Concurso de Pessoas. 4. Requisitos do concurso de agentes:

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1 Concurso de Pessoas 1. Conceito: ocorre quando um crime unissubjetivo é praticado por mais de uma pessoa. Tratando-se de crime plurissubjetivo (ou de concurso necessário), a participação de mais de uma pessoa faz parte da própria descrição típica, portanto todos são coautores. 2. A norma do art. 29 é uma norma de extensão (assim como a do art. 14, inc. II do CP). Se ela não existisse, as pessoas que, embora colaborem com o crime, não praticam o verbo do tipo, não poderiam ser punidas. 3. Crimes comuns podem ser cometidos por qualquer pessoa Crimes próprios exigem qualidade específica do sujeito ativo Delitos de mão própria não podem ser cometidos mediante interposta pessoa, mas apenas diretamente pelo sujeito ativo (p. ex., falso testemunho). 4. Requisitos do concurso de agentes: Pluralidade de pessoas e de condutas; Relevância causal de cada conduta; Liame subjetivo ou psicológico entre as pessoas; - Predomina que não há necessidade de um acordo ou ajuste prévio; Identidade do ilícito penal. Obs. Para Paulo Queiroz, o único requisito do concurso de pessoas é a adesão subjetiva ou nexo psicológico. A pluralidade de concursos, para ele, é pressuposto do concurso. A unidade da infração, por sua vez, seria conseqüência lógica da teoria unitária adotada. Finalmente, afirma que o nexo causal não é imprescindível, pois em muitos casos a participação ocorre por meio de atos secundários. 5. Não existe concurso de agentes se um deles concorre para o evento após a consumação do delito. Pode existir aí receptação, favorecimento pessoal ou real.

2 6. Na lei de drogas, para incidir o art. 35 da Lei /06, não basta que o delito de tráfico seja cometido mediante concurso de agentes. Exige-se estabilidade e permanência. 7. Por qual crime os concorrentes respondem? Sistemas diferenciadores ou unitários. Teoria monista x teoria pluralística x teoria dualista: Em regra, todos os autores e partícipes respondem pelo mesmo crime, na medida de sua culpabilidade. Adota-se a teoria monista. Pela teoria dualista, autores responderiam por um crime e partícipes, por outro. Pela pluralista (que comporta previsão no direito brasileiro), um mesmo crime será diverso para uns ou outros. Pense-se no aborto, na corrupção. Alguns dizem que, por conta da exceção, adota-se a teoria monista temperada. 8. Conceito ampliativo ou restritivo de autor no conceito ampliativo, não há distinção entre autor e partícipe. 9. Como distinguir autoria e participação? Critérios de distinção entre autoria e participação: o Código Penal não faz distinção expressa, sendo que a regra é que todos que concorrem de qualquer forma com o crime respondem penalmente. A distinção, para alguns, é trazida incidentalmente nos parágrafos do art. 29. A Exposição de Motivos, porém, afirma que o CP adotou distinção expressa. Teoria objetivo-formal: autor é quem pratica o verbo nuclear do tipo; participe, quem lhe auxilia. Não explica a autoria mediata. Teoria subjetiva: não há como se distinguir objetivamente autor do partícipe. Deve-se buscar quem tem o animus auctoris e quem tem o animus socii. Teoria do domínio do fato: criada por Welzel na década de Posteriormente foi adotada por Roxin com sentidobastante diverso. Welzel era finalista, considerando como autor aquele que agia com o domínio final do ato. - Alguns chamam esse critério de objetivo-material ou objetivo-subjetivo, havendo, porém, críticas em relação a esses termos.

3 - Essa teoria (ou critério de distinção) nada tem que ver com a questão probatória. O STF, na AP 470, utilizou-a para afirmar que, p. ex, a pessoa que constasse como diretora no estatuto social tinha o ônus probatório contra ela, o que é absurdo. Em duas ações penais posteriores alguns ministros se retrataram. - Autor, para essa teoria (a do ROXIN), é quem domina a realização do fato típico, determina quando, onde, como e se ocorrerá o delito. Enfim, é quem tem o poder de decisão sobre o fato, quer seja porque o realiza, no todo ou em parte, quer porque se utiliza de outrem como instrumento de sua realização (Busato). - A teoria do domínio do fato, para ROXIN, tem relevância apenas nos chamados crimes de domínio (comissivos dolosos), não nos delitos de Infração de dever (omissivos, próprios e culposos). - 1) Autoria direta: autor tem domínio da sua própria ação, pois a pratica diretamente; 2) Autoria mediata: autor tem domínio da vontade, valendo-se de terceiro como instrumento; 3) Coautoria: a repartição de tarefas traduz um domínio funcional do fato (todos dispõe de interferência no que tange à determinação do quando, se, onde e como irá ocorrer o delito); 4) Autor por trás do autor (autoria mediata com responsabilização da pessoa interposta): exigem-se 4 elementos: a) poder de mando de quem distribui as ordens; b) aparato do poder organizado deve estar afastado do direito; c) deve haver fungibilidade do autor imediato; d) deve haver alta disposição para a realização do fato por parte do executor. Alguns autores (BUSATO) dizem que o segundo requisito não é necessário, sendo possível a aplicação da teoria a organizações lícitas. 10. Coautoria e participação em crimes culposos: Juarez Tavares: impossível. Se ambas as pessoas realizam (1) ação perigosa (2) que contradiga a norma de cuidado e (3) cause o resultado proibido, há autoria colateral. Também não há participação se o sujeito não possui dever de cuidado. Cita o exemplo do carona que instiga o motorista a correr mais, causando lesão ou morte em transeunte. Não responde por homicídio culposo. Paulo Queiroz: possíveis ambas as possibilidades. O CP não veda a coautoria ou a participação em crimes culposos. Entende que quem adira à ação imprudente de outro pode ser partícipe. Luiz Regis Prado: possível a participação nas modalidades de indução e instigação.

4 11. Coautoria e participação em crimes omissivos Paulo Queiroz: possível. Quanto ao crime omissivo impróprio, para haver coautoria, deve haver dever de garante para ambos. Se só um for garante, o outro que lhe auxiliar poderá ser partícipe, não, porém, coautor. Mas não é possível participação por omissão. 12. Formas de autoria: Autoria imediata ou direta: é quando o autor se confunde com o executor propriamente. Autoria mediata ou indireta: ocorre quando o autor se vale de pessoa como instrumento do crime (coação, erro, incapacidade). Não há autoria mediata, mas concurso, quando o instrumento é capaz. Não há autoria mediata em crime culposo nem nos crimes de mão própria e tampouco em crimes omissivos. Coautoria: ocorre quando há mais de um autor e liame subjetivo. Autoria colateral: ocorre quando há mais de um autor sem liame subjetivo. Se não se consegue descobrir quem consumou o delito, aplica-se o in dubio pro reo e ambos podem responder por tentativa ou, até mesmo, serem absolvidos (autoria incerta). 13. Participação: é conceito acessório, que pressupõe a autoria. Diferente da coautoria, que não é acessória. Acessoriedade mínima: entende suficiente que o autor tenha praticado fato típico. Acessoriedade limitada: entende suficiente que o autor tenha praticado fato típico e ilícito. É a majoritária. Acessoriedade máxima ou extremada: entende suficiente que o autor tenha praticado fato típico, ilícito e culpável, embora seja desnecessário que ele seja culpável. PAULO QUEIROZ: Em primeiro lugar, porque a inculpabilidade do autor implica o reconhecimento do caráter não criminoso do fato principal;

5 logo, não faria sentido que se tivesse por criminosa a participação, acessória que é (...). Em segundo lugar, porque a teoria da acessoriedade limitada acaba por autonomizar a participação (...), negando-lhe a pressuposta acessoriedade. Em terceiro lugar, porque não parece compatível com o princípio da proporcionalidade (...). Em quarto lugar, porque nem sempre é fácil estabelecer uma diferenciação clara entre excludentes de ilicitude e de culpabilidade. Hiperacessoriedade: além de criminoso, o fato deve ser punível para o autor. 14. Formas de participação: indução (cria a idéia no autor), instigação (reforça uma idéia preexistente), cumplicidade (auxílio material). 15. Princípio da insignificância e participação: se a participação for ínfima, cabe aplicar o princípio da insignificância, independentemente do crime cometido. 16. Desistência voluntária e arrependimento eficaz: O que ocorre quando o executor desiste do crime encomendado pelo mandante? Depende da natureza jurídica que se dá à desistência voluntária e ao arrependimento eficaz. - Nelson Hungria: a desistência tem caráter misto (subjetivo/objetivo), razão pela qual a desistência pelo executor é comunicável, alcançando o mandante. - Paulo Queiroz: a desistência é circunstância pessoal, razão pela qual não se comunica. Se o executor desiste, após iniciar a execução do crime, mandante responde por tentativa. 17. Participação de menor importância Causa de diminuição de pena (1/6 a 1/3) Aplicável à coautoria? Prevalece que não. Mas Paulo Queiroz entende que não há restrição legal. 18. Participação dolosamente distinta (desvio subjetivo de conduta)

6 Princípio da personalidade da pena e da culpabilidade (art. 19, CP) Aplicável à coautoria? Paulo Queiroz diz que sim. Dolo eventual não se confunde com previsibilidade. Posição crítica em relação ao roubo e latrocínio. 19. Comunicabilidade das circunstâncias Art Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Circunstâncias qualificadoras não devem se comunicar, pois não são elementares. Divergência jurisprudencial. As circunstâncias de caráter subjetivo não se comunicam (reincidência, motivo etc.). Quando se trata de elementares, sim. Por exemplo, responde por peculato a pessoa que, mesmo sem ser funcionária pública, participa daquele crime com alguém que o seja. Essa circunstância pessoal ser funcionário público -, por ser elementar do crime, comunica-se. Infanticídio e comunicabilidade das circunstâncias. As circunstâncias de caráter objetivo se comunicam, desde que haja ciência do coautor ou do partícipe, garantindo respeitado princípio da responsabilidade penal subjetiva.

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