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2 CONCURSO DE PESSOAS Concurso de pessoas Ocorre quando mais de uma pessoa pratica o crime Crimes Unissubjetivos (Monossubjetivos) e Plurissubjetivos Teoria Monista (Unitária) Mitigada (Temporada) Para o estudo do tema concurso de pessoas, é imprescíndivel o estudo do artigo 29, CP, que traz a chamada Teoria Monista Mitigada. Art Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Exemplo: Em um roubo a um banco, um entra para invadir o banco, outro dá as armas para que se utilize, outro dá os horários dos seguranças. Desta forma, com base na Teoria Monista adotada pelo Código Penal, caracteriza-se um só roubo praticado por várias pessoas, que responderão pelo mesmo crime. Entretanto, a parte final no artigo 29, CP ( na medida de sua culpabilidade ) estabelece que, embora seja um crime só, cada um terá uma pena diferenciada na medida de sua participação. Por este motivo, a Teoria Unitária adotada pelo Código Penal Brasileiro é chamada de Mitigada. Contudo, pelo princípio da individualização da pena, há minorantes e majorantes, dependendo da reprovação de cada ato do crime, ou seja, a pena será diferente para cada um. A culpabilidade é a reprovabilidade do crime. Por isso, será mitigada. Desta forma, conclui-se que, em regra, o Código Penal Brasileiro adota a Teoria Monista Mitigada/Matizada/Temperada. pág. 2

3 1.3. Requisitos para o concurso de pessoas Para a caracterização do concurso de pessoas, é necessária a existência de 04 (quatro) requisitos cumulativos: Pluralidade de pessoas e condutas + Relevância causal de cada conduta + Liame Subjetivo ou Vínculo Psicológico + Identidade de Infração Penal. Pluralidade de Pessoas e Condutas É necessário a existência de pelo menos 02 indíviduos e 02 condutas. Relevância Causal de cada Conduta A conduta do partícipe deve ter condições, pelo menos, de facilitar ou estimular a conduta principal. Exemplo: Sujeito tem intenção de matar a vítima. No dia planejado, o sujeito não encontrou sua arma e pega uma arma emprestada com um amigo, que estava ciente dos seus planos. Ao chegar em casa, o sujeito acha sua própria arma e a utiliza para matar a vítima. Após, é preso pela polícia. Pergunta-se: Há concurso de pessoas? Apesar de haver a existência de pelo menos 02 indíviduos praticando 02 condutas, a atitude do amigo de emprestar a arma não foi relevante para a prática do crime. Logo, não há concurso de pessoas. Entretanto, caso o amigo emprestasse a arma e instigasse o homicídio ( mata ele logo ), este teria instigado e auxiliado materialmente. Mesmo que o sujeito não utilize sua arma, houve a instigação, e o amigo seria partícipe. Liame Subjetivo ou Vínculo Psicológico Os agentes devem estar conectados mentalmente (psicologicamente), com vistas a prática daquele crime. Exemplo: Sujeitos A e B querem matar uma vítima e, de forma combinada, atiram na vítima do alto de um prédio. Mesmo se apenas 1 dos indivíduos acertar a vítima, ambos respondem pelo crime (homicídio consumado), pois há concurso de pessoas. Exemplo: Sujeito A e B querem matar uma vítima, entretanto não se conhecem e nada combinam. No mesmo momento, atiram na vítima, acertando-a. Entretanto, pela ausência do vínculo psicológico entre os sujeitos, não há concurso de pessoas. Neste caso, há autoria colateral, e a determinação de quem responderá pelo crime dependerá da perícia. Caso o tiro de A tenha acertado a cabeça da vítima e o tiro de B tenha pego de raspão no pé da vítima, A responde por homicídio consumado e B responde por tentativa de homicídio. Se a perícia não conseguir determinar quem foi objetivamente responsável pela morte, A e B responderão por tentativa de homicídio. Nesta hipótese, há uma autoria colateral incerta. Observação: Autoria Colateral NÃO configura concurso de pessoas. pág. 3

4 Observação: O simples conhecimento prévio da infração penal NÃO configura concurso de pessoas, salvo se o agente for garantidor (artigo 13, 2º, CP). Exemplo: A conta para B que roubará um banco, e este nada fala. B não será partícipe, pois não participou de qualquer maneira. Observação: Não precisa de acordo prévio (coautoria sucessiva). Exemplo: Sujeito A passa com seu carro e para no sinal. Daí, vê um sujeito dentro de uma casa furtando vários bens. O sujeito A entra na casa e pergunta se o ladrão quer ajuda para continuar o crime e, após, ambos furtam e fogem. Aqui, apesar de não haver acordo prévio, há liame psicológico e, portanto, concurso de pessoas. A doutrina especifica 05 momentos na prática de um crime: cogitação, preparação, execução, consumação e exaurimento. O acordo prévio ocorre nas fases de cogitação e preparação. No exemplo acima, o ingresso do outro agente se dá durante a execução de crime. Apesar de não haver acordo prévio, ainda há concurso de pessoas, estando caracterizada a coautoria sucessiva. Neste ponto, é importante ressaltar que o ingresso na prática do crime NÃO pode ocorrer após sua execução. Neste sentido, caso o outro agente compre o produto objeto do crime, haverá a receptação. Caso esconda este produto, estará caracterizado o favorecimento. Se ingressar no crime após a execução, NÃO HAVERÁ concurso de pessoas, pois não há liame psicológico. Identidade de Infração Penal Os agentes devem reunir os seus esforços para a prática de uma mesma empreitada criminosa comum Participação de Menor/Somenos Importância O artigo 29, 1º, CP traz a hipótese de participação a menor/somenor importância no concurso de pessoas. Art Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. Neste sentido, este artigo dispõe que se a participação do agente no crime for de menor importância, a pena pode ser diminuída de 1/3 a 1/6. Observação: O verbo pode deve ser entendido como deve. Se o magistrado se convencer acerca da participação de menor importância, deve reduzir a pena. Ainda, é importante, para fins do concurso, atentar para a fração (1/3 a 1/6). pág. 4

5 1.5. Desvio subjetivo de condutas ou Participação em Crime menos grave ou Cooperação dolosamente distinta Trata-se de exemplo de quebra da teoria monista. Esta hipótese está prevista no artigo 29, 2º, CP e será melhor explanada por meio de um exemplo. 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Exemplo: A faz parte de uma associação criminosa que objetiva praticar uma série de furtos, tendo inclusive muito medo de armas de fogo. A associação se programa para furtar uma casa que acredita estar vazia. Entretanto, uma pessoa estava na casa, e um integrante B aponta a arma para o rosto do sujeito. Os demais, por sua vez, pegam o que conseguiram e vão embora. B praticou o roubo impróprio, que é aquele que se inicia como furto mas se transmuda em roubo pela utilização de violência ou grande ameaça. Entretanto, A apenas objetivou e praticou o furto qualificado, crime menos grave, respondendo apenas por este crime. Entretanto, se for previsível a transmutação do furto em roubo, há um aumento na pena do furto em até a metade. Esta previsibilidade pode ocorrer, com base no exemplo anterior, caso o indivíduo A soubesse que B levava consigo uma arma Autor, Coautor e Partícipe Há inúmeras teorias acerca de autoria. No entanto, para concurso, precisa-se saber o que é majoritário. Para melhor se entender as três figuras acima explanadas, deve-se focar no Partícipe, este que é acessório à figura principal. Conforme acima explanado, o partícipe é aquele que induz, instiga, auxilia materialmente e/ou auxilia moralmente o autor/coautores. Induz: Cria a ideia criminosa na cabeça do agente. Instiga: Reforça a ideia criminosa já existente na cabeça do agente. Auxílio Material: Fornecer algum auxílio físico. pág. 5

6 Exemplo: Emprestar uma arma ou um carro para a prática do crime. Auxílio Moral: Fornecer alguma informação. Exemplo: Caso do assassinato da juíza Patrícia Acioli. Várias pessoas ofereceram informações essenciais para seu assassinato, como horário de saída e trajeto percorrido Teorias sobre a Participação Para se configurar uma ação penal, é necessário acumular os três elementos: fato típico, lícito e culpável. Estas teorias possuem relação com o aspecto da existência da ação penal. É preciso, ainda, observar se o fato é punível. Para se punir o partícipe, há quatro teorias: Teoria da Acessoriedade Mínima: é possível punir o partícipe a partir do momento em que o autor (o que pratica a conduta principal) praticou um fato típico. Teoria da Acessoriedade Limitada: é possível punir o partícipe a partir do momento em que o autor praticou um fato típico e ilícito. Adotada pelo CP. Teoria da Acessoriedade Máxima: só é possível punir o partícipe a partir do momento em que o autor praticou um fato típico, ilícito e culpável. Aqui deve haver a infração penal. Tendência da doutrina. Teoria da Hiperacessoriedade: só é possível punir o partícipe a partir do momento em que o autor praticou uma ação penal punível (não estar diante de hipótese de extinção da punibilidade). Se o autor tem desistência voluntária ou arrependimento eficaz, como fica o partícipe? Inicia-se a execução, mas não se consuma. Há correntes: para Greco (minoritária), o partícipe pode ser punido pois houve o início da execução; a corrente majoritária diz que a conduta do partícipe é acessória e não houve a conduta principal, logo, ele não deve ser punido Participação Sucessiva A instiga B a matar C. D instiga B a matar C. É possível haver instigação feita por mais de uma pessoa. Para que isso seja possível, é necessário que cada uma das participações tenha o nexo de causalidade. B deve ficar instigado por A e por D. pág. 6

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