Palavras-chave: sistemas de custeio; custos; departamentalização; açougue.



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Transcrição:

SISTEMA DE CUSTEIO DO AÇOUGUE DO SUPERMERCADO GUGUY DE PARANAVAÍ - PR 1 RODRIGO BENETTI DA SILVA 2 ELINE GOMES DE OLIVEIRA ZIOLI 3 RESUMO: A departamentalização dos custos nos setores de uma empresa, deve ser realizada com a utilização de todas as ferramentas aplicáveis, para que possa ter a real dimensão dos custos. Na realidade do mercado mundial, cada centavo deve ser levado em consideração, tanto na mensuração dos custos, como no impacto que estes têm sobre o preço que é repassado aos clientes, objetivando com essa ação tornar a empresa mais competitiva, a fim de alcançar seu objetivo de gerar lucro, nos remetendo à grande importância da correta departamentalização dos custos; este visa descrever de que modo um correto sistema de custeio impacta na precificação dos produtos e no resultado final do Guguy Supermercados de Paranavaí, e teve como metodologia adotada em sua realização a pesquisa do tipo exploratória, de natureza quantitativa, tratando-se de um estudo de caso, onde depois de realizada a coleta de dados e a análise, permite a percepção de que o Supermercado Guguy, em seu setor do açougue, realiza a contabilização dos custos, porém de forma falha, onde alguns custos não são alocados, geralmente por conta da dificuldade da apuração, e essa análise permite um novo foco, pois traz para a empresa a oportunidade de rever seus custos, podendo assim estudar medidas para redução dos mesmos, o que atualmente é um fator de extrema importância para a gestão e sobrevivência da organização, e também o de rever os preços trabalhados, repassando aos clientes os custos que realmente impactam nos produtos ofertados, trazendo a preços mais justos e aplicáveis. Palavras-chave: sistemas de custeio; custos; departamentalização; açougue. 1 INTRODUÇÃO Diante do que se vê atualmente no mercado mundial, a crescente competitividade, a busca por bons resultados, e a luta por um espaço e uma boa colocação no mercado exigem das empresas um alinhado sistema de custeio. Com isso a empresa passa a ter conhecimento 1 Trabalho apresentado no GT2 - Contabilidade, Controladoria e tomada de decisão, na Semana Acadêmica Fatecie 2015 2 Acadêmico do 3 Ano de Ciências Contábeis, Fatecie. rodrigobenettidasilva@outlook.com 3 Mestranda em Administração, Universidade Estadual de Maringá. elinegomes@gmail.com 1

dos custos efetivos de seus produtos e/ou serviços, para melhor adequar seus preços, e estudar melhorias possíveis, como a redução dos custos. A Contabilidade de Custos é uma ferramenta muito útil para auxiliar na boa gestão das organizações, e se bem aplicados os sistemas que esta oferece, podem proporcionar resultados excelentes. Esta proporciona aos gestores informações precisas e importantes para nortear a tomada de decisões e as mudanças a realizar. Será objeto de pesquisa desse trabalho o açougue do Supermercado Guguy de Paranavaí no Paraná, por ser notável a quantidade de custos que envolvem esse departamento. Outro aspecto que nos motivou a escolher esse departamento como objeto de pesquisa é a dificuldade de implantação de um sistema de custeio exato no mesmo, pela alta circulação de produtos, da quantidade de itens comercializados, e pelo volume de vendas. Esses aspectos tornam necessária a adequação do departamento, pois quanto maior o volume, maior pode ser o impacto negativo de um sistema de custeio deficiente, o que pode prejudicar os resultados e desenvolvimento da organização, ao proporcionar aos gestores informações equivocadas, não refletindo a real situação do departamento dentro do resultado final da empresa. Com um sistema de custeio exato e alinhado com as demais informações, a empresa pode se tornar mais competitiva, repassando aos clientes valores justos e assertivos. Ao conhecer a margem de contribuição de cada item comercializado, e também o ponto e equilíbrio do departamento, é possível promover uma gestão coesa e focada. Possibilitando a empresa conhecer sua posição no mercado, e quais os passos e decisões a serem estudadas e consideradas, para que a empresa continue sendo competitiva e obtendo lucro. A departamentalização dos custos dentre cada um dos vários setores de uma empresa, deve ser realizada com a utilização de todas as ferramentas possíveis e aplicáveis, para que se possa ter uma real dimensão dos custos. Na atual realidade do mercado cada centavo deve ser levado em consideração, tanto na mensuração dos custos envolvidos, como no impacto destes no preço que é repassado aos clientes,objetivando com essa ação tornar a empresa mais competitiva. O problema a ser estudado neste trabalho para apontamento de possíveis melhorias gira em torno da contabilidade de custos, e da importância da mesma, que visa alocar corretamente as despesas e custos, diretos e indiretos, variáveis ou fixos, do setor em questão, diretamente aos produtos que são os fatos geradores desses, e uma melhor departamentalização. Em se tratando de um supermercado com vários setores, essa alocação dos custos, no que se refere ao consumo de embalagens, água e esgoto, energia elétrica, e os 2

benefícios com pessoal, entre outros, como uniformes e equipamentos de proteção individual, devem ser precisamente apurados. É importante salientar que a correta precificação dos produtos, com base em um sistema de custeio mais apurado, proporcionará uma coesão entre os custos e despesas alocados aos produtos, e o preço de venda praticado neste. Em um mercado competitivo é importante que a empresa trabalhe com preços ajustados a sua realidade, e tenha conhecimento dos custos e despesas a fim de poder adequá-los e reduzi-los. O problema a ser resolvido versa sobre, como o sistema de custeio correto de um departamento pode impactar na correta precificação dos produtos e no resultado do Guguy Supermercados de Paranavaí - PR? 2 REFERENCIAL TEÓRICO Serão expostos neste capítulo alguns conceitos e terminologias que se referem ao sistema de custeio variável e sistema de custeio baseado em atividades, e suas análises. 2.1 Contabilidade de Custos Apresentar algumas definições referentes à contabilidade de custos é relevante à medida que possibilita compreender o todo da atividade empresarial objeto da contabilidade. De acordo com Ribeiro (2009, p.20) podemos destacar os seguintes conceitos básicos: - Gasto: desembolso independente de ser a vista ou a prazo, destinado à obtenção de bens e/ou serviços, independente da finalidade destes. - investimentos: são superficialmente os gastos na aquisição de bens para uso imediato, ou futuro. - Custo: a soma dos gastos com bens e/ou serviços utilizados na produção de outros bens e/ou serviços. - Despesa: são os gastos não diretamente ligados ao produto final, mas que são necessários à atividade da empresa. - Desembolso: é o pagamento efetivo da aquisição de um bem e/ou serviço. 3

2.2 Sistemas de custeio O Sistema de Custeio é a forma das organizações alocarem os custos aos seus produtos ou serviços. Apresenta a finalidade de demonstrar o custo relativo ao produto ou serviço oferecido pela empresa, possibilitando uma eficiente precificação dos produtos e apurar o resultado final da empresa. 2.2.1. Custeio Variável ou Custeio por Absorção De acordo com Oliveira e Perez Jr. (2005), custeio por absorção é o método de custeio derivado da aplicação dos princípios contábeis geralmente aceitos, é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal. Segundo os autores o sistema de custeio por absorção se baseia em apropriar todos os custos fixos e variáveis, diretos ou indiretos da produção ou da atividade desenvolvida, aos bens e serviços produzidos. A apropriação dos custos diretos se dá por meio da apropriação direta, enquanto que os custos indiretos são apropriados por meio de sua atribuição com base em critérios de rateio, direcionando as despesas diretamente para o resultado e contabilizando os custos somente do que foi comercializado naquele período, considerando os demais como estoque. Neste sistema, com base em Santos et al (2006), é possível estabelecer um custo total que acrescido de um lucro desejado, direciona o preço de venda. Entretanto, essa ideia se mostra ultrapassada, pois antigamente a organização delimitava o preço do que era ofertado, mas hoje a realidade já não é a mesma, caso o empresário tome essa forma de formação do preço de venda não terá condições de se manter mercado, que atualmente é quem determina o preço a ser trabalhado, restando ao empresário buscar alternativas de redução dos custos. Na visão de boa parte dos empresários, de acordo com Santos et al (2006, p. 100), esse sistema apresenta melhor sistemática, pois aparenta apropriar mais corretamente todos os custos e despesas aos produtos chegando a um valor mais próximo do real. O que permite conforme aponta o autor, estabelecer um resultado desejado sobre cada um dos produtos, mas tem na contrapartida a insegurança de se esses resultados realmente serão alcançados, pois lucros pré programados com base nesse sistema podem não ser aceitos pelo mercado, vindo a ser considerados não competitivos, e impactando na redução do volume das vendas. Mas apesar dessas restrições, o sistema de custeio por absorção não pode ser descartado, porque o custo tem várias abrangências, não sendo apenas o preço de venda, e 4

ainda sobre a visão da contabilidade é um dos sistemas de custeio legalmente aceitos, conforme Santos et al (2006, p. 101). 2.2.2. Custeio Por Atividade Ou Custeio ABC (Activity-BasedCosting) Seguindo o que nos apresenta Oliveira e Perez Jr. (2005), o sistema de Custeio por Atividade, também conhecido por custeio ABC, tem como base para seus cálculos, a análise das atividades desenvolvidas pela empresa. Um exemplo que podemos citar são os gastos indiretos ligados aos bens ou serviços ofertados pela organização, diferenciando-se do custeio por absorção, no que se diz respeito aos parâmetros utilizados para a alocação dos custos indiretos, e da minuciosa análise dos mesmos. Nesse sentido, podemos entender que o Custeio por Atividade seja uma versão do Custeio por Absorção melhorada, pois como nos apresenta Martins (2003) ele visa diminuir as possíveis distorções provocadas pela realização do rateio arbitrário dos custos indiretos. Conforme complementa Martins (2003) devido ao rápido e crescente avanço tecnológico e a necessidade que as empresas têm na alocação dos Custos Indiretos de Produção aos produtos e serviços, o sistema de custeio ABC é uma excelente ferramenta, e torna-se essencial para o devido controle e gestão assertiva dos custos indiretos e que também pode ser aplicado aos custos diretos, principalmente à mão-de-obra direta. Desta forma, podemos compreender que esse tipo de custeio é um instrumento essencial e extremamente útil para a Contabilidade de Custos, fazendo com que o Custeio por Absorção torne os custos dos produtos e serviços com sentidos mais lógicos, eliminando o máximo possível de erros e diferenças arbitrárias no tratamento e apuração dos custos. Na concepção de Martins (2003) o Sistema de Custeio ABC, é algo muito mais importante do que o simples custeio de produtos, é uma ferramenta poderosa para a gestão de custos, possibilitando sua análise sob duas visões: a visão econômica de custeio, chamada de vertical, e a visão de aperfeiçoamento de processos, chamada de horizontal. A primeira, tem o sentido de apropriar os custos às atividades realizadas dentro de cada departamento, seguindo o mesmo contexto apresentado anteriormente, e a segunda visão, apresenta que o conjunto de atividades realizadas dentro de cada departamento forma um processo, permitindo que esse, por sua vez, seja analisado, custeado e aperfeiçoado para melhorar cada vez mais o desempenho dessas atividades dentro das organizações (MARTINS, 2003). 5

2.3 Conceito de Margem de Contribuição Margem de contribuição pode ser conceituada como a diferença entre o valor das vendas e os custos e despesas variáveis do que foi vendido, podendo ser um produto, mercadoria ou uma prestação de serviços, ou seja, é a análise da participação que cada venda terá no que se refere ao pagamento dos custos e despesas fixas. Martins (2010, p.179), nos propõe o conceito de margem de contribuição por unidade como a diferença do preço de venda e do Custo Variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado 4 sem erro. A análise da margem de contribuição é de extrema importância, pois aponta quais produtos, ou serviços que mais contribuem para o lucro da empresa. Permitindo aos gestores focar na produção ou comercialização dos produtos ou serviços que mais contribuem para os resultados positivos da organização, como forma de melhorar seus resultados, auxiliando na formação dos preços de venda, e na tomada de decisão entre produzir ou comprar. 2.4 Conceito de Ponto de Equilíbrio ou Break-Even Point Break-even point, ou ponto de equilíbrio, representa o lucro zero, ou o ponto em que a receita total é igual ao custo total de determinado período, é a partir desse ponto que a empresa começa a gerar seus lucros. Esse conceito é o mais utilizado pelas organizações, mas é pouco citado pela literatura econômica, pois ao contrário desta não considera os custos de oportunidade, mas apenas os custos contábeis explícitos. Como nos apresenta Neves e Viceconti (2012), onde supondo que uma empresa que vá atuar em um mercado competitivo, tendo que aceitar o preço deste mercado como um dado, terá como objetivo imediato produzir e vender uma quantidade determinada de produtos que, ao menos, garanta que a sua Receita Total seja igual ao seu Custo Total, estando assim no ponto em que as receitas e custos se igualam. Ou seja: RT = CT + DT 4 Imputado: ter-lhe sido atribuído, acusado, delegado. 6

RT = Receita Total; CT = Custos Totais; DT = Despesas Totais; Sendo: RT = Receita = Volume (Q) Multiplicado por um Preço Unitário (PVU); CT = Custo Total = Custos Variáveis (CV) + Custos Fixos (CF); DT = Despesa Total = Despesas Variáveis (DV) + Despesas Fixas (DF); CV = Volume (Q) Multiplicado por um Custo Variável; DV = Volume Multiplicado por uma Despesa Variável Unitária; CF = Custos Fixos de um Período; DF = Despesas Fixas de um Período; Q = Volume Físico de Vendas. Levando em consideração que os custos fixos (CF) não se alteram em relação à produção, podemos concluir que graficamente este poderia ser representado por uma reta paralela ao eixo X, como visto no gráfico 01. E que os custos variáveis (CV) se alteram conforme o volume de produção, ceteris paribus 5, concluímos que este pode ser representado graficamente por uma equação de primeiro grau inclinada positivamente, como apresentado no gráfico 01. Desta maneira, somando os custos fixos e os custos variáveis podemos chegar ao valor dos custos totais (CT), que pode ser representado como uma reta paralela aos custos variáveis e deslocada no eixo Y um valor igual ao custo fixo, conforme exemplificado no gráfico 01. Gráfico 01 - Representação dos Custos Fonte: Neves e Viceconti (2012) 5 Expressão em Latim que significa tudo o mais permanece constante. 7

Sabendo que a receita (RT) é formada pelo volume de vendas, ceteris paribus, e que esta pode ser representada graficamente por uma equação de primeiro grau, assim como os custos variáveis, porém mais inclinada, conforme exemplificado no gráfico 02. Ao traçarmos o gráfico da receita total e dos custos totais, no ponto em que elas se encontrarem teremos o Break-even Point, onde a empresa não apresentará lucro ou prejuízo, apenas gerará recursos suficientes para pagar seus gastos. Gráfico 02: Demonstração gráfica do ponto de equilíbrio. Fonte: Neves e Viceconti (2012) O ponto de equilíbrio pode vir a ser classificado de forma simples em três modelos, o contábil, o financeiro e o econômico, e serem analisados de acordo com a necessidade e interesse da empresa. 2.4.2 Ponto de Equilíbrio Contábil Este é o que se baseia em dividir os custos e despesas fixas, pela margem de contribuição, esta que se trata do valor das vendas, diminuído dos custos e despesas variáveis, podendo a empresa fazer uso deste resultado para amortizar custos fixos e auferir lucro. Temos: PEC = CF + DF MC Onde: PEC = Ponto de Equilíbrio Contábil; 8

CF = Custos Fixos; DF = Despesas Fixas; MC = Margem de Contribuição Percentual ou Unitária. 2.4.3 Ponto de Equilíbrio Financeiro Já na base deste não são considerados custos e despesas que não irão implicar em desembolso efetivo no determinado período, como por exemplo, a depreciação, ou ativos que serão amortizados, ou seja, que são considerados os desembolsos fixos efetivos. Temos: PEF = CF + DF PR + DFN MC Onde: PEF = Ponto de Equilíbrio Financeiro; CF = Custos Fixos; DF = Despesas Fixas; PR = Provisões; DFN = Despesas Financeiras; MC = Margem de Contribuição Percentual ou Unitária. 2.4.4 Ponto de Equilíbrio Econômico Este tem a mesma base do ponto de equilíbrio contábil, com o acréscimo da remuneração ou lucro esperado, ou o chamado custo de oportunidade. Temos: Onde: PEC = CF + DF + RC MC PEC = Ponto de Equilíbrio Econômico; CF = Custos Fixos; DF = Despesas Fixas; RC = Remuneração do Capital; MC = Margem de Contribuição Percentual ou Unitária. 9

O ponto de equilíbrio é um importante instrumento de análise e avaliação, cabendo às organizações escolher qual o melhor modelo a ser empregado à sua realidade e necessidade. 2.5 Sistema de Rateio De acordo com Martins (2010, p.79): Todos os Custos Indiretos só podem ser apropriados, por sua própria definição, de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento de custos etc. todas essas formas de distribuição contém, em menor ou maio grau, certo subjetivismo; portanto a arbitrariedade sempre vai existir nessas alocações, sendo que ás vezes ela existirá em nível bastante aceitável, e em outras oportunidades só a aceitamos por não haver alternativas melhores. (Há recursos matemáticos e estatísticos que podem ajudar a resolver esses problemas, mas nem sempre é possível sua utilização). Os custos indiretos só podem ser alocados aos produtos por meio de rateio, que basicamente consiste em dividir o valor apurado, pelo fator que pode ser metros quadrados, ou horas máquina por exemplo. 2.6 Departamento e Departamentalização Conforme trata Martins (2010, p.65): Departamento é a unidade mínima administrativa para a Contabilidade de Custos, representada por pessoas e máquinas (na maioria dos casos) em que se desenvolvem atividades homogêneas. Diz-se unidade mínima administrativa porque sempre há um responsável para cada departamento ou, pelo menos, deveria haver. Departamentalização consiste na alocação de todos os custos aos seus respectivos departamentos, para assim haver um controle mais exato, e corretamente apurado. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia utilizada na realização deste trabalho é do tipo exploratória que conforme Gil (1999, p.43): As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. 10

(...) Pesquisas exploratórias são desenvolvidos com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, a cerca de determinado fato. Quanto à natureza deste trabalho, trata-se de uma pesquisa quantitativa, onde pode entender como pesquisa quantitativa as pesquisas que tem como propósito alcançar resultados reais. Segundo Richardson (2008, p.70) O método quantitativo, como o próprio nome indica, caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meios de técnicas estatísticas. O método trata-se de um Estudo de Caso, segundo Gil (2008, p.57) Estudo de Caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetivos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado. Estudo de Caso é o estudo aprofundado de um tema a onde se consegue alcançar com detalhes o tema escolhido. Para a realização deste trabalho, inicialmente foram levantados aspectos bibliográficos sobre os conteúdos que dizem respeito aos sistemas de custeio e departamentalização, e em seguida feitos os levantamentos junto ao Supermercado Guguy de Paranavaí-Pr, por meio da análise dos relatórios disponibilizados, e após o levantamento desses dados, os mesmo foram organizados de forma a se tornarem compreensíveis aos interessados, e foram alinhadas as possíveis mudanças no sistema utilizado para custeio do açougue, caso a empresa julgue cabível e aplicável. 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 4.1 Caracterização da Empresa A empresa pesquisada é uma das três unidades dos Supermercados Guguy, situada em Paranavaí, no noroeste do Paraná, unidade esta que atua na região a mais de 10 anos. Trabalhando atualmente com cerca de 25 mil itens em seu mix de produtos, em um espaço físico de aproximadamente dois mil metros quadrados de área de venda para exposição destes, de um total de aproximados 5.000 metros quadrados de área geral, e conta com uma equipe de 137 funcionários, entre operacionais e administrativo, em período integral e meio período, além das possibilidades de estágio ofertadas, atendendo a aproximadamente 510 clientes, em média, por dia. 11

4.2 Apresentação dos dados Visando alcançar os objetivos propostos neste trabalho, foram coletados dados e informações cedidas pelo Supermercado Guguy, em sua maioria na forma de relatórios e planilhas. Respeitando a premissa de representar os valores e quantidades apresentados em escala pré determinada em consenso com a empresa, não expondo assim a privacidade dos números da mesma, porém mantendo a assertividade dos dados.também por meio de análises realizadas durante as visitas, como a exposição dos produtos, se possuem embalagens diferenciadas, além de observar a rotina de trabalho dos envolvidos. Foi percebido durante a análise da rotina dos 10 (dez) funcionários do açougue, que o quadro de horários do departamento, foi organizado de forma eficaz após um estudo minucioso. Pois em todo o período de funcionamento do supermercado, os balcões e vitrines de exposição dos produtos estão bem abastecidos e organizados, e sempre tem alguém para atender aos clientes, além dos que estão envolvidos na desossa, embalo, corte, separação e toda a manipulação necessária aos processos do departamento, além da manutenção da higiene do mesmo. Com os dados escolhidos para apresentação, foi tomado por base o mês de agosto de 2015, para a confecção da tabela a seguir: Tabela 1 - Apuração de Resultado Fonte: dados apurados na pesquisa Na tabela apresentada acima estão expostos os valores referentes ao mês de agosto, levando em consideração que são de acordo com os cálculos de custos utilizados atualmente, onde nos demais custos considerados estão englobados a folha de pagamento, os encargos sociais e as embalagens utilizadas no departamento, de acordo com a tabela seguinte: 12

Tabela 2 - Demais Custos Considerados Fonte: dados apurados na pesquisa Porém, foi detectado que alguns custos não são alocados aos produtos comercializados, como os que seguem na tabela abaixo: Tabela 3 - Custos não Considerados no C.M.V. Fonte: dados apurados na pesquisa Os Equipamentos de proteção individual (EPI s), que são botas de borracha, aventais e luvas, os materiais de uso, que são materiais de limpeza, ganchos, facas entre outros, as manutenções realizadas nas máquinas, equipamentos, e também na estrutura física, os uniformes, a depreciação das máquinas e equipamentos, além de luz e água, não são considerados nos custos apurados para o departamento. No caso da água e esgoto e da energia elétrica, foi usado o sistema de rateio para cálculo dos valores, considerando o total da cota de energia, dividido pelo tamanho da área ocupada pelo açougue. 4.3 Análise e interpretação dos resultados Considerando todos os conhecimentos obtidos para realizar a análise dos dados apresentados, pode-se detectar a existencia de falha no sistema utilizado pela empresa para cálculo dos custos do açougue. Pois foram identificados custos que não são alocados ao 13

departamento, sendo direcionados direto para o resultado da empresa; na tabela abaixo estão relacionados os custos que a empresa não considera em seus cálculos. Tabela 4 - Alocação dos Custos totais Fonte: dados apurados na pesquisa Traçando um comparativo com o resultado anteriormente calculado pela apuração dos custos, sem considerar todos os custos percebidos, nota-se uma redução de 1,36%, no resultado do setor. O que atualmente é considerado não é a situação real, trazendo a questão de que se deve estudar uma maneira de reduzir os custos, ou uma reavaliação dos preços atualmente utilizados. Mesmo que o departamento apresente um resultado positivo, este ainda é inferior ao que a empresa acredita ter, indo de certa forma na contramão do que nos expõe Crepaldi (2010, p.2): A Contabilidade de Custos planeja, classifica, aloca, acumula, organiza, registra, analisa, interpreta e relata os custos dos produtos fabricados e vendidos. Uma organização necessita ter uma contabilidade de custos bem estruturada para acompanhar e atingir seus objetivos em um mercado dinâmico e globalizado. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Depois da realização da coleta de dados e informações e analisada a discussão teórica em torno do tema tratado, verificamos que o Supermercado Guguy, em seu setor do açougue, realiza a contabilização dos custos envolvidos em seus processos. Porém, identificamos a 14

existência de uma falha, pois alguns custos relativos aos processos não são alocados aos produtos, geralmente por conta da dificuldade de apuração destes. Com a utilização do Sistema de Custeio Variável e empresa tem conseguido alocar parte dos custos aos seus produtos, ou seja, estão sendo utilizados métodos subjetivos para essa tarefa. Essa alocação a partir do sistema de custeio variável está em conformidade com os princípios da contabilidade de custos, porém sugere-se que a empresa venha a utilizar critérios mais minuciosos como os utilizados no Sistema de Custeio ABC. Dessa forma, todos os custos realmente envolvidos no processo de suas atividades, serão considerados e alocados aos produtos comercializados, como por exemplo, os custos de energia elétrica, ou de água e esgoto, que pelo sistema de rateio tornam possível sua apuração e alocação. Com essa mudança de utilização de sistema de custeio a empresa terá um valor mais exato dos seus custos, e um resultado mais bem apurado, e real, tornando a gestão da organização mais assertiva, e com uma visão mais apurada da real situação da empresa. Essa análise permite um novo foco, pois traz para a empresa a oportunidade de rever seus custos, podendo assim estudar medidas para redução dos mesmos, o que atualmente é um fator de extrema importância para a gestão e sobrevivência da organização. Além de permitir a empresa rever os preços trabalhados, repassando aos clientes os custos que realmente impactam os produtos ofertados, trazendo a preços mais justos e aplicáveis. 15

REFERÊNCIAS CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010. GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1999. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 Ed. São Paulo: Atlas, 2008. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2010. NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo V. E. Contabilidade de custos um enfoque direto e objetivo. 9. ed. São Paulo: Frase, 2012. OLIVEIRA, Luis Martins de; PEREZ Jr., José Hernandez. Contabilidade de Custos Para Não Contadores. 2 ed. São Paulo: Atlas 2005. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2009. SANTOS, José Luiz dos; et al. Fundamentos de Contabilidade de Custos: Coleção Resumos de Contabilidade. Vl 22. São Paulo: Atlas 2006. 16