CERTIFICAÇÃO DE CONTEÚDO LOCAL Os contratos de concessão para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, firmados entre a ANP e as empresas vencedoras nas rodadas de licitações, incluem a Cláusula de Conteúdo Local. De acordo com esta Cláusula, as concessionárias devem assegurar preferência à contratação de fornecedores localizados em território brasileiro sempre que suas ofertas apresentem condições de preço, prazo e qualidade equivalentes às de fornecedores externos. Este dispositivo contratual tem o objetivo de incrementar a participação da indústria nacional de bens e serviços, em bases competitivas, nos projetos de exploração e desenvolvimento da produção de petróleo e gás. O resultado esperado da aplicação da Cláusula de Conteúdo Local é o impulso ao desenvolvimento tecnológico, à capacitação de recursos humanos e à geração de emprego e renda neste segmento. Histórico do Conteúdo Local da ANP A ANP aplica o conceito do Conteúdo Local desde a primeira rodada de licitações ocorrida em 1999, por meio da Cláusula de Conteúdo Local constante nos contratos de concessão. Naquela ocasião, os concorrentes puderam ofertar livremente valores de bens e serviços a serem adquiridos de empresas localizadas no Brasil para a realização das atividades de exploração e desenvolvimento da produção. Já na primeira rodada, os percentuais de Conteúdo Local oferecidos pelas empresas passaram a ser computados para efeitos de pontuação das ofertas de aquisição dos blocos. Em linhas gerais, as regras do modelo de compromisso de Conteúdo Local da primeira rodada permaneceram vigentes - com pequenas variações - até a quarta rodada de licitações. Na quinta e sexta rodadas, a Cláusula de Conteúdo Local no contrato de concessão foi modificada. Passou a exigir percentuais mínimos e diferenciados para a aquisição de bens e serviços brasileiros destinados a blocos terrestres e a blocos marítimos, estes sendo classificados quanto as suas lâminas d água (águas rasas e águas profundas). Houve também modificações significativas nas definições das atividades, tais como: fim de incentivos e a ampliação do Conteúdo Local a níveis mais detalhados. Na sétima rodada de licitações, outras mudanças foram introduzidas na Cláusula de Conteúdo Local, que passou a limitar as ofertas a faixas percentuais situadas entre valores mínimos e máximos. Foi também estabelecida uma planilha de ofertas contendo itens e subitens, tanto para a fase exploratória quanto para a etapa de desenvolvimento, onde se permitia que a empresa ofertante alocasse pesos e percentuais de Conteúdo Local a cada um dos itens. Outra novidade foi a instituição da atividade de certificação de Conteúdo Local através de entidade credenciada pela ANP. Além disso, houve a publicação da Cartilha de Conteúdo Local como ferramenta única e oficial de medição do Conteúdo Local contratual. As regras estabelecidas na Sétima Rodada continuam em vigor.
A figura abaixo ilustra o histórico da evolução das regas do Conteúdo Local e seus principais eventos: Fonte: ANP Complexidade e pouco domínio das regras Como podemos observar o breve resumo apresentado acima sobre o Conteúdo Local mostra que, durante as rodadas de licitações, muitas alterações ocorreram nas regras da Cláusula 20ª do contrato de concessão. Essa Cláusula trata do compromisso de aquisição de bens e serviços no país durante a execução da fase de exploração e da fase de desenvolvimento da produção, se houver. Com regras em constante modificação e foco no arremate dos blocos, cientes do peso de 20% do Conteúdo Local na nota final da oferta, as empresas participantes do BID começaram a superestimar suas ofertas de Conteúdo Local. Isso se deu por imaginarem que, no futuro, a ANP fosse flexibilizar as regras de fiscalização da Cláusula 20ª quando o contrato de concessão se tornasse disponível para tal. O não cumprimento da cláusula contratual de Conteúdo Local implica a incidência de penalidades relevantes (exemplificado abaixo) descritas no próprio contrato, que prevê a aplicação de multas proporcionais ao total de investimentos realizados no bloco arrematado.
Cenário Atual Da 1ª à 10ª Rodadas de Licitações, mais de 800 blocos foram arrematados. Destes, aproximadamente 200 encontram-se com seus contratos disponíveis para fiscalização de Conteúdo Local e boa parte possui alta probabilidade de apresentar algum tipo de não conformidade na comprovação dos investimentos locais ofertados (Cláusula 20ª). Podemos dizer que as não conformidades são oriundas - principalmente - do desconhecimento das definições das regras de Conteúdo Local do contrato, de avaliações incorretas ou imprecisas dos investimentos locais realizados durante a fase de exploração e, principalmente, do fato do Conteúdo Local não ser uma atividade pertencente ao negócio das empresas. Comprovação da cláusula 20ª do Contrato de Concessão - Conteúdo Local Uma vez que a ANP inicia o processo de fiscalização de Conteúdo Local, a empresa notificada tem 30 dias para apresentar dossiê contendo toda a documentação necessária à comprovação da Cláusula 20ª do contrato de concessão. Fica claro que se a empresa concessionária não possuir o dossiê comprobatório integralmente pronto e com as informações consolidadas, irão surgir problemas e a empresa poderá ser autuada, tendo poucos dias para apresentar sua defesa. Tomando como exemplo o sistema de penalidades dos contratos de concessão da 7ª Rodada de Licitações, os concessionários que não realizarem os percentuais de Conteúdo Local ofertados estarão sujeitos às seguintes penalidades: a. Se o percentual de Conteúdo Local não realizado (NR%) for inferior a 65% do valor oferecido, a multa (M%) será de 60% sobre o valor do Conteúdo Local não-realizado. b. Se o percentual de Conteúdo Local não realizado (NR%) for igual ou superior a 65% do valor oferecido, a multa será crescente, partindo de 60% e atingindo 100% do valor do Conteúdo Local oferecido, caso o percentual de Conteúdo Local não-realizado seja de 100%.
O critério de multa proposto foi estabelecido de maneira a desencorajar fortemente o não-cumprimento do Conteúdo Local em valores superiores a 2/3 (dois terços) do valor ofertado por ocasião da licitação. Como exemplo, simulamos que uma determinada empresa arrematou um bloco e sua oferta de Conteúdo Local para a fase de Exploração consistiu em 50%. Sendo assim, do total de investimentos realizados na fase de Exploração, 50% deveriam ter sido orientados ao mercado local. Sabendo que a empresa investiu U$ 200 milhões em toda fase de exploração, caberia a execução de U$100 milhões para aquisição de bens e serviços no Brasil. Supondo que, ou por uma avaliação incorreta de suas atividades, ou por não ter conseguido enviar em tempo hábil toda a documentação requisitada pela ANP, ou por ter enviado documentos não considerados válidos pela ANP, a empresa não tenha conseguido atingir o percentual de Conteúdo Local contratado. Vamos supor ainda que a empresa tenha atingido apenas 35% de Conteúdo Local, ou seja, ficaram faltando 15% e isto representa um percentual não realizado (%NR) de 30%, isto é, a empresa pagará uma multa de 60% sobre o investimento não realizado: Investimento não realizado = 15% * U$ 200 milhões = U$ 30 milhões Multa = 60% * U$ 30 milhões = U$ 18 milhões CERTIFICAÇÃO DE CONTEÚDO LOCAL Como vimos a partir da sétima rodada de licitações, a comprovação dos investimentos locais deverá ser realizada por meio de certificados de conteúdo Local emitidos por empresas devidamente credenciadas pela ANP, utilizando a cartilha de Conteúdo Local que é a metodologia oficial de medição e apuração dos índices de nacionalização. Desta forma, a estratégia de realização dos investimentos locais passam necessariamente por uma estratégia de implementação da certificação. Cabe ressaltar, que da 7º rodada de licitações até a 10ª rodada, existem 402 blocos concedidos que, a partir do dia 11/09/2008, data que marca o início da certificação, deverão ter suas aquisições de bens e serviços devidamente certificadas para haver comprovação de investimentos locais. FUNDAMENTO LEGAL:
A Certificação de Conteúdo Local tem seu fundamento legal na Resolução da ANP nº 36/2007, onde as empresas para comprovarem o cumprimento da Cláusula 20ª do Contrato de Concessão deverão certificar a aquisição de bens e serviços brasileiros. A MILLENIUM CONSULTORES É CREDENCIADA PELA ANP PARA CERTIFICAR ESCOPOS DE AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS NAS SEGUINTES ÁREAS: Área de Atividades Código GEOLOGIA E GEOFÍSICA APOIO LOGÍSTICO E OPERACIONAL GE001 PE002 GERENCIAMENTO, CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E COMISSIONAMENTO EN002 EQUIPAMENTOS E CONTROLE SUBMARINO: LINHAS RÍGIDAS, ES003 FLEXÍVEIS, UMBILICAIS E MANIFOLDS SONDAS DE PERFURAÇÃO PERFURAÇÃO, COMPLETAÇÃO E AVALIAÇÃO DE POÇOS ENGENHARIA BÁSICA E DETALHAMENTOS SISTEMAS ELÉTRICOS, DE CONTROLE, INSTRUMENTAÇÃO E MEDIÇÃO OLEODUTOS, GASODUTOS E TANQUES DE ARMAZENAMENTO BOMBAS DE TRANSFERÊNCIA UNIDADES DE COMPRESSÃO UNIDADES DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PE001 PE003 EN001 EN003 ES001 ES002 UP001 UP002 A Millenium Consultores possui técnicos de grande expertise no mercado de petróleo e gás, proporcionando aos seus clientes total confiabilidade e agilidade na medição e emissão do Certificado de Conteúdo Local. Cientes de que muitas vezes o faturamento das aquisições fica condicionado à apresentação dos certificados, a Millenium Consultores dispõe de procedimentos de operação que permitem a rápida identificação dos itens que deverão ser medidos, inclusive verificando itens de sub-fornecedores que devem ser certificados. Esta estratégia de operação permite o aporte máximo de conteúdo local no certificado de maneira clara e objetiva permitindo que o cliente compreenda a execução dos trabalhos. Colocamo-nos, desde já, à disposição para realizarmos uma apresentação do serviço abordado. Atenciosamente, Millenium Sênior Consultores Empresariais Ltda.