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Fotos: Sônia Belizário Ambientes acessíveis É FUNDAMENTAL A ATENÇÃO AO DESENHO E A CONCEPÇÃO DOS PROJETOS, PRINCIPALMENTE NOS ESPAÇOS PÚBLICOS,PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES E LIMITAÇÕES DO MAIOR NÚMERO DE PESSOAS FÁCIL ACESSO é o respeito pelo direito de ir e vir de todos os cidadãos, independente de suas diferenças ou carências psicomotoras e se são idosos, obesos, mulheres grávidas, crianças, pessoas acidentadas ou com deficiências. O MAP em Tambaú foi projetado por Régis Cavalcanti com rampas largas, corrimão e piso antiderrapante [ POR ALINNE SIMÕES ] Tornar ambientes, principalmente, os espaços públicos, acessíveis para todas as pessoas tem sido um dos grandes desafios nos últimos anos. Arquitetos, designers e profissionais de engenharia estão cada vez mais incluindo itens de acessibilidade nos projetos. A preocupação ganhou força com a aprovação da NBR 9050/2004, norma técnica que trata sobre a acessibilidade a edificações, padrões de mobílias, espaços e equipamentos urbanos, destinados a pessoas portadoras de necessidades especiais. Hoje, há uma grande tendência na área imobiliária para a criação e aplicação de projetos acessíveis. O maior desafio dos profissionais é tornar os espaços acessíveis para todos, avaliando quais critérios deve considerar, as técnicas a empregar e dificuldades que serão encontradas. Tudo isso sem deixar de considerar a estética do imóvel. 60 REVISTA ABRIL/MAIO 2011

A adoção de um desenho universal na concepção dos projetos, que atenda as necessidades e limitações de um maior número de pessoas, é o grande segredo. E para que os profissionais adotem essa técnica estão disponíveis atualmente, principalmente na internet, cartilhas, manuais e a própria norma com todas as especificações que devem ser seguidas. De acordo com dados do IBGE, existem 35 milhões de brasileiros portadores de necessidades especiais. Em João Pessoa, são quase 90 mil, o que representa em torno de 13% da população do Estado. Dar acesso e democratizar os mais variados serviços a essas pessoas tem sido mais do que uma obrigação, mas um exercício de cidadania. Por isso, locais que desempenham funções essenciais para a sociedade, como escolas e hospitais estão adotando políticas de acessibilidade. E setores econômicos, como o turístico, têm incorporado o conceito. Pesquisas apontam que imóveis acessíveis têm uma valorização de 10 a 15%. As construções adaptadas saem apenas 1% mais caras do que as convencionais, sem itens de acessibilidade. O custo de uma obra acessível é praticamente o mesmo de uma convencional e a grande vantagem é que você atende toda a população, confirma o arquiteto Gustavo Vaz, um dos responsáveis pelo projeto de reforma do prédio do Sebrae em João Pessoa, que teve os ambientes adequados às normas da NBR 9050. Na prática, cidades e edificações deveriam ser projetadas para dar acessibilidade a todos. Um decreto federal obriga que, desde junho de 2007, os prédios públicos sejam acessíveis a pessoas com deficiência, contudo, quase quatro anos depois, pouco se tem feito para resolver esse problema. Ainda hoje, é fácil observar nesses locais calçadas com larguras inferiores às definidas pelas regras da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) e prédios sem os equipamentos necessários para que pessoas com deficiência motora, visual e/ ou auditiva tenham acesso a eles. Itens básicos de acessibilidade Portas de acesso aos ambientes precisam ter uma abertura mínima de 80 cm; A largura dos corredores não pode ser inferior a 90 cm; A altura das maçanetas e interruptores deve variar entre 40 cm e 1,20 m; Corrimãos são imprescindíveis em escadas e rampas; Calçadas devem ter no mínimo 1,20 m de largura. O piso mais adequado é o antiderrapante; Elevadores acessíveis em ambientes que tenham mais de um pavimento; Colocação de barras de apoio nos banheiros; Para comandos como registros de chuveiro e descargas, a altura indicada é um metro do piso; Nas áreas de circulação, os móveis devem garantir a circulação de uma cadeira de rodas, bem como aproximação e alcance. A sinalização (adesivos, pisos táteis, sinais sonoros) tambémé muito importante REVISTA www.revistaedificar.com.br 61

Foto: Sônia Belizário Foto: Sônia Belizário Faixada da nova sede do Sebrae que foi reformada e atende vários itens de acessibilidade Rampa no corredor do primeiro pavimento Prédios passam por reformas O maior problema está nos prédios antigos que precisam passar por reformas, devendo-se ter o cuidado para não comprometer a estrutura. Foi o caso do prédio do Sebrae-JP. Os arquitetos responsáveis, Gabriela Abrantes, Carol Gomes e Gustavo Vaz, contam que tiveram dificuldade em fazer as adaptações no prédio que tem 35 anos e já passou por outras três reformas. Quando estávamos concluindo uma parte esbarrávamos em um problema estrutural do prédio, tivemos que fazer algumas adaptações para que tudo saísse conforme o projeto, revela Gabriela. O projeto desenvolvido pelos arquitetos para o prédio atendeu a uma série de itens de acessibilidade, como: rampas de acesso com corrimão desde a entrada, nas áreas de circulação interna os móveis foram dispostos e projetados de forma a facilitar o acesso e locomoção das pessoas portadoras de necessidades especiais. No térreo foi construído um banheiro (com piso antiderrapante e barras de apoio). Como o prédio tem dois pavimentos foi instalado um elevador totalmente acessível. As portas também foram modificadas de modo a atender a norma que exige uma abertura mínima de 80 cm. As calçadas foram adequadas e vagas disponibilizadas no estacionamento. O conceito de acessibilidade é: Garantir às pessoas portadoras de necessidades especiais (física, motora, visual e/ou auditiva sejam elas temporária ou permanente), idosos, grávidas, pessoas obesas, altas ou baixas a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos. 62 REVISTA ABRIL/MAIO 2011

Foto: Sônia Belizário GABRIELA ABRANTES, ARQUITETA GUSTAVO VAZ, ARQUITETO CAROL GOMES, ARQUITETA O custo de uma obra acessível é praticamente a mesma de uma convencional e a grande vantagem é que você atende toda a população GUSTAVO VAZ Quando apresentamos o projeto, surgiu logo o interesse em se fazer a reforma, não dava para pensar uma entidade do porte do Sebrae com uma sede que não pudesse dar condições de livre acesso a todas as pessoas. O prédio ficou lindo e acessível, comenta o arquiteto Gustavo Vaz. Ele informou ainda que no projeto estava prevista a instalação de pisos táteis, mas que não foi possível e Acabou fincando para uma próxima etapa. Para quem pensa que atender aos itens de acessibilidade faz o imóvel ficar quadrado, sem muita beleza estética, os arquitetos lembram que a criatividade do profissional conta muito na hora de desenvolver o projeto. Na reforma do Sebrae, por exemplo, não só foram atendidos os parâmetros de acessibilidade, como a sede ficou com uma nova cara, bem mais moderna. Não é preciso nem entrar no prédio para perceber as mudanças. Do lado de fora, nas janelas, foram colocados brises na cor branca para impedir a forte incidência de raios solares dentro das salas, dando um ar de modernidade já que contrasta com a cor cinza da fachada. Para eles, acessibilidade é bem mais do que projetar e construir um imóvel acessível. É uma questão cultural. Não adianta fazer uma casa, um prédio, ou tornar a minha empresa acessível, se as pessoas não podem chegar até lá. É preciso dar condições para que essas pessoas possam fazer isso, e aí vem uma série de outras questões e de políticas públicas que devem ser feitas e respeitadas, comenta Carol Gomes. REVISTA www.revistaedificar.com.br 63

Trabalho conjunto do Ministério Público e CREA Com base em decreto federal, todos os prédios públicos deveriam, já há quatro anos, obedecer às regras de acessibilidade, dando condições de locomoção e circulação às pessoas portadoras de necessidades especiais a estes órgãos. No entanto, essa não é a realidade. Para que esse decreto vigore de fato, o Ministério Público Estadual, junto de outros órgãos como o CREA, tem realizado parcerias, fiscalizando e também orientando os responsáveis. Antes da vigência deste decreto, o Ministério Público da Paraíba criou a Comissão Permanente de Acessibilidade, que é composta por várias entidades públicas (Iphaep, Suplan e Seplan) e privadas (CREA e o Instituto dos Arquitetos do Brasil). Inicialmente, funcionava no âmbito da comarca de João Pessoa e se reunia duas vezes por semana, fazendo fiscalização, como também adaptações de projetos públicos e de uso público. O foco inicial eram escolas particulares, hotéis e prédios públicos. De acordo com o promotor Valberto Lira, no decorrer desse tempo houve muitas conquistas e termos de ajustamento de condutas foram assinados, além de várias modificações e adaptações de prédios. Agora, a iniciativa está sendo levada para todo Estado. E dentre dessa óptica, ano passado foram realizadas mais de 80 audiências públicas em várias cidades do interior. Desde que foi criada a comissão conjunta, já foram assinados vários Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) em prédios públicos, principalmente, com escolas, a rede hoteleira, teatros, rodoviárias, ou seja, locais de acesso público, confirma o engenheiro civil do CREA, Corjesus Paiva dos Santos. O próprio MP tem dado exemplo: no prédio principal itens básicos de acessibilidade são obedecidos, como destinação de vagas no estacionamento e CORJESUS PAIVA ENGENHEIRO DO CREA Foto: Carlos Bezerra porta de entrada especial para o cadeirante, além do que no prédio há rampas e elevador, os banheiros são acessíveis e alguns móveis garantem a aproximação e alcance. Até 2016, o Ministério Público deve construir 23 sedes de Promotoria de Justiça no Estado, com acessibilidade plena. Toda nova construção de um prédio público deve em seu projeto garantir esse direito. E aquele prédio que é mais antigo, estamos orientando e fiscalizando para que a reforma atenda a esses itens, afirma Valberto Lira. A sede nova do MP é exemplo de órgão acessível 64 REVISTA ABRIL/MAIO 2011