Tribunal de Justiça do Estado de Goiás



Documentos relacionados
APELAÇÃO CRIMINAL Nº DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA 11ª VARA CRIMINAL APELANTE 1: APELANTE

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

APELAÇÃO CRIMINAL. CRIMES PREVISTOS EM LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE. ESTATUTO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Nº COMARCA DE PALMEIRA DAS MISSÕES MAUBER MARCELO DOS SANTOS A C Ó R D Ã O

Origem : Machadinho do Oeste/RO (1ª Vara Criminal)

APELAÇÃO CRIMINAL Nº

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro

Nº COMARCA DE VIAMÃO CLAUDIA REGINA PACHECO JORGE LEOCI JORGE FUCHS MARTINS MINISTERIO PUBLICO A C Ó R D Ã O

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO MACHADO CORDEIRO

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

Superior Tribunal de Justiça

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ACÓRDÃO ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA

APELANTE FÁBIO CÂNDIDO DA SILVA. APELADO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ. RELATOR DES. JOÃO DOMINGOS KÜSTER PUPPI.

Supremo Tribunal Federal

Superior Tribunal de Justiça

Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro Primeira Câmara Criminal

Poder Judiciário Tribunal de Justiça da Paraíba Gabinete Des. Carlos Martins Beltrão Filho

LINDOMAR FERNANDES DIAS DA SILVA

Superior Tribunal de Justiça

OAB 2ª FASE PENAL PROF. SIDNEY FILHO

A C Ó R D Ã O COMARCA DE LAJEADO Nº (N CNJ: )

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro

DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL

JOSE BRAULIO BRITO MAIA MINISTERIO PUBLICO A C Ó R D Ã O

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro

Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social Conselho Pleno

Contestação do trabalhador às folhas 85/89. Reconvenção do trabalhador às folhas 90/98.

R E L A T Ó R I O. A inicial acusatória entendeu que a conduta do réu se adequaria ao tipo definido no artigo 312 do Código Penal.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR LUIZ SILVIO RAMALHO JÚNIOR

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO

140 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1ª CÂMARA CRIMINAL HABEAS CORPUS Nº

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO TERCEIRA CÂMARA CRIMINAL

RELATÓRIO. Informações do MM. Juízo a quo, às fls. 55/56, comunicando a manutenção da decisão agravada.

A C Ó R D Ã O Nº (Nº CNJ: ) COMARCA DE PORTO ALEGRE AGRAVANTE LUIS FERNANDO MARTINS OLIVEIRA

Súmulas em matéria penal e processual penal.

Nº COMARCA DE PORTO ALEGRE KELLY BORCHARDT GREGORIS CLARO DIGITAL S/A A CÓRDÃO

NEILA SILVANA JUNQUEIRA ABEL

149 º

DIREITO PENAL. Exame de Ordem Prova Prático-Profissional 1 PEÇA PROFISSIONAL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR LUIZ SILVIO RAMALHO JÚNIOR

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro

Supremo Tribunal Federal

AÇÃO CRIMINAL Nº 231-PE ( ) APTE: JUSTIÇA PÚBLICA APDO: ANCILON GOMES FILHO RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL ÉLIO SIQUEIRA (CONVOCADO)

Vistos. É o relatório. Decido.

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO

ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº XXXXX, da Comarca de Guarulhos, em que são apelantes A.S.M

^ g -, ,fitt.à r ' kre44, ej_,.. 4 ' t+1$ 3 '., e. (4' jr~..pax ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO DES. NILO LUIS RAMALHO VIEIRA

R E L A T Ó R I O RELATEI.

Supremo Tribunal Federal

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA

Tribunal de Contas do Estado do Pará

TERCEIRA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO Nº 10985/ CLASSE CNJ COMARCA DE POXORÉO

ESTADO CONDENADO POR PRISÃO E PROCESSO ILEGAL CONTRA VIGILANTE E PROPRIETÁRIO DA EMPRESA, POR PORTE DE ARMA

ESTADO DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO

A reclamante recorrente alega, em síntese, que deve ser reformada a decisão quanto ao intervalo do digitador.

APELAÇÃO CÍVEL Nº

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ACÓRDÃO

* B* RELATÓRIO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE GOIÁS Gabinete do Desembargador Ney Teles de Paula

: Município de Cascavel, Prosegur Brasil S.A. Transportadora de Valores e Segurança.

Critérios para correção: o conteúdo e a qualidade da sentença:

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de

APELAÇÃO CÍVEL nº /AL ( )

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro

B.M. e R.M., devidamente qualificados nos autos acima

Dados Básicos. Ementa. Íntegra

COMENTÁRIOS A POSSE E O PORTE ILEGAL DE ARMAS E SUAS PREVISÕES LEGAIS E JURISPRUDENCIAIS

Poder Judiciário TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO Gabinete do Desembargador Federal Geraldo Apoliano RELATÓRIO

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO TOCANTINS TRIBUNAL DE JUSTIÇA Juiz Convocado HELVÉCIO DE BRITO MAIA NETO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO BARROS DIAS

Dados Básicos. Ementa. Íntegra

PROCURADORIA-GERAL DO TRABALHO CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

Dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho por força do Regimento Interno TST. É o relatório. 1 CONHECIMENTO

REQUERIMENTO DE PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVA (Inciso I do artigo 156 do Código de Processo Penal)

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

336 TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA Gabinete do Desembargador Joás de Brito Pereira Filho

OBS: Na jurisprudência citada, sempre que não houver indicação do tribunal, entenda-se que é do Superior Tribunal de Justiça.

Nº COMARCA DE FELIZ CONSTRUTORA SC LTDA A C Ó R D Ã O

"I 4 %mulo "? %O. Poder Judiciário Tribunal de Justiça da Paraíba Gabinete do Des. ARNÓBIO ALVES TEODÓSIO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIÃO Gabinete da Desembargadora Federal Margarida Cantarelli

Poder Judiciário TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO Gabinete do Desembargador Federal Geraldo Apoliano

MODELO QUEIXA-CRIME. (especificar a Vara de acordo com o problema)

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE BARRA DO GARÇAS GABINETE DA SEGUNDA VARA CRIMINAL S E N T E N Ç A

15/05/2013 MODELO DE RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE

PODER JUDICIÁRIO. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ACÓRDÃO

sem necessidade de transcrição. quando for de sua preferência pessoal

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 8ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BELO HORIZONTE APELAÇÃO

Número : ( ) RELATÓRIO E VOTO. favor de ADRIANO SANTOS GOMES, qualificado nos autos, preso em flagrante no dia 06

TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR

',V, 4. PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA Gabinete do Des. ARNÓBIO ALVES TEODÓSIO

233 TRIBUNAL DE JUSTIÇA TERCEIRA CÂMARA CRIMINAL APELAÇÃO CRIMINAL Nº MÔNICA TOLLEDO DE OLIVEIRA

Transcrição:

1 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 512212-28.2009.8.09.0107(200995122121) COMARCA DE MORRINHOS APELANTE : VIBRAIR MACHADO DE MORAES APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA RELATÓRIO O representante do Ministério Público com atuação no Juízo da Comarca de Morrinhos ofereceu denúncia em desfavor de VIBRAIR MACHADO DE MORAIS, qualificado, dando-o por incurso nas iras do art. 14, da Lei nº 10.826/03, por haver, no dia 15 de dezembro de 2009, no período matutino, na Fazenda Serra, município de Morrinhos, sido preso em flagrante delito portando uma arma de fogo de uso permitido, revólver calibre 38, marca Taurus, municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Recebida a denúncia, o processado foi citado, apresentando defesa previa, realizada a inquirição de duas testemunhas, interrogatório, formuladas as derradeiras alegações, sobrevindo sentença condenatória, impondo-lhe reprimenda aflitiva de 02 (dois) anos de reclusão, a ser cumprida no regime inicial semiaberto, 30 (trinta) diasmulta, à razão de 1/30 ( um trigésimo) do salário mínimo da época do fato.

2 Descontente, o processado interpôs recurso apelatório, sustentando a absolvição da imputação ou a desclassificação do crime de porte ilegal de arma de fogo para o de posse, a extinção da punibilidade, em razão da descriminalização temporária da conduta. Resposta ao recurso. A Procuradoria-Geral de Justiça, representada pelo Dr. Maurício José Nardini, se manifestou pelo parcial provimento do apelo. É o relatório. À revisão. Goiânia, 19 de outubro de 2012. Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga Relator

1 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 512212-28.2009.8.09.0107(200995122121) COMARCA DE MORRINHOS APELANTE : VIBRAIR MACHADO DE MORAES APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA VOTO admissibilidade, conheço do apelo. Porque presentes os pressupostos de Insurge-se o processado contra a sentença que o condenou por violação do art. 14, caput, da Lei nº 10.826/03, impondo-lhe apenamento corpóreo de 02 (dois) anos de reclusão, a ser cumprido no regime inicial semiaberto, sustentando que estava no interior da sua casa e tinha a posse e não o porte da arma de fogo, postulando a absolvição da imputação ou a desclassificação para o crime de posse, com a consequente extinção da punibilidade, em razão da descriminalização temporária da conduta. A prova dos autos revela que o processado, no dia dos fatos, ao ser abordado por policiais militares que cumpriam mandado de busca e apreensão, portava um revólver municiado, expondo conduta

2 tipificada pelo art. 14, da Lei nº 10.826/03, ainda que estivesse na sede da fazenda, a arma de fogo não foi localizada dentro do imóvel, mas em sua cintura, afastando o pleito de absolvição, bem como desclassificatório para o delito de posse. Veja-se a prova oral produzida, in verbis: (...) que ao ouvir o barulho o interrogando se assustou e pegou a arma e pôs na cintura e saiu para a porta da cozinha; que logo foi abordado pela polícia (...). (fl. 192). ( ) que confirma os fatos narrados na denúncia; ( ) que o acusado disse que portava arma para se defender no trânsito entre seu açougue e sua casa. (fl. 165). Comete o crime tipificado pelo art. 14, da Lei nº 10.826/03, o processado que é flagrado portando arma de fogo de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar, sendo o instrumento vulnerante localizado e apreendido em sua cintura, ocorrência verificada por policias no cumprimento de mandado de busca e apreensão, comprovada a conduta delituosa por parcial confissão, depoimentos testemunhais e prova técnica, suficientes para a resposta penal desfavorável.

3 Justiça, in verbis: Nessa direção, a posição do Superior Tribunal de (...) 4. In casu, o paciente foi surpreendido com a arma "em sua cintura", e não guardada no interior do caminhão. Assim sendo, à medida que a arma estava presa à cintura do paciente fica evidente que ele portava, efetivamente, a arma de fogo, que estava ao seu alcance, possibilitando a utilização imediata. 5. Ante a impossibilidade de desclassificação do crime de porte de arma para o delito de posse, está superada a irresignação no tocante à incidência de abolitio criminis temporária, situação que ocorre apenas quanto à conduta relacionada ao crime de posse de arma de fogo, acessórios e munição. 6. Ordem denegada. (HC 172525/MG, DJE de 28/06/12). No mesmo rumo, julgado da Corte, in verbis: ( ) Demonstrado que o apelante portava o revólver em sua cintura no momento em que foi preso em flagrante, é irrelevante o fato de a arma estar com as munições intactas para a caracterização do delito de porte ilegal de arma de fogo, uma vez que o crime previsto no art. 14 do Estatuto do

4 Desarmamento é crime plurissubsistente, bastando que o agente flexione um dos núcleos legais para que o crime se configure. (...). (Apelação Criminal nº 182799-85.2006.8.09.0127, DJE 1083 de 18/06/12). Noutra curva, o sentenciante, na individualização da pena, ao analisar as circunstâncias judiciais do art. 59, do Código Penal Brasileiro, considerou, equivocadamente, como demérito ao processado os antecedentes criminais, nada obstante a certidão cartorária de fls. 180/184 não registre sentença condenatória com trânsito em julgado, requisito indispensável para a configuração da elementar, conforme orientação jurisprudencial galvanizada na Súmula 444, do Superior Tribunal de Justiça. Ao registro de que procedeu com desacerto o sentenciante na avaliação das circunstâncias judiciais do art. 59, do Código Penal Brasileiro, acolhendo como desfavoráveis os antecedentes do processado, reduzo a pena-base para 02 (dois) anos e 03 (três) meses de reclusão e 30 (trinta) dias-multa, recuando-a pela confissão espontânea, concretizando a aflitiva de 02 (dois) anos de reclusão, no regime inicial aberto, ao teor do art. 33, 2º, letra c, do Código Penal Brasileiro, 25 (vinte e cinco) dias-multa, no valor unitário de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo da época do fato.

5 Por outro lado, o processado merece a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito, porquanto aplicada reprimenda aflitiva inferior de 04 (quatro) anos, tecnicamente primário e preenchidos os demais requisitos do art. 44, do Código Penal Brasileiro, importando fixar-lhe duas alternativas, de prestação de serviços à comunidade, pelo prazo da corpórea, prestação pecuniária, consistente no pagamento de 01 (um) salário mínimo a uma entidade com destinação social, ficando a designação a cargo do Juiz da Execução Penal. Estabelecida pena corpórea inferior de 04 (quatro) anos, favoráveis as circunstâncias judiciais do art. 59, do Código Penal Brasileiro, satisfeitos os demais requisitos do art. 44, do Código Penal Brasileiro, impositiva a substituição da reprimenda aflitiva por restritiva de direito. Na seara do tema, julgado da Corte, in verbis: ( ) 1- Preenchendo o Apelante os requisitos legais para substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, sua aplicação é medida que se impõe. 3- Apelação conhecida e provida. (Apelação Criminal nº 116895-16.2010.8.09.0051, DJE nº 1028 de 21/03/12). ministerial, provejo parcialmente o apelo. Ao cabo do exposto, acolhendo o pronunciamento

6 É, pois, como voto. Goiânia, 29 de novembro de 2012. Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga Relator

1 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 512212-28.2009.8.09.0107(200995122121) COMARCA DE MORRINHOS APELANTE : VIBRAIR MACHADO DE MORAES APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA EMENTA : APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. SENTENÇA CONDENATÓRIA. ABSOLVIÇÃO. DESCLASSIFICAÇÃO. ABOLITIO CRIMINIS TEMPORALIS. PENA. MAUS ANTECEDENTES. EXCLUSÃO. REDUÇÃO. SUBSTITUIÇÃO. I - Comete o crime tipificado pelo art. 14, da Lei nº 10.826/03, o processado que é flagrado portando arma de fogo de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar, sendo o instrumento vulnerante localizado e apreendido em sua cintura, ocorrência verificada por policias no cumprimento de mandado de busca e apreensão, comprovada a conduta delituosa por parcial confissão, depoimentos testemunhais e prova técnica, suficientes para a resposta penal desfavorável. II - Apenamento corrigido.

2 III - Estabelecida pena corpórea inferior de 04 (quatro) anos, favoráveis as circunstâncias judiciais do art. 59, do Código Penal Brasileiro, satisfeitos os demais requisitos do art. 44, do Código Penal Brasileiro, impositiva a substituição da reprimenda aflitiva por restritiva de direito. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA, EM PARTE. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela Quinta Turma Julgadora de sua Segunda Câmara Criminal, à unanimidade, acolher o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer do apelo e o prover parcialmente, nos termos do voto do Relator. Votaram, com o Relator, os Senhores Desembargador Ney Teles de Paula, Juiz Fábio Cristóvão de Campos Faria, em substituição ao Desembargador Leandro Crispim. Luiz Cláudio Veiga Braga. Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador

3 Presente à sessão, representando a Procuradoria- Geral de Justiça, o Doutor Christiano Mota e Silva. Goiânia, 29 de novembro de 2012. Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga Relator 04