Palavras-Chave: Competência Informacional. Fontes de Informação. Pesquisa Escolar.



Documentos relacionados
A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

Softwares livres, inclusão digital e Ampliação de cidadania.

A INCLUSÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR NO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA

OS SABERES PROFISSIONAIS PARA O USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA ESCOLA

Sua Escola, Nossa Escola

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PIBID ESPANHOL

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

INTERPRETANDO A GEOMETRIA DE RODAS DE UM CARRO: UMA EXPERIÊNCIA COM MODELAGEM MATEMÁTICA

I SEMINÁRIO POLÍTICAS PÚBLICAS E AÇÕES AFIRMATIVAS Universidade Federal de Santa Maria Observatório de Ações Afirmativas 20 a 21 de outubro de 2015

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CLAUDIOMAR PINHEIRO DA SILVA A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DAS MÍDIAS NA ESCOLA PÚBLICA.

Práxis, Pré-vestibular Popular: Constante luta pela Educação Popular

FACULDADE ASTORGA FAAST REGULAMENTO ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS

Tarcia Paulino da Silva Universidade Estadual da Paraíba Roseane Albuquerque Ribeiro Universidade Estadual da Paraíba

MANUAL DO ALUNO (A) ATIVIDADES COMPLEMENTARES/ESTUDOS INDEPENDENTES

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação

Palavras-chave: Formação continuada de professores, cinema, extensão universitária.

QUANTO VALE O MEU DINHEIRO? EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PARA O CONSUMO.

TEXTO PRODUZIDO PELA GERÊNCIA DE ENSINO FUNDAMENTAL COMO CONTRIBUIÇÃO PARA O DEBATE

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS:

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES: O PNAIC EM FOCO

INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS E A RECONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DE OFICINAS PEDAGÓGICAS NAS ESCOLAS DO CAMPO

O PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA UMA PRÁTICA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA INOVADORA

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ORLANDO VENÂNCIO DOS SANTOS DO MUNICÍPIO DE CUITÉ-PB

IV EDIPE Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino 2011

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

A IMPORTANCIA DOS RECURSOS DIDÁTICOS NA AULA DE GEOGRAFIA

ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O ALUNO SURDOCEGO ADQUIRIDO NA ESCOLA DE ENSINO REGULAR

A PERCEPÇÃO DE GRADUANDOS EM PEDAGOGIA SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR EM UMA FACULDADE EM MONTE ALEGRE DO PIAUÍ - PI

GEPAM - GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISA NA ÁREA DE MATEMÁTICA uma articulação de ensino e iniciação à pesquisa

Prefeitura Municipal de Santos

FACCAMP FACULDADE CAMPO LIMPO PAULISTA COORDENADORIA DE EXTENSÃO E PESQUISA

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO INTRODUÇÃO

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL A PARTIR DE JOGOS DIDÁTICOS: UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA NO MUNICÍPIO DE RESTINGA SÊCA/RS/Brasil

HISTÓRIA ORAL NO ENSINO FUNDAMENTAL: O REGIME MILITAR NO EX- TERRITÓRIO DE RORAIMA

A NECESSIDADE DA PESQUISA DO DOCENTE PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA, PRINCIPALMENTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E NO TRABALHO COM AUTISTAS

ACoordenação da Pós-Graduação da Faculdade São Luís

ACESSIBILIDADE E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: EXPERIÊNCIA COM UM ALUNO CEGO DO CURSO DE GEOGRAFIA, A DISTÂNCIA

REDE DE EDUCAÇÃO SMIC COLÉGIO SANTA CLARA SANTARÉM-PARÁ RESUMO DOS PROJETOS

O Grupo Actcon e a Rede Educar Brasil

MODELAGEM MATEMÁTICA: PRINCIPAIS DIFICULDADES DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO 1

O Curso de Graduação em Ciências da Religião nas Faculdades Integradas Claretianas em São Paulo

Estudando estatística descritiva com auxílio do software Calc

CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES Niterói RJ: ANINTER-SH/ PPGSD-UFF, 03 a 06 de Setembro de 2012, ISSN X

LEITURA E ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA PROPOSTA DE APRENDIZAGEM COM LUDICIDADE

PRÁTICAS LÚDICAS NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA DO INFANTIL IV E V DA ESCOLA SIMÃO BARBOSA DE MERUOCA-CE

E GE HARIA SOCIAL: UMA OVA DIME SÃO PARA A FORMAÇÃO DO E GE HEIRO. Santos, D. C.

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES E ALUNOS DA EJA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS

PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO SOBRE A CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA NO MUNÍCIPIO DE GURJÃO-PB

PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO.

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

Projeto em Capacitação ao Atendimento de Educação Especial

EDUCAÇÃO NÃO FORMAL E MOVIMENTOS SOCIAIS - PRÁTICAS EDUCATIVAS NOS ESPAÇOS NÃO ESCOLARES

INCLUSÃO ESCOLAR: UTOPIA OU REALIDADE? UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

POLÍTICAS INSTITUCIONAIS DE ACESSIBILIDADE. - Não seja portador de Preconceito -

USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRESENCIAL E A DISTÂNCIA

3. EIXOS DE DESENVOLVIMENTO (*):

A PRODUÇÃO DE VÍDEOS COMO RECURSO METODOLÓGICO INTERDISCIPLINAR

Curso: Diagnóstico Comunitário Participativo.

O PSICÓLOGO (A) E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR ¹ RESUMO

A APRENDIZAGEM DO ALUNO NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL: UM ESTUDO DE CASO

Autor(es) PAULA CRISTINA MARSON. Co-Autor(es) FERNANDA TORQUETTI WINGETER LIMA THAIS MELEGA TOMÉ. Orientador(es) LEDA R.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE CAMPUS CAICÓ

O ENSINO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA COM TECNOLOGIAS: UM ESTUDO COM PROFESSORES DE UM GRUPO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATY INSTITUTO C&A DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL ASSOCIAÇÃO CASA AZUL

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição Fatia 3;

O PIBID E AS PRÁTICAS EDUCACIONAIS: UMA PERSPECTIVA PARA A FORMAÇÃO INICIAL DA DOCÊNCIA EM GEOGRAFIA

GeronEAD MÓDULO 3 PROFESSOR VIRTUAL DE SENIORES

PROJETO CURSO ALUNO INTEGRADO / 2013

O LETRAMENTO DE SURDOS NA SEGUNDA LÍNGUA

FORMAÇÃO PESSOAL E PROFISSIONAL DE PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR UFSM

POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIAS ATRAVÉS DE APLICATIVO PUBLICADOR E SIMULADOR EM TABLETS PARA O ENSINO MÉDIO

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO MEDIADOR DE NOVOS CONHECIMENTOS 1

A INFORMÁTICA E O ENSINO DA MATEMÁTICA

AÇÕES FORMATIVAS EM ESPAÇO NÃO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO NO PROJETO SORRIR NO BAIRRO DO PAAR

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES

BULLYING NA ESCOLA: A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL NO ENFRENTAMENTO DESSA PROBLEMÁTICA

RESULTADOS E EFEITOS DO PRODOCÊNCIA PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS RESUMO

ANÁLISE DOS GÊNEROS TEXTUAIS ABORDADOS NA COLEÇÃO PROJETO MULTIDISCIPLINAR BURITI DO 1º AO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA EDUCAÇÃO DO CAMPO

PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO. Prof. Msc Milene Silva

Palavras-chave: Educação Física. Ensino Fundamental. Prática Pedagógica.

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

PIBID: DESCOBRINDO METODOLOGIAS DE ENSINO E RECURSOS DIDÁTICOS QUE PODEM FACILITAR O ENSINO DA MATEMÁTICA

O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

OS JOGOS DIGITAIS EDUCATIVOS NAS AULAS DE CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO ESCOLAR: GESTOR OU ADMINISTRADOR?

Contribuição das Tecnologias da Informação e Comunicação no Processo Ensino-Aprendizagem

INTERVENÇÕES ESPECÍFICAS DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS DO PROEJA: DESCOBRINDO E SE REDESCOBRINDO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

POR QUE FAZER ENGENHARIA FÍSICA NO BRASIL? QUEM ESTÁ CURSANDO ENGENHARIA FÍSICA NA UFSCAR?

Formação da Sociedade: Ensino Presencial ou à Distância

Mostra de Projetos Grupo Atitude Vila Macedo

PROJETO DE LEI N o, DE 2012

Transcrição:

OFICINA DE PESQUISA ESCOLAR NA WEB: PRÁTICAS PARA COMPETÊNCIA INFORMACIONAL 1 Andreza Nadja Freitas Serafim 2 andrezanfs@yahoo.com.br Universidade Federal da Paraíba Ciro Ítalo Tertulino 3 ciro.italo@hotmail.com Universidade Federal do Rio Grande do Norte RESUMO: O Relato de experiência apresenta a aplicação da ação voluntária Oficina de Pesquisa Escolar na web realizada na Casa do Menor Trabalhador Natal/RN que tem como objetivo incluir os indivíduos socialmente, tendo como base dessa inclusão o conhecimento. Mostra a importância do Bibliotecário como mediador da informação capaz de capacitar os alunos a realizarem pesquisas escolares, explorando as ferramentas dispostas na web e enfatizando o uso dos buscadores, dos sites educacionais e das bibliotecas digitais como fontes de pesquisa. A metodologia empregada para o desenvolvimento da oficina foram aulas expositivas e ao mesmo tempo práticas realizadas no laboratório de informática da escola com os alunos acessando os serviços de informação na internet e utilizando métodos que facilitam a busca para a realização das pesquisas escolares. A pesquisa tem como base os resultados obtidos com a realização da ação voluntária e está fundamentado na literatura que aborda a temática em questão. Considerando-se que a competência informacional se caracteriza pela ênfase na aprendizagem pela pesquisa orientada, a proposta busca também incentivar novas metodologias que favoreçam o processo de competência na pesquisa escolar, fator que favorecerá o melhor desempenho e realização dos trabalhos escolares. Além disso, a proposta da oficina foi submetida ao Prêmio Agente Jovem Cultural 2012 realizado pelo Ministério da Cultura, no qual classificou-se entre às 50 propostas apresentadas. Portanto, conclui-se que nesse sentido, a ação dos bibliotecários é de grande importância no processo de aprendizado e na melhoria dos trabalhos de pesquisa no âmbito escolar. Palavras-Chave: Competência Informacional. Fontes de Informação. Pesquisa Escolar. 1 Relato de experiência apresentado ao eixo 4: Saberes e Competências. III Colóquio Internacional de Pesquisas em Educação Superior. 2 Mestranda do Programa de Pós-graduação do Mestrado Profissional em Gestão nas Organizações Aprendentes. 3 Graduado em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

1 INTRODUÇÃO A presente pesquisa mostra como os Bibliotecários podem prestar serviços à sociedade, buscando incluir os indivíduos socialmente tendo como base dessa inclusão o conhecimento, mostrando a importância desse profissional como mediador da informação capaz de capacitar os alunos a realizarem pesquisas escolares. Através da aplicação da ação voluntária Oficina de Pesquisa Escolar na web realizada na Casa do Menor Trabalhador Natal/RN, que foi realizada no período de 20 a 28 de setembro de 2011. A oficina foi desenvolvida com os estudantes do ensino fundamental 2 (6º a 9º ano), com o intuito de capacitar o aluno na pesquisa escolar para melhor aproveitamento dos trabalhos escolares. A metodologia empregada foi desenvolvida através de aulas expositivas e ao mesmo tempo prática no laboratório de informática da Escola Estadual Casa do Menor Trabalhador, com os alunos acessando os serviços de informação na internet e utilizando métodos de que facilitam a busca para a realização de pesquisas. A pesquisa tem como base os resultados obtidos com a realização da ação voluntária e está fundamentada na literatura que aborda a temática em questão. Considerando-se que a competência informacional se caracteriza pela ênfase na aprendizagem pela pesquisa orientada, pode-se concluir que, nesse sentido, a ação dos bibliotecários é de grande importância no processo de aprendizado e na melhoria dos trabalhos de pesquisa. Além disso, a informação é o elemento que proporciona as diretrizes que norteiam a formação social do indivíduo. Nesse sentido a ação voluntaria buscou incluir socialmente os alunos da Escola através da pesquisa escolar que intensificou a busca pelo conhecimento por parte dos alunos dessa instituição. 2 A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO PARA A FORMAÇÃO SOCIAL DO INDIVÍDUO Na Sociedade do Conhecimento discute-se o impacto da informação sobre os indivíduos (em nível coletivo e particular). Nessa nova ordem, a informação configurase como elemento base desta mesma sociedade que necessita acessar, recuperar e fazer

uso dessa informação, tendo em vista a construção do conhecimento, força motriz de sua economia. (ROCHA, 2000). A expressão informação é poder nunca foi tão usada, uma vez que ela se apresenta como um objeto modificador de realidades ao impulsionar o desenvolvimento e a mobilidade social. Nessa perspectiva, Kobashi e Tálamo (2003, p. 11) afirmam que [...] o acesso a ela converte-se em valor fundamental indicador de participação política, de cidadania, de identidade [e de cultura]. Ainda segundo essas autoras: [...] o direito à informação assume papel fundamental, não só por constituir-se crescentemente como direito elementar, mas também porque encontra-se integrado à base da ação na esfera privada e pública. Parece que, especificamente, o acesso à informação impõe-se como um direito global e globalizante em relação aos demais. (KOBASHI; TÁLAMO 2003, p. 8) Entretanto, em uma conjuntura social, como a brasileira, cuja distribuição de bens primários, tais como renda e alimentação, é dispare, torna-se um desafio prover o acesso informacional a toda a massa da população sem distinção, principalmente às classes menos favorecidas. Nesse contexto, destaca-se o papel do bibliotecário como agente de inclusão social, pois eles detêm algumas diretrizes necessárias para fornir informação à massa populacional. Dessa forma, tem-se a ação social como meio de alcançar as camadas que mais carecem de meios que possibilitem aos moradores o acesso à informação, como favelas e comunidades periféricas. O processo de ação social está centrado na criação das condições necessárias para as pessoas inventarem seus próprios fins e assim se tornarem sujeitos da cultura. O processo de ação social em bibliotecas é destacado por Cabral (1998) devido à importância desse campo de atuação para o bibliotecário como uma das melhores formas de integrar biblioteca e comunidade e de cumprir seu objetivo igualitário de ampliar o acesso à informação a todas as camadas sociais (CABRAL, 1998, p. 41), ao propiciar ensejos para criação de novos conhecimentos à comunidade e proporcionar a democratização da cultura, bem como o desenvolvimento da cidadania. O indivíduo passa então a ser conhecedor e transformador de sua realidade, desenvolvendo uma visão crítica sobre o ambiente que o cerca. Passando de agente passivo, o qual apenas recebe as opiniões de terceiros sem questionar e sem possuir opinião própria, para um agente ativo

que interroga e busca apresentar soluções às questões impostas pela sociedade, com vistas a melhores condições de vida para si e seus semelhantes. Dentro dessa perspectiva a oficina de pesquisa escolar na web irá contribuir para a construção do senso crítico do aluno através da pesquisa, construindo novos conhecimentos que lhe ajudarão a inserir-se no meio social como ser pensante e formador de suas próprias ideias. 3 OFICINA DE PESQUISA ESCOLAR NA WEB A ação voluntária foi aplicada com o intuito de contribuir para o aperfeiçoamento da pesquisa para a elaboração de trabalhos escolares. Na oficina exploraram-se as ferramentas dispostas na web, enfatizando o uso dos buscadores, dos sites educacionais e das bibliotecas digitais como fontes confiáveis de pesquisa. Além disso, foram apresentadas as estratégias de busca e o uso dos operadores booleanos como meios que facilitam e refinam as informações recuperadas na internet. Enfatizou-se também a questão da credibilidade e confiabilidade das informações encontradas na internet. Foi explanado como avaliar as informações dispostas na web e quais as fontes mais seguras. Explanou-se sobre o problema de copiar e colar informações que estão dispostas na rede. Como também foi abordado sobre os direitos autorais na web para que os alunos tivessem visibilidade do problema que envolve essa questão. Pois segundo os professores os índices de trabalhos que são copiados da internet são absurdos. Foto 1 Turma do 7º ano participando da oficina Foto 2 Turma do 8º Ano Fonte: Ciro Ítalo (2011). Fonte: Ciro Ítalo (2011).

Foto 3 Alunos do 9º ano Foto 4 Alunos do 6º Ano Fonte: Ciro Ítalo (2011). Fonte: Ciro Ítalo (2011). Foto 5 Alunos do 9º ano B que participaram da oficina Fonte: Ciro Ítalo (2011). Depois da realização da oficina foi sugerido aos professores que nos trabalhos de pesquisas promovidos em sala de aula fosse solicitado que os alunos utilizam os conhecimentos adquiridos na oficina. Os alunos desenvolveram pesquisas nas disciplinas de história, matemática, geografia e português. Outro fator importante foi a promoção do laboratório de informática para tal atividade, pois o mesmo conforme comunicado pela Direção da escola só é usado para os alunos acessarem redes sociais e coisas pessoais, mas dificilmente com propósito educativo. A oficina foi aplicada nessa instituição pública devido à realidade social dos alunos dessa escola. Todos são pessoas carentes e vem de comunidades muito pobres onde o único acesso que eles têm a internet é na escola. As turmas contempladas apresentavam uma baixa estima com relação à expectativa de vida com relação à educação. Dessa forma procurou-se mostrar novos caminhos através do conhecimento e da pesquisa e assim gerar novas expectativas com relação à vida educacional desses alunos.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com aplicação da oficina verificou-se junto aos professores melhores desempenhos nas atividades de pesquisa, pois foi sugerido que os professores aplicassem trabalhos nos quais os alunos precisassem utilizar as fontes de informação da web. A professora de matemática relatou que os alunos não tiveram dificuldades em realizar a pesquisa e notou ainda uma satisfação nos alunos em estarem aptos a desenvolverem seus trabalhos de forma qualificada (Informação verbal) 4. Nesse contexto, os profissionais da informação começam a repensar suas posturas de atuação profissional, tornando-se mais dinâmicos e atuando em outros espaços, capacitando seu usuário na pesquisa e em parceria com outros profissionais entre esses o professor, insere-se a competência informacional. Fator de grande importância para a formação do ser pensante dentro de uma sociedade. Pois é através dessa competência que o aluno irá obter maior rendimento em suas pesquisas e consequentemente melhor desempenho na realização de seus trabalhos. Portanto cumpri frisar, que a oficina foi uma iniciativa de grande valia para a questão da aprendizagem na realidade da Escola em questão e serviu para que os alunos se tornassem aptos a pesquisar para que futuramente não sofram descriminação na sua vida acadêmica por estarem à margem da Sociedade da Informação devido a sua realidade social e sua condição financeira. 4 Informação obtida através de conversa informal com a Professora de Matemática Célida Izaelia da Escola Estadual Casa do Menor Trabalhador.

REFERÊNCIAS CABRAL, Ana Maria R. Ação Cultural: possibilidades de atuação do bibliotecário. In: VIANNA, Márcia M.; CAMPELLO, Bernadete; MOURA, Victor Hugo V. Biblioteca escolar: espaço de ação pedagógica. Belo Horizonte: EB/UFMG, 1998. p. 39-45. CAMPELLO, Bernadete dos Santos. Letramento Informacional: função educativa do Bibliotecário na escola. [S.l]: Autentica, 2008. KOBASHI, N. Y.; TÁLAMO, Maria de F. G. M. Informação: fenômeno e objeto de estudo da sociedade contemporânea. Transinformação, Campinas, n. 15 (edição especial), p. 7-25, set./out. 2003. ROCHA, M. P. C. A questão da cidadania na sociedade da informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 29, n. 1, p. 40-45, jan./abr. 2000. SILVA, Helena et al. Inclusão digital e educação para a competência informacional: uma questão de ética e cidadania. [S.l]: Papirus, 2009. TOMAÉL, Maria Inês (Org.). Fontes de informação na internet. Londrina: Eduel, 2008.