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Operadora: Bom dia. Sejam bem-vindos à teleconferência da FERBASA sobre os resultados do segundo trimestre de 2015. Esta presente conosco hoje o Sr. Geraldo de Oliveira Lopes, Diretor Presidente e de Relações com Investidores, e o Sr. Carlos Henrique Temporal, Gerente de Relações com Investidores, para fazer a apresentação de resultados do 2º trimestre de 2015 da Ferbasa. Informamos que a apresentação será gravada e que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da empresa. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso alguém necessite de assistência durante a conferência, por favor, chame o operador digitando asterisco zero. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de negócios, projeções e metas operacionais e financeiras da FERBASA, constituemse em crenças e premissas da diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Elas envolvem riscos e incertezas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Alterações na política macroeconômica ou na legislação, e outros fatores operacionais, podem afetar o desempenho futuro da FERBASA e conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora, gostaríamos de passar a palavra para Temporal, que iniciará a apresentação. Por favor, Temporal, pode prosseguir. Temporal: Boa tarde a todos. Estamos iniciando a teleconferência dos resultados do 2º Trimestre de 2015. Gostaríamos de agradecer pela participação, inclusive a do nosso Diretor Presidente e de Relações com Investidores, o Sr. Geraldo Lopes, que terá uma participação no call, especialmente, na sessão de perguntas e respostas. Antes de iniciar a apresentação, gostaria de fazer alguns comentários. De fato o mercado de capitais não passa por um bom momento, Small caps ficando de fora do radar dos investidores que buscam segurança em ações mais líquidas neste momento de incertezas. E o próprio setor de siderurgia e mineração que também 1

passam por um momento bastante delicado. É neste cenário que estamos navegando, e diria, assumindo um papel de destaque aos olhos dos investidores vendo a Ferbasa como uma oportunidade em função do nosso perfil operacional e financeiro. Continuamos recebendo contatos de investidores individuais e casas de gestão localizadas em todo Brasil, e algumas, também do exterior. Acreditamos que isso é o resultado de algumas práticas de Relações com investidores e de comunicação empresarial que têm surtido efeito, a exemplo: dos nossos Boletins mensais, as publicação de material Português e Inglês já pensando no investidor estrangeiro, e a própria adoção das teleconferências e webcasting. Todas estas medidas têm contribuído para aumentar visibilidade da companhia e a abrangência dos nossos relacionamentos. Bem, vamos para a apresentação de resultados. Passem o slide, por favor. Estruturamos a apresentação com uma agenda curta e objetiva. 1. Iniciamos falando dos Destaques do 2º Semestre de 2015; 2. Depois, com o foco nos resultados, comentamos sobre o Desempenho operacional e financeiro; 3. Também incluímos o assunto Hedge Cambial, onde comentaremos sobre as operações de hedge e do processo de hedge accounting 4. Incluímos na agenda um slide fazendo uma atualização do assunto energia, principalmente relacionado aos impactos da MP 677 em nossas operações.. 5. E finalizamos nossa apresentação com Mercados e Perspectivas para 2015 Passando para o slide seguinte de número 3 num breve overview institucional. Atualmente, a Ferbasa é a maior fabricante de ferroligas do Brasil e única produtora integrada de ferrocromo das Américas, um componente fundamental na produção de aços inoxidáveis e especiais. Uma característica marcante na Ferbasa é o fato dela ser uma empresa Integrada, Verticalizada e Sustentável, abrangendo desde operações de Mineração, com forte atividade de Silvicultura e produção de Biorredutor, além de nossa Metalurgia para produção das ferroligas de Cr e Si. Na linha de produção de FeSi 75, nos destacamos por um produto de alta qualidade, produzido com biomassa própria e renovável advindo de nossas florestas e unidades de produção de biorredutor. Vale pontuar na linha do Cr, a detenção de mais de 90% das reservas de Cromita do Brasil. Além disso destacamos os esforços em trabalhos geológicos e investimento em tecnologia em nossas minas. Concluímos falando do excelente relacionamento com nossos clientes, inclusive com alguns, de muitos anos, tanto no mercado interno como no externo. Favor passar para o slide seguinte de número 4. 2

Vou comentar os principais fatores que influenciaram os resultados neste 1º semestre de 2015 em comparação ao 1º semestre de 2014. Na perspectiva operacional destacamos: A produção de 153 mil t. de ligas, representando um aumento de 9% em relação ao 1º Semestre de 2014, e um novo recorde semestral de produção; Destacamos o atingimento de 88% de utilização da capacidade instalada da metalurgia, muito próximo do limite de 91%, em função do horário de modulação, e superior aos 86% alcançados no 1º Semestre de 2014 Na perspectiva mercadológica. As vendas alcançaram 104 mil t de ligas, o que representou uma redução de 17%, quando comparado com o 1º Semestre de 2014. Em linha com nossa estratégia de estocagem de produtos, caso não houvesse energia para o segundo semestre de 2015; Nas nossas vendas, sinalizamos o aumento do preço médio de 4,5% em USD para o FeSi e a redução de 7,4% no preço, também em USD, do FeCr alto e baixo carbono. No financeiro destacamos Um Câmbio médio praticado de 2,90 BRL/USD, o que representa uma apreciação de 26% com relação ao 1 Semestre de 2014; Destacamos também, R$ 148 MM de EBITDA Ajustado, representando aumento de 56% em comparação ao ano passado Resultando no final, num lucro líquido de R$ 113 MM, o que representou um crescimento de 98% em relação a 2014. Todos estes pontos serão melhor detalhados nos slides seguintes. E nos investimentos destacamos: A realização de R$ 33 MM em CAPEX previsto para 2015, E que nossos estoques de produtos acabados representavam em 30 de junho, R$ 273 MM com aproximadamente 104 mil toneladas, conforme prevíamos em nossos comunicados. Peço, por favor, passar para o slide seguinte, de número 5 3

Detalhando os aspectos operacionais, tanto a produção como as vendas estão estrategicamente focadas no aproveitamento da capacidade disponibilizada pelas condições do contrato de energia que esteve vigente até 30 de junho de 2015. No gráfico da esquerda, referente a produção, podemos observar um crescimento no último ano de 2014 proporcionado principalmente pelo start up do forno 14 em abril. Quanto aos semestres destacamos: O Aumento de 9% na produção do 1º Semestre de 2015, como já dito, visando a máxima utilização do contrato de energia e sendo este valor de 152.772 toneladas de ligas, o novo record semestral de produção. Sendo importante pontuar o suporte recebido com o incremento de produção dado pelo Forno 14, apartir de abril de 2014. Esse desempenho proporcionou uma taxa de utilização da capacidade instalada de 88% no semestre, próximo do limite de 91% que poderíamos atingir, já que optamos por não produzir no horário de ponta onde as tarifas de energia são bastante elevadas. No gráfico da direita, apresentamos a evolução da receita líquida e da taxa de câmbio, que vem se desvalorizando nos últimos meses. A receita líquida no 1º Semestre de 2015 foi de R$ 461 milhões de reais, o que representou um aumento de 2,3% quando comparada a do 1º Semestre de 2014. Esse resultado, é o balanço dos seguintes fatores: Primeiro, uma redução de 17% nos volumes de vendas, alinhada com a estratégia de estocagem e vendas mais seletivas, que vem acontecendo desde de 2014. Segundo, uma redução de 3% no preço médio ponderado em USD de todas as ligas. Do outro lado da balança, entre 1º Semestre de 2014 e o 1º Semestre de 2015 houve uma apreciação de 26% do USD frente ao real, influenciando 100% da receita tanto no mercado doméstico quanto na exportação. Por favor passem para o próximo slide, de número 6 Falando agora do desempenho financeiro, vale mencionar que existem dois pontos em evolução neste momento que impactaram de forma relevante os resultados: a taxa de câmbio e os juros. 100% da receita da FERBASA é indexada ao dólar e aproximadamente 94% dos custos são em Reais, desta forma, a desvalorização cambial dos últimos meses eleva fortemente os resultados da Ferbasa. Além disso, como a Ferbasa conta com um caixa elevado praticamente sem dívidas, o aumento da Selic impactou positivamente o resultado financeiro. Observem no primeiro gráfico da esquerda, temos a evolução do caixa líquido e o resultado financeiro do período. 4

O caixa sofreu uma redução de 22% entre a posição do último dia do 1º Semestre de 2014 e o 1º Semestre de 2015, praticamente pela adoção da estratégia de estocagem de ligas iniciada no final do 1º semestre de 2014. Com relação ao resultado financeiro, cabe uma análise da gestão da tesouraria, com ou sem o resultado do Hedge. De fato, considerando a participação do Hedge, que será melhor explicado mais a frente, o resultado financeiro foi positivo em R$ 6,6 milhões de reais. Avaliando com mais detalhes: Sem considerar a operação com o Hedge, o resultado financeiro foi de R$ 15 MM ante R$ 12 MM no 1º Semestre de 2014, fortemente influenciado pelo aumento da taxa SELIC, e que deve continuar influenciando nossos futuros resultados; Se considerar os R$ 8,4 MM negativos do resultado do hedge o resultado líquido passa a ser de R$ 6,6 MM de reais no período. Passando para o gráfico da direita, observamos a evolução do Lucro Líquido, do EBITDA, e da margem EBITDA. O LUCRO LÍQUIDO totalizou R$ 113 MM e avançou 98% frente ao 1º Semestre de 2014. Que evidentemente, é o resultado de todos os fatores mercadológicos, operacionais e econômicos já mencionados. No geral: Foi um período caracterizado por uma excelente lucratividade e geração de caixa operacional (EBITDA), mesmo com baixa atividade econômica no setor siderúrgico. Mesmo tendo uma redução nos volumes e nos preços em USD dos produtos, tivemos uma margem EBITDA fortemente influenciada pela apreciação do USD e redução de custos de produção. Por favor, passem para o próximo slide de número 7, vamos explicar de forma simplificada o hedge de proteção cambial e os resultados alcançados. Para os que estão tendo o primeiro contato conosco, a FERBASA decidiu, no final do ano passado, criar um mecanismo de proteção de margem mínima de lucratividade, já que o dólar é sempre uma variável de difícil previsibilidade no Brasil e influencia 100% do faturamento. Desta forma, ficou definida a minimização do risco cambial fazendo hedge até um limite de cerca de 30% do faturamento dos próximos 12 meses. Observem no gráfico, existe uma linha pontilhada que representa o limite de contratação aprovada pelo conselho de administração, e este limite recentemente foi totalmente preenchido. A linha, na cor azul e vermelha, representam a taxa dos contratos, com os valores já liquidados em azul e os que permanecem em aberto de vermelho. Para cobrir os 30% de receitas orçadas para 2015 protegemos USD 96 milhões com hedge, e já liquidamos USD 51MM no 1º Semestre de 2015. Para 2016 a administração decidiu ir além, hedgeando toda as vendas até dezembro de 2016, no montante equivalente ao volume de toda energia adquirida 5

no mercado livre. Esta decisão foi tomada por prudência, para garantir uma margem mínima de lucro, mesmo com energia contratada a preços de mercado livre e produção com somente 1/3 da capacidade instalada. Sendo assim, nos últimos dias, inclusive no ITR como efeito subsequente ao semestre, a contratação de USD 107 milhões para 2016. Como cotação média, neste 2º Semestre de 2015 atingimos um câmbio médio de 2,90, e 3,64 para 2016. No próximo slide de número 8, fizemos uma síntese econômica financeira das operações de hedge. Montamos uma tabela para explicar os principais movimentos contábeis e financeiros, que aconteceram neste 1º semestre de 2015. Observe que na parte superior da tabela, apresentamos a divisão entre as NDFs liquidadas e as NDFs que permanecem em aberto. Vamos iniciar pela coluna das NDFs liquidadas. Observamos um resultado negativo de R$5,8MM referente aos contratos liquidados no 1T15. Adicionados a R$ 7,1MM negativos, dos contratos liquidados no 2T15, totalizamos um resultado negativo de R$ 12,9 MM no 1º Semestre de 2015, com efeito caixa direto no resultado. Na 2º e 3º colunas, estamos falando das NDFs que permanecem em aberto. Estas estão divididas em dois grupos: na 2º coluna tratamos dos contratos sem designação, que não puderam ser caracterizados como Hedge Accounting e impactaram o resultado sem efeito caixa, e na 3º coluna, os contratos que possuem documentação suficiente para ser designado e caracterizado como Hedge Accounting, com impacto apenas no Patrimônio Líquido. Para as NDFs em aberto, no 1º trimestre fizemos a marcação a mercado pela PTAX referência de R$ 3,21 em 31 de março de 2015, resultando em um valor justo negativo de R$ 29 milhões, que foi dividido em R$ 12,3MM para o resultado e R$ 16,7MM negativos para hedge Accounting como pode ser observado na tabela. Este mesmo processo foi realizado para o 2º trimestre, com uma nova Marcação a Mercado em 30 de junho utilizando uma PTAX referência de 3,10. Que gerou um valor justo negativo de R$ 3,6 MM, dividido em R$ 3,3MM positivos para o resultado e R$ 6,9 MM negativos para hedge Accounting. Resumindo, entre liquidações, reversões e marcações a mercado, chegamos num total negativo para o semestre de R$ 8,4MM no resultado, referentes a 12,9 MM negativos das NDF s liquidadas, e 4,5MM positivo da marcação a mercado, referente a parcela que não conseguimos designação. Enquanto que R$ 6,9 milhões negativos, fruto do cálculo do valor justo, parcela que conseguimos designar como exportações para fins de hedge Accounting, em uma conta do patrimônio líquido. Vale pontuar que a Marcação a Mercado com dólar a BRL/USD 3,10 promoveu um menor impacto no resultado e PL. Por favor, passem para o próximo slide de número 9, vamos fazer uma atualização do assunto energia. Especificamente neste slide, vamos falar dos principais pontos da Medida Provisória 677, que prorroga o contrato entre a CHESF 6

(Companhia Hidroelétrica do São Francisco) e as empresas Eletrointensivas localizadas no Nordeste, que inclui a Ferbasa. A MP 677 foi publicada no Diário Oficial da União, em 23 de junho de 2015 e adita os contratos, que passam a vigorar a partir de 1º de julho de 2015, com um prazo final de 08 de fevereiro de 2037. Em termos de volumes, as empresas passam a ser supridas entre 1º de julho até 08 de fevereiro de 2032 com 70% do volume do contrato anterior, e entre 09 de fevereiro de 2032 e 2037 promovem uma redução anual de 1/6 do volume do ano anterior. Com relação a tarifa, estas passam a vigorar com aumento de 22,5% a partir de 1º de julho de 2015, e serão reajustadas anualmente partir de 1º de julho de 2016 conforme Index composto de (70% IPCA + 30% LTN e NTN-B). A MP também contempla um pré-pagamento de R$ 250 MM, das empresas para a CHESF, ficando a Ferbasa proporcionalmente responsável por R$ 65 MM, que deverão ser desembolsados no 2º semestre de 2015 na forma de um fator de aumento de demanda. O retorno deste adiantamento para as empresas acontecerá através de um desconto de 8,8% na tarifa entre os anos 2016 e 2022. O contrato será submetido a AGE da CHESF para aprovação e assinaturas, que deve acontecer nos próximos dias. Finalizando, a MP tem o prazo de 09 de novembro de 2015 para virar lei... Favor passem para o próximo slide, de nº 10... Especificamente para a Ferbasa, o impacto da MP 677 acontece na forma de mudança de perfil operacional. Passamos a operar com aproximadamente 150 MW, em vez dos 210 MW do contrato anterior. A Energia Elétrica, conforme apresentado no gráfico de pizza a esquerda, representa um insumo com participação de 19% do custo de produção das ligas da Ferbasa, e uma posição relevante como insumo estratégico. O custo de energia será impactado com um acréscimo médio 22,5% no preço do MWh, já em julho, como já comentado no slide anterior. As unidades de Mineração e Recursos Florestais, diante desta mudança de perfil operacional, se adequam as novas condições da Metalurgia e ao programa de comercialização. A Ferbasa continua com um grupo interno de trabalho, inclusive com uma nova diretoria criada para tratar o assunto energia, avaliando alternativas para adquirir ou produzir energia elétrica de menor custo ou com menores encargos, buscando aumento de competitividade e diversificação para o negócio Por favor, passem para o próximo slide, de número 11. Entrando na parte final de nossa apresentação, vamos falar do mercado de ligas. Neste slide apresentamos nossa visão do mercado de Ferrocromo e aços inoxidáveis. Na tabela a esquerda, observamos que a produção de aços inoxidáveis reduziu 2% e 4% respectivamente no Mundo e no Brasil. No caso do ferrocromo, a produção mundial foi reduzida em 2,4%, acompanhando a redução da produção de 7

aços inoxidáveis no mundo. Já no Brasil a produção de FeCr cresceu 12%, justificada pela estratégia da Ferbasa de aproveitar as condições do contrato de energia vigente até 30 de junho de 2015. Em nossa opinião alguns drivers importantes de mercado, sinalizam para : Mercado mundial de aço inoxidável segue com excesso de oferta e pouca demanda. Projetamos uma recuperação gradativa no 2º Semestre de 2015 para o mercado americano, e no 4º trimestre na Europa. Redução da produção de aços inoxidáveis e importações de FeCr na China, também pressionam os preços do FeCr em todos os mercados mundiais, mesmo não havendo exportação representativa. Mas mostra sinais de arrefecimento da produção de inox no país que representa 50% da produção mundial. Adicionalmente, um fato que merece acompanhamento, são os maiores custos de produção, principalmente associados à energia elétrica na África do Sul, (que elevaram suas tarifas em 13% agora em abril, depois de muita discussão com a ESKOm que solicitava uma revisão da tarifa de inverno para 25%). Outros custos de logística e mineração também têm crescido, e juntos provocam pressão nos custos dos produtores de Ferrocromo. Buscaremos gradativamente a retomada das exportações no 2º semestre visando redução dos estoques e compensar a queda do mercado interno. Por favor, passem para o próximo slide, de número 12 Com relação ao mercado de aço bruto e ferrossilício, observem na tabela a esquerda, que a produção de aço bruto reduziu 2% no Mundo, tendo o Setor siderúrgico mundial operado com 72% da capacidade neste 1º semestre. A produção brasileira cresceu 2%, mas esse aumento infelizmente não foi justificado pelo crescimento da demanda interna, que foi consideravelmente reduzido, e sim, reflexo do crescimento das exportações. No caso do ferrossilício, ainda não fechamos a estatística do período, mas a expectativa é que a produção mundial tenha sido reduzida em 6%, acompanhando a redução das usinas produtoras de aço no mundo. Já no Brasil, prevemos que a produção de FeSi cresça 3% neste último semestre, justificada principalmente pelo aumento de produção da Ferbasa Preços do FeSi continuam em queda em todos os mercados, basicamente em função da redução na atividade da indústria, como já comentamos, e também pelo crescimento dos níveis dos estoques. Acreditamos que os preços do FeSi devem retornar gradativamente no início do 4º trimestre após período de férias de verão na Europa e Japão. Nos EUA, este movimento dependerá do nível de importação de FeSi Chinês e Russo. Em termo de previsão de vendas, também buscaremos aumentar algumas exportações no 2º Semestre de 2015 visando redução dos estoques. Obrigado. 8

Operadora (Q&A): Iniciaremos agora a sessão de perguntas e respostas para investidores e analistas. Para fazer uma pergunta, favor digitar asterisco (*) 1. Se a sua pergunta for respondida, você pode sair da fila digitando a tecla sustenido (#). As perguntas serão atendidas na ordem em que forem recebidas. Solicitamos a gentileza de tirar o fone do gancho ao efetuarem sua pergunta. Dessa forma, uma ótima qualidade de som será oferecida. Por favor, aguardem enquanto coletamos as perguntas. Mais uma vez, para fazer uma pergunta, favor digitar *1. Favor aguardar novamente enquanto recolhemos as perguntas. Pedro Ferroni, CTM Investimentos Boa tarde a todos. Parabéns pelos resultados da Companhia. Minha primeira pergunta é sobre o contrato da Chesf, os R$65 milhões. Eu gostaria de saber se realmente já conseguiremos ver esses R$65 milhões no 3T, ou já saiu do caixa? E a segunda pergunta vai mais no sentimento da Companhia em termos de mercado. Vocês estão produzindo bastante, têm bastante estoque, e nós vemos que a demanda está caindo, ou é muito insatisfatória. Como a Companhia está vendo esse mercado? Qual é o sentimento dela? Obrigado, Pedro. Os R$65 milhões são um pré-pagamento. Inclusive, terão que ser contabilizados, e isso está praticamente certo, porque depende também da Chesf. Está praticamente certo até porque é o espírito da medida provisória, é assim que está na medida provisória, como pré-pagamento. Então, terá efeito caixa, mas não altera o resultado neste semestre. Pedro Ferroni: Mas isso já saiu do caixa, Geraldo? Do caixa, sim. Os R$65 milhões sairão em seis parcelas ao longo deste ano. E é importante dizer que serão devolvidos a partir do ano que vem, com desconto na tarifa de 8,8%. 9

Esse pré-pagamento tem um retorno. Nós receberemos alguma coisa a mais que os R$65 milhões. Temos uma remuneração deste capital. Então, quanto ao que você perguntou objetivamente, sai, sim, do caixa deste ano. Pedro Ferroni: OK. Quanto à questão de mercado, você colocou muito bem. Tivemos um 1S mais ou menos normal, com os números que apresentamos em termos de mercado, e um 2S sinalizando o que estamos vendo no Brasil. As quedas de mercado estão muito piores do que os mais pessimistas poderiam imaginar. Então, estamos vendo essa queda de mercado, mas estamos contando muito com a exportação. É preciso dizer que a exportação não está tão fácil, porque estávamos fora desse mercado, porque queríamos fazer estoque. Dadas as incertezas de energia, nós praticamente paramos de exportar, com exceção das exportações para o Japão, desde maio do ano passado. Então, agora, que temos grande chance de renovação do nosso contrato com a Chesf, já começamos a procurar o mercado em termos de exportação. Não está fácil, por duas razões: o mercado lá fora também está difícil; e, além disso, estivemos fora desse mercado por praticamente um ano e meio. Então, existe alguma resistência para entrada. Mas, dada a situação de USD bem favorável para nós, não temos dúvida que conseguiremos exportar. Evidentemente, não será de uma hora para outra, porque se fizermos isso, acabaremos exportando com preço muito baixo. Então, será um aumento de exportação gradativo, e é com esse mercado que contamos, já que vemos que o mercado interno piora a cada dia. Nós temos cromo e silício, e é importante comentar que, no caso do cromo, o mercado interno talvez venha a sofrer menos, porque facilita a exportação de aço inox e dificulta a importação. Antes, havia muita importação de aço inox; a subida do USD não deixa de ser uma barreira à importação, e facilita também a exportação. Nesse balanço todo, esperamos que consigamos amortecer a queda do mercado interno em termos de ferrocromo, vendas para o mercado interno. As vendas do mercado interno de aço inox cairão muito, mas deve haver uma exportação que venha, em parte, compensar essa queda do mercado interno. Então, é isso que vemos. Um cenário ainda bastante nebuloso. É difícil prever o que acontecerá neste mercado ao longo desse ano. Pedro Ferroni: OK. Obrigado. Marcos Tsukuda, Eleven Financial: 10

Bom dia. Em primeiro lugar, parabéns pelos resultados. Eu gostaria de saber se podemos esperar uma redução no ritmo de produção para os próximos meses, em função do atual estoque da Companhia; e se a Empresa possui alguma perspectiva de prazo para redução gradual dos estoques atuais aos antigos patamares? Obrigado, Marcos. Nós já reduzimos, desde 01 de julho, o nosso nível de produção, até para nos adequarmos ao contrato da Chesf. Como em julho o preço de energia no mercado livre ainda estava muito alto, desligamos praticamente cinco fornos, sendo três deles menores. Então, já reduzimos nossa produção, e deveremos continuar reduzindo. O preço da energia está caindo muito. Como o USD subiu muito, isso favorece as nossas exportações. Mas nós temos muito estoque. Então, nesse balanço todo, acredito que devemos continuar ainda com a produção reduzida, talvez até novembro; e de novembro em diante, começamos a crescer novamente a produção, onde espero que já tenhamos viabilizado exportações. É isso que esperamos. Uma produção reduzida até novembro; até porque, de dezembro em diante, a energia cai, até pelo efeito de entrar o período úmido, onde a energia é mais barata. Então, é provável que fiquemos até novembro reduzidos, e a partir de dezembro comecemos a aumentar nossa produção, aproveitando a energia mais barata e, também, acredito que até lá já tenhamos conseguido reduzir estoque. Qual é a velocidade em que reduziremos estoque? Ainda não podemos afirmar. Estamos batalhando para aumentar nossas exportações, mas também não podemos ir com muita sede a essa exportação, porque se quisermos reduzir estoque muito rapidamente, teremos de baixar muito o preço, e não pretendemos. De qualquer forma, o que esperamos é que haja alguma redução durante o 2S. E, como comentei anteriormente, nós ficamos fora do mercado, então é natural que haja uma inércia na volta para o mercado externo. Contribui para isso também a questão das férias, tanto na Europa como nos Estados Unidos, no período de verão, que piora a nossa volta em um momento não oportuno. Mas, mesmo com tudo isso, acreditamos que a partir de outubro, novembro, já tenhamos nos colocado no mercado, e voltado a um bom ritmo de exportação. Marcos Tsukuda: Entendi. Obrigado. Bruno Damiano, Victoire Brasil Investimentos: Boa tarde. Primeiramente, gostaria de parabenizá-los pelos resultados. Parabéns, Geraldo e Temporal. A minha pergunta, Geraldo, acho que vocês até responderam um pouco, sobre essa questão de energia. Como vocês já têm 70% garantidos com a Chesf, eu gostaria de saber, com esse nível de câmbio que vocês estão apresentando aqui, inclusive grande parte já hedgeada para 2016 nesse nível a R$3,64, e com essa queda do preço de energia, se vocês já estão olhando alguma coisa para comprar no mercado à vista para suprir esses 30% restantes e viabilizar 11

a continuidade da produção, e balancear com esse aumento de exportação que vocês esperam para o próximo ano. Obrigado, Bruno. Nosso contrato com a Chesf garante 70% do nosso mercado. É importante dizer que 70% é nosso mercado mais estratégico, onde conseguimos os melhores preços. Acontece que, com a subida do USD e a queda da energia, muito provavelmente, preencheremos esses outros 30% a partir de dezembro deste ano. É importante comentar também que nós já compramos energia neste ano; já temos um volume de energia comprado, a preços altos, mas que se fôssemos vender agora, seriam patamares menores que os que compramos, mas que, de qualquer forma, servirão para preenchermos esses 30% que nos faltam para operarmos à plena carga. Então, estamos analisando a possibilidade de vender essa energia que compramos, já que ela passa a não ser tão estratégica para nós. Se não vendermos, ela serve para preencher esses 30%; se vendermos, ficamos expostos, e esperamos, com a queda de preço de energia, que justifique voltarmos a comprar para preencher os 30%. No final, o que esperamos é que o USD deva continuar alto e, continuando alto, já que não esperamos nenhuma mudança em termos de preço de mercado, isso viabiliza as exportações e, de uma maneira ou outra, preencheremos esses 30% que faltam para operarmos à plena carga. Yannick Bergamo, Banco Fator: Boa tarde, Geraldo. Eu tenho duas perguntas, na verdade. Primeiro, eu vi que vocês comentaram que houve uma mudança no provisionamento da participação dos administradores. Isso foi algum pedido da auditoria, ou vocês mudaram alguma fórmula de cálculo que justificou essa mudança? Até porque eu vi que o número aumentou bastante de um ano para outro. E também, queria perguntar, dado o cenário com o USD bem favorável, todo esse período de estocagem, que agora vocês conseguirão a um preço mais atrativo, se vocês pensam em talvez mudar o payout ao final deste ano. Obrigado. Obrigado, Yannick. A remuneração dos administradores não era provisionada mês a mês. Então, o que acontecia? Entrava apenas no final do ano, e isso impactava o nosso resultado ao final do ano. Como é algo já previsível, e nós já fazíamos esse provisionamento para os funcionários, achamos por bem também provisionar para os administradores. Não houve nenhuma mudança, apenas fizemos o que eu acho que já deveríamos estar fazendo: provisionando o a ser pago entre os funcionários e os administradores. O que fizemos foi apenas o provisionamento, para que esse resultado não entre somente no final do ano, como antes entrava, e acho que acabava, de certa forma, passando um resultado não muito correto. 12

Quanto à questão do USD, a questão do payout, resolvendo a questão da energia eu tive uma reunião com você, lembro que comentamos isso, como acreditamos que será resolvida, isso tira uma grande incerteza de cima de nós; e mais importante que esse dólar atual, o overshooting, o novo patamar de USD, que sabemos que veio para ficar, e talvez não fique em R$3,50, mas algo entre R$3,20 e R$3,30, o que para nós é razoável, isso também nos coloca em uma situação confortável. E acredito, pelo menos essa é a nossa visão, que temos, sim, condições de aumentarmos alguma participação nos resultados a partir deste ano. Enquanto Diretoria, pelo menos é o que imaginamos, propor isso ao Conselho de Administração. A partir desse novo patamar de USD, que acredito que veio para ficar, e principalmente do novo contrato com Chesf, ainda mais um contrato de longo prazo, não é mais aquele contrato de cinco em cinco anos, embora com um aumento considerável do preço da energia; de qualquer forma, isso nos dá uma previsibilidade para os próximos anos. Então, acredito, sim, que temos condições de apresentar um melhor retorno em termos de dividendo, de JSCP, a partir deste ano. Yannick Bergamo: Perfeito. Obrigado, Geraldo. Pedro Ferroni: Geraldo, apenas como ponto de curiosidade, eu gostaria de saber a sua sensibilidade em termos do novo marco regulatório. O que a Companhia está vendo, ou o sentimento quanto a esse assunto? E se podemos ver um nível muito semelhante de EBITDA absoluto para esse 2S. Obrigado. Marco regulatório da mineração? Pedro Ferroni: Perfeito. Já estivemos mais preocupados com isso. Quando o Governo estava muito forte, há uns dois anos, demonstrando a vontade de mudar tudo que estava aí, ficamos muito preocupados. Hoje, isso não nos preocupa muito. Entendemos que todas as mudanças que vierem não serão para bem; não haverá nada para beneficiar a mineração, infelizmente. Mas não esperamos nada muito significativo negativamente em termos de marco regulatório. Houve uma grande preocupação, o Governo segurando os alvarás de pesquisa etc., e isso já foi liberado. Então, eu diria que o pior já passou. Não esperamos, não estamos muito preocupados com esse novo marco regulatório. Antes, com o 13

Governo muito forte, ele podia empurrar para cima de nós o que quisesse. Não é o caso hoje. Não vemos com muita preocupação, embora as mudanças que vierem não sejam para beneficiar as minerações. Aumento de royalties, mas que não nos impactam muito, até porque não exportamos os minérios, nós trabalhamos o minério. Então, por tudo que vimos, não chega a ser uma coisa muito preocupante. Quanto ao EBITDA para o 2S, Pedro, é difícil prever, porque é uma soma. De um lado tem o USD mais alto, de outro lado há uma queda sem precedentes no mercado interno, uma pressão em termos de clientes para reduzirmos o preço, já que o setor siderúrgico está enfrentando uma dificuldade enorme, haja vista o resultado das ações do setor. Então, é uma situação muito difícil. A subida do USD, claro, impacta positivamente, mas nós teremos aumento de energia a partir de julho, os 22,5%, mais 6%, que é a correção do IGP-M até julho. A data base para correção da energia era 30 de novembro, e com a MP 677, a base passou a 01 de julho. Então, em 01 de julho, teremos os 22,5% mais 6%, que é o IGP-M de 30 de novembro a 01 de julho. Então, teremos impacto de energia; nossa data base de metalurgia e mineração, é agora em julho, e uma pressão de mercado. Isso, como coisas negativas. Como coisa positiva, é o USD, o que impacta positivamente na veia, como vocês bem sabem. É difícil prever, porque, quando o mercado interno cai muito, temos que exportar, evidentemente com um preço diferente, menor do que vendemos no mercado interno, dado o problema de logística. Então, é difícil a previsão, e confesso que não é querendo prever, é que para nós mesmo é difícil. Claro que fizemos um orçamento, mas fazemos o orçamento em uma semana, e na outra a coisa está totalmente diferente, porque varia o USD e o mercado interno piora. Em condições normais, não temos nenhum receio de fazer alguma previsão, mas agora está difícil. Está muito complicado. Pedro Ferroni: OK. Obrigado. Operadora: Obrigada. A sessão de perguntas e respostas está encerrada. Passamos agora a palavra a Temporal para suas considerações finais. Carlos Henrique Temporal: Agradecemos a todos, Geraldo o eu, pela participação de todos vocês. E gostaria de dizer que reconhecemos que nosso trabalho tem sido fielmente apoiado e fortalecido pela confiança da alta administração da Companhia, pelos nossos 14

acionistas, agentes do mercado de capitais, clientes e fornecedores, bem como, notadamente, pela atuação de nossos colaboradores. Desta forma, expressamos a todos nosso agradecimento e nos colocamos à disposição, caso vocês queiram conversar diretamente conosco através dos nossos canais de RI. Uma boa tarde, e obrigado novamente. Operadora: Obrigada, a teleconferência dos resultados do 2T15 da Ferbasa está encerrada. Por favor, desconectem suas linhas agora e tenham uma boa tarde. Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição. 15