Congresso Internacional de Línguas e Culturas Lusófonas no Mundo, 28 e 29 de maio de 2013, Sorbonne Nouvelle, Institut du Monde Anglophone, Paris



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Transcrição:

Os desafios e o valor social e cultural da língua portuguesa Mário Filipe Língua com presença particularmente relevante em África e na América do Sul, uma presença multissecular na Europa, mas também presente na Ásia, tem hoje, por opção consciente dos países e regiões que a adotaram como sua língua oficial, um peso demográfico e geopolítico que justifica, também pela dinâmica de intervenção internacional crescente dos países da CPLP, uma necessidade de presença efetiva nos organismos internacionais de decisão política multilateral. Os desafios presentes da língua Portuguesa, como os da sua afirmação nos fora internacionais, da sua valorização enquanto língua de aprendizagem quer nos sistemas curriculares de ensino, quer fora dele, e o da valorização das culturas que se expressam nesta língua e também enquanto língua de ciência, são desafios partilhados pelas grandes línguas internacionais. Quando maior for a sua exposição pública, nos media tradicionais ou na internet, maior será a sua contribuição para a valorização social daqueles que a falam, seja como língua materna ou como língua estrangeira. Maior exposição deve significar maior utilização, maior exposição aos falantes ou àqueles que, ainda que passivamente, a passam a reconhecer mesmo que não a percebam. Ao crescimento dos falantes corresponde igualmente um maior grau de atratividade para novos falantes. Valor social e valor económico da língua não são dissociáveis. A imagem de uma língua economicamente valorizada tem reflexos na valorização social dos seus falantes. A consciência do falante do estatuto da língua, ou das línguas, que usa determina a forma como age e reage perante a possibilidade ou 1

impossibilidade de usar a sua língua, por exemplo, num congresso ou numa comunicação com a administração com os centros de poder e decisão, ou na rua, em casa, no meio familiar ou com amigos. Um falante de determinada língua em ambiente exógeno 1, que fale não só a sua língua materna mas também a língua do país em que vive, pode, numa situação de comunicação pública com outros interlocutores que a partilhem usar a sua língua materna e não a do país em que está. Não está necessariamente a revelar falta de integração no local onde vive, significa apenas que se sente à vontade para o fazer, tem consciência de que naquela situação pode usar a sua língua e não outra. Não se sente reprimido ao fazê-lo. Para um francês, um espanhol ou um inglês, essa parece ser a atitude natural. Estes falantes têm consciência do valor social e do prestígio da sua língua, quer falem outras línguas estrangeiras, querem sejam monolingues. A consciência do valor social e cultural de uma língua começa no falante e na consciência que o próprio tem da sua língua. Se um falante em situação social exógena tem uma baixa autoestima linguística e cultural, terá tendência a não se fazer notar falando a sua língua e apagando o que culturalmente o identifique como pertencente ao seu grupo de origem, mesmo em situações em que o poderia fazer. Neste caso, falar a língua daquele que o falante mais valoriza, funciona como uma tentativa de escalar na direção ao que supõe ser uma forma de aceitabilidade ao grupo de acolhimento e de integração social. Independentemente da realidade demonstrar muitas vezes o contrário, (ou porque o seu nível de proficiência na língua do grupo de acolhimento o denuncia como não pertencente ao grupo, ou porque não partilha o background cultural), um falante que se autolimita no uso da sua língua e cultura de origem e não é reconhecido como par pelo grupo em que se pretende integrar, vive uma dupla desvalorização, a sua própria e a do grupo em que esforçadamente, pretende integrar-se. E a integração tão desejada passa a ser a marca da sua marginalização. A integração não se faz pelo apagamento mas pela soma das diferenças é a base das relações interculturais. 1 Por exemplo um falante de língua materna portuguesa em França. 2

Da mesma forma a presença da língua portuguesa nas organizações internacionais, tem reflexos na sua imagem externa, como é vista pelos falantes de outras línguas e pelos interlocutores internacionais. Mais próximos das pessoas e das famílias, a presença da língua portuguesa nos sistemas de ensino dos países onde residem, deverá ser entendida como um fator acrescido de reconhecimento do valor da sua língua pelos membros das comunidades de língua portuguesa. Quando um país toma a decisão de introduzir a língua portuguesa no seu sistema de ensino está a reconhecer-lhe valor e está a transmitir um sinal aos seus cidadãos sobre o seu interesse em que se aprenda essa língua. O estudo sobre o Potencial Económico da Língua Portuguesa (Reto, org., 2012), patrocinado pelo Camões IP, refere o que designa como efeito de rede e esse é um fator relevante para a atratividade de uma língua. Quando a Argentina introduz a língua portuguesa como língua estrangeira no seu sistema de ensino não está apenas a dar cumprimento a uma orientação enquanto membro do Mercosul, está a reconhecer perante os seus cidadãos o valor e a necessidade da aprendizagem desta língua e, por essa via, a aumentar o seu valor social e cultural. Quando a Namíbia decide que a língua portuguesa seja ensinada nas suas escolas, a par de outras línguas estrangeiras, está a reconhecer o valor da língua portuguesa e a sua importância económica, mas também o valor social para os que a aprendem. Os 30 mil alunos que, no Senegal aprendem português, fazem-no não só porque a língua está disponível no sistema mas porque, estando no sistema, tem valor intrínseco. Os desafios da língua Portuguesa são os de uma grande língua. São os desafios da formação, da qualidade dos docentes e das aprendizagens, são os desafios da certificação dessas aprendizagens com valor oficial. As comunidades de língua portuguesa residentes no estrangeiro (dentro e fora da UE) nomeadamente as gerações mais novas têm aqui um papel a desempenhar. Fazer-se ouvir, falando não só a língua do país onde vivem e trabalham, mas também afirmando o uso da sua língua e das suas culturas, 3

estão a torná-la familiar aos ouvidos e olhos dos grupos locais com quem interagem. O que vemos hoje um pouco por todo o mundo, e a China é um dado importante neste olhar porque adotou uma estratégia muito clara em relação à língua falada nos países da CPLP, é o resultado da rede que a língua portuguesa agregou. A sua pluricontinentalidade, o facto de, em continentes diferentes os países que falam português estarem perante a perspetiva de grande desenvolvimento num futuro que é visível já nesta geração, tem aguçado junto dos mais atentos, a visão de quem quer estar na primeira linha das oportunidades económicas e de desenvolvimento que estes países estão a criar. Brasil, Angola e Moçambique têm condições para se afirmar regionalmente mas podem ambicionar, como é o caso do Brasil, a desempenhar um papel mais determinante, quer no âmbito das Nações Unidas, quer no âmbito das organizações internacionais das regiões em que se inserem. A influência conjugada que exercem nos fora internacionais de que fazem parte permite que essa rede tenha ramificações em todas as outras, para além daquelas em que cada um participa. Neste aspeto, a descontinuidade geográfica ao contrário de ser vista como um conjunto de países isolados, linguisticamente ilhas de falantes de português, rodeadas de falantes de outras línguas oficiais como o espanhol, o francês, ou o Inglês, são antes pontes e pontos de união entre falantes da mesma língua que exercem também eles a sua influência sobre os outros países, intérpretes de outras línguas globais. Uma língua beneficia da rede e devolve aos países que a falam o benefício de fazerem parte de um conjunto que vai construindo uma imagem que se vai fortalecendo, quando as condições, como é o caso da língua portuguesa, são favoráveis ao seu desenvolvimento e crescimento. 4

Esta realidade incorpora a imagem que o falante tem da sua língua e esta relação entre valor económico, valor social e projeção cultural, contamina a imagem que os não falantes têm dessa língua e produz, por essa via positiva, o desejo de a aprender. Não está tudo feito, muitos desafios permanecem e permanecerão, porque isso faz parte da dinâmica das línguas e dos povos que as falam. A 2.ª Conferência sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, que terá lugar a 29 e 30 de outubro próximos, irá dedicar-se a muitos destes desafios. Para além da discussão sobre os temas que foram abordados na 1.ª Conferência em Brasília, em 2010, e que estiveram na base do Plano de Ação de Brasília, e da avaliação sobre os progressos alcançados na execução desse Plano, a 2.ª Conferência, terá como tema geral a Língua Portuguesa Global: Internacionalização, Ciência e Inovação, que versará a questão da língua portuguesa, não só como língua de cultura e de cultura científica mas como língua de ciência e inovação, nos mais diversos domínios do saber e nos mais diversos suportes, particular na internet, enquanto recursos digitais e no processamento computacional da língua portuguesa. Será uma Conferência em que a sociedade civil terá oportunidade de influenciar os decisores políticos, pela reflexão, pelos contributos e pela enunciação dos desafios a que os decisores deverão continuar a dar resposta. Os decisores são naturalmente os Governos dos países membros da CPLP, que, conjuntamente, continuarão a buscar formas consensualizadas de ação conjunta, para o desenvolvimento interno e externo da Língua Portuguesa, como contribuição para um diálogo constante, num mundo multilingue, de uma sociedade global plurilingue de que, quer as línguas nacionais de cada país, quer a língua portuguesa que com elas contacta quotidianamente, sejam exemplo de diálogo intercultural e de desenvolvimento educacional e económico. Palavras-chave: Língua Portuguesa, Política de Língua, Valor Social, Valor Económico, Desenvolvimento, Língua de Ciência. 5

Bibliografia: Calvet (L.-J.), (2006). Les fractures linguistiques, Bulletin suisse de linguistique appliquée, Institut de linguistique No 83, 2006, xx-xx ISSN 1023-2044 Université de Neuchâtel. Cooper, Robert, L. (1989), Language Planning and Social Change, Cambridge, Cambridge University Press. Filipe, Mário, (2005) Promoção da língua portuguesa no mundo : hipótese de modelo estratégico, Universidade Aberta, Lisboa. Juillard, C., Calvet, L.-J. et alii, Eds. (1996). Les politique linguistiques, mythes et réalités. Universités Francophones.Montréal, AUPELF-UREF. Plano de Ação de Brasília para a Promoção, a Difusão e a Projeção da Língua Portuguesa, (2010), Brasília, Reto, Luís (org.) et alii, (2013) Potencial Económico da Língua Portuguesa, Texto Editores, Lisboa. 6