Estudos Caso-Controle. efeito > causa??? Casos. Expostos. (doentes) Coorte hipotética ou real. Não-expostos. Expostos. Controles (não - doentes)



Documentos relacionados
Estudos Caso-Controle

13/06/2011 ESTUDOS CASO-CONTROLE. Estudos epidemiológicos. Estudo de coorte. Introdução a Epidemiologia. Introdução a Epidemiologia

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Seqüência comum dos estudos

RPP Estudos observacionais. Seqüência comum dos estudos ESTUDOS DE CASO-CONTROLE

14/03/2012 VIES. Conceito

Estudos de Caso-Controle

Tipos de Estudos Epidemiológicos

Delineamento de estudo caso-controle

ESTUDOS SECCIONAIS. Não Doentes Expostos. Doentes Expostos. Doentes Não Expostos. Não Doentes Não Expostos

Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Estudos Observacionais transversais

VALIDADE EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Delineamento de estudo caso-controle

Medidas de efeito e associação em epidemiologia

Delineamento de estudo caso-controle

aula 12: estudos de coorte estudos de caso-controle

1.1 Analise e interprete o efeito da cobertura da ESF na razão de taxa de mortalidade infantil bruta e ajustada.

Delineamento de estudo caso-controle

Estatística Vital Aula 1-07/03/2012. Hemílio Fernandes Campos Coêlho Departamento de Estatística UFPB

Estudos Epidemiológicos Analíticos: Definição, tipologia, conceitos. Prof. Dr.Ricardo Alexandre Arcêncio

Desenhos de Estudos Epidemiológicos

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia Geral HEP 141. Maria Regina Alves Cardoso

ESTUDOS: EXPLICANDO O PROBLEMA

Validade em Estudos Epidemiológicos II

METODOLOGIA EPIDEMIOLOGICA

IESC/UFRJ Mestrado em Saúde Coletiva Especialização em Saúde Coletiva Modalidade Residência Disciplina: Epidemiologia e Saúde Pública

Métodos Empregados em Epidemiologia

AMOSTRAGEM. É a parte da Teoria Estatística que define os procedimentos para os planejamentos amostrais e as técnicas de estimação utilizadas.

EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: ESTUDOS TRANSVERSAIS

EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: ESTUDOS DE COORTE

E tudo d e c oort r e D f e iniçã ç o ã d e e co c ort r e: e gru r po d e pessoas que c omp m art r ilham algum m atri r buto

ESTUDOS DE COORTE. Baixo Peso Peso Normal Total Mãe usuária de cocaína

RCG 0384 EPIDEMIOLOGIA ELEMENTOS DE ANÁLISE QUANTITATIVA EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS NOÇÕES SOBRE CAUSALIDADE EM EPIDEMIOLOGIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia HEP Cassia Maria Buchalla

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia HEP 143

CONCEITOS BÁSICOS EM EPIDEMIOLOGIA

Estudos Epidemiológicos. José de Lima Oliveira Júnior

Principais Delineamentos de Pesquisa. Lisia von Diemen

Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão.

PRINCIPAIS AGRAVOS UROLÓGICOS FORUM POLÍTICAS PUBLICAS E SAÚDE DO HOMEM/2014

Ricardo Alexandre Arcêncio Outubro 2017

Tabagismo e Câncer de Pulmão

Vieses e Confundimento. Prof. Dr. Octavio Marques Pontes Neto

Tipos de estudos epidemiológicos

Estrutura, Vantagens e Limitações dos. Principais Métodos

Estudos caso-controle como complemento de investigações de surto

Utilização de estratificação e modelo de regressão logística na análise de dados de estudos de caso-controle. Fabiana Grifante

Palestra - Matemática Aplicada

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. CLÁUDIA PINHO HARTLEBEN MÉDICA VETERINÁRIA

REVISÃO. Conceitos, fórmulas, passo a passo e dicas!

Aula 6 Delineamento de estudos epidemiológicos Epidemiologia analítica

Inteligência Artificial

PRINCIPAIS DESENHOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Cassia Maria Buchalla Maria Regina Alves Cardoso

BIOESTATÍSTICA AULA 4. Anderson Castro Soares de Oliveira Jose Nilton da Cruz. Departamento de Estatística/ICET/UFMT

Bioestatística Aula 4

RPP ESTUDOS DE COORTE. FMRP USP Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Estudos observacionais

Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico

METODOLOGIA DA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO- ORTOPÉDICA

EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: Validade em estudos epidemiológicos observacionais

Epidemiologia Analítica

Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia

USO ADEQUADO DA CATEGORIA 3 EM MAMOGRAFIA, ULTRASSONOGRAFIA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EDWARD A. SICKLES

Medidas de efeito e impacto em Epidemiologia Nutricional

TABAGISMO E CÂNCER DE PULMÃO * Manual do Instrutor

Declaração de conflito de interesse. Não existe conflito de interesse em relação a esta apresentação

10 FATOS SOBRE A SEGURANÇA DO PACIENTE

Hotelaria. Reunião 05/08/2015

Inventário Florestal. Amostragem

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Profa. Carla Viotto Belli Maio 2019

Epidemiologia. Profa. Heloisa Nascimento

Epidemiologia Analítica

Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia

Metodologia Científica I Roumayne Andrade

Análise de Dados Longitudinais

INVESTIGAÇÃO DE SURTO

ARTIGO. Sobre monitoramento a Distancia e aplicação automática de medicamentos. Sistema de monitoração a distancia e aplicação de medicamentos.

Informe Epidemiológico Influenza

Bioestatística e Computação I

CO-LEITO AOS 3 MESES E AMAMENTAÇÃO ATÉ 1 ANO DE IDADE: COORTE DE NASCIMENTOS DE PELOTAS DE 2004

Informe Epidemiológico Influenza

MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO

Avaliação de impacto de políticas públicas

Vigilância Epidemiológica, Sanitária e Ambiental

MÉTODOS QUANTITATIVOS PARA CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO EXPERIMENTAL

Estudos de Coorte: Definição

Registro Brasileiros Cardiovasculares. REgistro do pacientes de Alto risco Cardiovascular na prática clínica

Informe Epidemiológico Influenza

PROMOÇÃO DE SAÚDE NA EMPRESA

10/04/2012 ETAPAS NO DELINEAMENTO DO ESTUDO EXPERIMENTAL:


UNIFESP - HOSPITAL SÃO PAULO - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR.

17/07/2017. Semiprobabilística. Amostra. Amostra Probabilística. Estatística. Amostra Não probabilística TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM NOÇÕES DE AMOSTRAGEM

Medidas de Associação-Efeito. Teste de significância

Métodos de Amostragem Populações de Animais Silvestres Amostragem

Métodologia científica e estudos epidemiológicos observacionais. Jorge Barros, semestre 3

Programa BPC: Painel Hospitais

Teste de Hipóteses. Enrico A. Colosimo/UFMG enricoc/ Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1/24

Transcrição:

efeito > causa??? Coorte hipotética ou real Casos (doentes) Controles (não - doentes) Expostos Não-expostos Expostos Não-expostos Classificação da exposição

Tabela 2 x 2 caso controle exposto a b? não exposto c d? total a+c b+d Razão de chances exposição Razão de chances exposição b e d são frações, respectivamente, de expostos e não expostos na população que originou os casos. razão de chances exposição = razão chances doença

Casos Definição padronizada Tipo -incidentes -prevalentes (duração da doença; sobreviventes; mudança de exposição) Fontes -Serviços de saúde (ambulatório; hospital; notificação compulsória; registro de doenças) -Grupo populacional definido (escolares; residentes de um área geográfica)

Controles devem representar a distribuição de exposição na população que originou os casos; devem ser exatamente da mesma população que originou os casos ou de uma população com características relevantes similares aos casos; o processo de seleção independe do status de exposição; quantidade (máximo 4 controles para um caso).!!! mesmo quando casos e controles são da mesma população (ou similares) pode ocorrer viés de seleção!!! exs: perdas seletivas de potenciais controles e óbitos

Tipos de Controles populacional :menos suscetível a viés de seleção hospitalar # exposição não seja fator de risco para doença controle # viés de Berkson óbitos # as características relacionadas com o óbito estarão sobre-representadas

Tipos de controles vizinhança Seleção determinística - quando não é possível de definir a população que originou os casos ou quando há necessidade de controles saudáveis - reduz custo no processo de seleção # recusa ou casa vazia # pareamento por condições sócioeconômicas e ambientais (!!!sobrepareamento!!!) parentes* e amigos contribuem mais # hábitos comuns (!!!sobrepareamento!!!) *gêmeos - fatores genéticos

Qual(is) e quantos grupo(s) de controles? Ex1: estudo da doença de Hodgkin em São Paulo 2 grupos de controles: pacientes com câncer não linfático internados nos mesmos hospitais que os casos, pareados por idade e sexo e gêmeos dos casos. Ex2: estudo de anticorpos do virus Epstein-Barr, como várias doenças ou terapias podem alterar os níveis sorológicos selecionaram mais de um grupo controle: controles hospitalares: doadores de sangue; mulheres pós-parto e pacientes do serviço de ortopedia. Ex3: estudo sobre acidentes de trabalho e características individuais e sócioeconômicas em Pelotas 3 grupos controles: populacional, vizinhança e trabalho

Tipo de Controles x ética Doença de interesse: câncer de laringe exposição de interesse: infecção viral mensuração da exposição: biopsia qual o melhor grupo controle? seleção ética de controles : pacientes com lesões benignas de laringe.

Aferição da Exposição questionários (entrevistas; telefone; correios) registros médicos problemas com o respondente (memória/natureza da exposição) problemas com o observador (cegamento) Viés de Informação viés do observador viés do respondente viés de memória ou recall bias

Pareamento: quando? para controlar confundimento (introduz viés de seleção tende a hipótese de não associção - análise pareada) para controlar variáveis de difícil mensuração (estilo de vida; fatores genéticos) quando não se tem a lista de todos os controles elegíveis; Pareamento é vantajoso quando a distribuição da variável de confusão difere entre casos e controles # Pareamento para variáveis que não são confundidoras (variável relacionada somente com a exposição ou uma variável interveniente) compromete a eficiência do estudo

Análise OR (razão de chances de exposição) OR para estudos pareados (OR=b/c) controle exposto controle não exposto caso exposto a b caso não exposto c d OR de Mantel Haenszel para análise estratificada por variável de confudimento; Regressão logística.

Estudos caso-controle (tradicional) Vantagens relativamente baratos e menor tempo; investigar múltiplos fatores de exposição; investigar doenças raras; Limitações mais susceptíveis a viés de seleção e de informação; garantir a temporalidade; inadequado para investigar exposição rara; não estima a incidência da doença.

Estudos caso-controle numa coorte definida Desenhos híbridos ou ambidirecionais * combinam vantagens coorte e caso-controle; * seleção é a partir do status da doença de interesse e ocorre numa coorte bem definida num intervalo de tempo definido Seleção de controles (< risco de viés de seleção) * selecionados da coorte definida no início do período - case-cohort design * selecionados de indivíduos sob risco no momento que um caso ocorre - nested-case-control design

Vantagens OR é uma estimativa não enviesada do risco relativo ou razão de taxas; se excluir os casos do potencial grupo de controles, a estimativa do OR será semelhante ao do caso-controle tradicional. coletar alguma nova informação que não foi coletada para toda a coorte; reduzir o custo de mensurar a exposição