A PERCEPÇÃO DOS PAIS E PROFESSORES NAS AULAS DE NATAÇÃO PARA BEBÊS.



Documentos relacionados
Jéssica Victória Viana Alves, Rospyerre Ailton Lima Oliveira, Berenilde Valéria de Oliveira Sousa, Maria de Fatima de Matos Maia

Planejamento de Aula - Ferramenta Mar aberto

Carolina Romano de Andrade Mestre em Artes-UNICAMP Faculdade Integradas de Bauru-FIB Coordenadora de Pós Graduação

Disciplina: Alfabetização

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO

Política de Formação da SEDUC. A escola como lócus da formação

Processos pedagógicos na natação para Bebês de 6 meses a 36 meses

Psicomotricidade na Educação Infantil. e suas contribuições no desenvolvimento e no. processo da aprendizagem.

A LUDICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR

INTRODUÇÃO. A educação física é uma disciplina curricular que pedagogicamente bem orientada contribui para o desenvolvimento integral do homem.

PROJETO DA CRIAÇÃO DA COMPANHIA DE DANÇA

Jogo recurso de motivação, interpretação, concentração e aprendizagem

ISSN PROJETO LUDICIDADE NA ESCOLA DA INFÂNCIA

USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRESENCIAL E A DISTÂNCIA

Ninguém educa sozinho, educamos em. comunhão.

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

LUDICIDADE: INTRODUÇÃO, CONCEITO E HISTÓRIA

II MOSTRA CULTURAL E CIENTÍFICA LÉO KOHLER 50 ANOS CONSTRUINDO HISTÓRIA

OS CANAIS DE PARTICIPAÇÃO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO PÓS LDB 9394/96: COLEGIADO ESCOLAR E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA

HORTA ESCOLAR RECURSO PARA SE DISCUTIR A EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Lizyane Lima Borges 1 Pedro Henrique de Freitas 2 Regisnei A. de Oliveira Silva 3.

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: DIMENÇÕES CONCEITUAIS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

REPRESENTAÇÕES DE AFETIVIDADE DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Deise Vera Ritter 1 ; Sônia Fernandes 2

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

3 Qualidade de Software

A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO

AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: instrumento norteador efetivo de investimentos da IES

PROFISSÃO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: UM ESTUDO SOBRE O PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA UEPB MONTEIRO PB.

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

O LÚDICO NA APRENDIZAGEM

IV EDIPE Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino 2011

A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NOS PROJETOS SOCIAIS E NA EDUCAÇÃO - UMA BREVE ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DO PROJETO DEGRAUS CRIANÇA

JOGOS MATEMÁTICOS: EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS

PROJETO MEDIAR Matemática, uma Experiência Divertida com ARte

Dicas para Liderar com alta performance

Palavras-chave: Educação Física. Ensino Fundamental. Prática Pedagógica.

A DISLEXIA E A ABORDAGEM INCLUSIVA EDUCACIONAL

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA N.4/2014 PROCEDIMENTO DE OBSERVAÇÃO DE AULA

Módulo 14 Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas Treinamento é investimento

Bacharelado em Educação Física

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAÚDAVEIS: Um relato de experiência

TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS:

EMEB. "ADELINA PEREIRA VENTURA" PROJETO: DIVERSIDADE CULTURAL

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

AVALIAÇÃO NA PRÉ-ESCOLA UM OLHAR SENSÍVEL E

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS


EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA

Autor(es) PAULA CRISTINA MARSON. Co-Autor(es) FERNANDA TORQUETTI WINGETER LIMA THAIS MELEGA TOMÉ. Orientador(es) LEDA R.

LUTAS E BRIGAS: QUESTIONAMENTOS COM ALUNOS DA 6ª ANO DE UMA ESCOLA PELO PROJETO PIBID/UNIFEB DE EDUCAÇÃO FÍSICA 1

A MATEMÁTICA ATRÁVES DE JOGOS E BRINCADEIRAS: UMA PROPOSTA PARA ALUNOS DE 5º SÉRIES

1. Investigação Filosófica construir o sentido da experiência

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

A ORALIZAÇÃO COMO MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA EM SALA DE AULA

Proposta de Curso de Especialização em Gestão e Avaliação da Educação Profissional

Enfoque JB. Ano: 5 Edição: 24 - Abril/Maio de 2013

Trabalhando em equipes e resolvendo problemas: a aplicação do PBL em sala de aula

SABERES E PRÁTICAS DOCENTES: REPENSANDO A FORMAÇÃO CONTINUADA

Colégio Pedro II Departamento de Filosofia Programas Curriculares Ano Letivo: 2010 (Ensino Médio Regular, Ensino Médio Integrado, PROEJA)

PALAVRAS-CHAVE (Concepções de Ciência, Professores de Química, Educação Integrada)

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A TUTORIA A DISTÂNCIA NA EaD DA UFGD

Densímetro de posto de gasolina

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Motivação. Robert B. Dilts

SALAS TEMÁTICAS: ESPAÇOS DE EXPERIÊNCIAS E APRENDIZAGEM. Palavras Chave: salas temáticas; espaços; aprendizagem; experiência.

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES E ALUNOS DA EJA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

Faculdade Sagrada Família

PMBoK Comentários das Provas TRE-PR 2009

Fanor - Faculdade Nordeste

Aceite Amar 1. Ed Carlos dos Santos SILVA 2 Thalysa DONATO 3 Lamounier LUCAS 4 Centro Universitário Newton Paiva, Belo Horizonte, MG

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO. ANEXO I. PROJETO DE ( ) CURTA DURAÇÃO (x) LONGA DURAÇÃO

CURIOSOS E PESQUISADORES: POSSIBILIDADES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

TIME, um desafio para alta performance

O uso de jogos no ensino da Matemática

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA FENEIS SOBRE A EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS (EM RESPOSTA À NOTA TÉCNICA Nº 5/2011/MEC/SECADI/GAB)

CONSELHO ESCOLAR QUAL A LEGISLAÇÃO QUE SUSTENTA OS CONSELHOS ESCOLARES?

Orientações para Secretarias de Educação

EMENTÁRIO: COMPONENTES DA BASE NACIONAL COMUM (BNC)

PROGRAMA DE BOLSA ACADÊMICA DE EXTENSÃO PBAEX / EDIÇÃO 2016 CAMPUS AMAJARI ANEXO III

INTERVENÇÕES ESPECÍFICAS DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS DO PROEJA: DESCOBRINDO E SE REDESCOBRINDO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO

Centro Acadêmico Paulo Freire - CAPed Maceió - Alagoas - Brasil ISSN:

Profa. Ma. Adriana Rosa

MÍDIAS NA EDUCAÇÃO Introdução Mídias na educação

ACESSIBILIDADE E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: EXPERIÊNCIA COM UM ALUNO CEGO DO CURSO DE GEOGRAFIA, A DISTÂNCIA

QUANTO VALE O MEU DINHEIRO? EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PARA O CONSUMO.

ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M.

Família, Escola e a construção do contexto afetivo: Maria Aparecida Menezes Salvador/Ba

PLANO DE ESTÁGIO - ACADEMIA SPORT FITNESS

Criação dos Conselhos Municipais de

Resumo ISSN:

Pedagogia, Departamento de Educação, Faculdade de Ciências e Tecnologia- UNESP. rafaela_reginato@hotmail.com

O SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL PARA ATLETAS PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL

O papel e a importância do Coordenador Pedagógico no espaço escolar

Transcrição:

A PERCEPÇÃO DOS PAIS E PROFESSORES NAS AULAS DE NATAÇÃO PARA BEBÊS. Natã Ribeiro Marquetti, Emilio Cesar Macuco, Cesar Ricardo Feustel. 1. INTRODUÇÃO Dentre as atividades ofertadas no campo da atividade física a natação para bebês configura-se como uma das mais populares. A prática desta modalidade pelos bebês atinge diferentes objetivos tais como: benefícios físicos, orgânicos, sociais, terapêuticos e recreativos, melhora a adaptação na água, aprimorando a coordenação motora, noções de espaço e tempo, preparação do psicológico e do neurológico para o auto salvamento, aumento da resistência cardiorrespiratória e muscular. Ainda desenvolve a segurança, aumentando o conhecimento e domínio do corpo, favorecendo a comunicação entre o bebê, o adulto e as outras crianças que estão ao seu redor. (1) Sabe-se que desde o nascimento o bebê já possui reflexos e respostas motoras dentro do ambiente líquido. As crianças quando submetidas à adaptação e estimulação no meio líquido apresentam aquisição de equilíbrio e estabilidade postural, assim como melhores níveis de desenvolvimento motor. (2) Toda pratica esportiva oferecida às crianças é permeada por ações adultas dos pais, dirigentes, professores, técnicos, árbitros; todos interferem de alguma forma em seus praticantes. (3) Através deste artigo foi analisada a percepção dos pais e professores em relação à natação para bebês. 2. REVISÃO DE LITERATURA Nadar não é somente realizar deslocamentos e movimentos com o nosso corpo. É antes disso, organizar as sensações recebidas pelo meio liquido, em nosso cérebro, transferindo-os psicomotoramente na água. (4) A natação é uma atividade física que engloba varias finalidades, como terapia, competição, lazer, utilizando a locomoção na água. A água é o maior brinquedo existente na terra (4). Um desporto que constitui uma fonte de recreação, de alegria de viver e de saúde, para pessoas de todas as idades. (5) A natação funciona como meio de segurança, educação física e saúde, lazer, satisfação em dominar uma habilidade e também competição. Na natação onde pode ser chamada também de atividade aquática pode ser um importante canal para a socialização e relacionada com prazer, em cada individuo envolvido. Na aprendizagem e na educação, é natural deparar com pais que esperam encontrar nos filhos a realização de seus desejos e sonhos, podendo a projeção desta expectativa prejudicar sobremaneira a evolução da aprendizagem. (6) Na ansiedade de buscarem o melhor desenvolvimento de seus filhos eles atribuem ao professor responsabilidades sobre o nível de desempenho que a criança alcança. O esclarecimento e a pontuação das conquistas psicomotoras do filho diluem um pouco esta ansiedade e desejo, os quais não devem nortear a ação do educador. (10) O educador tem por função se posicionar sem confronto direto com estas expectativas, mas pouco a pouco priorizando a filosofia de seu trabalho e de seus objetivos que devem, acima de tudo, estarem voltadas para o aprendiz com suas necessidades, suas características próprias, sua identidade, sua forma de se relacionar com o que pretende. Os limites dados devem ser claros e precisos. (6) A natação para bebês sofre este contato direto de aluno, pai e professor com algumas exigências onde o mesmo ao completar a faixa etária sugerida passa de nível ou turma para que continue realizando a atividade proposta sem a participação do pai ou mãe, e apenas com a do professor dando continuidade ao processo de aprendizado do bebê para a evolução das características de desenvolvimento. (6)

Para que o bebê tenha uma boa adaptação ao meio liquido e realize uma boa transição de nível ou avance a turma é necessário que o mesmo apresente algumas habilidades motoras tais como sustentação, equilíbrio, propulsão de pernas e braços, respiração, coordenação motora fina e flutuação. Sendo assim existe uma grande preocupação dos pais e dos professores em relação a estas competências, e se os mesmos irão ter capacidade de aplicálas e estarem seguros no momento do desapego dos pais durante as aulas de natação. (6) Jean Piaget, biólogo, centrou seu trabalho na compreensão da inteligência, em que deixa claro a importância do movimento na formação da mesma, entendendo a inteligência como aquilo que permite a um organismo lidar afetivamente com o seu meio ambiente. (7) Piaget apresenta a etapa sensório-motor que se desenvolve na fase do zero aos dois anos, ou seja, desde os primeiros reflexos até o inicio das representações mentais, em que inicialmente o bebê, vai modificando a atividade do reflexo gradativamente. Sua inteligência é chamada de sensório motora, porque vivencia as situações e realiza pouco a pouco a construção de um universo objetivo e de ação intencional. A criança conhece o mundo apenas sobre o que age, sem a noção de permanência do espaço e objeto, tão importante para as aquisições psicomotoras e de prontidão futuras como a noção de temporalidade e de causa de efeito. (8) Ao nascer o individuo apresenta reações automático-reflexas. Como o estudo se foca na faixa etária de 12 a 24 meses buscar-se-á apresentar o desenvolvimento motor apenas destas faixas. Aos 12 meses: apresenta o desenvolvimento da marcha com domínio do espaço físico e simbólico, diz três ou quatro palavras, entende frases curtas. Já nos 15 a 18 meses: anda sozinho, apresenta linguagem de ação com organização rítmica, maturação neurológica para controle esfincteriano, já faz rabiscos. Quando atinge 2 anos: noção de totalidade corporal (mas não relaciona as partes), reconhece diferença sexual, usa colher e lápis, salta com os dois pés juntos, o real está confuso com a fantasia (o que pensa e imagina é sempre mais verdadeiro e realizável para a criança), controle total dos esfíncteres, o vocabulário aumenta. Sendo assim a literatura deixa claro que o bebê tem a capacidade de apresentar os objetivos propostos pelos educadores e agora, custa-nos compreender se os pais apresentam tal conhecimento e se tem segurança em relação a pratica disto com seus filhos. (7) 3. MÉTODOS O presente estudo foi realizado através de um trabalho de campo, com professores de educação física atuantes da área de atividades aquáticas - natação e que ministram aulas para bebês de 12 a 24 meses, em numero de cinco. E pais que tenham filhos que pratiquem a atividade em média três meses anterior à realização da pesquisa, em numero de dez. E a relação à perspectiva das capacidades motoras apresentadas pelos bebês em relação ao meio líquido. A aplicação dos questionários foi realizada em uma instituição de ensino de atividades aquáticas natação, sendo a mesma uma academia de natação, sendo aplicados dois questionários: um aos professores atuantes da área e outro aos pais com filhos praticantes da atividade. Para auxiliar no desenvolvimento desse trabalho utilizou-se de dois questionários fechadas de sete questões, com perguntas gerais e relacionadas às capacidades motoras apresentadas em relação ao bebê e o meio líquido, criado pelo autor e validado pelo Comitê de Ética da Universidade Positivo pelo numero CAAE: 02384512.7.0000.0093. Por meio do questionário, foi analisada a percepção dos pais e professores, comparando e interpretando as respostas, assim como as semelhanças das mesmas com a literatura pesquisada no decorrer desta pesquisa. Utilizou-se a forma de comparação entre os questionários, depois de respondidos analisando de que forma esse profissional realiza a atividade com o bebê e a transfere para o pai, e qual a forma de interpretação que o pai apresenta em relação ao desempenho de seu filho no meio liquido.

4. RESULTADOS Os professores apresentam uma segurança de que os alunos são capazes de sustentar o próprio corpo através de materiais ou flutuando sobre a água. Já os pais acreditam que seus filhos tem uma boa sustentação, porem demonstram insegurança em relação à flutuação. 5 4 Sustentação vs Flutuação 3 2 Prof 1 Sustentação Flutuação Figura 1. Gráfico da relação entre sustentação e flutuação. A sustentação dentro dos 12 a 24 meses na natação menciona em ter força manual suficiente para sustentar-se, estaticamente com auxilio do professor ou material e realizando diversas preensões (canos, borda, bastões, argolas e até em uma pessoa). (11) A flutuação especifica-se em sustentar o próprio corpo em decúbito dorsal e ventral sobre uma resistência. (11) As relações das qualidades apresentadas acima dentro da natação são vistas onde bebê que apresenta uma boa sustentação juntamente apresentara uma boa flutuação onde uma faz correlação com a outra. Tanto os professores como os pais confiam no desenvolvimento e capacidades de equilíbrio e propulsão dos filhos como formas de controle motor. Apresentando assim pouca variação de notas para as duas valências, sendo assim pode-se notar que os dois estão cientes de que o equilíbrio faz relação com a propulsão. 5,00 4,00 Equilibrio vs Propulsão 3,00 2,00 Prof. 1,00 Equilibrio Propulsão Figura 2. Gráfico da relação entre equilíbrio e propulsão de pernas e braços. O equilíbrio dentro dos 12 a 24 meses na natação refere-se em se manter em base estável com e sem turbulência da água e sobre bases moveis como o tapete de EVA. (11) A propulsão de pernas e braços dentro dos 12 a 24 meses na natação cita em rastejar para trás, para frente, andar para trás, para frente, para os lados, com giros e trepar. Também movimentos simultâneos e alternados dentro da água. (11) A relação vista das duas valências é que o bebê que apresenta um trabalho adequado de equilíbrio não sofre dificuldades em atingir a propulsão com eficácia.

A coordenação assegura uma aceitação por parte dos pais e dos professores em gerar formas de deslocamentos auto-sustentados, porém, aos pais falta a segurança de realização efetiva da respiração individual de seus filhos onde referem-se ao momento do mergulho, já para os professores não, pois o momento do mergulho é o estimulo feito pelo gestor pai ou professor onde o bebê através da coordenação realiza o bloqueio da glote. 5,00 Respiração vs Coordenação 4,00 3,00 2,00 Prof. 1,00 Respiração Coordenação Figura 3. Gráfico da relação entre respiração e coordenação motora. A coordenação assegura uma aceitação por parte dos pais e dos professores em gerar formas de deslocamentos auto-sustentados, porém, aos pais falta a segurança de realização efetiva da respiração individual de seus filhos onde referem-se ao momento do mergulho, já para os professores não, pois o momento do mergulho é o estimulo feito pelo gestor pai ou professor onde o bebê através da coordenação realiza o bloqueio da glote. A respiração dentro dos 12 a 24 meses na natação corresponde em soprar canos, bolinhas, brinquedos, inspirar pela boca e soltar o ar na água, realizar o bloqueio da respiração, realizar exercícios de respiração com e sem deslocamento com e sem materiais, realizar mergulhos estimulando a expiração quando realizar a entrada na água. (11) A coordenação está relacionada a movimentos mais específicos e refinados que, muitas vezes, exigem interação cinestésica e somestésica (sensibilidade tátil, visual e rítmica) movimentos mais precisos e delicados. (11) A relação das duas qualidades físicas apresentadas é nítida onde o bebê deve estar apto e coordenado para realizar o bloqueio da glote em relação ao mergulho realizando assim a respiração correta para tal fase. 5. DISCUSSÃO Os resultados da pesquisa revelam que os pais e professores apresentam tal conhecimento, porém com algumas diferenças onde os professores apresentam um conhecimento técnico e cientifico correto comparado com a literatura, já os pais apresentam o conhecimento do senso comum, tendo como exemplo o quadro 1 da comparação das valências sustentação e flutuação, onde as mesmas estão entrelaçadas fortalecendo uma a outra sendo que o bebê que apresenta uma boa sustentação do próprio corpo juntamente apresentara uma boa flutuação. Através de relatos não informais com os pais, pode-se perceber que os mesmos apresentam um receio dos professores com desconfiança de não estarem capacitados para trabalhar com um numero elevado de crianças com essa faixa etária e desacompanhadas, sugerindo que o numero de crianças seja diminuído nas aulas ou a transição seja realizada com o bebê acima dos 24 meses.

6. CONCLUSÃO Nota-se o quanto a natação para bebês deve ser estudada, pois os pais participantes ainda não confiam tanto nos professores e não apresentam um conhecimento das capacidades desempenhadas pelos bebês por motivos em que os gestores deixam falhas, onde para os pais participantes, faltam conhecimentos das capacidades físicas, motoras, sociais e psicológicas que o bebê é capaz. Tendo como justificativa também a falta de transmissão de conhecimento dos gestores professores em relação às capacidades que os bebês são capazes de apresentar e a falta da conferência das mesmas para os pais, tornando assim a transição insatisfatória. 7.REFERÊNCIAS (1) FERREIRA, 2007 apud AZEVEDO et al., 2008. (2) BRESGES, 1980; DORADO, 1990; LIMA, 2003. (3) KORSAKAS, Paula. O esporte infantil: As possibilidades de uma prática educativa. 2002. (4) VALESCO, C.G. Natação segundo a psicomotricidade.rio de Janeiro: Sprint, 1994. (5) DAMASCENO, L.G. Natação, psicomotricidade, desenvolvimento. Brasília: Secretaria dos Desportos da Presidência da Republica, 1992. (6) BUENO, J. M Psicomotricidade teoria & prática Estimulação, Educação e reeducação psicomotora com Atividades Aquaticas. Curitiba: Lovise,, 1998. (7) PIAGET, J. - A linguagem e o pensamento da criança. 4. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1986. (8) PIAGET, J. - O nascimento da inteligência da criança. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982. (9) SANZ, M. - Tu hijo y El ahua. Buenos Aires: Ediciones B, 2006. (10) CIRIGLIANO, P. M Los bebes nadadores: matronatacion, fundamentos y técnicas para La primera infância. Buenos Aires: Editorial Paidos, 1981.