ILICITUDE CONCEITO:É a relação de antagonismo, contrariedade que se estabelece entre o fato típico e o ordenamento.

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Transcrição:

ILICITUDE CONCEITO:É a relação de antagonismo, contrariedade que se estabelece entre o fato típico e o ordenamento. Exclusão de ilicitude (tipos permissivos) Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito Excesso punível Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.

ESTADO DE NECESSIDADE CONCEITO Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.

Perigo atual Perigo deve ameaçar direito próprio ou alheio Perigo não provocado pelo agente Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo REQUISITOS Inevitabilidade da conduta Razoabilidade do sacrifício 24 2 CP Conhecimento da situação justificante

Próprio Protege bem próprio ESPÉCIES Terceiro Protege bem de terceiro Real Existe a situação de perigo Putativo O perigo é imaginário ( descriminante putativa)

CONCEITO: LEGITIMA DEFESA Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Existência de uma agressão Agressão injusta Atual ou iminente Direito próprio ou de terceiro REQUISITOS Meios necessários Moderação Elemento Subjetivo

Doloso O agente responde pelo resultado que produzir EXCESSO Culposo O agente responde por crime culposo OBS: O EXCESSO DOLOSO OU CULPOSO TAMBÉM É APLICÁVEL ÀS DEMAIS EXCLUDENTES DE ILICITUDE

EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO CONCEITO: Atuação do agente dentro dos limites conferidos pelo ordenamento legal Leg. Def. Ofendículos Exerc. Reg Direito ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL CONCEITO: O agente atua nos estrios limites de um dever legal

CONSENTIMENTO DO OFENDIDO DESCRIMINANTES PUTATIVAS Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Descriminantes putativas 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

CULPABILIDADE Coação irresistível e obediência hierárquica Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem Inimputáveis Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento Menores de dezoito anos Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial

Emoção e paixão Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: I - a emoção ou a paixão II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento

INIMPUTABILIDADE Embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior INIMPUTABILIDADE Doença Mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado Menoridade Dependência de substância entorpecente

Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. MENORIDADE Menores de dezoito anos Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. DISTÚRBIOS MENTAIS Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de pena

Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado : REQUISITOS Ao tempo da ação ou omissão era inteiramente incapaz de entender e de auto - determinar-se Semi imputabiliade: A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinarse de acordo com esse entendimento.

EMBRIAGUEZ FORMAS Não acidentais Patológica Voluntária Culposa Preordenada Acidental DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado. Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a necessidade de encaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de saúde com competência específica na forma da lei, determinará que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta Lei.

Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA

Art. 14 - Diz-se o crime: Crime consumado ITER CRIMINIS COGITAÇÃO PREPARAÇÃO EXECUÇÃO - CONSUMAÇÃO I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; Tentativa II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena de tentativa Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

COGITAÇÃO O agente está apenas pensando em cometer o crime. É impunível. PREPARAÇÃO Compreende a prática de todos os atos necessários ao início da execução Ex: Alugar uma casa, onde será mantido em cativeiro a vítima. OBS: O crime de quadrilha ou Bando é uma Exceção (art. 288 CP) Circunstâncias alheias - Tentativa EXECUÇÃO Começa a agressão ao bem jurídico. Vontade própria Desistência Voluntária / Arrependimento Eficaz Consumação EXECUÇÃO CONSUMAÇÃO Todos os elementos do tipo são realizados.

Crimes permanentes A consumação se prolonga no tempo. Ex: Sequestro Crimes Qualificados pelo resultado A consumação ocorre no momento em que ocorre o resultado qualificador. TENTATIVA: CONCEITO: iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. CONSEQUÊNCIA: Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. CLASSIFICAÇÃO: IMPERFEITA OU INACABADA O agente não pratica todos os atos de execução PERFEITA OU ACABADA OU CRIME FALHO- O agente pratica todos os atos executórios BRANCA - O agente não atinge o bem jurídico / CRUENTA- O bem jurídico é atingido

Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Arrependimento posterior Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. Crime impossível Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.

CONCURSO DE PESSOAS Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Circunstâncias incomunicáveis Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Casos de impunibilidade Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.

Classificação dos crimes a) Monossubjetivos ou de concurso eventual: podem ser cometidos por um ou mais agentes; b) Plurissubjetivos ou de concurso necessário: só podem ser praticados por uma pluralidade de agentes em concurso; Autoria a) Teoria objetivo-formal: Somente é considerado autor aquele pratica o verbo, ou seja, o núcleo do tipo legal. b) Teoria do domínio do fato: Autor é aquele que detém o controle final do fato, dominando toda a realização delituosa, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias. Formas de concurso de pessoas a) Teoria unitária ou monista: Todos os que contribuem para a prática do delito comento o mesmo crime, não havendo distinção quanto ao enquadramento típico entre autor e partícipe.

b) Teoria dualista: Há dois crimes, quais sejam, um cometido pelos autores e um outro pelo qual respondem os partícipes. c) Teoria pluralista ou pluralística: cada um dos participantes responde por delito próprio, havendo uma pluralidade de fatos típicos, de modo que cada partícipe será punido por um crime diferente. Código Penal: Regra: (art. 29, caput) teoria unitária ou monista; Exceção: art. 29, 2 - teoria pluralista ou pluralística. a) Co-autoria: Todos os agentes, em colaboração recíproca e visando ao mesmo fim, realizam a conduta principal; b) Participação: Partícipe é quem concorre para que o autor ou co-autores realizem a conduta principal, ou seja, aquele que, sem praticar o verbo (núcleo) do tipo, concorre de algum modo para a produção do resultado. Elementos: vontade de cooperar e cooperação efetiva.

Punibilidade Participação de menor importância pena reduzida de um sexto a um terço ( 1, art. 29). Desvios Subjetivos: Autor principal comete delito mais grave do que o pretendido pelo partícipe partícipe deve responder pela conduta realizada nos limites de seu dolo ( 2, art. 29). Participação sucessiva: mesmo partícipe concorre para a conduta principal de mais de uma forma. Conivência ou participação negativa: o sujeito, sem ter o dever jurídico de agir, omite-se durante a execução do crime, quando tinha condições de impedi-lo. Participação por omissão: o sujeito, tendo o dever jurídico de agir para evitar o resultado, omite-se intencionalmente, desejando que ocorra a consumação. Participação impunível: o fato principal não chega a ingressar em sua fase executória (art.

Requisitos Pluralidade de condutas; Relevância causal de todas elas; Liame subjetivo ou concurso de vontades Conceitos finais: Autoria colateral: mais de um agente realiza a conduta, sem que exista liame subjetivo entre eles. Autoria incerta: Não se sabe quem foi o causador do resultado na autoria colateral. Autoria ignorada: não se consegue apurar quem foi o realizador da conduta;

Autoria Mediata Ocorre quando o agente se serve de outra pessoa, sem condições de discernimento, para realizar, por ele, um fato típico. coação moral irresistível; obediência hierárquica; provocação de erro inevitável; utilização de inimputável

CULPABILIDADE Coação irresistível e obediência hierárquica Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem Inimputáveis Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento Menores de dezoito anos Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial

Emoção e paixão Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: I - a emoção ou a paixão II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento

INIMPUTABILIDADE Embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior INIMPUTABILIDADE Doença Mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado Menoridade Dependência de substância entorpecente

Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. MENORIDADE Menores de dezoito anos Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. DISTÚRBIOS MENTAIS Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de pena

Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado : REQUISITOS Ao tempo da ação ou omissão era inteiramente incapaz de entender e de auto - determinar-se Semi imputabiliade: A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinarse de acordo com esse entendimento.

EMBRIAGUEZ FORMAS Não acidentais Patológica Voluntária Culposa Preordenada Acidental DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado. Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a necessidade de encaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de saúde com competência específica na forma da lei, determinará que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta Lei.

Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA

Art. 14 - Diz-se o crime: Crime consumado ITER CRIMINIS COGITAÇÃO PREPARAÇÃO EXECUÇÃO - CONSUMAÇÃO I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; Tentativa II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena de tentativa Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

COGITAÇÃO O agente está apenas pensando em cometer o crime. É impunível. PREPARAÇÃO Compreende a prática de todos os atos necessários ao início da execução Ex: Alugar uma casa, onde será mantido em cativeiro a vítima. OBS: O crime de quadrilha ou Bando é uma Exceção (art. 288 CP) Circunstâncias alheias - Tentativa EXECUÇÃO Começa a agressão ao bem jurídico. Vontade própria Desistência Voluntária / Arrependimento Eficaz Consumação EXECUÇÃO CONSUMAÇÃO Todos os elementos do tipo são realizados.

Crimes permanentes A consumação se prolonga no tempo. Ex: Sequestro Crimes Qualificados pelo resultado A consumação ocorre no momento em que ocorre o resultado qualificador. TENTATIVA: CONCEITO: iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. CONSEQUÊNCIA: Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. CLASSIFICAÇÃO: IMPERFEITA OU INACABADA O agente não pratica todos os atos de execução PERFEITA OU ACABADA OU CRIME FALHO- O agente pratica todos os atos executórios BRANCA - O agente não atinge o bem jurídico / CRUENTA- O bem jurídico é atingido

Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Arrependimento posterior Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. Crime impossível Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.

CONCURSO DE PESSOAS Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Circunstâncias incomunicáveis Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Casos de impunibilidade Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.

Classificação dos crimes a) Monossubjetivos ou de concurso eventual: podem ser cometidos por um ou mais agentes; b) Plurissubjetivos ou de concurso necessário: só podem ser praticados por uma pluralidade de agentes em concurso; Autoria a) Teoria objetivo-formal: Somente é considerado autor aquele pratica o verbo, ou seja, o núcleo do tipo legal. b) Teoria do domínio do fato: Autor é aquele que detém o controle final do fato, dominando toda a realização delituosa, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias. Formas de concurso de pessoas a) Teoria unitária ou monista: Todos os que contribuem para a prática do delito comento o mesmo crime, não havendo distinção quanto ao enquadramento típico entre autor e partícipe.

b) Teoria dualista: Há dois crimes, quais sejam, um cometido pelos autores e um outro pelo qual respondem os partícipes. c) Teoria pluralista ou pluralística: cada um dos participantes responde por delito próprio, havendo uma pluralidade de fatos típicos, de modo que cada partícipe será punido por um crime diferente. Código Penal: Regra: (art. 29, caput) teoria unitária ou monista; Exceção: art. 29, 2 - teoria pluralista ou pluralística. a) Co-autoria: Todos os agentes, em colaboração recíproca e visando ao mesmo fim, realizam a conduta principal; b) Participação: Partícipe é quem concorre para que o autor ou co-autores realizem a conduta principal, ou seja, aquele que, sem praticar o verbo (núcleo) do tipo, concorre de algum modo para a produção do resultado. Elementos: vontade de cooperar e cooperação efetiva.

Punibilidade Participação de menor importância pena reduzida de um sexto a um terço ( 1, art. 29). Desvios Subjetivos: Autor principal comete delito mais grave do que o pretendido pelo partícipe partícipe deve responder pela conduta realizada nos limites de seu dolo ( 2, art. 29). Participação sucessiva: mesmo partícipe concorre para a conduta principal de mais de uma forma. Conivência ou participação negativa: o sujeito, sem ter o dever jurídico de agir, omite-se durante a execução do crime, quando tinha condições de impedi-lo. Participação por omissão: o sujeito, tendo o dever jurídico de agir para evitar o resultado, omite-se intencionalmente, desejando que ocorra a consumação. Participação impunível: o fato principal não chega a ingressar em sua fase executória (art.

Requisitos Pluralidade de condutas; Relevância causal de todas elas; Liame subjetivo ou concurso de vontades Conceitos finais: Autoria colateral: mais de um agente realiza a conduta, sem que exista liame subjetivo entre eles. Autoria incerta: Não se sabe quem foi o causador do resultado na autoria colateral. Autoria ignorada: não se consegue apurar quem foi o realizador da conduta;

Autoria Mediata Ocorre quando o agente se serve de outra pessoa, sem condições de discernimento, para realizar, por ele, um fato típico. coação moral irresistível; obediência hierárquica; provocação de erro inevitável; utilização de inimputável