GRUPO 5.4 MÓDULO 7
Índice 1. Tipos de Atividades...3 2. O Trabalho com Leitura...4 2.1. Estratégias de Leitura... 4 2
1. TIPOS DE ATIVIDADES Atividades de sondagem: estão relacionadas às atividades de avaliação da atividade do aluno. Visa detectar o conhecimento que a criança construiu e como esse conhecimento foi construído. A partir do que foi coletado pelo professor, planejam-se as atividades de ensino e de aprendizagem novas e específicas ao aluno. Naspolini (1996) destaca alguns pontos das atividades de sondagem: retratam o momento específico da atividade executada pelo aluno: num certo momento, o aluno apresenta um determinado conhecimento, e, em outro momento, outro conhecimento; as intervenções do professor favorecem a compreensão de como a criança pensa um determinado conhecimento; possibilitam o registro, em fichas, da produção do aluno e podem fundamentar o planejamento de novas atividades. As atividades de sondagem e o material utilizado devem ser inéditos, para não estimular a memorização de como se aplica determinado conhecimento pela criança. A sondagem é feita periodicamente, e os resultados devem ser comparados com os resultados da sondagem anterior. Ao analisar os resultados da sondagem, o professor pode agrupar crianças que apresentam determinada dificuldade e planejar atividades diversificadas de ensino e de aprendizagem. As atividades diversificadas são compostas por jogos e variam conforme a evolução do conhecimento dos alunos. Atividades de ensino-aprendizagem: segundo Naspolini (1996), são atividades que intervêm nos saberes construídos anteriormente pelo aluno e promovem a aquisição de novos conhecimentos. Como exemplo, cita a atividade de correspondência título-texto, em que a professora lê um texto em sala de aula e apresenta vários títulos. Os alunos devem escolher um título que se adeque à história narrada pela professora. Atividades de aplicação: são exercícios específicos que visam a aplicação de conhecimentos apreendidos pela criança por meio das atividades de ensino-aprendizagem. Naspolini (1996) sugere que devem ser aplicados, preferencialmente, nos grupos de alunos. A autora distingue dois períodos ou características das atividades de aplicação: a repetição e a transformação. A repetição devido ao fato de os conhecimentos adquiridos pelos alunos serem utilizados repetidas vezes e em momentos diferentes das atividades. A transformação se refere aos exercícios serem mudados, e não seus objetivos, que devem ser a aplicação de determinados conhecimentos aprendidos anteriormente. 3
O exemplo dado por Naspolini (1996) é que a mesma atividade de correspondência texto-título pode ser empregada de diferentes formas, como: corresponder o texto com a escolha de um título dentre outros; corresponder um título com a escolha de um texto dentre outros; corresponder os textos com a escolha dos respectivos títulos, dentre outros. Note que as atividades apresentam a repetição, emparelhar textos e títulos, e a transformação, com a execução de atividades diferentes entre si. Atividades de avaliação: o objetivo dessas atividades de avaliação é diagnosticar o que o aluno é capaz de realizar sozinho, o que o aluno aprendeu e o que precisa melhorar, e podem ter a finalidade qualitativa ou quantitativa, segundo Naspolini (1996). A finalidade qualitativa está ligada ao diagnóstico do conhecimento construído pelo aluno e subsidia o planejamento do professor na medida em que planeja futuras atividades de ensino-aprendizagem (sondagem), e a finalidade quantitativa está ligada ao diagnóstico e à medição do que o aluno construiu de determinado conteúdo. 2. O TRABALHO COM LEITURA De acordo com Naspolini (1996), ler é o processo de construir um significado a partir do texto. A leitura será compreendida se houver concordância entre os conhecimentos prévios do leitor e os elementos textuais. O ato de ler significa compreender o que está escrito com as letras e o que se quis dizer com as letras; é muito mais do que decodificar os códigos linguísticos. Para entender o texto lido, o leitor utiliza vários esquemas cognitivos, e como as pessoas têm esquemas cognitivos diferentes, podem entender o mesmo texto de formas diversas. As diferentes formas de linguagem de cada leitor, o conhecimento que tem do mundo, seus propósitos e esquemas conceituais podem ajudar a entender ou dificultar a compreensão do texto. 2.1. ESTRATÉGIAS DE LEITURA Todo leitor apresenta estratégias, processos cognitivos para facilitar a leitura compreensiva, rápida e eficaz. São estratégias: a seleção, a predição, a inferência, o autocontrole e a autocorreção. 4
Seleção: quando um leitor lê um texto, ele o faz a partir do que é de seu interesse, do que considera importante para o entendimento da leitura. Ao selecionar o que quer ler, o leitor despreza algumas partes do texto e acaba por pular alguns aspectos do texto sem comprometer sua compreensão. Predição: o texto fornece algumas pistas que favorecem a criação de algumas hipóteses por parte do leitor. Inferência: quando o leitor conclui aspectos explícitos ou não do texto baseado em seus conhecimentos prévios. Autocontrole: quando o leitor valida ou não sua predição, inferência do texto por meio de sua leitura. Autocorreção: quando o leitor corrige o que pensou a respeito da leitura quando o texto não a comprova. Segundo Naspolini (1996), há uma reciprocidade entre a estratégia de leitura para entender um texto e a sua interpretação; um não acontece sem o outro. Naspolini (1996) se refere à pesquisadora francesa Jolibert quando sugere alguns passos para se questionar um texto. Esses passos podem ser utilizados em atividades diversificadas, com o intuito de o aluno ler e interpretar o texto: De onde e como surgiu o texto? Quais são as características físicas do texto? Como está diagramado? Que informação o texto traz por meio de imagens ou palavras do parágrafo, frases? Existem números, símbolos no texto? Quais são os objetivos que o autor demonstra com os números e símbolos descritos no texto? Quais são os sinais de pontuação apresentados no texto? Há palavras desconhecidas? 5