Atração de Novos Investidores no Segmento



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Transcrição:

PAINEL DE DEBATES Atração de Novos Investidores no Segmento de Geração Termelétrica Rio de Janeiro, 26 de abril de 2007

1. REGULAÇÃO E PLANEJAMENTO DA EXPANSÃO NECESSIDADE DE UMA REGULAÇÃO QUE PROMOVA: EQUILÍBRIO ADEQUADO ENTRE MODICIDADE TARIFÁRIA INCENTIVO AOS INVESTIDORES 2

TEMAS PARA DEBATE (I) (II) Os preços-teto que vêm sendo considerado nos leilões de energia nova (125 R$/MWh para hidrelétricas e 140 R$/MWh para termelétricas) têm atingido o equilíbrio desejável entre modicidade tarifária e incentivo aos novos investidores? Quais os parâmetros que deveriam ser considerados para aferir a adequacidade dos preços-teto? Quando se fala em modicidade tarifária, em geral, leva-se em conta apenas o preço final da energia resultante dos leilões, para o consumidor final. No entanto, não se leva em conta o custo de um eventual déficit de energia, caso o resultado do leilão de energia não tenha um montante adequado de geração hidrelétrica e/ou geração térmica de base. De que forma isto deveria ser levado em conta? Deveriam ser criados leilões separados por tipo de fonte? Como considerar o custo de um eventual déficit nos preços finais da energia? 3

(III) Todas as vezes que se fala, em teoria, em equilíbrio entre modicidade tarifária e incentivo aos investidores, sabe-se que, como é difícil estabelecer, a priori, este ponto de equilíbrio, o regulador tende a puxar mais pela modicidade tarifária. Também em teoria, este equilíbrio seria possível com um mercado maduro. No entanto, o nosso sistema efetivamente exige uma regulação bem ativa para se evitar poder de mercado e falhas de mercado. Quais seriam, então, as sugestões aos reguladores e planejadores para melhor incentivar os investidores a participarem do mercado regulado? O Mercado Livre tem participado da expansão do sistema? Quais os comentários ou sugestões a respeito? 4

2. PENALIDADES PREVISTAS PARA OS GERADORES TERMELÉTRICOS Estão previstas penalidades bastante rígidas para Geradores Termelétricos e algumas, inclusive, discutíveis. Dificilmente um órgão financiador aceitará efetivar o financiamento de um tipo de projeto que tenha cláusulas tão severas de penalidade, que podem até levar o agente a situações financeiras de risco. Existem penalidades severas e excessivas, com relação aos seguintes aspectos: Montante da penalidade totalmente em desacordo com o fato motivador (ex.: penalidade por insuficiência de lastro, podendo chegar ao PLDmáx); Penalidades excessivas por fatores fora do controle do agente gerador (ex.: falta de combustível, podendo chegar ao PLDmáx); Penalidades duplas e triplas pelo mesmo fator; Corte da Garantia Física do empreendimento reduzindo sua capacidade de comercialização. 5

TEMAS PARA DEBATE (I) (II) As penalidade previstas estão compatíveis entre geradores hidrelétricos e termelétricos? As penalidades por falta de combustível para térmicas são muito rigorosas. Os fornecedores de quaisquer tipos de combustível, ao assinarem contratos com os agentes geradores, não aceitam colocar nestes contratos os mesmos montantes de penalidades preconizados pelo regulador do setor elétrico. Como minimizar este problema, sem afugentar o investidor de termelétricas? 6

(III) O número excessivo de penalidades impostas aos geradores termelétricos remete à dúvida conceitual: o que utilizar, neste caso: regulação por penalidade ou regulação por premiação de eficiência? No 2º caso, o incentivo a investidores é muito mais forte, enquanto o 1º caso, em geral, é utilizado em um mercado ainda não maduro, com agentes ainda não comprometidos com o setor. Seria este o caso do sistema brasileiro? Não seria mais adequado tentar um mix mais forte de penalidades e premiações? O que seria mais efetivo? Seria possível identificar as causas de tão forte regulação por penalidade? 7

3. ENCARGOS, TARIFAS E IMPOSTOS PARA GERAÇÃO Taxa de Administração do ONS TFSEE Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica COFURH Compensação Financeira pelo Uso de Recursos Hídricos TUST Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (Fio) TUSD Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Fio) CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido P&D Pesquisa e Desenvolvimento IR - Imposto de Renda RGR Reserva Geral de Reversão PIS/COFINS Taxa Condominial CCEE PASEP 8

TEMAS PARA DEBATE (I) (II) Quais os encargos, tarifas e impostos que poderiam ser minimizados, para geradores térmicos? Os encargos e tarifas têm afetado a distribuição de novos empreendimentos por Estado da Federação? Isto tem sido adequado em termos de previsões no planejamento? 9

4. MATRIZ ENERGÉTICA SETORIAL: ATUALMENTE: GERAÇÃO HIDRELÉTRICA 85% GERAÇÃO TERMELÉTRICA 14% OUTRAS FONTES 1% ACRÉSCIMO DE GERAÇÃO NOS ÚLTIMOS LEILÕES DE ENERGIA NOVA: ACRÉSCIMO TOTAL 6.062 MWmed LEN DEZ/2005 3.286 LEN JUN/2006 1.672 LEN OUT/2006 1.104 GERAÇÃO HIDRELÉTRICA 43% GERAÇÃO TÉRMICA DE BASE (Gás Natural, Gás de Processo e Carvão) GERAÇÃO TÉRMICA FLEXÍVEL (Óleo Diesel e Óleo Combustível) FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA (Biomassa) 39% 15% 4% 10

TEMAS PARA DEBATE (I) (II) Qual a melhor forma de determinação da Matriz Energética ÓTIMA? menor preço menor preço com menor risco de racionamento risco de racionamento praticamente eliminado Os resultados dos leiloes de energia nova têm correspondido às expectativas de diversificação de combustíveis, segurança energética e modicidade tarifaria, preconizados nas análises de planejamento da expansão? 11

(III) Para entrar nos leiloes de energia nova, os agentes geradores devem considerar as suas respectivas tarifas pelo uso do sistema de transmissão (TUST) nas receitas fixas. Teoricamente, as TUST s deveriam espelhar os diferentes impactos que cada tipo de geração nova traria sobre o preço total da energia. Esta metodologia tem retratado adequadamente as diferenças de custos de transmissão entre projetos hidrelétricos e termelétricos? De qualquer forma, eventualmente, os resultados dos leilões de energia nova têm sido distorcidos pela consideração inadequada entre impactos de transmissão decorrentes de projetos hidrelétricos e termelétricos? 12

5. LEI DO GÁS NATURAL Projeto de Lei n 226/2005 Autor: SENADOR Rodolpho Tourinho Ementa: Dispõe sobre a importação, exportação, processamento, transporte, armazenagem, liquefação, regaseificação, distribuição e comercialização de gás natural. IMPORTÂNCIA: Segurança Regulatória Balizamento para novos investimentos Medidas estruturais de expansão do sistema de transporte de gasodutos baseadas na Lei do Gás 13

TEMAS PARA DEBATE (I) (II) Quais os pontos mais importantes que deveriam estar contidos em uma legislação específica do Gás Natural? Quais os pontos mais fortes e os mais fracos do Projeto de Lei ora em tramitação na Câmara dos Deputados? (III) Quais as melhorias esperadas para os investidores em geração térmica, após a promulgação da Lei específica do Gás Natural? 14

ABRAGET Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas Av. Rio Branco 53/1301 Centro 20090-004 Rio de Janeiro RJ Tel/Fax: (21) 2296-9739/2253-0926 www.abraget.com.br abraget@abraget.com.br 15