BOAS PRÁTICAS DE MANEJO. Prof. Dr. Dalton José Carneiro



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BOAS PRÁTICAS DE MANEJO NA ALIMENTAÇÃO DE PEIXES Prof. Dr. Dalton José Carneiro

PRINCIPAIS FATORES DETERMINANTES DO DESEMPENHO NUTRICIONAL DAS DIETAS FORMULADAS PARA ORGANISMOS AQUÁTICOS

Interdependência dos fatores de produção de peixes Produtividade Qualidade de água Disponibilidade de Nutrientes Custo de Produção

Diferenças ambientais entre sistemas de produção Qualidade da água Extensivo Produtividade Concentração e Balanceamento de Nutrientes Semi-intensivo Intensivo (TACON, 1994)

Impactos da má nutrição nos peixes Aumento de resíduos causados principalmente pela má nutrição afetam adversamente a qualidade de água levando a: Aumento de estresse; Elevação do aparecimento de doenças infecciosas; Baixo crescimento; Alta mortalidade; Desenvolvimento de off-flavor; Baixa eficiência alimentar; Elevação do custo de produção. LIM, C. Feeds and Feeding Strategies to Minimize Enviroment Impacts. Workshop Internacional sobre desenvolvimento e boas praticas de manejo para aquicultura. Collaborative Research Support Program CRSP Esalq/USP 28-30/08/2006

Como melhorar? Cuidados com meio ambiente e disponibilização de nutrientes Avaliar qualidade da água dos viveiros; Contabilizar disponibilidade de alimentos naturais; Adequar densidade de estocagem; Adequar técnicas de cultivo (tanques-rede ou viveiros/aeradores).

Fatores de Produtividade Vazão Vento Chuva Luz Aerador Oxigênio Dissolvido Alimentação Natural e / ou Artificial Fotossíntese Matéria Org. Saída de resíduos

Adequação das técnicas de produção às condições específicas/locais X X Viveiro estático (comumente utilizado na criação do bagre americano nos EUA) X X X Viveiro com renovação e saída de água pelo sistema de escoamento (comumente utilizado nas pisciculturas nacionais sistema semi-intensivo) (Colt, 1991, adaptado por Paulo Carneiro, 2001)

Adequação das técnicas de produção às condições específicas/locais X X X X X X XX X Raceway Sistema intensivo de alto fluxo de água (comumente utilizado em criações de peixes como truta arco-íris e o salmão) X X X X X Tanque-rede Sistema intensivo de alto fluxo de água (utilizados em criação de várias espécies de peixe em grandes reservatórios de água ou em ambientes marinho) (Colt, 1991, adaptado por Paulo Carneiro, 2001)

Filtro biológico Remoção de sólidos X X X Sistemas de criação de peixes com recirculação de água Cultivo de vegetais Filtro biológico Remoção de sólidos X X X X X X X X X Adequação das técnicas de produção às condições específicas/locais (Colt, 1991, adaptado por Paulo Carneiro, 2001)

Como melhorar? Cuidados com meio ambiente e disponibilização de nutrientes Avaliar qualidade da água dos viveiros; Contabilizar disponibilidade de alimentos naturais; Adequar densidade de estocagem; Adequar técnicas de cultivo (tanques-rede ou viveiros/aeradores). Balanceamento (concentração energética, teor de fibras e proteínas das dietas) Melhorar fornecimento de rações.

Onde melhorar? I. Diminuição de resíduos: Alimentos não ingeridos; Alimentos não digeridos. II. Procurar os efeitos da nutrição adequada (atendimento das exigências nutricionais)

I Para melhorar as técnicas de fornecimento de ração (diminuindo alimentos não ingeridos ou digeridos) Freqüência alimentar (como alimentar?) Horários de alimentação (quando?) Consumo alimentar (quanto?) Processamento dos ingredientes e das dietas (o quê? / como? / onde?) Distribuição das dietas (onde?)

O que fazer para minimizar nutrientes não digeridos/absorvidos? Escolha das estratégias alimentares especificas para cada propriedade; (LIM, 2006)

EXTENSIVO POUCO/NENHUM ALIMENTO TROCA DE ÁGUA SEMI-INTENSIVO INTENSIVO PRODUÇÃO DE PEIXES FERTILIZAÇÃO/ALIMENTO SUPLEMENTAR ALIMENTO COMPLETO ENTRADA DE NUTRIENTES E ENERGIA ESTRATÉGIAS DE ALIMENTAÇÃO (Tacon, 1988) 1º Sem o uso de alimentos ou fertilizantes 2º Fertilização dos viveiros de cultivo 3º Fertilização e alimentação suplementar 4º Arraçoamento com dietas completas

O que fazer para minimizar nutrientes não digeridos/absorvidos Escolha das estratégias alimentares especificas para cada propriedade; Processamento adequado de ingredientes e dietas; (LIM, 2006)

Dietas para Peixes e Camarões Dietas Secas Farelada Crambelizada (Crumble) Triturada Floculada Microencapsulada Peletizada Extrusada Dietas Úmidas Líquida (Floc) Caldo de Bactérias Pastosa

Dieta de Pimelodus maculatus sob influência de sistemas de piscicultura em tanque-rede. Autor: Igor Paiva Ramos Imagem de satélite dos trechos de coleta na represa de Chavantes SP. A) Piscicultura Timburi/Chavantes (Fonte: Google Earth).

Dieta de Pimelodus maculatus sob influência de sistemas de piscicultura em tanque-rede. Autor: Igor Paiva Ramos Imagem de satélite dos trechos de coleta na represa de Chavantes SP. B) Piscicultura Fartura. (Fonte: Google Earth).

Índice de importância alimentar (IAi) de Pimelodus maculatus por trimestre. A) Tanque B) Controle

Comparação dos valores dos coeficientes angulares (b) da relação peso/comprimento

Curva crescimento para Pimelodus maculatus: Peso total (Tanque x Controle).

Vantagens do uso de rações Extrusadas Diminui produção de pó na fábrica; Aumenta a estabilidade na água e a disponibilidade de nutrientes para peixes; Facilita o manejo do arraçoamento; Eleva a digestibilidade de nutrientes; Tem menor produção de farelos (1 a 2%) no manuseio, comparado com o das peletizadas (5 a 8%); Apresenta melhor conversão alimentar; Podem ser estocados por maior tempo (Maior Estabilidade). (Akiyama & TAN, 1991)

Desvantagens do uso de rações extrusadas Saciação é atingida antes da ingestão necessária para o máximo crescimento (devido a expansão excessiva do alimento); Custo do processamento é maior; Pode reduzir a digestibilidade de proteína (desnaturação e complexação com outros nutrientes); Maiores gastos com embalagens e armazenamento; Alimentação na superfície diminui no inverno; Aumenta muito a perda do arraçoamento em tanques-rede; Dificulta a inclusão de teores desejáveis de lipídios e proteína de origem animal; Perde vitaminas e dificuldade de inclusão posterior ao processamento. (Akiyama & TAN, 1991)

Vantagens do uso das Rações Peletizadas Evita a rejeição e seleção de alimentos (em relação a Farelada); Facilita o transporte e barateia a estocagem; Melhora o fluxo no arraçoamento automático; O processamento aumenta o custo da ração em 3-6%; Pode preservar a digestibilidade de nutrientes; Pode distribuir parte dos fatores anti-nutricionais; Perda de nutrientes é menor que na extrusão; A geleificação do amido chega a 35%. (Akiyama & TAN, 1991)

Desvantagens do uso das Rações Peletizadas Pode diminuir a procura de alimentos; Dificulta o controle da quantidade no arraçoamento; Pode diminuir os teores de vitaminas A,D,E e K (se não tiver antioxidante); Valores de conversão não são os melhores em viveiros. (Akiyama & TAN, 1991)

VARIAÇÃO DAS MÉDIAS DE PESO CORPORAL DO PACU DURANTE O PERÍODO EXPERIMENTAL 800 Período de baixa temperatura 700 600 PESO (g) 500 400 300 Farelada Peletizada Extrusada 200 100 0 Dez Jan Fev Mar Abr Out Nov Dez TEMPO

30,00 29,00 28,00 Temperatura (ºC) 27,00 26,00 25,00 24,00 Tº manhã Tº tarde 23,00 22,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Semanas de Experimento

Peso Médio- Dietas Extrusadas 800 30,00 Peso (g) 700 600 500 400 300 200 100 29,00 28,00 27,00 26,00 25,00 24,00 23,00 22,00 21,00 Temperatura ( ºC ) 0 20,00 Jan Fev Mar Abr 28% PB 32% PB 36% PB Tº manhã Tº tarde Peso Médio- Dietas Peletizadas 800 30,00 Peso (g) 700 600 500 400 300 200 100 29,00 28,00 27,00 26,00 25,00 24,00 23,00 22,00 21,00 Temperatura ( ºC) 0 20,00 Jan Fev Mar Abr 28% PB 32% PB 36% PB Tº manhã Tº tarde

Conversão Alimentar - Peletizada 120 dias 90 dias 60 dias 36% PB 32% PB 28% PB 30 dias 0 0,5 1 1,5 2 Conversão Alimentar - Extrusada 120 dias 90 dias 60 dias 36% PB 32% PB 28% PB 30 dias 0 0,5 1 1,5

400 380 Aa (Y) Peso (g) 360 340 320 300 280 260 Ba Bb Ab 240 220 Não revertidos 200 28% PB (X) 32% PB Revertidos (Z) Níves de Proteína na dieta Médias de peso aos 60 dias de tilápias-do-nilo revertidas e não revertidas, cultivadas em tanques-rede e alimentadas com dietas práticas contendo dois níveis de proteína bruta.

2 Conversão Alimentar 1,8 1,6 1,4 1,2 1 Aa 28% PB Ab Bb Bb 32% PB Ba Revertidos Não revertidos (Z) Níveis de Proteína Bruta Médias de conversão alimentar até 60 dias de ensaio com tilápias-do-nilo revertidas e não revertidas, cultivadas em tanques-rede e alimentadas com dietas práticas contendo dois níveis de proteína bruta

% 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 97,4 83,9 2,6 16,1 Revertidos Não revertidos machos fêmeas Proporção de sexos Proporção de machos de tilápias-do-nilo revertidas e não revertidas, cultivadas em tanques-rede e alimentadas com dietas práticas contendo dois níveis de proteína bruta.

800 700 600 a b Peso (g) 500 400 300 200 100 0 machos fêmeas Peso médio final de machos e fêmeas de tilápiasdo-nilo não revertidas, em tanques-rede

O que fazer para minimizar nutrientes não digeridos/absorvidos? Escolha das estratégias alimentares especificas para cada propriedade; Processamento adequado de ingredientes e dietas; Conhecer a digestibilidade de nutrientes dos ingredientes e dietas; (LIM, 2006)

Coeficientes de Digestibilidade Aparente (%) Alimentos Pacu 1 Tilápia 2 Pintado 3 Proteína Energia Proteína Energia Proteína Energia Farinha de peixe 88,40 78,14 78,55 72,24 84,14 72,80 Farinha de penas 75,73 79,52 29,12 68,15 39,56 51,26 Farinha de vísceras 83,40 69,99 87,24 69,61 61,59 48,98 Farinha de sangue 57,72 67,41 50,69 62,87 10,47 16,08 Farinha de carne 88,60 83,98 73,19 75,35 Levedura 68,86 45,77 Farelo de soja 81,14 63,68 91,56 73,18 67,10 61,66 Soja crua 83,46 92,71 26,84 45,55 Soja tostada 92,04 91,45 49,48 57,39 Farelo de algodão 86,00 59,55 74,87 51,00 Farelo de canola 87,00 74,59 Farelo de trigo 93,89 45,77 91,13 77,70 49,47 53,20 Sorgo 92,93 81,16 67,83 70,53 44,87 48,35 Farelo de arroz 80,82 92,73 94,86 91,30 44,21 51,84 Quirera de arroz 43,24 47,34 Milho 84,38 86,69 91,66 83,95 64,18 64,95 Milho extrusado 89,62 61,31 Glúten 21 89,88 66,80 Glúten 60 95,96 71,19 Óleo de soja 89,85* Fonte: Revista Brasileira de Zootecnia 1 Abimorad & Carneiro, 2004 2 Pezzato et al., 2002 3 Gonçalves & Carneiro, 2003 * Boscolo et al., 2002

O que fazer para minimizar nutrientes não digeridos/absorvidos? Escolha das estratégias alimentares especificas para cada propriedade; Processamento adequado de ingredientes e dietas; Conhecer a digestibilidade de nutrientes dos ingredientes e dietas; Escolha / qualidade dos ingredientes; (LIM, 2006)

EXIGÊNCIA DE PROTEÍNA DIGESTÍVEL PARA O PINTADO 26 Ganho de Peso (g) 21 16 11 6 Ingredientes de baixa digestibilidade para o pintado 1 20 22 24 26 28 30 32 34 Proteína Digestível 30,5 32,1 35,0 37,1 40,2 42,9 Proteína Bruta

Medidas para melhorar o valor nutricional de alimentos Uso combinado de várias fontes protéicas, com aminoácidos essenciais; Suplementação dos aminoácidos essenciais, energia e minerais; Eliminação ou inativação de fatores antinutricionais; Adição de enzimas para melhorar a digestibilidade dos nutrientes; Adição de palatabilizantes. (LIM, 2006)

O que fazer para minimizar nutrientes não digeridos/absorvidos Escolha das estratégias alimentares especificas para cada propriedade; Processamento adequado de ingredientes e dietas; Conhecer a digestibilidade de nutrientes dos ingredientes e dietas; Escolha / qualidade dos ingredientes; Manipulação e estocagem de rações; (LIM, 2006)

O que fazer para minimizar nutrientes não digeridos/absorvidos Escolha das estratégias alimentares especificas para cada propriedade; Processamento adequado de ingredientes e dietas; Conhecer a digestibilidade de nutrientes dos ingredientes e dietas; Escolha / qualidade dos ingredientes; Manipulação e estocagem de rações; Características nutricionais e composição das dietas. (LIM, 2006)

PRINCIPAIS ITENS A SEREM VEICULADOS PELAS DIETAS Valor protéico suficiente em quantidade e qualidade para promover o equilíbrio entre proteína e outros nutrientes; Quantidade de energia necessária para atender as demandas de manutenção, crescimento e reprodução; que são variáveis para cada espécie, aptidão, condições ambientais, etc.; Produtos veiculados pela dieta em concentrações adequadas, como aminoácidos, ácidos graxos essenciais, vitaminas específicas e minerais; para promover uma melhor produção.

Estágio de desenvolvimento do peixe Fatores que afetam as exigências nutricionais

Curva de Crescimento γ β Taxa de crescimento α Necessidade de nutrientes

Estágio de desenvolvimento do peixe Temperatura da água Fatores que afetam as exigências nutricionais

Ganho em Peso - Dietas Peletizadas 600 Ganho em peso (g dia -1 ) 500 400 300 200 28% PB 32% PB 36% PB 100 0 30 dias 60 dias 90 dias 120 dias Dias de Experimento

Ganho em Peso - Dietas Extrusadas 700 600 Ganho em peso (g dia -1) 500 400 300 200 100 28% PB 32% PB 36% PB 0 30 dias 60 dias 90 dias 120 dias Dias de Experimento

Estágio de desenvolvimento do peixe Temperatura da água Fatores que afetam as exigências nutricionais Estratégia de alimentação Balanceamento dos nutrientes

Estágio de desenvolvimento do peixe Temperatura da água Fatores que afetam as exigências nutricionais Estratégia de alimentação Balanceamento dos nutrientes Qualidade dos nutrientes

ESTUDO DA INTERAÇÃO: TEOR DE PB X PROPORÇÃO DE POA, NO GANHO DE PESO DA PIRACANJUBA GP (g) 350 300 250 200 150 100 50 0 Ab Ab Aa Aa Aa Aa Aa Aa ABa Ab Ba Ba 50% 25% 0% POA 18% 24% 30% 36% PB Médias seguidas de mesma letra (maiúsculas na vertical e minúsculas na horizontal), não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05)

Estágio de desenvolvimento do peixe Temperatura da água Fatores que afetam as exigências nutricionais Estratégia de alimentação Balanceamento dos nutrientes Qualidade dos nutrientes Metodologia experimental

Desempenho de produção de catfish alimentado com dietas contendo três teores de proteína com dois regimes alimentares, em 125 dias. Alimentação Teor protéico Média de Ganho Consumo Conversão Taxa de da dieta (%) peso final (g) em peso (g) (g/peixe) alimentar eficiência protéica Á vontade 26 593 533 * 783 1,47 NS 2,51 * 32 562 502 706 1,40 2,13 38 539 479 696 1,46 1,72 Com restrições 26 448 388** 511 1,32 * 2,81 32 457 397 487 1,23 2,44 38 496 436 528 1,21 2,07 Obs: Peso médio inicial = 60g Densidade = 13.600 catfish/há (tanques de 400m 2 com aeradores) * Efeito linear decrescente ** Efeito linear crescente

Estágio de desenvolvimento do peixe Temperatura da água Fatores que afetam as exigências nutricionais Estratégia de alimentação Balanceamento dos nutrientes Métodos estatísticos e parâmetros de avaliação Qualidade dos nutrientes Metodologia experimental

Energia Bruta Proteína Bruta Energia Digestível Proteína Digestível Energia Metabolizável Proteína Energia Excretada Proteína Excretada * nas brânquias Energia Recuperada Proteína * em tecidos * em produtos sexuais Produção de Calor * metabolismo basal * atividade voluntária * incremento calórico * na urina * na superfície corporal Energia Fecal Proteína Fecal

Peixe Ração 10% 26% 5% 8% 45% 6% Água Proteína Minerais Gordura Carboidratos Fibras 66,6% 20% 3,4% 10%

DETERMINAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS ATRAVÉS DE BIOENSAIOS DE DOSE-RESPOSTA Modelo: Regressão Quadrática 90 Ponto ótimo (?) = 34% 80 Peso vivo (g) 70 60 50 40 30 20 10 15 20 25 30 35 40 45 Nível de proteína na dieta

DETERMINAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS ATRAVÉS DE BIOENSAIOS DE DOSE-RESPOSTA Modelo: Regressão Segmentada (L.R.P.) 90 Ponto de quebra = 28% 80 Peso vivo (g) 70 60 50 40 30 20 10 15 20 25 30 35 40 45 Nível de proteína na dieta

Regressão Quadrática Regressão Segmentada

ETAPAS DE ESTUDO RELACIONADAS À ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE UMA ESPÉCIE DE PEIXE MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO ESTUDOS DE HÁBITOS E COMPORTAMENTOS ALIMENTARES ESTUDOS SOBRE ECOLOGIA E TÉCNICAS DE PRODUÇÃO ESTUDOS SOBRE A UTILIZAÇÃO DOS ALIMENTOS: Atratividade Palatabilidade Consumo Tempo de transito gastrointestinal Tempo de retorno do apetite Tempo de esvaziamento gástrico DIGESTIBILIDADE DE NUTRIENTES DOS ALIMENTOS ESTUDOS SOBRE A EXIGÊNCIA DOS PRINCIPAIS NUTRIENTES NAS DIETAS ESTUDOS SOBRE O PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS E DIETAS PRÁTICAS ESTUDOS SOBRE A FORMULAÇÃO DE DIETAS QUE LEVEM AO MENOR CUSTO DE PRODUÇÃO ESTUDOS SOBRE O MANEJO DE ALIMENTAÇÃO NAS CONDIÇÕES DE CULTIVO: Ingestão Freqüência de Arraçoamento Interações com densidade de povoamento