R ELATÓRIO A NUAL 2004



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Transcrição:

R ELATÓRIO A NUAL 2004 BANQUE PRIVÉE EDMOND DE ROTHSCHILD EUROPE SOCIÉTÉ ANONYME 20 Boulevard Emmanuel Servais 2535 Luxemburgo Telefone: (352) 47 93 461 Fax Direcção: (352) 47 93 46 222 www.lcf-rothschild.lu R.C. LUX B 19194 - TVA LU 121687 24 1

2

A expedição científica empreendida pelo Barão Maurice de Rothschild (1881-1957) durou 15 meses, entre 1904 e 1905. Acompanhado por três cientistas e dois taxidermistas, ele partiu de França em Março de 1904, dirigindo-se ao Corno de África, que atravessou de Djibouti até Addis-Abeba, atravessando em seguida a África Oriental Inglesa. Durante esse período, identificou numerosas espécies de insectos, até então desconhecidas, e doou os seus resultados ao serviço entomológico do Museu de História Natural de Paris. Ainda hoje podem observar-se, na Galeria da Evolução do Museu, várias centenas de animais embalsamados - mamíferos e aves - legados no regresso dessa viagem. Fascinado pelo okapi, na altura recentemente descoberto, o Barão foi o primeiro a trazer para a Europa peles e esqueletos deste mamífero, com o propósito de o estudar e identificar. Na procura deste animal misterioso, ele descobriu a girafa com cinco cornos, a partir dessa altura denominada Giraffa Camelopardalis Rothschildi Lydekker. 3

Í NDICE 6 Mensagem do Presidente do Conselho de Administração 9 Órgãos sociais do Banque Privée Edmond de Rothschild Europe 14 Mensagem do Comité Executivo 19 Relatório de gestão do Conselho de Administração à Assembleia-geral de Accionistas 30 Demonstrações financeiras 2004 36 Anexo às contas anuais Bidessus Rothschildi 59 Relatório dos Auditores Independentes 61 Contactos: Sede, sucursais, agências de representação e filiais, outros bancos e sociedades do Grupo LCF Rothschild 4

Lepidoptera 5

M ENSAGEM DO P RESIDENTE DO C ONSELHO DE A DMINISTRAÇÃO A previsão é uma arte difícil. Especialmente, segundo consta, quando diz respeito ao futuro. É, sem dúvida, bem mais do que um simples capricho, uma vez que o estado de espírito dos investidores se detém frequentemente em capítulos já encerrados em vez de se abrir ao futuro. Esses momentos em que o passado balbucia sem conseguir articular as frases do amanhã são os melhores para se investir quando se cultiva a independência de espírito e de comportamento, como a minha linhagem familiar, e como o nosso grupo. Encontramo-nos num desses instantes privilegiados. A euforia dos anos de bolha financeira, severamente punida pela profunda crise bolsista, contabilística, económica, financeira, moral, política e militar, parece tornar inaceitável qualquer movimento de optimismo razoável. O ritmo do crescimento, o petróleo, o dólar e os défices já se encarregaram de moderar a subida dos mercados de acções e de fortalecer a aversão ao risco. O nível dos preços não reflecte devidamente a explosão dos lucros, a depuração dos balanços contabilísticos, a generosidade dos dividendos se comparada com a baixa das taxas de juro. Com a excepção dos Estados Unidos, o prémio do risco atinge valores máximos históricos. Dir-se-ía que o ambiente de fim de mundo, o famoso milenarismo, tendo poupado o ano 2000 para permitir que a festa económica e financeira se realizasse em pleno, avança agora com a sua vingança. Actualmente, o mundo está dominado pelo medo. No entanto, o cenário não é totalmente pessimista. O Médio-Oriente poderá alcançar a paz e a guerra-fria ainda não recomeçou. A recuperação económica da Rússia e da América Latina, e ainda o arranque vertiginoso da China e da Índia, inauguram uma era inédita e apaixonante. Naturalmente que esses deslocamentos tectónicos não se fazem sem ajustes industriais, bancários, monetários e políticos. Porém, tudo isso é controlável e irrelevante perante a importância daquilo que está em jogo. Até porque a redução massiva do preço de certos bens e serviços, deslocalizados porque a sua produção se tornou obsoleta em áreas com um nível de vida e de protecção elevados, origina um ganho extraordinário em termos de poder de compra para novas formas de consumo nos países ricos. E, entre elas, as novas tecnologias da informação e da comunicação, esquecidas temporariamente com o final da bolha financeira mas cujas fabulosas variantes ainda mal começaram a propagar-se pelo planeta. 6

Assim, na esteira de uma economia americana extremamente saudável, mais de um terço da humanidade descobre a economia moderna. E num contexto de economia globalizada, para o melhor e para o pior, trata-se de uma evolução que afecta a economia mundial no seu conjunto, as empresas e as bolsas nacionais. Não esqueçamos nunca que a participação da França ao nível da actividade, dos efectivos, dos clientes, dos lucros e mesmo do capital das empresas do CAC 40, é francamente minoritária! A prosperidade das empresas mundiais depende da prosperidade do mundo. Não se trata, por isso, apenas de uma satisfação ética ver o formigueiro asiático a sair da miséria. Trata-se também de uma perspectiva de enriquecimento suplementar para o Ocidente rico. O nosso grupo familiar defende uma cultura de prudência. Sempre procurámos, para os investidores que confiam em nós, contar com o efeito do tempo e oferecer-lhes um desempenho duradouro mais do que oportunidades rapidamente extintas. Nunca deixamos de procurar as vagas de fundo na base da espuma superficial da actividade bolsista. Estou convicto de que a vaga de fundo que conduz o mundo é brilhante. Estou persuadido de que a ansiedade e o pessimismo são apenas as sombras lançadas por um passado recente. Acredito profundamente que é necessário, antes dos outros, virar a página das dificuldades, ter confiança no futuro, estudá-lo com talento uma vez que não se assemelhará ao presente, e correr riscos sobre as novas fronteiras da criação. É com este espírito que conduzo o nosso grupo. E é esse espírito que deverá sustentar a gestão das carteiras de investimentos dos nossos clientes nos próximos anos. Barão Benjamin de Rothschild. 7

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Ó RGÃOS SOCIAIS DO B ANQUE P RIVÉE E DMOND DE R OTHSCHILD E UROPE CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Baron Benjamin de Rothschild Administradores John Alexander Luc Baatard Laurent Dassault Guy Grymberg Claude Messulam Frédéric Otto E. Trevor Salathé Daniel Yves Trèves José Luis de Melo de Vasconcelos e Sousa COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Claude Messulam Membros John Alexander Luc Baatard Guy Grymberg Frédéric Otto E. Trevor Salathé José Luis de Melo de Vasconcelos e Sousa ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO E AUDITOR INTERNO Director Marc Grabowski AUDITORES INDEPENDENTES PricewaterhouseCoopers S.à r.l. 9

Ó RGÃOS SOCIAIS DO B ANQUE P RIVÉE E DMOND DE R OTHSCHILD E UROPE COMITÉ EXECUTIVO * Presidente Vice-Presidente Vice-Presidente Vice-Presidentes e Director Geral e Director Geral e Director Central e Directores Adjunto Frédéric Otto Pierre-Marie Valenne Jean-François Lafond Benoît de Hults Geoffroy Linard COMITÉ DE DIRECÇÃO PRIVATE BANKING E GESTÃO DE ACTIVOS FINANCEIROS Presidente Vice-Presidentes Directores Frédéric Otto Pierre-Marie Valenne Marc Ambroisien Benoît de Hults Thierry de Baynast Jean-François Lafond Patrick Brebion Rudy Paulet Reginald van Leer COMITÉ DE DIRECÇÃO OIC Presidente Vice-Presidentes Directores Frédéric Otto Pierre-Marie Valenne Franck Sarrazin Jean-François Lafond Guy Verhoustraeten Geoffroy Linard COMITÉ DE DIRECÇÃO FAMILY OFFICE E DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Presidente Vice-Presidente Directores Directores Adjuntos Frédéric Otto Pierre-Marie Valenne Marc Ambroisien Raymond Glodé Thierry de Baynast Franck Payrar Edward de Burlet Rudy Paulet Subdirectores Principais Franck Sarrazin Didier Bensadoun Guy Verhoustraeten Raphaël Delplanque * Directores acreditados junto da Comissão de Fiscalização do Sector Financeiro (CSSF) 10

SECRETÁRIO GERAL Luc Grégoire DIRECTORES Xavier Delattre Alain Mestat Robert Philippart Bernard Schul Pascal Delle Denis de Montigny Jean-Charles Schiltz DIRECTORES ADJUNTOS Philippe Anstett Philippe Contadin Dimitri Guillaume Jean-Luc Parmentier Paul Boeger Charles Emond Jean Heckmus Carlo Thewes Michel Catulle Claudio Fernandes Reinald Loutsch Eric van der Straten Yves Chezeaud Karl Guénard Philippe Meloni SUBDIRECTORES PRINCIPAIS Frédéric Deletombe Catherine Menzies Nathalie Plompen Philippe Visconti Jean-Louis Di Giovanni Christophe Morizot Philippe Postal David Diwan Francis Nilles Didrik van Zuylen Pascal Gilles Claude Pech Giulia Venturi SUBDIRECTORES Magali Berton Dominique Dubois Nathalie Marques Matthieu Tinti Eric Cardon de Lichtbuer Eric Feyereisen Jeremy Pearce Claude Verdin Jean-François Colson Philippe Godard Philippe Pirenne Marie-Thérèse Weber Emile Cremmer Stanislas Kervyn Alain Ravaux Guy de Spirlet Elise Lethuillier Jean-Marc Robinet Michel Delcroix Amilcar Magalhaes Ribeiro Ilan Schweizer 11

Ó RGÃOS SOCIAIS DO B ANQUE P RIVÉE E DMOND DE R OTHSCHILD E UROPE Sucursais no Estrangeiro BÉLGICA / BRUXELAS Director Geral Benoît de Hults Directores Marie-Claire Keyze Eric Dumoulin Marc Lallemand Alain Querton ESPANHA / MADRID Director Geral Directores Subdirectores Ignacio Bernar Elorza Angel Ochoa Crespo Eduardo Martin Ferrandiz Juan Verdaguer Rafael Martin Carlosena Antonio Morales Martin-Cobos Alvaro Sobrino de Santiago Antonio Abad Pedro Adan Pablo Torralba Agud Javier Turrado Alonso Pedro Unzueta Aldecoa 12

PORTUGAL / LISBOA Director Geral José Luis de Melo de Vasconcelos e Sousa Directores Bruno Scoglio de Carvalho Gonçalo de Bragança Raul Jorge Godinho dos Santos Marques Vitor Henriques Pereira Rui Daniel Rodrigues de Freitas Sousa Directores Adjuntos João Folque Antunes Luis Filipe Arruda d Orey Rui Nunes dos Santos André Filipe da Silva Reid Subdirectores Gonçalo Maleitas Correa Frederico Pinheiro Magalhaes Pratas Agências de Representação ISRAEL / TELAVIVE Director Ariel Seidman ESLOVÁQUIA / BRATISLAVA Directores Marc Ambroisien Johan Mevesen 13

M ENSAGEM DO C OMITÉ E XECUTIVO As nossas sociedades são confrontadas com uma dupla evolução cujas consequências podem parecer paradoxais a muitos níveis: o prolongamento da duração da vida e a exigência de prazos cada vez mais curtos em muitos domínios. Estes fenómenos influenciam directamente a vida económica, mas também a gestão financeira. Devemos relembrar todas as implicações que o prolongamento da duração da vida acarreta em termos de poupança e de consumo? No passado, apenas alguns privilegiados tinham a resistência necessária ou a sorte que lhes permitiam atingir a idade que a maioria da população consegue alcançar actualmente. Constituíam em certa medida casos excepcionais. A situação inverteu-se: normalmente vivemos melhor e durante mais tempo, o desaparecimento precoce tornou-se a excepção. As explicações para este progresso fundamental, pelo menos nos países desenvolvidos, são evidentemente a redução da mortalidade infantil, a queda do nível de malnutrição e sobretudo os extraordinários avanços da medicina e da cirurgia. Uma das consequências desta evolução é um aumento considerável das despesas de saúde. Embora seja necessário denunciar, de uma forma sistemática, determinadas confusões ou despesas inúteis, é um facto inegável que a subida vertiginosa das despesas e cuidados de saúde constitui a prova mais evidente do desenvolvimento das nossas sociedades e dos progressos alcançados. Os resultados obtidos têm esse preço e só a esse preço podem ser obtidos. Falta avaliar as consequências dessa evolução. Por um lado, as necessidades de financiamento geradas pela saúde tornam-se consideráveis, incluindo o fornecimento de serviços e de equipamentos adaptados às pessoas idosas; por outro lado, surgem novas oportunidades, nomeadamente em matéria de actividades de lazer procuradas pelos representantes mais activos dessas faixas etárias. Nesta fase, colocam-se várias questões. A primeira está ligada à duração da vida activa. Entra-se nela cada vez mais tarde devido à duração e à generalização dos estudos. Este factor, bem como a menor dureza do trabalho e o prolongamento da duração da vida, levam forçosamente a questionarmo-nos sobre a idade da reforma, salvo para determinadas categorias de trabalhadores. Com efeito, um número demasiado reduzido de elementos activos não pode financiar, de forma duradoura, as reformas de uma população cuja idade média está em aumento constante. A outra questão é a coabitação de sistemas sociais bem diferentes a nível mundial, num universo marcado pela liberdade de trocas. Para além das disparidades salariais, é difícil fazer competir produtos ou serviços de países que não têm as mesmas limitações em matéria de saúde ou de financiamento de reformas. 14

Estamos perante um duplo desafio no espaço e no tempo, ao qual mesmo um país como o Japão - que há muito tempo se destaca em inúmeros domínios - não consegue escapar. Este desafio é económico e social, mas é também financeiro. O debate não pode limitar-se a questões do tipo reforma por repartição ou por capitalização. Sem dúvida que a repartição financiada por uma percentagem cada vez mais fraca de elementos activos não é a panaceia universal, apreciada por alguns, mas a capitalização também se arrisca a ter de se adaptar a esta nova realidade. Agora o mundo industrial vive segundo fluxos agilizados; quanto aos mercados financeiros impõem a sua lógica de retorno sobre o investimento rápido, perfeitamente compreensível mas muitas vezes incompatível com as exigências dos ciclos de pesquisa ou de implementação de instalações pesadas. Podemos constatar isso mesmo no domínio da energia, fundamental para o crescimento mundial. Também no domínio do nuclear, os prazos importantes concedidos às investigações paradoxalmente eram melhor aceites há alguns anos atrás do que actualmente. Da mesma forma, tal como salientam todos os especialistas, se nos confrontamos actualmente com preços de petróleo tão elevados, é mais devido à falta de investimentos, a todos os níveis, provocando a ocorrência de pontos de estrangulamento, do que devido a uma situação de verdadeira escassez. Seria desejável levar os mercados de capitais considerados de risco a aceitarem uma duração de investimento mais longa. Esse objectivo será realista? O prolongamento dos prazos de vencimento e a emissão de empréstimos a cinquenta anos, que dão resposta a uma procura por parte dos tomadores de empréstimos e de determinados investidores, poderão constituir uma evolução favorável a este nível. Mas não deixa de ser verdade que essa duração não conseguiria resolver os inúmeros problemas que podem apresentar-se ou surgir durante meio século. No entanto, iremos ter de implementar rapidamente estruturas que assegurem um crescimento harmonioso para uma população mundial em aumento constante, tanto devido à importância da natalidade em certos países do mundo como devido ao envelhecimento noutros países. Essas estruturas implicam grandes investimentos, nomeadamente em matéria de energia, para respeitar o ambiente. O seu financiamento irá impor certamente mudanças de mentalidade mas irá necessitar também de inovações nos nossos sectores de actividade. Da nossa capacidade de aceitar e vencer estes desafios depende em grande medida o destino das gerações futuras que terão, elas também, novas exigências de desenvolvimento. O Comité Executivo. 15

orthoptera 16

homoptera 17

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R ELATÓRIO DE G ESTÃO DO C ONSELHO DE A DMINISTRAÇÃO À A SSEMBLEIA- GERAL DE A CCIONISTAS A CONJUNTURA ECONÓMICA E BOLSISTA EM 2004 Em 2004, a economia mundial conheceu a taxa de crescimento mais elevada desde 1988, com os Estados Unidos da América e a China a apresentarem-se como as principais figuras dessa expansão. A economia americana atravessou uma fase de transição, evoluindo de uma retoma decorrente de um policy-mix fiscal e monetário excepcionalmente transigente para um crescimento doravante auto-sustentado. A China tentou estabilizar o seu ciclo de expansão num nível elevado, levando consigo as principais economias da Ásia, incluindo a do Japão. Já o crescimento económico da União Europeia alargada a 25 países manteve o seu atraso relativamente ao dos EUA e da Ásia, com os melhores níveis de desempenho conjunturais a verificarem-se nos países situados na sua periferia. Nos EUA, verificou-se uma subida de 4% do PIB real. A recuperação gradual do mercado de emprego prosseguiu, acompanhada por uma renovação da confiança dos consumidores. A procura privada manteve-se sustentada por benefícios fiscais, por uma política monetária particularmente transigente e pela manutenção favorável dos preços do mercado imobiliário. No entanto, esta expansão económica teve o seu preço, já que foi conseguida à custa da degradação do défice corrente e do desvio do saldo orçamental. Por fim, partindo de taxas de fundos Fed no nível mais baixo dos últimos 45 anos e de taxas reais a curto prazo negativas, a Reserva Federal norte-americana (FED) iniciou um novo ciclo de consolidação monetária, aumentando as taxas de juro directoras de 1% para 2,25%, de Junho a Dezembro. A zona euro, por seu lado, apresentou um crescimento modesto (1,9%) em 2004, motivado essencialmente pela melhoria da conjuntura internacional. A procura interna permaneceu fraca, com os custos de investimento a progredir de forma média e a taxa de desemprego a estabilizar num nível elevado. O Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro directoras inalteradas (a 2%) face aos níveis de crescimento e de inflação heterogéneos no seio da União Europeia. Enquanto a subida do preço do petróleo fez subir o índice dos preços no consumidor acima do limite de estabilidade de preços definido pelo BCE (2%), a inflação subjacente (excluindo energia) conheceu uma evolução mais moderada. Por último, as contas públicas dos países da União Europeia continuaram a aumentar e foram vários os países que não conseguiram respeitar os critérios fixados pelo Pacto de Estabilidade e de Crescimento. O vigor da expansão americana e o dinamismo do crescimento chinês permitiram uma aceleração da retoma económica no Japão, no início de 2004, amplamente sustentada pelo investimento e pelas exportações. Giraffa camelopardalis rothschildi Lydekker 19

R ELATÓRIO DE G ESTÃO DO C ONSELHO DE A DMINISTRAÇÃO À A SSEMBLEIA- GERAL DE A CCIONISTAS Por outro lado, o consumo privado desceu perante a evolução fraca dos salários e a persistência de tensões deflacionárias. O contexto internacional extremamente competitivo (China), com capacidades de produção inutilizadas, permitiu conter as tensões inflacionistas. Por último, a credibilidade dos bancos centrais em matéria de luta contra a inflação, conquistada ao longo dos últimos vinte anos, travou as previsões de inflação. Embora 2004 tenha sido, em termos globais, um ano positivo para os mercados obrigacionistas, as taxas de rendimento a longo prazo viveram diversas mudanças de tendência, reflectindo as incertezas dos investidores perante as perspectivas de crescimento económico e os riscos de inflação. Estas preocupações acabaram por provocar um flight to quality em relação aos mercados obrigacionistas, resultando numa queda significativa das taxas a longo prazo. As taxas dos Títulos do Tesouro norte-americanos a 10 anos passaram de 4,9% (em Junho) para 4,2% (no final do ano). Este nível é, em geral, considerado inferior ao nível fair-value fundamental, avaliado em 4,8%, devendo-se esta diferença à reciclagem por parte dos bancos centrais dos países asiáticos dos excedentes de poupança estruturais (resultante da sua política cambial) em relação à dívida pública norte-americana. As taxas de longo prazo norte-americanas seguiram a tendência do mercado obrigacionista norteamericano, antes de se afastarem do mesmo a partir de Outubro, devido ao sub-desempenho conjuntural da União Europeia, ao status quo da política monetária do BCE e à firmeza do euro. Por último, o nível reduzido das taxas obrigacionistas governamentais beneficiou com as obrigações privadas e com as obrigações dos mercados emergentes que atraíram capitais em busca de um rendimento mais elevado. Até ao final de Outubro, os investidores privilegiaram os investimentos obrigacionistas, mantendo-se prudentes em relação aos mercados de acções. Esta atitude mudou ao longo do último trimestre, fazendo-se sentir uma nova apetência pelo risco. Em resumo, após um começo encorajador no início de 2004, surgiu uma longa fase de consolidação nos mercados bolsistas, os quais sofreram com a desconfiança dos investidores em relação à política monetária da FED e com a subida acentuada do preço do petróleo. Os principais índices bolsistas europeus e norteamericanos conheceram o seu nível mais baixo do ano no mês de Agosto, antes de recuperarem a um ritmo hesitante até Outubro. Nessa altura, verificou-se uma subida acelerada na sequência da queda do preço do petróleo e das eleições presidenciais norte-americanas no início de Novembro. 20

No final de Dezembro, os principais índices bolsistas norte-americanos e europeus fecharam atingindo o nível mais elevado do ano. O índice Standard & Poor s 500 apresentou uma subida de 9% (em dólares) e o índice DJ Euro Stoxx 50 de 7%, apesar da nova subida do euro. No mercado cambial, a moeda europeia manteve a sua evolução ascendente iniciada em 2002. Em 31 de Dezembro de 2004, o euro atingiu os 1,36 relativamente ao dólar norte-americano, ou seja, o seu nível mais elevado desde o lançamento da moeda europeia. A evolução da taxa de câmbio EUR/USD traduz, sobretudo, a fraqueza do dólar que continua a sofrer com um conjunto de factores desfavoráveis, tais como o aumento dos défices orçamental e corrente, um diferencial das taxas de juro reais negativas e tensões geopolíticas persistentes. Por último, o ouro e os metais preciosos mantiveram a subida iniciada em 2003, com o preço da onça de ouro a aumentar 5,5% (em dólares). Com efeito, um policy-mix fiscal e monetário sem precedentes na história norte-americana acentuou a queda do dólar e suscitou a nova subida do preço do ouro. Paralelamente a essa evolução, os preços das matérias-primas dispararam, sustentados pelo vigor do crescimento económico mundial, em particular da economia chinesa. O NOSSO DESENVOLVIMENTO No relatório de gestão de 2003, referimos novos projectos destinados a gerar um desenvolvimento positivo das nossas actividades. O esforço comercial no sentido de uma conquista de novos clientes continuava a ser a pedra basilar para cada uma das nossas actividades e sublinhámos a expectativa de desenvolvimento das nossas sucursais em Espanha, em Portugal e na Bélgica. A conjuntura de investimento incerta dos mercados financeiros levava-nos naturalmente a uma certa prudência, devendo as bolsas contar com um ano de transição. Neste contexto, o Banco conseguiu obter em 2004 um resultado positivo, que se traduziu num resultado líquido de 20.022.045, um aumento de 18%. Apesar da evolução volátil dos mercados financeiros, as receitas progrediram de forma satisfatória. Os custos sofreram um aumento, devido ao reforço necessário das equipas e dos meios de produção indispensáveis para apoiar o profissionalismo dos serviços disponibilizados aos nossos clientes. A satisfação dos clientes continua a ser o objectivo primordial das nossas actividades basilares: Clientela Privada e Gestão Patrimonial e Banco Depositário e Agente Administrativo de Organismos de Investimento Colectivo. A actividade de Family Office combina regularmente as competências desenvolvidas no seio das equipas de Private Banking, de Banco Depositário 21

R ELATÓRIO DE G ESTÃO DO C ONSELHO DE A DMINISTRAÇÃO À A SSEMBLEIA- GERAL DE A CCIONISTAS e de Agente Administrativo de Organismos de Investimento Colectivo, de engenharia patrimonial e da rede do Groupe LCF Rothschild, em projectos propostos aos nossos clientes para melhor satisfazer os seus requisitos e necessidades. Os clientes continuam receptivos à nossa abordagem onde primam a proximidade, atenção e originalidade das soluções propostas. A evolução significativa da conservação de capitais confiados pelos nossos clientes (particulares ou institucionais de renome) é o melhor testemunho da eficácia da nossa acção. A presença do Banco no estrangeiro continua a desenvolver-se de forma significativa em Espanha, em Portugal e na Bélgica, em universos muito competitivos. Para além do escritório de representação já existente em Telavive, abrimos um segundo escritório de representação em Bratislava, na Eslováquia, um posto de observação para os mercados da Europa oriental, que deverão conhecer desenvolvimentos importantes após a sua adesão à União Europeia, em Maio de 2004. Este desenvolvimento baseia-se, necessariamente, numa organização administrativa eficaz. Por conseguinte, são efectuados regularmente investimentos significativos com o objectivo de reforçar as nossas equipas administrativas e de disponibilizar infra-estruturas à altura das necessidades inerentes à nossa actividade. Por esse motivo, adquirimos diversos imóveis no Luxemburgo destinados a acolher os nossos colaboradores, cujo número observou um crescimento significativo. COMENTÁRIOS ÀS CONTAS ANUAIS O relatório de 2004 evidencia a boa saúde financeira do Banco, sublinhada pela leitura dos números-chave das contas anuais. BALANÇO A 31 de Dezembro de 2004, o total do balanço atingiu 2.647.072.387, em comparação com 2.652.496.022, a 31 de Dezembro de 2003. No que diz respeito ao activo, os créditos a instituições bancárias ascendem a 2.158.619.962, numa redução de 6% e constituindo 82% do total do balanço, enquanto os créditos de clientes atingiram 377.972.001 com um aumento de 43%. No que diz respeito ao passivo, os depósitos e contas correntes dos clientes atingem 1.844.284.701, ou seja 70% do total do balanço, em comparação com, respectivamente, 1.877.887.199 e 71% em 2003. As responsabilidades para com os bancos totalizam 663.135.603, um aumento de 2%, ou seja 25% do balanço. 22

Para fazer face ao desenvolvimento contínuo dos negócios, o Banco dispunha, a 31 de Dezembro de 2004, de 80.097.465 em capitais próprios, mantendo-se o capital social em 31.500.000. RESULTADOS Os proveitos As receitas cresceram 29% em relação ao exercício social de 2003. Esta variação deve-se principalmente ao fraco crescimento dos volumes de transacções, apesar do aumento dos bens e valores confiados pelos nossos clientes. Os custos Os custos gerais de exploração mantêm-se controlados, com um aumento de 21%, devido principalmente a custos directamente relacionados com a aquisição de clientes, o crescimento sustentado da actividade, o aumento indispensável de pessoal e os encargos gerados pelo desenvolvimento das nossas sucursais. Os custos com o pessoal aumentam 23%, situando-se em 42.547.804, e representam 69% do total dos custos gerais de exploração. Os outros gastos administrativos ascendem a 19.533.738, acusando um crescimento de 16%. Resultado líquido O resultado líquido do exercício, após impostos e provisões, fixa-se em 20.022.045, crescendo 18% e mantendo uma rendibilidade dos capitais próprios de 27%. No entanto, este resultado inclui custos relevantes, relacionados com o desenvolvimento das sucursais da Bélgica, de Espanha e de Portugal, despesas que representam investimentos a longo prazo para o Banco. Em termos comparativos, excluindo o peso relativo das sucursais, o resultado líquido seria de 22.732.591. Omophron Rothschildi 23

R ELATÓRIO DE G ESTÃO DO C ONSELHO DE A DMINISTRAÇÃO À A SSEMBLEIA- GERAL DE A CCIONISTAS NÚMEROS-CHAVE (em milhões de euros) Balanço 2004 2003 2004/ 2003 Capitais próprios após distribuição (fundos para riscos bancários gerais e rubricas especiais com uma quota-parte de reserva, não incluídos) 84 75 12% Total do Balanço antes da distribuição 2.647 2.652 - Demonstração de resultados Resultado das operações de juros 15 15 - Resultado das operações de comissões e de prestações de serviços 61 50 22% Resultado proveniente de operações financeiras 11 9 22% Resultado de valores mobiliários 8 1 800% Outros produtos de exploração 4 5 (20%) Custos de exploração (custos com o pessoal, outros custos gerais e outros gastos administrativos) 64 55 16% Lucro de exploração 37 25 48% Lucros do exercício (após impostos, provisões e amortizações) 20 17 18% Efectivos no fim do ano (sucursais incluídas) 462 377 Rendibilidade Rendibilidade dos capitais próprios (em %) Lucro após impostos (provisões fixas e provisões extraordinárias não incluídas) / média dos capitais próprios após distribuição 27% 25% Giraffa reticulata de Winton 24

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R ELATÓRIO DE G ESTÃO DO C ONSELHO DE A DMINISTRAÇÃO À A SSEMBLEIA- GERAL DE A CCIONISTAS OBJECTIVOS E ESTRATÉGIAS EM MATÉRIA DE GESTÃO DE RISCO A gestão de risco do Banco respeita rigorosamente o quadro das políticas de risco definidas ao nível do Grupo pela casa mãe. Em conformidade com essa política, o Banco garante uma gestão do risco através de um quadro compreensivo de princípios, uma estrutura organizacional, limites e procedimentos estreitamente ligados às actividades do Banco e à natureza dos riscos. A nota 3 do Anexo às contas anuais contém uma informação mais completa sobre os objectivos e estratégias em matéria de gestão dos riscos a que o Banco tem de fazer face. ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES AO FECHO DO EXERCÍCIO PERSPECTIVAS Neste início de 2005, a conjuntura de investimento dos mercados financeiros continua incerta e incita à mais elementar prudência. O Banco inicia este novo exercício com uma confiança e um dinamismo intactos e com novos projectos susceptíveis de gerar um desenvolvimento importante das nossas actividades. O esforço de aquisição de clientes continuará a ser a palavra de ordem em cada um dos nossos segmentos de actividade. No estrangeiro, a atenção manter-se-á voltada para o desenvolvimento das nossas sucursais em Espanha, em Portugal e na Bélgica, sem esquecer uma atenção especial aos mercados que representam os dez novos países membros da União Europeia. A 1 de Janeiro de 2005, a actividade de domiciliação de sociedades e as respectivas equipas da nossa filial LCF Edmond de Rothschild Conseil foram integradas no nosso Banco. Não ocorreu qualquer outro acontecimento que pudesse lesar a rentabilidade do Banco ou aumentar a sua exposição aos riscos. Mantendo um rigoroso controlo de custos, o desenvolvimento contínuo das nossas actividades exige uma melhoria constante da qualidade da prestação de serviços, bem como investimentos significativos para a apoiar. 26