ESCOLAS CONFESSIONAIS PROTESTANTES: ASPECTOS DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS. Glaucia Muñoz dos Reis Dra. Marili Moreira da Silva Vieira (orientadora)



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Transcrição:

ESCOLAS CONFESSIONAIS PROTESTANTES: ASPECTOS DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Glaucia Muñoz dos Reis Dra. Marili Moreira da Silva Vieira (orientadora) Universidade Presbiteriana Mackenzie - CEFT PIBIC Mackenzie Eio: 1- Ciências Humanas RESUMO Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de caráter qualitativo, desenvolvida por meio de questionário respondido por oito professores de duas escolas confessionais protestantes no primeiro semestre de 2014. Foi desenvolvido um questionário com cinco perguntas, cujo objetivo foi o de verificar se a visão de mundo da escola confessional influencia a prática pedagógica de seus professores. Baseamo-nos em Nóvoa, Libâneo e Roldão como também em outros autores que se fundamentam na concepção de Vigotski para discutirmos a prática pedagógica dos professores e em Gomes, Edlin, Borges e Stronks para fundamentar a visão da educação confessional. Os resultados obtidos mostraram que em sua maioria, os docentes sabem do seu papel e buscam práticas pedagógicas e estratégias que contemplam as necessidades individuais e específicas de aprendizagem. Os docentes acreditam que não podem separar seus valores e crenças das práticas pedagógicas e em grande parte, compartilham a visão e valores cristãos da escola na qual trabalham. Ao final da pesquisa, concluiu-se que é difícil separar os valores éticos e morais das práticas pedagógicas dos sujeitos, pois a visão cristã reflete na vida e no cotidiano de cada sujeito pesquisado. Palavras-chave: cosmovisão; prática pedagógica; escola confessional protestante. INTRODUÇÃO A pesquisa se desenvolveu tendo como objetivos a prática pedagógica de escolas confessionais. O trabalho foi direcionado às escolas confessionais protestantes com propostas pedagógicas diferentes, buscando investigar a influência da visão cristã na prática pedagógica dos professores. Entre os objetivos específicos tivemos como meta reconhecer os pressupostos da escola cristã e estimar como, na prática pedagógica, os refleos desses pressupostos se confirmam ou não no apoio aos alunos. MATERIAIS E MÉTODOS OU DESENVOLVIMENTO

2 Sujeitos: 8 professores, das séries iniciais do Ensino Fundamental (3º, 4º e 5º anos); sendo 4 de uma escola localizada em um bairro de classe alta e outro de classe média. Instrumentos: O questionário foi elaborado com o objetivo de verificar o refleo de uma cosmovisão cristã na prática pedagógica dos docentes, o qual constou das seguintes perguntas: 1. Escreva sobre suas estratégias de ensino que facilitem o aprendizado. 2. Você encontra alguma dificuldade em relação à escola, famílias ou alunos? Quais? 3. Como lida na prática com as dificuldades dos alunos? Descreva o máimo possível suas estratégias para que ocorra o aprendizado desse (es) aluno (os). 4. Os valores e princípios cristãos da sua escola reforçam o trabalho que você desenvolve com alunos? De que maneira? 5. Como você observa a confessionalidade atingindo o trabalho pedagógico com os alunos? Observação documental dos Projetos Pedagógicos. Cronograma: Atividades Definição do problema/tema Referencial teórico Desenvolvimento da metodologia Teste do instrumento Aplicação do instrumento Análise dos documentos Análise das respostas aos questionários Considerações finais Meses 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 RESULTADOS E DISCUSSÕES Estratégias de Ensino: Classificaram-se as estratégias de ensino em ordem de quantidade de citações pelos sujeitos da pesquisa. Entre as estratégias podemos destacar: Ouvir e conhecer o aluno, identificar os conhecimentos prévios dos alunos; eemplos utilizados em classe se referem com descrição à prática e vivência cotidiana dos alunos; eplicações dos conceitos pelo professor, partindo do simples para o compleo, do concreto para o abstrato; correções coletivas e individuais; utilização de estratégias e materiais diversos.

3 Quanto às dificuldades: Fazem acompanhamento individualizado, buscando aproimação e incentivam o aluno, repetem as eplicações variando a forma; solicitam ajuda da equipe técnica; investigam o porquê das dificuldades; fazem reuniões com as famílias; indicam o reforço no contra turno ou com outros profissionais; mostram-se preocupadas com o sucesso dos alunos. Valores cristãos no trabalho pedagógico: Ao responderem a questão sobre como os valores cristãos da escola afetam o trabalho pedagógico deles, citam os princípios cristãos especificados e o código de ética da escola, como fatores que contribuem para vincular a teoria e os conteúdos de aprendizagem científica à prática de valores, bem como o eemplo dos funcionários da escola. Em relação à prática pedagógica e a confessionalidade, pôde-se observar que os docentes respondem revelando que: o ensino visa não apenas a transmissão de informações, mas o desenvolvimento de valores científicos e filosóficos; tem como meta atingir não apenas a mente, mas o coração dos alunos. O elogio e o incentivo aparecem como aspectos importantes para que os alunos se sintam apreciados e motivados. Entendem como parte do trabalho pedagógico tornar os alunos em cidadãos íntegros. Apresentam entendimento de que o aluno é um todo, portanto, a educação precisa ter um papel integral em sua formação; creem que sendo Deus criador desses alunos, são, portanto, capazes, inteligentes e têm competência para aprender. As professoras, em sua maioria, têm a consciência de que a confessionalidade não se restringe aos momentos específicos de culto ou devocionais, mas abrange todas as práticas do cotidiano e principalmente que seus valores e crenças interferem em suas práticas pedagógicas, pois fazem parte do que acreditam e aplicam em sua profissão. A educação por princípios tem como propósito a educação integral do indivíduo, como ser criado à imagem e semelhança de Deus. A escola é continuação do lar, pois essa também deve basear seus ensinos em valores e princípios, preocupando-se com a formação global do indivíduo. A sua função também é a transmissão do conhecimento científico-filosófico como instrumento de constituição da cidadania. Profª 1. A confessionalidade me faz perceber que cada aluno, como ser criado por Deus, possui capacidade, inteligência e competência para aprender, ainda que dificuldades ocorram no processo. Profª 4. Procuro identificar as dificuldades e realizar uma abordagem individualizada, respeitando o perfil de cada aluno, ou seja, a personalidade do educando precisa ser levada em conta. Profª 5. A maioria das professoras tem a mesma orientação religiosa que a escola em que trabalham. Uma delas respondeu desta forma a questão: Os valores e princípios cristãos da sua escola reforçam o trabalho que desenvolvem com alunos? De que maneira?

4 Por meio dos princípios cristãos que já estão inseridos no conteúdo e no planejamento das atividades em sala de aula. Na verdade, a confessionalidade é algo que você traz dentro de si, como acredito nos princípios confessionais da minha escola, esses princípios permeiam todas as minhas ações junto aos alunos. Profª 3. Duas professoras, uma de cada escola, são católicas. Uma delas respondeu à mesma questão anterior dessa maneira: Sim, reforçam, pois todo o meu trabalho tem um cunho cristão. De acordo com os princípios cristãos, devo tentar de tudo para que o aluno aprenda, evolua e seja feliz no ambiente em que está inserido, e minhas ações são voltadas para isso. Profª 2. CONCLUSÕES Partindo do referencial teórico abordado nessa pesquisa, pode-se concluir que a profissão docente não é um dom, como alguns insistem em frisar, mas requer preparação para um bom desempenho da profissão e da prática pedagógica; eige não apenas colocar em prática a teoria, mas conhecer e avaliar a cada momento como agir com cada aluno em sua especificidade, sendo diante de dificuldades ou capacidades individuais. Também foi verificado que é impossível dissociar a prática pedagógica e a ação profissional das crenças e valores éticos, morais e espirituais que fazem parte da prática cotidiana de cada docente. Sendo embasados também pelas respostas ao questionário proposto. Não é possível concluir se a identificação com os princípios e valores da escola é em função do tempo de casa ou se os valores e crenças individuais são a causa direta dessa resposta em relação às práticas diárias junto aos alunos. Pode surgir, talvez para estudos futuros, o quanto as instituições estão conscientes disso e o quanto trabalham junto aos professores, de forma que esses tenham consciência dos valores éticos e morais em suas ações, cumprindo a missão e valores especificados em suas Propostas Político-Pedagógicas. REFERÊNCIAS BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. BORGES, Inez A. Educação e Personalidade: A dimensão sócio-histórica da educação cristã. São Paulo: Editora Mackenzie, 2002. CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Ciências no Ensino Fundamental: relato de eperiência. In: Cadernos de Pesquisa, n. 101. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, julho 1997, p. 153 a 158. COLOMINA, Rosa; ONRUBIA, Javier. Interação educacional e aprendizagem escolar: a interação entre alunos. IN: COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús. Desenvolvimento Psicológico e educação: Psicologia da educação escolar. 2.ed. vol. 2. Porto Alegre: Artmed, 2004.

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