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Transcrição:

N.º 7.689/2008 - MGMF RECURSO ESPECIAL n.º 1.012.269/MG RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS RECORRIDO : ESTADO DE MINAS GERAIS RECORRIDO : SINDICATO DOS OFICIAIS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DO ESTADO DE MINAS GERAIS- RECIVIL RECORRIDO : O SINDICATO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DE MINAS GERAIS- SINOREG/MG RECORRIDO : SÉRJUS E OUTRO RELATOR : MIN. CASTRO MEIRA- SEGUNDA TURMA 1. Processual Civil. Recurso Especial. Ação Civil Pública. Serventias providas sem Concurso Público.Participação dos Serventuário na lide. Desnecessário. 2. A lei 13.724/2000 não padece de vício já que visou atender a uma determinada situação isolada e específica, de caráter transitório, seus efeitos tem repercussão limitada, relativas a servidores que exercem a função notarial e de registro por mais 15 anos, adquirindo nesse período capacidade e experiência para exercerem suas funções. 3. Parecer do MPF pelo não conhecimento e improvimento do Recurso Especial, para manter o acórdão recorrido. Trata-se de Recurso Especial interposto pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais com fundamento no art. 105, inciso III, alínea a, da Constituição Federal e no art. 541 do Código de 1

Processo Civil, contra o Acórdão da 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que à unanimidade extinguiu o processo sem o julgamento do mérito, por entender que o pedido de anulação dos atos de delegação seria necessário e imprescíndivel para que o processo pudesse ter regular e válido desenvolvimento, objetiva o recorrente o restabelecimento da sentença. 2. Embargos Declaratórios opostos, foram rejeitados, ao fundamento de ausência de omissão (fls.514/517) 3. Alega o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, violação ao art. 535, II do CPC, 47 único, 50, 284 do CPC e art. 11 c/c art. 28 único da Lei nº 9.868/99. 4. O Ministério Público do Estado de Minas Gerais, ajuizou Ação Civil Pública contra o Estado de Minas Gerais, pleiteando que o réu fosse condenado a 2

incluir no concurso público para ingresso nos Serviços Notariais e de Registro as 402 serventias delegadas sem concurso pelo Governador do Estado de Minas Gerais, nos termos do art. 66, 2º, do ADCT da Constituição Estadual de 1989, serventias essas que foram excluídas do certame por força do art. 1º, 5º, da Resolução nº 350/99do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Na Primeira instância, o pedido foi julgado procedente. 5. Inconformados, apresentaram as contrarazões Estado de Minas Gerais (fls. 633/637), SINOREG- MG (fls.639/655 ), RECIVIL(fls.612/623)SERJUS (fls. 653/655). 6. O recurso não merece prosperar. 7. O recorrente Ministério Público do Estado de Minas Gerais, objetiva a declaração incidental de inconstitucionalidade do 2º do art. 66 do ADCT da 3

Constituição Estadual/MG de 1989, bem como do 5º, art. 1º da Resolução 350/99. 8. O Acórdão hostilizado decidiu pela extinção do processo sem julgamento do mérito, ao argumento de que a obrigação de fazer postulada na inicial(realização de concurso público para provimento das 402 serventias extra- judiciais) exigiria a prévia anulação dos atos de delegação editadas pelo Governador do Estado, com fundamento no art. 66, 2º, do ADCT da Constituição Estadual, no período de 1988 a 1994. 9. O citado 2º do art. 66 do ADCT, efetivou os substitutos que exerciam a delegação há pelo menos cinco anos da promulgação da Constituição de 1988. 12. O 2º do art. 66 do ADCT da Constituição Estadual de Minas Gerais, não padece de manifesta inconstitucionalidade, na medida que confere 4

titularidade em Cartórios de Notas e de Registros a quem não se submeteu a concurso público. 13. A referida ADIn nº 2379/MG da Ilustre Relatora Ministra Ellen Gracie, proposta pelo Ministério Público Federal argüi a inconstitucionalidade da Lei Mineira nº 13.724/2000, e não do art. 66, do ADCT/MG/89. 14. A lei 13.724/2000 não padece de vício já que visou atender a uma determinada situação isolada e específica, de caráter transitório, seus efeitos tem repercussão limitada, relativas a servidores que exercem a função notarial e de registro por mais 15 anos, adquirindo nesse período capacidade e experiência para exercerem suas funções. 15. O próprio Ministério Público de Minas Gerais, admitiu não haver pedido a anulação dos atos de delegação dos 402 serventuários. 5

Em razão do exposto opina o Ministério Público Federal pelo não conhecimento e improvimento do Recurso Especial, para manter o acórdão recorrido. É o parecer. Brasília/DF, 6 de maio de 2008. MOACIR GUIMARÃES MORAIS FILHO Subprocurador-Geral da República 6