mandados em larga escala para o Rio de Janeiro, Minas Gerais e para a zona da mata do Nordeste. Os sudaneses, nativos da Costa do Marfim e de influência mulçumana foram mandados em grande número para a Bahia. Outros grupos étnicos menores vindos da África são o Yoruba, Fon, Ashanti, Ewe e outros grupos nativos de Gana, Benim e Nigéria. Há hoje no Brasil um número expressivo de africanos, na maioria, proveniente dos países lusófonos, fazendo cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado nas universidades brasileiras, muito usufruindo de bolsas concedidas pelos próprios órgãos financiadores do nosso governo (CAPES, CNPQ e outros). RAIZ AFRO-BRASILEIRA O termo Afro-Brasileiro designa tanto pessoas, quanto objetos e cultura oriundos da vinda de negros escravos africanos para o Brasil. O Brasil tem a maior população de origem africana fora da África. Segundo o IBGE, os autodeclarados pretos representam 6,3% e os pardos 43,2% da população brasileira, ou seja, oitenta milhões de brasileiros. Tais números são ainda maiores quando tomamos por base estudos genéticos: 86% dos brasileiros têm algum grau de ascendência africana. Os genes africanos no povo brasileiro variam de 10 a 100% da ancestralidade. Portanto, devido ao alto grau de miscigenação, brasileiros com ascendência africana podem ou não apresentar traços de fisionomia negra. A maior concentração de afro-brasileiros se dá no Estado da Bahia, onde 80% da população é de ascendência africana.
RAÇAS Em 1758, o botânico sueco Carolus Linnaeus criador do atual sistema de classificação dos seres vivos deu à humanidade o nome científico de Homo Sapiens, e a dividiu em quatro subespécies: os vermelhos americanos, "geniosos, despreocupados e livres"; os amarelos asiáticos, "severos e ambiciosos"; os negros africanos, "ardilosos e irrefletidos", e os brancos europeus, evidentemente, "ativos, inteligentes e engenhosos". Estava aberta a discussão sobre a existência de raças humanas e o valor de cada uma. HISTÓRIA DA ÁFRICA, DOS POVOS AFRO-BRASILEIROS E AFRICANOS CRIANÇAS: FALAS, VIVÊNCIA E SOCIALIZAÇÃO SUGESTÕES PARA OS 2º, 3º E 4º ANOS Como conhecer os novos amiguinhos através dos símbolos: As competências e habilidades: dominar as leituras através dos símbolos para distinguir e associar os seus significados. As competências e habilidades: Reconhecimento e percepção das diferenças e igualdades, através da linguagem dos símbolos para o desenvolvimento de uma postura ética e convivência respeitosa em meio à diversidade cultural e religiosa. ATIVIDADE I: OBSERVANDO AS DIFERENÇAS Na sala de aula existem muitos coleguinhas. Todos são iguais, mas com algumas diferenças. 1 Peça para os seus alunos observarem os coleguinhas na sala: falarem a cor dos olhos, a cor dos cabelos e a cor da pele. 2 Mande-os desenhar quatro coleguinhas da turma e escrever quais são as diferenças entre eles. 3 Fale para as crianças observarem as figuras abaixo e escreverem os nomes dos coleguinhas que se parecem com as figuras. ATIVIDADE I: Que alegria estarmos de volta às aulas. Vamos conhecer os novos amiguinhos e rever os amiguinhos que já estavam em nossa turma no ano passado. 1 Em uma folha de papel, faça uma lista com os nomes dos amiguinhos da turma. 2 Ao lado de cada nome, escreva a fruta que seu(sua) coleguinha mais gosta. Ex.: Luizinho gosta de... Antônia gosta de... ATIVIDADE II: Vamos conversar com os coleguinhas lembrando-nos da fruta que cada um mais gosta: 1 Cada uma das crianças dirá seu nome em voz alta e todos falarão o nome da fruta que mais gosta. 2 Destes desenhos, recorte a fruta que você mais gosta e cole-o em seu caderno. ATIVIDADE II: PERCEBENDO AS IGUALDADES 1 Mande entrevistar cinco coleguinhas com as seguintes perguntas: a) Qual o docinho que você mais gosta? b) Qual é o sabor de sorvete que você mais gosta? c) Qual é a posição preferida que você mais gosta de fazer as suas orações? Obs.: Fale antes de todas as religiões existentes, converse sobre a essência de cada uma delas e quais os povos que vivem as religiões. ATIVIDADE III Circular o desenho da criança que não pratica as virtudes da fraternidade e da igualdade proposta por todas as religiões. 3 Escreva, ao lado da fruta, as características que ela tem (azeda, doce, dura, mole, grande ou pequena...). Obs.: Apesar das características, sabores, cores e formatos diferentes, todas são frutas. DIVERSIDADE E IGUALDADE
ESTUDO DA HISTÓRIA DOS POVOS AFROS E AFRICANOS NA SALA DE AULA SUGESTÕES PARA OS 5º, 6º, 7º, 8º E 9º ANOS O BRASIL E A ÁFRICA SE IDENTIFICAM CULTURALMENTE EM VÁRIOS ASPECTOS Para se trabalhar nas seguintes disciplinas (interdisciplinar): Geografia: a localização da África; Educação Artística: as artes e a cultura africana; Educação Física:jogo de capoeira; Literatura Brasileira: produção de textos, poesias e sessão literária; História Brasileira: Brasil colonial. ATIVIDADE I: Localizar a África e o Brasil no mapa do mundo (planisfério). Levar um mapa do mundo para a sala de aula; Falar para os alunos localizarem o Continente Africano; Pedir para eles localizarem no mapa um país africano ou desenhar a bandeira de algum país também africano; Pedir para as crianças falarem o que já conhecem ou sabem sobre os povos africanos e afrobrasileiros, por exemplo: comida, futebol, capoeira, ritmos e batuques, entre outros; Criar frases para comemorar a união entre Brasil & África; Apresentar (expor) as frases no mural da escola. ATIVIDADE II: O Sincretismo nos Ritos Africanos Sincretismo significa fusão de culturas diferentes, ou divergentes em um só elemento, não perdendo os sinais originários. Logo que chegaram ao Brasil como escravos, os negros tiveram muita dificuldade para expressar sua religiosidade em vista da hegemonia religiosa dos homens brancos. Por esta razão, os escravos negros tiveram que adaptar seus costumes e crenças religiosas aos costumes e crenças dos seus donos católicos em sua maioria. A religião dos africanos era considerada estranha, com várias divindades, feitiçarias, danças e músicas místicas. Para preservar suas tradições advindas de religiões primitivas, os negros comparavam os santos católicos com as divindades de sua cultura: os Inquices, os Voduns ou os Orixás, como são mais conhecidos nos dias de hoje. Este entrelaço de ritos fez acontecer um sincretismo religioso até hoje existente no Brasil. UMBANDA E CANDOMBLÉ RELIGIÃO Embora a maioria dos escravos trazidos da África tenha sido convertida ao Catolicismo, algumas religiões de origem africana conseguiram sobreviver, seja através de prática secreta como é o caso do Candomblé, Xangô do Nordeste e outros, ou através do sincretismo religioso como Batuque, Xambá e Umbanda (por exemplo). A prática do sincretismo foi conveniente, particularmente pelo fato de que os escravos ganharam o direito a se reunirem em irmandades. Além da participação nas irmandades, o sincretismo se manifestou igualmente pela tradição de batizar os filhos e casar-se na Igreja Católica. Segundo o IBGE, 0,3% dos brasileiros declaram seguir religiões de origem africana, embora um número maior de pessoas siga essas religiões de forma reservada. São as religiões de matriz africana, afro-brasileira que se desenvolveram em nosso país. Existe nelas uma cultura cheia de elementos que foram trazidas por estes povos das várias religiões existentes na África. RESUMO UMBANDA Surgiu no Brasil no período de 1920. Apesar de suas origens negras, valoriza as influências católicas, não se importando com o sincretismo. É uma religião aberta a todos. Por isso, é considerada como religião brasileira, de fato. Nas práticas atuais, os seguidores da Umbanda deixam oferendas de alimentos, velas e flores em lugares públicos para os espíritos. CANDOMBLÉ Preocupa-se mais em manter suas origens africanas e chegou ao Brasil entre 1549 e 1888 com a chegada dos negros. Seus praticantes procuram manter a integridade da cultura trazida pelos escravos e tentam evitar o sincretismo. O Candomblé é uma religião muito rica musicalmente. ATIVIDADE Identificar os vários símbolos e marcar os que estão relacionados às religiões de matriz africana. HABILIDADES Perceber e reconhecer as religiões de matriz africana e indígenas com seus cultos, aspectos, características, respeitando e valorizando as identidades de cada povo, cada um com as suas próprias diferenças e maneiras de viverem nesta rica pluralidade chamada Brasil. PROPOSTAS: Pesquisar no Google as divindades do Candomblé e da Umbanda e suas relações com os santos católicos; Conversar sobre o que aprenderam dessa relação; Elaborar cartazes ou painéis com imagens de santos, Orixás, nomes e o que eles representam.
QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DO NOSSO POVO? Trabalhar o étnico-racial e o étnico-cultural através de murais, colagens de pessoas e as diferentes culturas existentes em nosso País os quilombos/quilombolas e indígenas: HABITAÇÃO Como se caracterizam as experiências com o espaço o sentido de próximo/distante; grande/pequeno? Onde moram e como moram os habitantes deste território? Como são construídas as casas? Identificam-se técnicas específicas? Quais influências (heranças culturais) podem ser reconhecidas? Quais os materiais mais utilizados? As casas foram planejadas? Quem as construiu? Que áreas ocupam? Quanto aos espaços comuns, como caracterizá-los? Há serviços básicos, como água, esgoto, luz, correio, endereço? Que outros serviços existem? fábricas, comércios, distribuidoras, bibliotecas, praças? CORPO/VESTUÁRIO MÚSICA A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura das músicas portuguesa, indígena e africana, que produz uma grande variedade de estilos. A música brasileira foi fortemente influenciada pelos ritmos africanos, como é o caso do samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, lambada e o maxixe. Embora se tenha mantido por muitos anos na marginalidade, a música afrobrasileira ganhou notoriedade em meados do Século XX, até tornar-se o estilo musical mais difundido no Brasil. Como os membros dessas comunidades/territórios movimentam seus corpos no cotidiano e nas festas? Que experiências corporais possuem? Há esportes ou danças que marcam a vida comunitária? Que gestos e gingas são mais usados, e em que circunstâncias? Quais as influências identificadas de outros povos e culturas nessa experiência corporal? O FREVO Dia 14 de setembro é Dia do Frevo dança que cativa multidões e faz o corpo "frever". O nome frevo foi registrado na imprensa, pela primeira vez, em 12 de fevereiro de 1908, no Jornal Pequeno, editado em Recife. Mais que uma dança, uma música contagiante. Suas origens remetem a lutas, resistência e "camuflagem". Pernambuco, berço do frevo, registrou revoluções como a Praieira e a Guerra dos Mascates. Os pernambucanos queriam o nacionalismo, a expulsão dos portugueses, a república, a libertação dos escravos. No final do século XIX e início do século passado, o frevo surgiu como camuflagem da luta dos capoeiras. Além disso, nos desfiles carnavalescos, alguns capoeiristas iam à frente para defender os músicos das multidões, dançando ao ritmo dos dobrados. A dança adquiriu características próprias nascendo muito mais da improvisação que já levaram à catalogação de mais de 120 passos (chamados pernadas, giro parafuso, dobradiça, tesoura, sacarrolha etc., envolvendo gingados, malabarismos, rodopios, passinhos miúdos e muitos outros, vários oriundos da capoeira). A coreografia, individual, denota também a mistura de danças de salão da Europa, incluindo o balé e os malabarismos dos cossacos. A sombrinha de frevo é outra herança dos capoeiras, que utilizavam porretes ou cabos de velhos guarda-chuvas como armas em conflitos entre grupos rivais. A música tem relação com as executadas pelas bandas militares e as fanfarras de metais e com as marchas, dobrados, maxixes, quadrilhas e tangos. A década de 30 foi um marco para dividir o ritmo em Frevo de Rua, Frevo-Canção e Frevo de Bloco. A orquestra do frevo é, geralmente, formada por uma requinta, três clarinetas, três saxofones, três pistões, oito trombones, dois hornos, três tubos, dois taróis e um surdo. AS CONGADAS O congado, também chamado de congo ou congada, é uma dança que representa a coroação do Rei de Congo, país africano de onde vieram muitos negros para serem escravos no Brasil. Ela é uma mistura de costumes católicos com ritmos africanos em movimentos variados, acompanhada de um cortejo compassado, cavalgadas, levantamento de mastros e músicas. As alegorias utilizadas são ornamentadas com muitas cores. O ponto alto da congada é a coroação do Rei de Congo, e os instrumentos musicais tradicionalmente utilizados nessa festa são: a cuíca, a caixa, o pandeiro e o reco-reco. As congadas, com seu sincretismo, são festejadas em várias regiões do Brasil, geralmente no mês de outubro por ocasião da festa de Nossa Senhora do Rosário e outros santos. ATIVIDADE: Ritmo e Forma Pesquise sobre instrumentos tradicionais das congadas: cuíca, caixa, pandeiro e reco-reco. Reunir turma e com materiais simples encontrados em casa e com a orientação da(o) professor(a) de Artes confeccionar esses instrumentos de percussão com materiais de sucata e criar um evento na escola através do qual o ritmo das congadas poderá ser apresentado. Jogando com Cores Lembrando as cores das congadas, vamos utilizar fitas ou tiras de papel de vários tons. Cada educando receberá uma fita (poderá receber cores repetidas). A partir do aprofundamento do texto, o(a) professor(a) elaborará várias perguntas sobre o tema e escolherá uma cor para respondê-la. Esta atividade poderá ser adequada para dois grupos, em forma de jogo. O grupo que acertar mais respostas ganhará o jogo. Ao final do jogo, as fitas ou tiras coloridas poderão ser fixadas em um mural da sala de aula ou varais, marcando, deste modo, a construção de mais um conhecimento. A(o) professora(o) poderá enriquecer a aula levando CDs com ritmos de congada e figuras que demonstrem esta bonita festa de origem africana que se transformou em cultura brasileira.
Observação: as cores da congada são: vermelho, azul, amarelo, verde, branco enfim, todas as cores. Duas cores se destacam mais do que as outras, o branco e azul, porque representam as cores do céu, manto de Nossa Senhora do Rosário. ALIMENTAÇÃO COZINHA A cozinha brasileira deriva em grande parte da cozinha africana, mesclada com elementos da cozinha indígena e portuguesa. Na Bahia, principalmente, pratos como vatapá e moqueca são típicos da culinária afro-brasileira. A feijoada é o prato nacional do Brasil. É basicamente a mistura de feijões pretos, carne de porco e farofa. Começou como um prato português que os escravos negros modificaram: os donos de escravos davam as partes pobres do porco aos escravos e estes misturavam estas partes com feijão e farinha. Como se alimentam? Há falta, desperdício ou abundância de alimentos? Quais são as comidas prediletas das distintas gerações? Como distribuem e compram os alimentos? A comunidade produz alimentos industrializados ou agrícolas? Que relações podem ser estabelecidas entre as comidas e o calendário de festas? BIBLIOGRAFIA: Transcendente, O Jornal religioso; www.imagensafro.com.br; www.figurasreligiosas; As leis 10.639/03 e 11.645/08 De Saberes, Rede Professor José Laércio Ramos Fone: 3722-9876 / 9409-6155 E-mail: laercioze@gmail.com BRINCADEIRAS Identificar quais as principais brincadeiras, observando as regras de cada uma, se as mesmas são iguais nas comunidades e na cidade. ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E SOCIAL Identificar se estes grupos buscam, na organização social e política, responder coletivamente aos desafios existentes. Observar se, nestas comunidades, as leis são justas ou injustas, e o que eles veem como permitido e não permitido. Como os grupos vivenciam as regras sociais? CURAS E REZAS Quais os tipos de remédios utilizados na cura? São naturais (à base de ervas e plantas) ou tradicionais (industrializados, farmacêuticos)? Como produzem seus remédios? Para eles, o que representam as ervas e plantas medicinais? A cultura negra em sala de aula Educação não tem cor Com discussões e projetos bem elaborados, é possível combater o preconceito racial que existe, sim, na escola. Está em suas mãos, professor, o sucesso dessas crianças, negras e brancas, como alunas e cidadãs. Exemplo: na Escola, Classe 16, no Gama (DF). Roseane Souza de Queirós, 8 anos, tem os cabelos lisos e claros, mas queria que eles fossem trançados e escuros como os da colega de sala de aula, Juliana Francisca de Souza Claudino, uma garota negra, também de 8 anos. Um dia, apareceu com o mesmo penteado afro. A atitude de Roseane surpreendeu.
MINICARTILHA LEIS 10.639/2003 E 11.645/2008 SUGESTÕES E ATIVIDADES PROFESSOR JOSÉ LAÉRCIO RAMOS