A força da marca Brasil na criação de valor internacional



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Transcrição:

1 A força da marca Brasil na criação de valor internacional

Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais 2 www.fdc.org.br atendimento@fdc.org.br 4005 9200 (capitais) 0800 941 9200 (demais localidades)

Índice Capítulo I Institucional Pág 05 Pág 06 Fundação Dom Cabral Pág 07 O Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais Capítulo II A pesquisa Pág 08 Pág 09 O Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras Pág 10 Metodologia Pág 10 Unidades próprias x Franquias Pág 11 Amostra Capítulo III A força da marca Brasil na criação de valor internacional Pág 12 Pág 13 Imagem da marca Brasil Capítulo IV Ranking: Os resultados Pág 15 Pág 16 Rankings Pág 20 Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2014 Pág 22 Ranking FDC de Internacionalização das Franquias 2014 Capítulo V Do Brasil para o mundo Pág 25 Pág 26 A presença das multinacionais brasileiras no exterior Pág 29 Entrada e saída de países Pág 30 Primeira subsidiária ou franquia no exterior Capítulo VI Capítulo VII Atratividade dos países da CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa Pág 34 Pág 35 Presença das multinacionais brasileiras nos países da CPLP Pág 37 Planos para países da CPLP Margens de lucro e satisfação com o desempenho Pág 38 Pág 39 Margens de lucro Pág 39 Satisfação com o desempenho Pág 40 Atributos de valor Capítulo VIII Evolução e Tendências Pág 43 Pág 44 Linha do tempo Pág 46 Evolução dos índices de internacionalização nos três últimos anos Pág 46 Planos de expansão internacional em 2014 Pág 48 Expectativas de desempenho para 2014 Capítulo IX Equipe Responsável Pág 49 3

Apresentação A força da marca Brasil na criação de valor internacional É com grande satisfação que o Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral apresenta a edição 2014 do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras. Este ano, o estudo tem como tema principal de investigação o efeito da Marca Brasil na internacionalização das empresas brasileiras. Em um ano em que muito se discute sobre o legado da Copa do Mundo para o Brasil, avaliamos o quão positiva ou negativa é a imagem do país nos diversos setores nos quais as nossas multinacionais atuam e como essa imagem afeta os negócios, inclusive em comparação com a força das marcas próprias das empresas. Além disso, trazemos a temática das oportunidades vislumbradas pelas multinacionais brasileiras nos países de língua portuguesa, aproveitando-se dos laços históricos e culturais comuns. A pesquisa, em sua nona edição, apresenta uma vez mais um panorama da internacionalização das empresas brasileiras, mostrando os países e regiões onde elas estão presentes, o seu desempenho e suas expectativas futuras, além das tendências quanto à expansão, estabilidade ou retração das operações em 2014. Além da tradicional classificação das empresas por meio do cálculo do índice de transnacionalidade baseado na metodologia da UNCTAD, o estudo traz, pelo quarto ano consecutivo, o Ranking FDC de Internacionalização de Franquias Brasileiras. Desenvolvido pelo Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da FDC, esse Ranking tem como foco as particularidades da expansão internacional por meio do sistema de franchising. Esperamos que o conhecimento gerado com este estudo possa contribuir para uma melhor compreensão, nos meios empresarial, governamental e acadêmico, do processo de internacionalização de empresas brasileiras. Este documento é um sumário executivo da pesquisa, e nas próximas páginas estão expostos seus principais resultados. Desejamos uma excelente leitura! 4 Equipe do Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral

Stockphoto mania Capítulo I Institucional 5

Fundação Dom Cabral A melhor escola de negócios da América Latina Ranking Financial Times A Fundação Dom Cabral é um centro de desenvolvimento de executivos, empresários e gestores públicos que pratica o diálogo e a escuta comprometida com as organizações, construindo com elas soluções educacionais integradas. Sendo uma instituição autônoma, sem fins lucrativos, considerada de utilidade pública, a FDC é orientada para geração de disseminação de conhecimento aplicado e aplicável em prol do desenvolvimento sustentável em nível mundial. Desde sua criação, em 1976, a Fundação Dom Cabral vem participando da melhoria do nível gerencial e do desenvolvimento empresarial brasileiro. Atualmente a FDC é referência nacional e internacional em seu setor, tendo sido classificada, em 2014, como a melhor escola de negócios da América Latina de acordo com o Ranking de Educação Executiva do Financial Times. A Fundação Dom Cabral acredita que as soluções para o desenvolvimento das empresas podem ser encontradas dentro das próprias organizações. A sinergia com as empresas é resultado da conexão entre teoria e prática, reforçada pelo trabalho interativo de sua equipe técnica, que combina formação acadêmica com experiência empresarial. Em seu portfólio é possível encontrar uma ampla gama de programas que abrangem as mais diversas áreas da gestão. Os temas podem ser estudados em diferentes formatos, que vão desde programas curtos e intensivos, no Brasil e no exterior, até soluções customizadas ou parcerias que estabelecem um relacionamento de longa duração para desenvolvimento mais estruturado das empresas. Para saber mais sobre a Fundação Dom Cabral, acesse: www.fdc.org.br. Siga a FDC nas redes sociais: www.facebook.com/fundacaodomcabral www.twitter.com/domcabral www.linkedin.com/company/fundacao-dom-cabral www.slideshare.net/fundacaodomcabral 6 http://www.youtube.com/user/fdcideas

O Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais O Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais é um dos Núcleos de Geração de Conhecimento da Fundação Dom Cabral nos quais são desenvolvidos estudos, pesquisas e soluções educacionais sobre diversos temas e desafios da gestão empresarial, dando sustentação aos programas desenvolvidos pela FDC e traduzindo seus avanços como instituição geradora de conhecimento. O Núcleo tem como missão contribuir para a internacionalização das empresas brasileiras através da geração de conhecimentos que proporcionem a formulação e implantação de estratégias globais competitivas. Buscamos ampliar o conhecimento sobre o processo de internacionalização de empresas brasileiras, através de pesquisas teóricas e empíricas e estudos de casos, assim como a geração e disponibilização de conhecimentos através de parcerias com empresas, escolas de negócios, centros de estudos, órgãos governamentais e instituições multilaterais, no Brasil e no exterior. Desenvolvemos conteúdos, metodologias e soluções customizadas que atendem empresas em processos de internacionalização. Dentre estas iniciativas, destacamos o Centro de Referência em Criação de Valor Internacional (CRCVI) que reúne empresas multinacionais para debater temas específicos sobre a internacionalização, tendo como objetivos: Estimular a troca de experiências entre executivos que lidam com o processo de internacionalização de empresas; Estruturar e compilar o conhecimento presente dentro das empresas considerando contribuições de experts no tema; Construir um framework que auxilie os líderes na elaboração e execução de estratégias internacionais. Núcleo de Negócios Internacionais Linhas de pesquisa Modelo FDC de Criação de Valor Internacional Soluções educacionais Programas Customizados em Estratégia e Gestão Internacional CRCVI Centro de Referência em Criação de Valor Internacional Programa InterCom Internacionalização e Competividade em parceria com a APEXBRASIL Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras Proposta de Valor Internacional Gestor Global Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa na Internacionalização 7

Ra2studio 8 Buenos Aires (Argentina) Capítulo II A pesquisa

O Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras Realizado anualmente desde 2006, o Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras vem explorando diversos temas relacionados à internacionalização de empresas e disponibilizando dados e reflexões sobre a trajetória das multinacionais brasileiras, os desafios enfrentados pelas mesmas, assim como e as tendências da gestão internacional. Seu principal objetivo é: Monitorar o processo de internacionalização das empresas brasileiras e ordená-las de acordo com seu grau de internacionalização. Além disso, o projeto visa compreender os desafios enfrentados pelas multinacionais brasileiras, suas vantagens competitivas e tendências de expansão. A pesquisa permite entender as estratégias internacionais adotadas e os resultados alcançados, gerando conhecimento relevante para as empresas, empresários, executivos, instituições governamentais e a comunidade acadêmica. Tema do ano 2014 A edição 2014 do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras busca compreender a forma como a marca Brasil é percebida pelas multinacionais brasileiras em seus diversos setores de atuação e como a imagem do Brasil afeta os negócios, podendo em alguns casos ser até mais forte do que as marcas próprias. Adjacente a este tema, consultamos as empresas a respeito das oportunidades de internacionalização nos países de língua portuguesa, em função dos laços históricos e culturais. Edições anteriores Abaixo estão ilustrados os relatórios anteriores da pesquisa: Edição 2006 Edição 2007 Edição 2008 Edição 2009 Edição 2010 Edição 2011 Edição 2012 Para ter acesso às edições anteriores, favor entrar em contato com a equipe de pesquisa. Edição 2013 9

Metodologia da Pesquisa Critérios de participação na pesquisa Empresas de capital e controle majoritariamente brasileiro. Empresas que possuem presença física no exterior a partir de: Escritórios comerciais Depósitos e centrais de distribuição Montagem Manufatura Prestação de serviços (como construção civil e aviação, por exemplo) Agências bancárias Centros de Pesquisa e Desenvolvimento Franquias Empresas em estágios iniciais de internacionalização que apenas exportam ou atuam no exterior somente através de representantes comerciais não se qualificam para esta pesquisa. Unidades próprias x Franquias As empresas brasileiras têm usado diferentes modalidades de atuação no exterior. Algumas delas possuem um escritório comercial para dar suporte às vendas que partem do Brasil, enquanto outras enviam produtos desmontados (CKD e SKD) e os finalizam nos mercados de atuação. Já outras, realizam todas as etapas da cadeia de valor no país de destino. Empresas do setor de serviços, como bancos, construtoras e consultorias, geralmente possuem uma filial para atender seus clientes ou deslocam parte de seu pessoal para realizarem os trabalhos diretamente no local contratado. Além dessas, outra modalidade de internacionalização que vem atraindo a atenção de empresas brasileiras, principalmente as que já atuam com esse modelo no Brasil, é a de franquias. Tendo em vista que o franchising não requer necessariamente o investimento de capital próprio para a abertura da franquia e sim a transferência de ativos intangíveis como a marca, o knowhow e o sistema de negócios para um terceiro, novas métricas são necessárias para calcular o grau de internacionalização de empresas franqueadoras. O Ranking FDC de Internacionalização de Franquias Brasileiras, em sua quarta edição, se baseia na metodologia que foi criada em 2011 pela equipe do Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da FDC. 10

Índices Utilizados na Pesquisa - Empresas que atuam no exterior a partir de unidades próprias (metodologia da UNCTAD - United Nations Conference on Trade and Development): Índice de transnacionalidade = Ativos no exterior Ativos totais + Receitas no exterior Receitas totais + Funcionários no exterior Funcionários totais 3 A multidimensionalidade do índice é adequada para realizar comparações entre grupos de setores distintos, uma vez que cada setor demanda diferentes formas de inserção no exterior. A utilização da metodologia da UNCTAD também facilita a comparação do grau de inserção internacional de empresas brasileiras com empresas de origens diversas a partir de estudos semelhantes realizados em outros países. - Empresas que atuam no exterior por meio de franquias (metodologia desenvolvida pelo Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da FDC): Índice de internacionalização de franquias = Unidades franqueadas no exterior Unidades franqueadas totais + Receitas de royalties e taxas no exterior Receitas de royalties e taxas totais + Receita de venda de produtos para franqueados no exterior Receita total de venda de produtos para franqueados Amostra 3 Na edição 2014 a amostra foi composta por 66 empresas, sendo: 52 multinacionais brasileiras que atuam no exterior principalmente por meio de unidades próprias 14 empresas brasileiras que atuam no exterior principalmente por meio de franquias O Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2014 e o Ranking FDC de Internacionalização de Franquias Brasileiras 2014 consideram dados de atuação no exterior do ano de 2013. Os dados e destaques divulgados neste documento foram fornecidos e são de responsabilidade das empresas participantes da pesquisa. 11

Ra2studio 12 A força da marca Brasil na criação de valor internacional Buenos Aires (Argentina) Capítulo III

Imagem da marca Brasil Como tema do ano, em 2014 o Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras investigou o efeito da Marca Brasil na internacionalização das empresas brasileiras. O gráfico abaixo mostra como a imagem do Brasil é percebida pelas multinacionais brasileiras em seu setor de atuação: Gráfico 01 - Imagem do Brasil 11,1% 1,6% 4,8% 47,6% 34,9% Muito negativa Negativa Neutra Positiva Muito positiva Para a maioria das empresas 58,7%, a marca Brasil é positiva ou muito positiva em seu setor de atuação e, enquanto pouco mais de um terço das empresas em questão considera a marca Brasil neutra, apenas 6,4% indicam ser a Marca Brasil negativa em seu setor de atuação. A despeito do quão positiva é a imagem do Brasil no setor de atuação das multinacionais, essa imagem parece afetar pouco os negócios, conforme ilustra o gráfico a seguir: Gráfico 02 - Efeito da Imagem Brasil nos Negócios 7,9% 3,2% 20,6% 25,4% Não afeta nada Afeta muito pouco Afeta pouco 42,9% De alguma forma afeta Afeta muito 13

Ainda assim, 33,3% das empresas afirmam que a imagem Brasil afeta muito ou afeta de alguma forma os negócios. Dessas, 90,5% consideram a imagem do Brasil positiva ou muito positiva. Apenas 4,8% consideram a imagem neutra e a mesma quantidade de empresas considera a imagem do Brasil negativa. Estas empresas pertencem aos setores de alimentos e tecnologia da informação. Entretanto, não é possível afirmar que essa é uma opinião geral do setor, já que outras empresas desses mesmos setores apontam percepções diferentes tanto da imagem do Brasil quanto do efeito dessa imagem nos negócios. Os resultados dos gráficos anteriores sugerem que, apesar da imagem do Brasil ser percebida como positiva por grande parte das multinacionais brasileiras e isso de alguma conforma contribuir para os negócios, as marcas próprias das empresas são de fato as principais responsáveis pelo sucesso internacional. O gráfico a seguir compara a relevância da marca Brasil em relação às marcas próprias segundo as multinacionais brasileiras: Gráfico 03 - Marca Brasil comparada às marcas próprias 11,1% 6,3% 15,9% As marcas próprias são muito mais relevantes 33,3% 33,3% As marcas próprias são mais relevantes As marcas próprias têm relevância igual à marca Brasil A marca Brasil é mais relevante A marca Brasil é muito mais relevante Praticamente metade das empresas (49,2%) considera que as marcas próprias são mais ou muito mais relevantes do que a marca Brasil no que diz respeito à estratégia internacional. Ainda assim é interessante notar que 17,4% das empresas percebem que a marca Brasil fala mais alto na hora de comercializar seus produtos e serviços no exterior se comparado às marcas próprias. Por fim, análises adicionais mostram que, quanto mais positiva a imagem da marca Brasil na percepção das multinacionais brasileiras, mais ela afeta os negócios, contribuindo para alavancar as marcas próprias das empresas brasileiras no exterior. 14

Sergey Nivens Buenos Aires (Argentina) Capítulo IV Ranking: Os resultados 15

O resultado do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2014 é apresentado nas tabelas a seguir. Além da classificação tradicional, que utiliza o índice de internacionalização da UNCTAD, foram geradas classificações específicas que ranqueiam as empresas levando em consideração outros critérios de avaliação. Ao final, apresentamos os resultados referentes às franquias que, como demonstrado no Capítulo II deste sumário, segue metodologia própria do Núcleo FDC de Estratégia e Negócios Internacionais. As 10 + Empresas com faturamento de até 1 bilhão de reais As empresas com faturamento anual de até R$1 bilhão que lideram o Ranking de Internacionalização são Metalfrio, Artecola e Ibope. Tabela 01 - Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras com faturamento total de até R$ 1 bilhão por índice de internacionalização Posição Empresa Índice de Transnacionalidade 1 Metalfrio 0,530 2 Artecola 0,397 3 IBOPE 0,390 4 Sabó 0,387 5 DMS Logistics 0,320 6 CZM 0,234 7 IndusParquet 0,206 8 Cia Providência 0,169 9 Indústrias Romi 0,157 10 Ci&T 0,152 16

Ranking por número de países onde as empresas possuem subsidiarias A Stefanini é a empresa que possui subsidiárias em maior número de países (32), seguida pela WEG (31) e Vale (27). Tabela 02 - Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras por número de países em que a empresa possui subsidiárias Posição Empresa Número de Países 1 Stefanini 32 2 WEG 31 3 Vale 27 4 Marcopolo 25 5 Banco do Brasil 24 6 Magnesita 22 7 Votorantim 21 8 Andrade Gutierrez 20 9 BRF 19 9 Gerdau 19 9 Itaú-Unibanco 19 10 IBOPE 17 10 Construtora Norberto Odebrecht 17 10 Petrobras 17 17

As 10 + Ranking por índice de receitas A tabela abaixo mostra a classificação das empresas pelo índice de receitas. Tabela 03 - Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras por índice de receitas Posição Empresa Índice de Receitas 1 JBS 0,701 2 Construtora Norberto Odebrecht 0,652 3 Magnesita 0,644 4 Marfrig 0,628 5 Gerdau 0,555 6 Metalfrio 0,490 7 DMS Logistics 0,487 8 InterCement 0,472 9 Sabó 0,466 10 Tupy 0,454 Ranking por índice de ativos A tabela abaixo mostra a classificação das empresas pelo índice de ativos. Tabela 04 - Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras por índice de ativos Posição Empresa Índice de Ativos 1 Magnesita 0,758 2 Minerva Foods 0,745 3 Stefanini 0,705 4 Metalfrio 0,630 5 Gerdau 0,621 6 Construtora Norberto Odebrecht 0,619 7 OAS 0,599 8 Vale 0,516 9 InterCement 0,490 10 IBOPE 0,486 18

Ranking por índice de funcionários A tabela abaixo mostra a classificação das empresas pelo índice de funcionários. Tabela 05 - Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras por índice de funcionários Posição Empresa Índice de Funcionários 1 InterCement 0,656 2 Marfrig 0,521 3 JBS 0,476 4 Metalfrio 0,470 5 Gerdau 0,465 6 Stefanini 0,460 7 Sabó 0,456 8 IBOPE 0,445 9 Marcopolo 0,398 10 Artecola 0,384 19

Rankings Os resultados gerais do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras encontram-se na tabela a seguir. Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2014 20 Tabela 06 Posição Empresa Índice de Transnacionalidade 1 Construtora Norberto Odebrecht 0,549 2 Gerdau 0,547 3 InterCement 0,539 4 Stefanini 0,537 5 Metalfrio 0,530 6 Magnesita 0,527 7 Marfrig 0,522 8 JBS 0,499 9 Artecola 0,397 10 IBOPE 0,390 11 Sabó 0,387 12 Tupy 0,375 13 Tavex Santista 0,369 14 Minerva Foods 0,343 15 Votorantim 0,339 16 DMS Logistics 0,320 17 OAS 0,305 18 BRF 0,293 19 Vale 0,290 20 Tigre 0,289 21 Andrade Gutierrez 0,284 22 WEG 0,281 23 Marcopolo 0,241 24 CZM 0,234 25 Embraer 0,227 26 Camil 0,217

Posição Empresa Índice de Transnacionalidade 27 Alpargatas 0,211 28 IndusParquet 0,206 29 Construtora Camargo Corrêa 0,201 30 Cia Providência 0,169 31 Indústrias Romi 0,157 32 Ci&T 0,152 33 Natura 0,145 34 Itaú-Unibanco 0,129 35 Agrale 0,116 36 Bematech 0,087 37 Petrobras 0,079 38 Banco do Brasil 0,076 39 Alusa 0,058 40 Ultrapar 0,054 41 Bradesco 0,042 42 M.Cassab 0,033 43 Randon 0,032 44 BRQ IT Services 0,029 45 TOTVS 0,028 46 MV Participações 0,017 47 Eliane 0,016 48 Grupo Seculus 0,014 49 Porto Seguro 0,010 50 Vivenda do Camarão 0,008 51 CEMIG 0,003 52 M. Dias Branco 0,001 21

Rankings Ranking FDC de Internacionalização das Franquias 2014 Os resultados da quarta edição do Ranking FDC de Internacionalização de Franquias Brasileiras são apresentados abaixo. Tabela 07 - Ranking FDC de Internacionalização de Franquias Brasileiras por índice de internacionalização Posição Empresa Índice de Internacionalização 1 Localiza 0,094 2 Mundo Verde 0,036 3 Depyl Action 0,020 4 Chilli Beans 0,015 5 Datelli 0,014 6 Hering 0,013 7 Giraffas 0,012 8 Yogoberry 0,011 9 Arezzo 0,008 10 Magrass 0,008 11 Hope 0,008 12 Bob's 0,007 13 Puket 0,004 14 First Class 0,003 Ranking por número de países onde as empresas possuem franquias A tabela abaixo mostra a classificação das franquias brasileiras pelo número de países em que atuam por meio de franquias. Tabela 08 - Ranking FDC de Internacionalização de Franquias Brasileiras por número de países Posição Empresa Número de Países 22 1 Localiza 8 2 Chilli Beans 6 3 Arezzo 4 3 Hering 4

Ranking por índice de unidades franqueadas A tabela abaixo mostra a classificação de franquias pelo índice de unidades franqueadas. Tabela 09- Ranking FDC de Internacionalização de Franquias Brasileiras por índice de unidades franqueadas Posição Empresa Índice de unidades franqueadas 1 Localiza 0,249 2 Chilli Beans 0,036 3 Yogoberry 0,033 4 Datelli 0,029 5 Hope 0,025 Ranking por índice de receitas A tabela abaixo mostra a classificação de franquias pelo índice de receitas*. Tabela 10- Ranking FDC de Internacionalização de Franquias Brasileiras por índice de receitas Posição Empresa Índice de Receitas 1 Depyl Action 0,038 2 Localiza 0,034 3 Giraffas 0,018 4 Cia.Hering 0,016 5 Datelli 0,014 *Índice de receitas = (Receita de royalties e taxas no exterior + Receita de vendas de produtos no exterior) / (Receita de royalties e taxas totais + Receita de vendas de produtos total) 23

Destaques A consolidação das aquisições internacionais se reflete no crescimento consistente do índice de internacionalização da Stefanini nos últimos anos. A capacidade da Metalfrio de alavancar sua produção nas operações europeias viabilizou o crescimento das receitas no exterior, resultado do aumento de market share junto a seu portfolio de clientes tradicionais e da expansão dos negócios nos mercados do Oriente Médio e Europa Oriental. A Artecola expandiu suas operações no exterior com a entrada no mercado da Ásia viabilizada por um novo produto e joint venture com um sócio local. Seu índice de internacionalização deve crescer ainda mais nos próximos anos também como resultado de ter assumido o controle de capital da Pegatex S.A, maior fabricante de adesivos na Colômbia. Investimentos que superaram a marca de US$ 1 bilhão aumentaram consideravelmente a capacidade de fornecimento de níquel e cobre pela VALE ao longo de 2013. A CI&T projeta um novo ciclo de crescimento superior a 20% ao ano através da oferta de serviços de maior valor agregado e estabelecimento de novos patamares de desempenho em novas operações internacionais. No mercado de capitais internacional, o Banco do Brasil, por meio das corretoras externas, atuou em 22 das 45 operações de captação externa realizadas por empresas, bancos e governo brasileiros em 2013, todas na condição de lead-manager. A Vivenda do Camarão tem se beneficiado da presença internacional pela via da maior credibilidade junto a investidores e novos franqueados. 24

Anton Balazh Buenos Aires (Argentina) Capítulo V Do Brasil para o mundo 25

A presença das multinacionais brasileiras no exterior As empresas participantes do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2014 estão presentes em 89 países e em todos os continentes. O mapa abaixo mostra os países nos quais as empresas estão presentes, seja por meio de unidades próprias ou de franquias. Figura 01 - Dispersão geográfica das multinacionais brasileiras Número de empresas no país mais de 30 empresas Número de países 21-30 empresas 5 11-20 empresas 10 2 Número de empresas no país Número de países 2-10 empresas 46 Apenas 1 empresa 26 Nenhuma empresa demais países 26

Tabela 11 - Países com maior presença de empresas brasileiras Posição País Número de empresas 1 Estados Unidos 39 2 Argentina 33 3 Chile 28 4 Uruguai 24 5 Colômbia 23 5 Perú 23 6 México 22 7 China 19 8 Venezuela 16 9 Paraguai 15 9 Portugal 15 10 Bolívia 14 10 Reino Unido 14 Os Estados Unidos são o país onde a maior parte das empresas pesquisadas já se estabeleceu. É interessante notar que, dos 13 países da tabela acima, 8 são da América do Sul. Vale destacar ainda que o país fora das Américas que recebe mais empresas brasileiras é a China. Na Europa destacam-se Portugal e Reino Unido. Dispersão geográfica das multinacionais brasileiras: América do Norte Canadá Estados Unidos México América Central e Caribe Antígua e Barbuda Bahamas Barbados Costa Rica Cuba El Salvador Guatemala Honduras Ilhas Cayman Nicaragua Panamá Porto Rico República Dominicana Trinidad e Tobago América do Sul Argentina Bolívia Chile Colômbia Equador Paraguai Perú Uruguai Venezuela 27

África África do Sul Angola Argélia Benin Cabo Verde Camarões Congo Egito Gabão Gana Guiné Guiné Equatorial Líbia Malaui Marrocos Moçambique Namíbia Nigéria Quênia Tanzânia Tunisia Zâmbia Europa Alemanha Áustria Bélgica Dinamarca Espanha França Holanda Hungria Irlanda Itália Luxemburgo Polônia Portugal Reino Unido Romênia Suécia Suíça Turquia Ásia China Coréia do Sul Filipinas Hong Kong (China) Índia Indonésia Japão Malásia Papua Nova Guiné Rússia Singapura Tailândia Taiwan Oriente Médio Arábia Saudita Catar Emirados Árabes Unidos Irã Israel Kuwait Líbano Omã Oceania Austrália Nova Caledônia Legenda: Presença do Brasil no exterior Número de países Somente por meio de unidades próprias 74 Por meio de unidades próprias e franquias 13 Somente por meio de franquias 2 Número total de países com presença de empresas brasileiras 89 Como esperado, na América do Sul há maior concentração de empresas brasileiras: aproximadamente 75% das multinacionais entrevistadas possuem presença física na região. Em seguida vem a América do Norte, com presença de cerca de 67% das empresas, a maior parte delas nos Estados Unidos. 28

Gráfico 04 - Dispersão geográfica das empresas brasileiras no mundo Porcentagem das empresas que possuem subsidiárias ou franquias nessa região 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 75.8% América do Sul 66,7% América do Norte 54,6% 37,9% Europa Ásia África 28,8% 27,3% América Central e Caribe 22,7% Oriente Médio 15,2% Oceania Ao perguntarmos às empresas sobre o seu principal mercado internacional, a grande maioria delas, cerca de 75%, indicaram países das Américas, sendo os Estados Unidos o país mais mencionado. Entrada e saída de países A pesquisa analisou o movimento de entrada e saída de países no ano de 2013 por parte das empresas participantes do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2014. Foi constatado que aproximadamente 27% das empresas participantes iniciaram operações ou estabeleceram acordos de franquia em algum novo país em 2013, enquanto cerca de 15% interromperam temporariamente, desativaram operações ou interromperam acordos de franquia em algum país nesse ano. O país mais mencionado em relação ao desinvestimento foi a Argentina. Aproximadamente 60% das empresas que afirmaram ter interrompido operações ou acordos de franquias em 2013 interromperam seus investimentos na Argentina. Atribuímos isso à atual situação econômica desse país, que apresenta alta inflação e consequente desvalorização de sua moeda. O fato de que 5 das 66 empresas participantes interromperam operações ou acordos de franquias na Argentina é ainda mais significativo quando consideramos que o país é o segundo com maior 29

presença das empresas participantes do Ranking, assim como um país mencionado com muita frequência por elas quando perguntamos por onde iniciaram seu processo de internacionalização. A figura a seguir mostra todos os países nos quais as empresas participantes ingressaram ou interromperam operações em 2013. Entre parênteses está indicado o número de empresas que ingressou ou saiu de cada país. Figura 02 - Entrada e saída das empresas brasileiras de países em 2013 Países de entrada Canadá (1), Estados Unidos (1), El Salvador (1), Guatemala (1), Honduras (1), República Dominicana (4), Argentina (1), Chile (1), Equador (2), Peru (1), Gana (1), Guiné Equatorial (1), Moçambique (2), Nigéria (1), Holanda (1), Irlanda (1), Reino Unido (1), China (1), Indonésia (1), Malásia (1), Rússia (2), Arábia Saudita (1), Emirados Árabes Unidos (1), Israel (1), Líbano (1) e Australia (1) Países de saída Argentina (5), Chile (2), Paraguai (1), Angola (1), Guiné (1), Libéria (1), Italia (1) e Portugal (1) As empresas participantes do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2014 ingressaram em 26 e saíram de 8 países em 2013. Nos países de entrada o mais mencionado foi a República Dominicana, com a entrada de 4 empresas das empresas participantes. Primeira subsidiária ou franquia no exterior Os gráficos a seguir evidenciam uma forte tendência das multinacionais brasileiras a iniciarem seu processo de internacionalização por meio de países da América do Sul, sendo a Argentina o país mais mencionado nessa região. A maior parte das empresas participantes, 52,94% delas, teve sua primeira subsidiária ou franquia internacional instalada em algum país da América do Sul. 30

Gráfico 05 - País da primeira subsidiária ou franquia no exterior 1,5% 5,9% 1,5% América do Sul 52,9% 10,3% 52,9% América do Norte 27,9% Europa 10,3% 27,9% Ásia 1,5% África 5,9% Oriente Médio 1,5% Ámerica Central e Caribe 0% Oceania 0% A América do Norte é a segunda região escolhida com maior frequência pelas empresas participantes da pesquisa para a localização da primeira subsidiária ou franquia fora do Brasil, sendo os Estados Unidos o país mais mencionado por elas. Juntas, América do Sul e América do Norte foram escolhidas por mais de 80% das empresas participantes da pesquisa para iniciar seu processo de internacionalização. Cabe destacar, no entanto que, enquanto a tendência de iniciar o processo de internacionalização pela América do Sul é forte tanto nas multinacionais quanto nas franquias brasileiras, a importância da América do Norte é significativamente menor para as franquias. Os gráficos a seguir ilustram bem esta realidade: Gráfico 06 - País da primeira subsidiária no exterior 9,3% 3,7% 1,9% América do Sul 51,9% 51,9% América do Norte 33,3% Europa 9,3% 33,3% Ásia 1,9% África 3,7% Oriente Médio 0% Ámerica Central e Caribe 0% Oceania 0% 31

Gráfico 07 - País da primeira franquia no exterior 7,1% América do Sul 57,1% 14,3% 14,3% 57,1% América do Norte 7,1% Europa 14,3% África 14,3% Oriente Médio 7,1% 7,1% Ámerica Central e Caribe 0% Oceania 0% Ásia 0% Percebemos que países da América do Norte foram escolhidos por cerca de um terço das multinacionais brasileiras para iniciar seu processo de internacionalização, porém por apenas 7,1% das franquias. No caso das franquias, Europa e África se tornam mais significativas do que a América do Norte para a sua primeira internacionalização. Cabe destacar o fato de que, quando comparado com outros modos de entrada no exterior, o franchising costuma apresentar menos riscos e demandar menos investimentos por parte da empresa. O conhecimento da cultura e do ambiente de negócios do país de destino é aportado pelos franqueados como uma grande vantagem, o que torna esse processo mais dinâmico e a escolha dos países de destino menos previsível. Destaques Em sua estratégia de consolidar a presença no mercado latino-americano a DMS Logistics abriu duas novas filiais, em Santiago do Chile e em Santo Domingo na República Dominicana, além de direcionar investimentos para as operações na Cidade do Panamá. 32 A Intercement se beneficiou nestes últimos anos do forte crescimento de demanda dos países africanos, abastecendo este mercado a partir das plantas produtivas que opera nesse continente e também através das suas fábricas em Portugal. A empresa pratica sua gestão de conhecimento internacional promovendo o intercâmbio de melhores práticas e o estabelecimento de benchmarkings internos entre as unidades fabris e comerciais existentes nos oito países nos quais está presente.

O IBOPE segue consolidando suas operações na América Latina, expandindo a participação acionária em diversas empresas parceiras, e estabeleceu um hub na Colômbia para processamento dos dados do serviço de monitoramento publicitário para outros países da região. A Tavex Santista expandiu Market Share no mercado de denim dos EUA a partir de suas operações no México, e notadamente no mercado de Los Angeles que é importante formador de opinião para o setor. Em 2013 a BRF intensificou sua estratégia de globalização, tornando-se mais assertiva em seus objetivos: crescimento via qualificação do portfólio de produtos, desenvolvimento de mercados e canais, e fortalecimento da marca. Desviando da ideia de conquistar todos os mercados a partir de uma plataforma exportadora, a missão evoluiu para estabelecer posições de liderança em regiões específicas via expansão orgânica e aquisições seletivas em regiões estratégicas. O ano de 2013 para a EMBRAER foi marcado pela inauguração de uma nova planta nos EUA para a produção dos Super Tucanos adquiridos pela Força Aérea dos Estados Unidos. Também neste mercado a unidade de Melbourne entregou o primeiro jato executivo Phenom 300 e o primeiro jato executivo Legacy 650 fabricado na China realizou seu voo inaugural com sucesso. A Cia Providência inaugurou em Março de 2013 a segunda linha de produção nos EUA. Em sua estratégia de ser reconhecido como o Banco da América Latina o Itaú Unibanco concluiu em Dezembro de 2013 a compra da operação de varejo do Citibank no Uruguai e além de mais de 15 mil clientes correntistas os ativos adquiridos envolvem principalmente as operações de cartão de crédito que o Citibank desenvolvia naquele mercado sob as bandeiras Visa, Mastercard e Diners. A Natura adquiriu a AESOP, marca australiana de cosméticos com 80 pontos de venda em 10 países, e continuou a consolidação de suas operações na América Latina com destaque para o México onde superou a marca de 100 mil consultoras em sua força de comercialização. A Bematech nos últimos anos tornou-se líder em automação comercial nos mercados da Argentina, Peru e Uruguai. Figura entre as 5 primeiras nos mercados da Colômbia e México e tornou-se uma das 10 mais no ranking Top of Mind do seu setor nos Estados Unidos. O foco da Totvs tem sido alcançar, no mercado internacional, níveis e indicadores equivalentes ao Brasil e buscar posições de liderança em cada um dos países em que atua. A Randon tem empreendido esforços em consolidar suas operações na China e alavancar o portfolio nos EUA, além de contornar dificuldades no ambiente de negócios da Argentina. A CZM tem consolidado nestes últimos anos sua liderança no mercado da América do Sul e expande operações nos Estados Unidos com sua unidade fabril naquele país. 33

Improvize 34 Capítulo VI Atratividade dos países da CPLP Comunidade dos Países Buenos Aires (Argentina) de Língua Portuguesa

Presença das multinacionais brasileiras nos países da CPLP É considerável o número de empresas brasileiras presentes nos países da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa - Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste), como mostra a tabela abaixo: Tabela 12 - Presença de empresas brasileiras nos países da CPLP Número de empresas com País presença nesse país Portugal 15 Angola 12 Moçambique 6 Cabo Verde 1 Portugal é o país da CPLP com maior presença de empresas brasileiras, seguido por Angola. Nenhuma das empresas participantes do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2014 tem atuação em Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe ou Timor Leste. Mas, será que um mesmo idioma e laços históricos e culturais com os países de língua portuguesa podem significar vantagens competitivas e melhores oportunidades para as empresas multinacionais brasileiras? Percepção de oportunidades e fatores de vantagem competitiva Perguntamos às empresas qual a percepção sobre a atratividade desses países. Seguem as respostas: Gráfico 08 Oportunidades nos países de língua portuguesa 15% 5,0% 5,0% 20,0% Há muito menos oportunidades de negócio nos países de língua portuguesa do que nos outros países Há menos oportunidades de negócio nos países de língua portuguesa do que nos outros países As oportunidades são iguais se comparado a outros países 55,0% Há mais oportunidades de negócio nos países de língua portuguesa do que em outros países Há muito mais oportunidades de negócio nos países de língua portuguesa do que em outros países 35

É interessante notar que, para a maioria das empresas (55,0%), as oportunidades nos países de língua portuguesa não se diferenciam daquelas nos demais países. Entretanto, 25% das multinacionais consideram que há menos oportunidades nos países de língua portuguesa do que em outros países. Esse resultado pode estar relacionado a fatores econômicos, mercadológicos e de legislação, citados ao final dessa sessão. Das empresas que percebem haver mais ou muito mais oportunidades nestes países, estas estão principalmente relacionadas ao idioma comum e similaridade institucional, seguido da maior facilidade no relacionamento com fornecedores, clientes e parceiros comerciais e da proximidade cultural, conforme mostra o gráfico a seguir: Gráfico 09 Fatores de vantagem competitiva nos países de língua portuguesa 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 Português como idioma comum Similaridade institucional 4,4 4,5 Facilidade no relacionamento com fornecedores, clientes e parceiros comerciais Proximidade cultural 4,0 4,0 Relacionamento político Facilidade de mobilidade de mão de obra entre subdiriárias e matriz Potencial de aceitação dos produtos/serviços Facilidade de acesso à mâo de obra local (contratação local) Facilidade de gestão intercultural entre subdisiárias e matriz 0,0 3,6 3,6 3,5 3,5 1 = Não representa vantagem competitiva 5 = Representa grande vantagem competitiva É interessante notar que a gestão intercultural não é percebida como uma facilidade nos países de língua portuguesa, muito provavelmente por se tratar de um tópico muito desafiante independente do país de destino, como indicam outras pesquisas do Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da FDC. Outra possibilidade é que as empresas não considerem este fator como gerador de vantagem competitiva relevante. 36

Planos para países da CPLP Por fim, perguntamos às multinacionais sobre seus planos em relação aos países da CPLP nos próximos cinco anos. O gráfico abaixo mostra as respostas: Gráfico 10- Planos das multinacionais brasileiras para países de língua portuguesa 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% A empresa planeja interromper e/ou reduzir operações nos países de língua portuguesa em que já atua 0,0% A empresa planeja manter suas operações nos países de lingua portuguesa em que já atua 51,1% A empresa planeja expandir suas operações nos países de língua portuguesa em que já atua 26,7% A empresa planeja entrar em novos países de língua portuguesa 13,3% Nenhuma das alternativas acima. A empresa não atua e não planeja atuar em países de língua portuguesa 37,8% Apenas 13,3% das empresas planejam entrar em novos países de língua portuguesa. Segundo elas, Portugal, Angola e Moçambique são os principais alvos. Enquanto grande parte das multinacionais (51,1%) planeja manter suas operações nos países de língua portuguesa nos quais já atua, uma parcela considerável não planeja entrar nestes mercados (37,8%). Essas empresas pertencem a setores variados não sendo observada concentração de respostas negativas em um setor. Alguns dos possíveis motivos apontados pelas empresas são: elevado custo de produção e logística, dificuldades para certificação e licenciamento dos produtos, tamanho reduzido dos mercados, carência de mão-de-obra especializada, legislações em constante mudança, dificuldades para estabelecer uma base sólida de fornecedores e a crise econômica. 37

Alex011973 38 Buenos Aires (Argentina) Capítulo VII Margens de lucro e satisfação com o desempenho

Margens de lucro Nos últimos anos, o Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras mostrou que as margens de lucro no exterior das empresas brasileiras são, em geral, inferiores se comparadas à margem de lucro doméstica. Essa tendência se verifica também em 2013, ano em que essa diferença aumenta para 4,4%. Gráfico 11 - Margens de lucro 20% 15% 10% 12,9% 9,4% 13,4% 10,3% 13,4% 9,0% Margem de lucro doméstica Margem de lucro no exterior 5% 0% 2011 2012 2013 Satisfação com o desempenho É interessante notar, entretanto, que as diferenças entre a satisfação das multinacionais com o desempenho no mercado exterior não apresentam grandes diferenças em relação à satisfação com o desempenho no mercado doméstico. Inclusive, nos itens de Crescimento das vendas, Lucratividade, e ROA/ROI (Retorno sobre ativos/investimentos) a satisfação com o desempenho foi ligeiramente maior no mercado internacional. A despeito das margens de lucro serem inferiores no mercado internacional, é possível que a expectativa das empresas em relação a esse resultado tenha sido ainda menor, fazendo com que as multinacionais se mostrassem relativamente satisfeitas com o desempenho financeiro nos mercados externos. Já no que diz respeito ao desempenho operacional e geral, a avaliação de satisfação das multinacionais brasileiras é igual ou ligeiramente superior no mercado doméstico. A maior diferença observada é na satisfação com a imagem da marca no mercado doméstico em comparação com o mercado internacional. 39

Gráfico 5 12 - Satisfação das multinacionais com o desempenho 4 3 3,7 3,8 3,5 3,7 3,5 3,6 3,4 3,6 3,9 3,5 4,3 4,3 4,5 4,0 4,0 3,8 3,8 3,8 2 1 Desempenho financeiro Desempenho operacional Desempenho geral Mercado doméstico Mercado internacional 5 = Muito satisfeito 1 = Muito insatisfeito Por fim, nota-se que, em todos os itens a satisfação das multinacionais com o desempenho tanto doméstico quanto internacional é superior à mediana 3,0, o que indica que em geral elas estão satisfeitas ou muito satisfeitas com os resultados alcançados em 2013. Atributos de valor Tendo em vista a evidente satisfação com o desempenho, perguntamos às empresas participantes como se comparavam determinados atributos de valor no mercado doméstico e no mercado internacional. Gráfico 13 - Desempenho dos produtos e serviços 20,0% 6,7% É muito inferior no mercado internacional É inferior no mercado internacioinal 73,3% É igual em ambos mercados É superior no mercado internacional É muito superior no mercado internacional 40

Gráfico 14 - Qualidade dos produtos e serviços 17,7% 4,8% É muito inferior no mercado internacional É inferior no mercado internacioinal 74,4% É igual em ambos mercados É superior no mercado internacional É muito superior no mercado internacional Gráfico 15 - Preço dos produtos e serviços 18,0% 1,6% 3,3% 27,9% É muito inferior no mercado internacional É inferior no mercado internacioinal É igual em ambos mercados 49,2% É superior no mercado internacional É muito superior no mercado internacional Gráfico 16 - Portfólio de produtos e serviços 18,3% 3,3% 28,3% É muito inferior no mercado internacional 50,0% É inferior no mercado internacioinal É igual em ambos mercados É superior no mercado internacional É muito superior no mercado internacional 41

Gráfico 17 - Investimento em P&D 54,2% 11,9% 1,7% 5,1% 27,1% É muito inferior no mercado internacional É inferior no mercado internacioinal É igual em ambos mercados É superior no mercado internacional É muito superior no mercado internacional Percebe-se que, apesar de a maioria das empresas avaliarem que o desempenho, a qualidade, o preço e o seu portfólio de produtos e serviços são iguais nos mercados nacional e internacional, há uma parcela de empresas que afirmam que o desempenho dos produtos e serviços (20,0%) e a qualidade de produtos e serviços (17,7%) é superior no mercado internacional. Por outro lado, parcela considerável (31,2%) pratica preços inferiores no mercado internacional. Atribuímos isso à maior concorrência que as empresas enfrentam ao se internacionalizarem, por terem que vencer as desvantagens de serem estrangeiras ao competir com marcas globais, muitas vezes já reconhecidas nos mercados de destino. Isso também ajuda a explicar o motivo pelo qual as margens de lucro são superiores no mercado doméstico se comparado ao mercado internacional. É interessante notar, entretanto, que enquanto parcela considerável das empresas adota as mesmas políticas no mercado doméstico e internacional, grande parte oferta um portfólio de produtos e serviços inferior (31,6%) e realiza menos investimentos em P&D (32,2%) no mercado internacional. Isso indica que muitas empresas brasileiras ainda têm preferencia por desenvolver seus produtos e serviços no Brasil, tanto para o mercado doméstico quanto para o internacional. É possível também que elas lancem novos produtos primeiramente do mercado doméstico e os introduzam nos demais países após o sucesso dos mesmos no mercado doméstico. De fato, ao serem questionadas sobre as inovações e adaptação de produtos e serviços, 75% das multinacionais brasileiras afirma que sua estratégia internacional se baseia na ampliação de mercados, ou seja, a empresa busca aumentar as vendas para os clientes/consumidores dos mercados em que já atua ou busca novos clientes nesses mercados, oferecendo os mesmos produtos e/ou serviços. Por outro lado, apenas 24% das empresas afirma adotar a estratégia de diversificação no mercado internacional, ou seja, buscar novos clientes em mercados em que ela ainda não atua, oferecendo produtos e/ou serviços diferentes. Figura 03 - Estratégia internacional adotada pelas multinacionais brasileiras Mercados Produtos Mesmos Novos Mesmos 75,5% 61,2% Novos 24,5% 24,5% 42

Sergey Nivens Buenos Aires (Argentina) Capítulo VIII Evolução e Tendências 43

Linha do tempo Figura 04 1941 Banco do Brasil > Paraguai 1977 Tigre > Paraguai 1981 Bradesco > EUA 1991 Marcopolo > Portugal WEG > EUA 1972 Petrobras > Colômbia 1979 Embraer > EUA Itaú-Unibanco > Argentina C. N. Odebrecht > Peru 1985 Romi > EUA 1994 Porto Seguro > Uruguai Radom > Argentina 1960 1976 1978 1980 1983 1990 1992 1995 1941 1972 1977 1979 1981 1985 1991 1994 1960 Magnesita > Argentina 1976 Tupy > EUA 1978 C Camargo Corrêa > Venzuela 1980 Gerdau > Uruguai 1983 Andrade Gutierrez > Congo Natura > Chile 1990 IBOPE > Argentinha 1992 Localiza > Argentina Sabó > Argentina 1995 Eliane > EUA Tavex > Argentina 44

1996 Stefanini > Argentina 2001 Bematech > EUA Votorantim > Canadá 2006 Depyl Action > Venezuela Metalfrio > Turquia Vale > Canadá Ci&T > EUA 2011 Giraffas > EUA Hope > Argentina Yogoberry > Irã 1999 Datelli - Uruguai 2004 M. Cassab > China M.Dias Branco> EUA Seculus > Suiça 2008 Agrale > Argentina BRF > Holanda Minerva > Paraguai Mundo Verde > Portugal 2013 Vivenda do Camarão > EUA 1996 2004 1997 2000 1999 2001 2006 2008 2011 2013 1997 Artecola > Argentina Hering > Paraguai Totvs > Argentina 2000 Arezzo > Paraguai Legenda: 2003 2003 Ultrapar > México 2005 2005 Alusa > Chile Bob`s > Angola Cemig > Chile IndusParquet > França InterCement > Argentina Marfrig > Chile OAS > Chile JSB > Argentina Internacionalização por meio de subsidiárias 2007 2007 Alpargatas > Argentina BRQ > EUA Camil > Uruguai Chilli Beans > Portugal DMS > EUA 2010 2010 Cia Providência > EUA Puket > Venezuela Internacionalização por meio de franquias 2012 2012 CZM > EUA First Class > Angola Magrass > Paraguai MV Part. > Chile, México e Angola 45

Evolução dos indices de internacionalização nos últimos 3 anos As multinacionais brasileiras continuam em uma tendência de aumento do índice médio de internacionalização, que vem crescendo em aproximadamente 2,0% a cada ano. Gráfico 18 - Evolução dos índices de internacionalização médios 30,0% 25,0% 20,0% 27,6% 23,0%24,6% 24,8% 22,6% 21,2% 17,0% 18,8%19,1% 18,0% 21,3% 22,9% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% Índice de Receitas Índice de Ativos Índice de Funcionários Índice de Transnacionalidade 2011 2012 2013 Planos de expansão internacional em 2014 Em 2014 a maioria das empresas analisadas na pesquisa, cerca de 65%, pretendem expandir sua atuação no exterior, nos mercados em que já atuam. 28,6% projetam estabilidade com relação às operações no exterior, enquanto cerca de 6% projetam retração ou grande retração. 46

Gráfico 19 Planos para mercados em que já atua 4,8% 1,6% 4,8% 28,6% Grande retração Retração 60,3% Estabilidade Expansão Grande expansão Apesar de grande parte das empresas entrevistadas terem plano de expansão internacional, apenas 44,4% tem planos de entrar em novos países em 2014. Isso pode estar atrelado ao relativo conservadorismo apresentado pelas multinacionais em relação à sua estratégia no mercado internacional, que discutimos no capítulo anterior. Gráfico 20 Planos de entrada em novos países 55,6% 44,4% Planeja entrar em novos países em 2014 Não planeja entrar em novos países em 2014 47

Expectativas de desempenho para 2014 Com relação às expectativas de desempenho para as atividades em 2014, a maioria das multinacionais brasileiras se mostra otimista, tanto no mercado doméstico quanto no internacional. A principal diferença entre as expectativas no mercado doméstico e no internacional é em relação às vendas, onde as empresas surpreendentemente se mostram mais otimistas em relação ao mercado internacional. Gráfico 21- Expectativa de desempenho para atividades em 2014 5 4 3 3,3 3,8 3,9 3,7 3,7 3,8 2 1 Vendas Market Share Em relação à competidores 1 = Baixa expectativa de desempenho 5 = Elevada expectativa de desempenho Mercado doméstico Mercado internacional 48

Nopporn Buenos Aires (Argentina) Capítulo IX Equipe Responsável 49

Sherban Leonardo Cretoiu: Professor do Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral Mestre em Relações Internacionais pela PUC Minas Especialista em Gestão Estratégica e Competitividade Internacional pela Universidade Federal de Minas Gerais Bacharel em Administração de Empresas / Comércio Exterior pelo Centro Universitário UNA sherban@fdc.org.br Livia Lopes Barakat: Professora Assistente da Fundação Dom Cabral Gerente de Projetos Internacionais da Fundação Dom Cabral Mestre em Administração, pela Universidade Federal de Minas Gerais UFMG Graduada em Administração, pela Universidade Federal de Minas Gerais UFMG liviabarakat@fdc.org.br Ana Paula Roscoe Côrtes: Pesquisadora do Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral Graduada em Relações Internacionais pela PUC Minas ana.cortes@fdc.org.br João Paulo Notini: Estagiário do Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral Graduando em Relações Internacionais pelo IBMEC-MG joao.notini@fdc.org.br Helen Cardenuto: Estagiária de Relações Internacionais da Fundação Dom Cabral Graduanda em Relações Internacionais pela PUC Minas helen.lima@fdc.org.br 50

A força da marca Brasil na criação de valor internacional Agradecimentos: A Fundação Dom Cabral agradece às empresas que participaram da pesquisa em 2014 e que generosamente disponibilizaram seus dados e compartilharam sua experiência internacional, contribuindo para a compreensão da atuação das multinacionais brasileiras no exterior. Todas as imagens deste impresso foram retiradas do site www.shutterstock.com

52 A força da marca Brasil na criação de valor internacional