Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei
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- Lucas Angelim da Fonseca
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1 LEGALE
2 Tipo Penal
3 Tipo Penal Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei
4 Tipo Penal Dessa forma, o tipo penal: - do homicídio é MATAR ALGUÉM - do furto é SUBTRAIR PARA SI OU PARA OUTREM COISA ALHEIA MÓVEL
5 Tipo Penal Todo crime é uma conduta (fazer ou deixar de fazer alguma coisa).
6 Tipo Penal Todo crime é uma conduta (fazer ou deixar de fazer alguma coisa). Portanto, todo tipo penal tem pelo menos um verbo, chamado de núcleo do tipo
7 Tipo Penal Quando o tipo penal tem mais de um verbo ele é chamado de tipo composto (crime complexo).
8 Tipo Penal Quando o tipo penal tem mais de um verbo ele é chamado de tipo composto (crime complexo). Ex: Roubo (art. 157, CP) e Estupro (art. 213 do CP)
9 Tipo Penal O tipo penal é formado de:
10 Tipo Penal O tipo penal é formado de: - elementares
11 Tipo Penal O tipo penal é formado de: - elementares - circunstâncias
12 Tipo Penal Tipo derivado é aquele que deriva do tipo principal.
13 Tipo Penal Tipo derivado é aquele que deriva do tipo principal. (São as qualificadoras, privilégios, causas de aumento de pena, etc)
14 Tipo Penal Tipo permissivo é aquele que permite a prática de um tipo incriminador
15 Tipo Penal Tipo permissivo é aquele que permite a prática de um tipo incriminador (art. 23, CP)
16 Erro de tipo
17 Tipo Penal Erro de Tipo Erro de tipo é o erro sobre um dos componentes do tipo penal (uma das palavras que compõem a descrição do tipo)
18 Tipo Penal Erro de Tipo O Erro de tipo poderá ser: - Essencial: quando o agente não sabe que está cometendo uma infração
19 Tipo Penal Erro de Tipo O Erro de tipo poderá ser: - Essencial: quando o agente não sabe que está cometendo uma infração - Acidental: quando, apesar do erro, o agente sabe que está cometendo uma infração
20 Tipo Penal Erro de Tipo O Erro de tipo Essencial pode ser:
21 Tipo Penal Erro de Tipo O Erro de tipo Essencial pode ser: - Inevitável (Escusável, Desculpável): quando qualquer pessoa na mesma situação erraria. Exclui o dolo e a culpa
22 Tipo Penal Erro de Tipo O Erro de tipo Essencial pode ser: - Inevitável (Escusável, Desculpável): quando qualquer pessoa na mesma situação erraria. Exclui o dolo e a culpa - Evitável (Inescusável): quando nem todos errariam (se o agente agisse com mais cautela não erraria). Exclui o dolo e permanece a culpa (culpa imprópria)
23 Tipo Penal Erro de Tipo O Erro de tipo Acidental (que pune o agente na medida da sua intenção) pode ser:
24 Tipo Penal Erro de Tipo O Erro de tipo Acidental (que pune o agente na medida da sua intenção) pode ser: - Sobre o objeto
25 Tipo Penal Erro de Tipo O Erro de tipo Acidental (que pune o agente na medida da sua intenção) pode ser: - Sobre o objeto - Sobre a pessoa
26 Tipo Penal Erro de Tipo O Erro de tipo Acidental (que pune o agente na medida da sua intenção) pode ser: - Sobre o objeto - Sobre a pessoa - Aberratio ictus
27 Tipo Penal Erro de Tipo O Erro de tipo Acidental (que pune o agente na medida da sua intenção) pode ser: - Sobre o objeto - Sobre a pessoa - Aberratio ictus - Aberratio criminis (nesse caso o agente é punido pelo que efetivamente causar)
28 Culpabilidade
29 Culpabilidade Culpabilidade é sinônimo de responsabilidade. Em direito penal, cada um receberá uma pena na medida da sua culpabilidade.
30 Culpabilidade Foi muito responsável Foi pouco responsável Não foi nada responsável Receberá uma pena alta Receberá uma pena baixa Não receberá pena nulla poena sine culpa (não há pena sem culpa)
31 Culpabilidade Elementos São elementos da culpabilidade: - Capacidade de discernimento (imputabilidade); - Consciência da Ilicitude; - Exigibilidade de conduta diversa
32 Culpabilidade Elementos * Capacidade de discernimento (imputabilidade); - características
33 Culpabilidade Elementos * Consciência da Ilicitude; - características
34 Culpabilidade Elementos * Exigibilidade de Conduta Diversa; - características
35 Culpabilidade Elementos Faltando um desses elementos estará excluída a culpabilidade do agente Ex: menoridade, doença mental, embriaguez, erro de tipo, erro de proibição, coação irresistível, obediência hierárquica, outros
36 Culpabilidade Excludentes de culpabilidade Atenção A emoção e a paixão não excluem a culpabilidade
37 CONCURSO DE PESSOAS
38 CONCURSO DE PESSOAS Ocorre o concurso de pessoas quando mais de uma pessoa, em comum acordo, com identidade de propósitos resolvem praticar um crime
39 CONCURSO DE PESSOAS Ocorre o concurso de pessoas quando mais de uma pessoa, em comum acordo, com identidade de propósitos resolvem praticar um crime ou pelo menos quando uma pessoa aderir a conduta da outra
40 CONCURSO DE PESSOAS Quando duas pessoas resolvem praticar o mesmo crime, mas não combinam entre si essa prática, tem-se o nome de AUTORIA COLATERAL (ou co-autoria imprópria) Exemplo:
41 CONCURSO DE PESSOAS (A) se esconde atrás de uma moita para matar (X)
42 CONCURSO DE PESSOAS (A) se esconde atrás de uma moita para matar (X) (B) se esconde atrás de outra moita para matar (X)
43 CONCURSO DE PESSOAS (A) se esconde atrás de uma moita para matar (X) (B) se esconde atrás de outra moita para matar (X) (A) e (B) não se conhecem e sequer um sabe da atitude do outro
44 CONCURSO DE PESSOAS (A) se esconde atrás de uma moita para matar (X) (B) se esconde atrás de outra moita para matar (X) (A) e (B) não se conhecem e sequer um sabe da atitude do outro Quando o (X) passa (A) e (B) atiram e (X) morre em razão dos tiros que levou
45 CONCURSO DE PESSOAS - nomenclaturas O Código Penal adotou a seguinte distinção entre autor e partícipe:
46 CONCURSO DE PESSOAS - nomenclaturas Autor: é aquele que pratica o núcleo do tipo, ou seja, o verbo que todo crime traz (por ser o crime uma ação ou omissão conduta)
47 CONCURSO DE PESSOAS - nomenclaturas Autor: é aquele que pratica o núcleo do tipo, ou seja, o verbo que todo crime traz (por ser o crime uma ação ou omissão conduta) Se mais de um praticar o verbo do crime, serão chamados de CO-AUTORES
48 CONCURSO DE PESSOAS - nomenclaturas Partícipe: é aquele que ajuda a construir um crime sem praticar o verbo. P. ex.: aquele que fornece a arma para outro matar; o mandante de um crime; aquele que fica no carro esperando os outros assaltarem o banco.
49 CONCURSO DE PESSOAS - nomenclaturas Autor mediato: também é autor aquele que não pratica o verbo do crime, mas se utiliza de interposta pessoa, controlando a situação, mantendo o poder em suas mãos, fazendo acontecer o crime através de terceiros (teoria do domínio do fato Claus Roxin)
50 CONCURSO DE PESSOAS - equivalência Não importa a nomenclatura utilizada: CADA UM RECEBERÁ UMA PENA NA MEDIDA DA SUA CULPABILIDADE (responsabilidade).
51 CONCURSO DE PESSOAS - equivalência Muito responsável Pouco responsável Nada responsável Muita pena Pouca pena Nenhuma pena
52 CONCURSO DE PESSOAS - equivalência Se a participação for de menor importância, a pena do agente sofrerá uma diminuição (de 1/6 a 1/3)
53 CONCURSO DE PESSOAS - comunicabilidade As circunstâncias de caráter pessoal não se comunicam, salvo se forem elementares do crime
54 CONCURSO DE PESSOAS - comunicabilidade O agente que quer participar de um crime menos grave responde pelo crime menos grave.
55 CONCURSO DE PESSOAS - comunicabilidade O agente que quer participar de um crime menos grave responde pelo crime menos grave. Porém, se era provável a ocorrência do crime mais grave ele terá a pena aumentada até a metade
56 CONCURSO DE PESSOAS O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado
57 CONCURSO DE PESSOAS Atenção: Há responsabilidade criminal da pessoa jurídica em crimes ambientais. Vejamos:
58 CONCURSO DE PESSOAS Lei 9605/98 Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.
59 CONCURSO DE PESSOAS Lei 9605/98 Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade
60 CONCURSO DE PESSOAS Lei 9605/98 Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato
61 CONCURSO DE PESSOAS Vejamos agora, uma palestra do professor Claus Roxin na Universidade Sérgio Arboleda na Colômbia, extraída do Youtube, ao qual adicionamos as legendas em português. O professor Roxin explica a sua Teoria do Domínio do Fato: (aprox. 50min)
62 CONCURSO DE PESSOAS 9jdA
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