A MÍDIA E AS REPRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS DE INSETO. Ricardo W. C. Assumpção - Bolsista PIBIC-EM/CNPq

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Transcrição:

Anais Expoulbra 20 22 Outubro 2015 Canoas, RS, Brasil A MÍDIA E AS REPRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS DE INSETO Ricardo W. C. Assumpção - Bolsista PIBIC-EM/CNPq Rossano A. Dal-Farra - Professor do PPGECIM ULBRA/Canoas Resumo Letícia A. Lopes - Bolsista PNPD/CAPES Constituindo-se no grupo animal mais numeroso do Planeta, os insetos participam em muitos aspectos da vida na Terra, embora habitualmente sejam representados de forma negativa na cultura contemporânea. Diante dessas premissas, este estudo tem como objetivo analisar matérias presentes na Revista Veja entre os anos de 1968 e 2013 buscando verificar de que formas estes seres são representados, tanto em relação aos possíveis papéis atribuídos a eles categorizados como: positivo, indefinido e negativo, quanto em relação ao contexto no qual estão inseridos em cada matéria tais como: praga, perigo à saúde, ecologia, biologia, entre outros. Os resultados preliminares apontam para uma diminuição de representações negativas de insetos ao longo do período, reduzindo menções a eles como sendo pragas molestadoras, aumentando, em contrapartida, as citações tidas como positivas e indefinidas fazendo alusão ao papel destes seres no âmbito ecológico, assim como no âmbito das pesquisas científicas e nas produções artísticas. Palavras-Chave: Representações artísticas. Análise documental. Inseto. INTRODUÇÃO Grandes surtos de doença de chagas, malária e dengue foram estímulos importantíssimos para fomentar as representações negativas dos insetos na cultura contemporânea, assim como a revolução verde caracterizada pela produção massiva de alimentos por meio de monoculturas e a devastação de determinados ecossistemas. Contudo, a ascensão do discurso ecológico nas

últimas décadas tem proporcionado um novo olhar a respeito destes animais, tornando relevante analisar as representações de insetos na mídia impressa contemporânea, considerada, no presente estudo, como um artefato cultural, assim como compreender de que forma estes discursos se articulam com os demais discursos que circulam em relação ao ambiente natural e as interfaces com o ser humano. Diante de tais fatos iniciais, o presente estudo utilizou como material de análise a Revista Veja do Grupo Abril desde a sua criação na década de 1960 até o período atual. METODOLOGIA Foram analisadas todas as revistas publicadas entre os anos de 1968 e 2013 por meio do conteúdo integral disponibilizado em: http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx. Foram encontrados 161 textos incluindo matérias jornalísticas, entrevistas, peças publicitárias e encartes específicos presentes em determinadas edições. A análise foi realizada utilizando os Métodos Mistos incluindo a Análise de Conteúdo para a categorização dos dados sob uma perspectiva qualitativa e a Estatística Descritiva para os dados quantitativos (DAL-FARRA e LOPES, 2013; CRESSWELL, 2013; CRESSWELL et al., 2011). No âmbito qualitativo os dados foram categorizados em positivo, negativo ou indefinido do enfoque, traçando uma linha de tendência para verificar as possíveis mudanças nas representações ao longo dos 45 anos de análise dos dados. RESULTADOS E DISCUSSÃO Pode-se notar que há diminuição das publicações com enfoque negativo, comparando com o gráfico de seções, os pontos de maior frequência negativa 1969, 1975 e 1984 está associada a postagens de artigos relacionados a medicina e praga como definido: ''Em meio a múltiplas representações de insetos na vida ocidental contemporânea, destacam-se, principalmente, as questões relacionadas à transmissão de doenças...'' (Lopes et al, 2014)

120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 Positivo Negativo Indefinido Linear (Positivo) Linear (Negativo) Linear (Indefinido) 0,0 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 Fonte: A pesquisa. Os ápices de publicações de enfoque positivo são em 1984 e 1989, estão associados respectivamente a biologia, arte e publicidade. Em 1984 o enfoque predominante é a biologia, onde há descrições positivas e reconhecimento do inseto como parte fundamental na fauna e sua importância na economia, medicina meio ambiente. Observa-se no gráfico de enfoque indefinido, um significativo aumento com o passar dos anos, possuindo apogeu de publicações em 1997. Este ápice está associado a adjetivação, arte e biologia. Em 1997, as publicações indefinidas tendem mais a enfoque de arte e adjetivação, onde há uso do inseto como referência e modelo, em moda, pintura e literatura, ou uma analogia com alguma característica morfológica marcante do animal em relação a outra coisa. Representações da literatura de Kafka palavra é empregada em onze edições datadas entre dezembro de 1970 e outubro de 2010 na qual há citações, resumos e resenhas sobre seu livro "A Metamorfose", na qual sua personagem protagonista se transformou em um inseto.

O vocábulo é apresentado em sete edições datadas entre maio de 1972 e agosto de 2007 em tirinhas, textos, crônicas humorísticas que demonstram de forma descontraída a importância do inseto na natureza. Na cinematografia o termo foi utilizado doze vezes ente outubro de 1968 e dezembro de 2007 em forma de propagandas, encartes e matérias sobre filmes que apresentam o tema inseto como ''Plano Bee'', ''Vida de Inseto'', ''A Mosca'' e ''Mutação''. No âmbito das Artes o termo ocorre doze vezes ente novembro de 1968 e novembro de 2007, sendo usado como inspiração em obras literárias, teatro, moda, museus, ressaltando a importância de inseto na cultura brasileira ao longo do período analisado. Dicke (2000) realiza um resgate histórico compreendendo um período do século 14 até o século 20 indicando a elevada presença dos insetos na pintura, segundo o autor o estudo das representações dos insetos na arte sob uma perspectiva histórica permite analisar a percepção dos seres humanos em relação aos insetos ao longo do tempo. CONSIDERAÇÕES FINAIS As representações de insetos ao longo do período analisado e consideradas como negativas foram, preponderantemente, relacionadas à ocorrência de pragas e de perigos à saúde dos seres humanos. No entanto, ao longo dos anos estes animais foram representados mais frequentemente de forma positiva ou indefinida, especialmente em relação ao papel crucial dos insetos na natureza, suas relações ecológicas com outras espécies e a utilização deles na fabricação de produtos. Tais resultados demonstram que o discurso ecológico que caracterizou as últimas décadas tem permeado as discussões contemporâneas a respeito dos seres vivos, alterando a construção de discursos relacionados a grupos de animais tal como o analisado no presente estudo. Considera-se relevante que

esta discussão seja inserida no âmbito do Ensino de Ciências, em virtude da relevância da temática na contemporaneidade. REFERÊNCIAS CRESSWELL, J. D. Research Design: qualitative, quantitative, and mixed methods approaches. 4 ed. SAGE: Los Angeles, 2013. CRESSWELL, J. D.; CLARK, V. L. P. Designing and conducting mixed methods research. 2 ed. SAGE: Los Angeles, 2011. DAL-FARRA, R. A.; LOPES, P. T. C. Métodos mistos de pesquisa em educação: Pressupostos teóricos. Nuances: estudos sobre Educação, v. 24, n. 3, p. 67-80, set./dez., 2013. Disponível em: http://revista.fct.unesp.br/index.php/nuances/article/viewfile/2698/2362. Acesso em: 27 abr. 2015. DICKE, M. Insects in Western Art. American Entomologist, v. 46, n.4, 2000. LOPES, L. A. Relevância dos insetos em termos ecológicos e suas interações com o ser humano. Educação Ambiental em ação, v. 49, n. 13, 2014.