Casa do Povo de Óbidos - Creche e Jardim de Infância Ano lectivo de 2011/2012 1



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Transcrição:

PROJECTO DE VALÊNCIA DE CRECHE Ano lectivo de 2011/2012 1

Índice 1-INTRODUÇÃO... 1 2-PRINCÍPIOS GERAIS E OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS DA CRECHE... 2 3-ÁREAS DE CONTEÚDO... 4 3.1 - ÁREA DE FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL:... 4 3.2 - ÁREA DE CONHECIMENTO DO MUNDO:... 4 3.3 - ÁREA DA EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO:... 5 4 - COMPETÊNCIAS PEDAGÓGICAS... 6 5 - INTERACÇÃO INSTITUIÇÃO/FAMÍLIA... 7 5.1 - INTERACÇÃO INSTITUIÇÃO/COMUNIDADE... 7 6 - TEMA DO PROJECTO CURRICULAR... 8 6.1 - JUSTIFICAÇÃO DO TEMA... 8 6.2 - COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO PROJECTO EM CADA ÁREA... 9 6.3 - ESTRATÉGIAS... 11 7 - AVALIAÇÃO... 12 7.1 - AVALIAÇÃO INICIAL... 12 7.2 - AVALIAÇÃO FORMATIVA... 12 7.3 - AVALIAÇÃO FINAL... 12 8- CONCLUSÃO.. 13 9- BIBLIOGRAFIA... 14 0

1-INTRODUÇÃO A Creche surge como uma instituição com grande importância na vida das crianças e na formação da sua personalidade, apesar de nunca pretender substituir os pais, deve proporcionar o atendimento individualizado da criança num clima de segurança afectiva e física que contribua para o seu desenvolvimento global de um modo harmonioso. Este projecto considera todas as áreas de conteúdo abordando-as de uma forma globalizante e integrada, permitindo a construção articulada do saber. Na sua construção está inerente valorizar os saberes da criança como fundamento de novas aprendizagens. Ao centrarmo-nos na cooperação, cada criança beneficia do processo educativo desenvolvido pelo grupo. A família e os educadores têm um papel decisivo no processo evolutivo da criança, e compete-nos a nós educadores estabelecer um elo de ligação entre Família/Jardim/Comunidade. 1

2-PRINCÍPIOS GERAIS DE CRECHE Os processos de ensino e aprendizagem deverão contribuir, nesta primeira etapa da Educação para a Infância, para que as crianças alcancem diversos objectivos. Em conformidade com a Lei nº 248 da primeira série do diário da Republica, de 27 de Outubro de 1989, são referidos os seguintes objectivos da creche: 1. Descobrir, conhecer e controlar progressivamente o próprio corpo, formando uma imagem positiva de si mesma, valorizando as suas capacidades e limitações, adquirindo hábitos básicos de saúde e bem-estar. 2. Actuar de forma cada vez mais autónoma nas suas actividades de rotina, adquirindo progressivamente segurança afectiva e emocional, desenvolvendo as suas capacidades de iniciativa e confiança em si mesmo. 3. Relacionar-se com os adultos e as outras crianças, percebendo e aceitando as diferentes emoções e sentimentos, expressando e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração. 4. Observar e explorar o seu ambiente com uma atitude de curiosidade e cuidado, identificando as características e propriedades significativas dos elementos que o compõem, elaborando a sua percepção deste ambiente e atribuindo-lhe significado. 5. Regular gradualmente o seu comportamento nas propostas de jogo, de rotinas e outras actividades apresentadas pelo adulto, desfrutando com elas e utilizando-as para os seus interesses, conhecimentos, sentimentos e emoções. 6. Coordenar a sua acção com as acções do outro, descobrindo gradualmente que os outros têm a sua própria identidade, seus pertences, relações e aceitando-os. 7. Compreender as mensagens orais que lhes são dirigidas nos contextos habituais, aprendendo progressivamente a regular o seu comportamento em função deles. 2

8. Comunicar com os outros utilizando a linguagem oral e corporal para expressar os seus sentimentos, desejos e experiências e para influenciar o comportamento dos outros. 9. Descobrir as diferentes formas de comunicação e representação, utilizando as suas técnicas e recursos mais básicos e desfrutar com elas. A creche deve assim, e de acordo com o supra referido, favorecer o desenvolvimento físico e mental, diminuindo os efeitos desfavoráveis da separação temporária da criança da família, em que o educador de infância, terá aqui um papel fundamental. 3

3-ÁREAS DE CONTEÚDO As áreas de conteúdo abordam formas de pensar e organizar a intervenção e a acção do educador de infância no ambiente educativo, podendo proporcionar às crianças experiências e aprendizagens diversificadas para o seu desenvolvimento. 3.1 - ÁREA DE FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL: O corpo e a própria imagem; Os primeiros grupos sociais; A actividade e a vida quotidiana; O cuidado de si mesmo. Esta área faz referência ao conhecimento de si mesmo, e à formação da própria identidade que se desenvolve na criança, desde os primeiros segundos de vida. O conhecimento que a criança adquire sobre o seu corpo e a configuração da sua própria imagem são devidos, não só ao processo maturativo, mas também à sua própria actividade, a interacção social e à estimulação que produz no seu ambiente. 3.2 - ÁREA DE CONHECIMENTO DO MUNDO: A vida em sociedade; Os objectos, Animais e plantas; O conhecimento do ambiente imediato realiza-se a partir do mais próximo da criança até outras áreas mais distantes mas também ligadas aos seus interesses. A introdução de festas e tradições na escola como elemento que vincula o ambiente, contribuirá para integrar a criança no seu meio físico e social. 4

3.3 - ÁREA DA EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO: Linguagem oral Abordagem à escrita Expressão plástica Expressão musical Expressão motora Domínio da matemática Nesta área contempla-se vários domínios, tais como: Linguagem oral esta área tem como objectivo desenvolver um domínio progressivo da linguagem, através da exercitação da emissão de sons e sua função comunicativa. Abordagem à escrita o primeiro contacto da criança com a linguagem escrita a partir da manipulação de histórias e a realização de traços sensíveis. Expressão plástica pôr ao alcance da criança todos os matérias necessárias para favorecer o desenvolvimento da motricidade fina e a criatividade pessoal. Expressão musical estimular o potencial musical da criança proporcionando-lhe vivências e atitudes de relaxamento. Expressão motora realizar diferentes actividades e situações lúdicas que favoreçam o desenvolvimento da expressão corporal. Domínio da matemática nos primeiros anos de vida não se pode falar de conteúdos matemáticos propriamente, mas sim a descoberta de objectos, materiais, características, texturas, etc., para levar a cabo as diferentes actividades desta área (tocar, observar, comparar, colocar, remover, agrupar, separar, modelar, ). 5

4 - COMPETÊNCIAS PEDAGÓGICAS DE CRECHE - Promover práticas educativas promotoras de uma educação multicultural - Fomentar a inserção de criança em grupos sociais no respeito pela pluralidade das culturas - Promover a auto-estima e autoconfiança das crianças - Proporcionar um atendimento individualizado num clima de segurança afectiva e física que contribua para o atendimento global da criança - Colaborar com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades no processo evolutivo da criança - Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão no mundo - Sensibilizar os encarregados de educação para o projecto que estamos a desenvolver - Promover a articulação escola-familia-comunidade - Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança, no respeito pela pluralidade das culturas numa perspectiva de educação para a cidadania - Desenvolver o conhecimento e o apreço pelos valores característicos de identidade, língua, história e cultura respectivos - Estimula o interesse pelo mundo que nos rodeia - Aprender a respeitar o outro - Alargar o conhecimento do mundo realizar descobertas sobre o contexto social - Valorizar as suas opiniões e ideias - Saber respeitar os valores da sua cultura - Contribuir para a formação da personalidade da criança - Trabalhar a tomada de consciência de si, dos outros e do mundo. 6

5 - INTERACÇÃO INSTITUIÇÃO/FAMÍLIA A creche e a família são dois contextos educativos que contribuem para a educação de uma mesma criança e porque a família é o principal responsável pela educação dos seus filhos, aos pais assiste o direito de conhecer, seleccionar e contribuir activamente na resposta educativa que desejam para os seus filhos. A positiva colaboração entre família e Infantário só será possível se os pais conseguirem reconhecer a formação profissional do educador e do suporte que este pode proporcionar à família, através do conhecimento e do diálogo mútuo, em prol da aprendizagem e do desenvolvimento integral da criança (Bastiani, 1993 citado por Mata & Pedro, 1997). As parcerias com os pais devem caracterizar-se pela confiança e respeito mútuo incluindo também um assíduo dar-e-receber em diálogos sobre o crescimento e desenvolvimento das crianças, visto que ambos estão envolvidos e têm interesse pelo bem-estar das mesmas (Post, 2007). Assim podemos dizer que é nosso objectivo fomentar a interacção escola/família, relação vital para o sucesso do ambiente educativo. INTERACÇÃO INSTITUIÇÃO/COMUNIDADE O facto do Projecto curricular ter em consideração o meio social no qual as crianças vivem, incluindo a participação de diferentes parceiros da comunidade, contribui significativamente para a resposta educativa proporcionada às crianças. A colaboração dos pais, e também de outros membros da comunidade, o contributo dos seus saberes e competências para o trabalho educativo a desenvolver com as crianças, é um meio essencial que alarga e enriquece situações de aprendizagem. Assim, podemos dizer que é nosso objectivo, promover a interacção escola comunidade. 7

6 - TEMA DO PROJECTO CURRICULAR Olhando à nossa volta, vemos pessoas diferentes na cor da pele, dos olhos, do cabelo, na estatura, no feitio Cada um é um ser diferente do outro. Diferentes são também os costumes e as tradições de cada povo: diferenças na forma de vestir, nas casas onde vivemos, na comida, na língua que falamos, nas festas que celebramos e na religião que professamos. Todas estas diferenças não deveriam construir motivo de divisão e divergência, devem sim, ser encaradas como forma de enriquecimento e desenvolvimento. É o respeito pela diversidade e pela vida que nos torna pessoas que, com as nossas diferenças, aceitamos os outros como seres iguais na nossa vida. Tendo em conta que a nossa população é cada vez mais multirracial, vinda de diferentes países, classes sociais, diferentes hábitos e costumes, pretende-se fomentar o princípio de igualdade entre todas as crianças. 6.1 - JUSTIFICAÇÃO DO TEMA Nos tempos actuais a globalização é uma realidade. Os conhecimentos gerais e diversificados de um país, da Europa ou do Mundo deverão ter tanta importância como aqueles que dizem respeito a especificidades do meio local. Neste sentido, consideramos que uma abordagem pelo mundo poderá desempenhar um papel importante numa educação para a multiculturalidade visando o conhecimento e exploração de outras culturas, proporcionando novas experiencias às crianças, das quais possam retirar conhecimentos e valores significativos. Assim, à medida que formos viajando, as crianças aprendem a respeitar e apreciar o que é diferente nas várias culturas, tirando partido dessa mesma diferença! Nesta linha de pensamentos acreditamos que para prosseguirmos a nossa viagem teremos que recorrer a um conjunto de estratégias que permitirão o desenvolvimento da criança, pela fantasia (que transportam), pelo imaginário (que estimula), pela realidade (que vivenciam). 8

Assim, durante este ano lectivo, o tema do Projecto Curricular da Instituição que iremos trabalhar intitula-se: Todos diferentes, todos iguais. "Toda a criança, seja de que raça for, seja negra, vermelha, amarela, seja rapariga ou rapaz, fale que língua falar, acredite no que acreditar, pense o que pensar, tenha nascido seja onde for, ela tem direitos..." (Adaptado) 6.2 - COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO PROJECTO EM CADA ÁREA O Projecto curricular Todos diferentes, todos iguais reflecte as três Áreas de Conteúdo mencionadas no documento das Orientações Curriculares para a Educação na creche. ÁREA DE FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL - Ter consciência de si e do outro; - Conhecer - se a si próprio; - Reconhecimento de membros da própria família; - Gostar de aprender; - Respeitar os outros; - Aceitar as diferenças e outras culturas; - Ser tolerante; - Ter espírito de cooperação; - Ser solidário; - Saber partilhar; - Aquisição progressiva de hábitos de higiene e autonomia pessoal; ÁREA DO CONHECIMENTO DO MUNDO - Participar em festas tradicionais; - Conhecer a sua cultura e a cultura de outros; - Respeitar as diferenças culturais e sociais. 9

- Reconhecer e distinguir alguns animais; - Reconhecimento de algumas características do ambiente natural (estações do ano); ÁREA DA EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO Linguagem Oral: Compreender as mensagens que o adulto lhe comunica Adquirir progressivamente um vocabulário ajustado às suas possibilidades de expressão Conhecer contos e canções de tradição popular Abordagem à Escrita: Mostrar iniciativa por observar contos de imagens Iniciar a realização de garatujas Expressão Plástica: Manipular activamente os materiais úteis para a expressão plástica Desenvolver a coordenação óculo manual Identificar as cores primárias Ser criativo; Expressar vivências, fantasias, sucessos, emoções. Expressão Musical: Desenvolver o interesse e gosto por diferentes audições musicais Ser capaz de participar em pequenas danças; Ser capaz de se movimentar ao som da música; Identificar sons e ritmos. Expressão Motora: Mostrar iniciativa por imitar movimentos e representar acções através da mímica Distinguir as três posturas básicas: de pé, sentado, tombado. 10

Utilizar o corpo para expressar e comunicar conhecimentos; Imitar e representar situações. Domínio da Matemática: Observar e reconhecer formas iguais ou diferentes Distinguir alguns opostos Conhecer as propriedades e relações entre os objectos; 6.3-ESTRATÉGIAS Dar a conhecer culturas diferentes da nossa; O Natal no mundo; Realização de actividades que promovam a Multiculturalidade, identificando culturas para criar atitudes de Respeito, Civismo e Solidariedade. Exploração de textos (histórias, lendas, fábulas, contos); Exploração de histórias com diferentes valores; Exploração de músicas pertencentes a culturas distintas; Exploração de culturas, tradições e costumes, através de dramatizações e encenações (fantoches, sombras chinesas, marionetas, bonecos articulados ), ou audiovisuais. Exploração de diferentes instrumentos musicais típicos de cada país; Partilhar saberes entre família/escola/comunidade, confrontando ideias e opiniões; Conhecer lendas, tradições e costumes de diferentes culturas. Confecção de produtos gastronómicos típicos de cada cultura; Visionamento de filmes; Realização de danças típicas de cada continente. 11

7 - AVALIAÇÃO Ao longo da primeira etapa do desenvolvimento da criança a avaliação deve-se entender como um seguimento contínuo da sua evolução. Ir valorizando e observando, dia-a-dia, os diferentes ritmos de maturação individual e a progressiva aquisição de hábitos e pequenas aprendizagens. Permitindo ao Educador corrigir e adequar o processo educativo às necessidades da criança. 7.1 - AVALIAÇÃO INICIAL: Esta é feita através de uma ficha de avaliação inicial preenchida juntos dos pais/tutores que nos informam como está a criança no inicio do ano, ou no momento em que ingressa na escola. 7.2 - AVALIAÇÃO FORMATIVA: Indica-nos os progressos e as dificuldades de cada criança durante o período escolar, esta avaliação poderá ser apresentada sob a forma de grelhas de observação de valência que serão realizadas em 3 períodos distintos ao longo do ano escolar. 7.3 - AVALIAÇÃO FINAL: Informa-nos sobre as competências adquiridas pela criança ao finalizar o período. Esta avaliação realiza-se através de grelhas de avaliação onde se poderá visualizar o desenvolvimento evolutivo e integral de cada criança. 12

8 CONCLUSÃO É na creche que a criança passa o período que constitui a base de toda a formação da sua personalidade que a identificará no futuro. Nestas idades tanto as actividades livres, como as orientadas, assim como as rotinas diárias, proporcionam às crianças um leque variado de experiências, contribuindo para o seu desenvolvimento de uma forma harmoniosa. Cabe aos educadores, em conjunto com a família, proporcionar-lhe um ambiente estável logo após o seu nascimento: estes intervenientes na construção da sua personalidade funcionam como suporte para as crianças, na sua primeira infância. E como diz José Jorge Letria a infância é um tempo de sonho e de descoberta, de interrogação e assombro. Quem educa lidando com a infância, educa para a vida, para a relação com os outros, para a criatividade e para o sonho, para a solidariedade e para a tolerância, para o afecto e para a partilha da alegria, para a cidadania e para a responsabilidade individual. 13

9 - BIBLIOGRAFIA Modelos Curriculares para a Educação de Infância; Júlia Formosinho; Porto Editora, Lda; 1996; Jardim de Infância/Família uma abordagem interactiva; Ministério da Educação Departamento da Educação Básica/Núcleo da educação pré-escolar; Lisboa; 1994; Orientações Curriculares para a educação Pré-Escolar; Ministério da Educação Departamento da Educação Básica/Núcleo de Educação Pré-escolar; Lisboa; 1997; Qualidade e Projecto na Educação Pré-Escolar; Colecção Pré-escolar; Ministério da Educação; Lisboa, 1998. Multiculturalidade Memória da Educação ; CABRAL, R. Educação intercultural: Caminhos e Horizontes. Ciclo de conferências; (1998). Projectos na Educação Pré-Escolar Educativo/ Pedagógico; FIGUEIREDO, Manuel Alves Ribeiro Colecção Pré. Lisboa: (2001). INTERNET (Pesquisa Google). 14