Critérios de Avaliação
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- Sebastião Canário Wagner
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1 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PEDRO EANES LOBATO Critérios de Avaliação Educação Pré Escolar Departamento Educação Pré Escolar Ano letivo 2013/2014
2 A avaliação do processo permite reconhecer a pertinência e sentido das oportunidades educativas proporcionadas, saber se estas estimularam o desenvolvimento de todas e cada uma das crianças e alargaram os seus interesses, curiosidade e desejo de aprender. (O.C. pág. 93) 1
3 Introdução O princípio consensualmente partilhado de que a avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa em cada nível de educação e de ensino implica princípios e procedimentos de avaliação adequados à especificidade de cada nível. A Educação Pré-Escolar tem especificidades às quais não se adequam todas as práticas e formas avaliativas utilizadas tradicionalmente noutros níveis de ensino. Nos termos das Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (Despacho n.º 5220/97, de 4 de agosto), avaliar o processo e os efeitos, implica tomar consciência da ação para adequar o processo educativo às necessidades das crianças e do grupo e à sua evolução. A avaliação realizada com as crianças é uma atividade educativa, constituindo também uma base de avaliação para o educador. A sua reflexão, a partir dos efeitos que vai observando, possibilita-lhe estabelecer a progressão das aprendizagens a desenvolver com cada criança. Neste sentido, a avaliação é suporte do planeamento (v. p. 27). A avaliação na Educação Pré-Escolar assume uma dimensão marcadamente formativa, sistemática e continua, pois trata-se, essencialmente, de um processo contínuo e interpretativo que se interessa mais pelos processos do que pelos resultados e procura tornar a criança protagonista da sua aprendizagem, de modo a que vá tomando consciência do que já conseguiu e das dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassando. A Educação Pré- Escolar é perspetivada no sentido da educação ao longo da vida, assegurando à criança condições para abordar com sucesso a etapa seguinte. In DGIDC- Procedimentos e Práticas Organizativas e Pedagógicas na Avaliação da Educação Pré Escolar. 2
4 Objetivos da Avaliação A avaliação é um ato pedagógico que requer uma atitude e um saber específico permitindo assim desenvolver estratégias adequadas, respeitando os contextos de cada criança e do grupo no respeito pelos valores de uma pedagogia diferenciada. Neste sentido, compete ao educador: Avaliar, numa perspetiva formativa a sua intervenção, o ambiente e os processos educativos; Avaliar o desenvolvimento das aprendizagens e competências de cada criança e do grupo; Recolher elementos para uma reflexão e adequação da sua prática e intervenção educativa. Avaliação Diagnóstica A avaliação diagnóstica será realizada no início do ano letivo e, tem como objetivo a elaboração, adequação e reformulação do projeto curricular de grupo, assim como a adoção de medidas e estratégias de diferenciação pedagógica. Avaliação Formativa A avaliação, na Educação Pré-Escolar assume uma dimensão formativa porque: É um processo contínuo e interpretativo que se interessa mais pelos processos do que pelos resultados. Procura tornar a criança protagonista da sua aprendizagem, de modo que vá tomando consciência do que é capaz de fazer, das dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassar. 3
5 Instrumentos de Avaliação A avaliação envolve observações regulares e periódicas das crianças numa grande variedade de circunstâncias que sejam representativas do seu comportamento em atividades normais ao longo do ano, permitindo ver a criança sob vários ângulos de modo a poder acompanhar a evolução das suas aprendizagens, ao mesmo tempo que vai fornecendo ao educador elementos concretos para a reflexão e adequação da sua intervenção educativa. Esta avaliação será realizada através dos seguintes instrumentos: Observação e registo de contextos funcionais das crianças; Registo de aprendizagens das crianças (Grelhas de observação/avaliação); Portfólio do aluno que se vai construindo ao longo do ano com o aluno; Observação e registo dos trabalhos individuais e de grupo; Observação e registo da participação das crianças em situações específicas de aprendizagem; Auto avaliação: registos periódicos realizados através das opiniões das crianças. Períodos de Avaliação: o No início do ano através de fichas de observação (diagnóstico). o Periodicamente, fazendo uma pequena reflexão do grupo, do trabalho realizado, reajustando o Projecto Curricular de Grupo no processo ensino/aprendizagem; o No final de cada período será feita uma avaliação descritiva do desenvolvimento global de cada criança, realçando o seu percurso, evolução e progressos da qual será dado conhecimento aos Pais/ Encarregados de Educação. o No final do ano letivo será elaborado para as crianças de 5/6 anos um registo de avaliação global das aprendizagens realizadas, o qual será entregue aos Pais/Encarregados de Educação. Esta informação fará 4
6 parte do processo individual do aluno que o acompanhará para o 1.º Ciclo. o As crianças com NEE serão avaliadas de acordo com o seu Programa Educativo em conjunto com a Docente do Apoio Educativo. Competências da Educação Pré-Escolar nas diferentes Áreas de FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL Conteúdo Demonstrar capacidade de respeito por si e pelo outro: Organizar/ arrumar os seus materiais; Utilizar os espaços e deixá-los em condições de serem utilizados por outros; Utilizar expressões de saudação e agradecimento; Aceitar as diferenças físicas, sexuais, sociais e étnicas; Colaborar em atividades/ tarefas com o grupo no seu todo; Ser capaz de interagir / cooperar com os seus pares: Saber esperar a sua vez para falar; Ouvir o outro sem o interromper; Partilhar os materiais com os pares; Realizar tarefas em grupo. 5 Ser independente: Vestir-se /despir-se /atar os sapatos; Possuir hábitos de higiene: lavar as mãos, a cara, limpar a boca ; Utilizar adequadamente materiais e outros instrumentos jogos, tintas, tesouras, pincéis, lápis ; Ser autónomo: Saber escolher uma tarefa / atividade e os materiais que necessita; Tomar decisões; Encontrar critérios e razões para a tomada de decisão. Partilhar o poder:
7 Definir, aceitar e cumprir regras; Cumprir tarefas combinadas; Ser cooperante; Ser participativo; Ser justo e tolerante. ÁREA DE EXPRESSões Expressão Motora Diversificar as formas de utilizar e de sentir o seu corpo: Trepar, correr, baloiçar, rodopiar, saltar a pés juntos, num só pé, saltar obstáculos, dar cambalhotas, ; Controlar voluntariamente os seus movimentos; Iniciar, parar, seguir ritmos, direções Tomar consciência do corpo em relação ao exterior: Identificar e designar as diferentes partes do corpo; Ter noção do esquema corporal; Ter noção de esquerda, direita, cima, baixo, ; Expressão Dramática Participar em situações de jogo simbólico / dramático: Interagir com outras crianças em atividades de jogo simbólico; Recriar experiências da vida quotidiana; Recriar situações imaginárias expressão corporal; Utilizar objetos livremente, atribuindo significados múltiplos; Utilizar diferentes formas de mimar e dramatizar: Expressão Plástica 6 Explorar espontaneamente diversos materiais e instrumentos: Representar espontaneamente imagens que interiormente construiu (desenho, pintura, digitinta, modelagem, colagem);
8 Representar momentos de uma atividade, passeio ou história; Conhecer e cumprir as regras de utilização dos materiais; Escolher e utilizar diferentes formas de combinação (cores) e materiais de diferentes texturas (pano, papel, lãs madeira, elementos da natureza ); Explorar e utilizar materiais que permitam a expressão tridimensional (plasticina, massa de cores, materiais de desperdício ). Usufruir de momentos privilegiados de acesso à arte e cultura. Expressão Musical Explorar diferentes sons e ritmos. Identificar e produzir sons. Reconhecer aspetos que caracterizam os sons (intensidade forte/fraco; altura graves/agudos; timbre modo de produção; duração sons longos/curtos). Ser capaz de reproduzir mentalmente fragmentos sonoros: Relembrar uma canção já aprendida; Associar músicas às épocas festivas. Ser capaz de escutar, identificar e reproduzir sons, ruídos da natureza, quotidiano Cantar produzindo diferentes formas de ritmo (rimar, inventar letras ). Criar formas de movimento através da música. Explorar e utilizar instrumentos musicais simples. DOMÍNIO DA LINGUAGEM ORAL E ABORDAGEM À ESCRITA Linguagem Oral Ser capaz de participar /manter diálogo. Partilhar oralmente vivências. 7
9 Adquirir novo vocabulário e utilizá-lo. Construir frases mais corretas e complexas. Utilizar adequadamente frases simples de diversos tipos afirmativa, negativa, exclamativa e interrogativa. Utilizar concordância de género, número, tempo, pessoa e lugar. Saber explorar a linguagem com caráter lúdico (rimas, lengalengas, travalínguas, adivinhas ). Descobrir o sentido estético da língua materna através da poesia, prosa poética Utilizar a comunicação não-verbal (mimica) como suporte da comunicação oral. Expressar e comunicar sentimentos através de gestos ou mímica. Descodificar diferentes códigos simbólicos (sinais de trânsito, logótipos ). Linguagem Escrita Distinguir a escrita do desenho. Imitar a escrita. Escrever o seu nome. Reconhecer o seu nome /dos colegas. Fazer comparação entre letras /palavras. Identificar palavras ou pequenas frases. Compreender que o que se diz se pode escrever, um código com regras próprias: Compreender a necessidade e as funções da escrita; Conhecer alguns sinais de pontuação; Utilizar o registo como forma de consolidar a escrita. Área DA MATEMÁTICA 8 Reconhecer e representar diferentes noções espaciais topológicas (dentro, fora, longe/perto, em cima/em baixo, ).
10 Classificar objetos de acordo com as suas propriedades: Formar conjuntos; Fazer sequências; Seriar e ordenar; Desenvolver a noção de número. Encontrar formas e padrões. Fazer e ler tabelas e gráficos. Desenvolver e compreender a noção de tempo. Resolver problemas lógicos quantitativos e espaciais. Estabelecer comparações entre grandezas utilizando um padrão de referência. Estabelecer a correspondência entre quantidade e número. Distinguir e nomear diferentes formas geométricas. Resolver problemas simples. ÁREA DO CONHECIMENTO DO MUNDO 9 Possuir noções sobre o método científico: Ter capacidade de observação; Revelar curiosidade e desejo pelo saber; Questionar-se sobre o que o rodeia; Mostrar gosto pela pesquisa; Revelar desejo pela experimentação; Ter atitude crítica. Desfrutar novas situações/ocasiões de descoberta/exploração do mundo. Saber nomear e utilizar diferentes equipamentos e utensílios. Reconhecer e nomear diferentes cores, sensações e sentimentos. Saber o seu nome completo, morada e localidade. Saber dizer a sua idade e perceber que está a crescer. Situar-se socialmente numa família e noutros grupos sociais. Conhecer alguns aspetos do ambiente natural e social.
11 Ter conhecimentos que revelem rigor científico: Aspetos relativos á biologia: Animais, suas características e habitat; Plantas, suas características e necessidades; Corpo humano, higiene, alimentação, saúde Aspetos relativos à física/química: Explorar efeitos da luz/sombras; Substâncias líquidas/sólidas/gasosas, Conhecer algumas noções sobre meteorologia. Observar / analisar / pesquisar sobre o tempo que faz, Utilizar o quadro do tempo Conhecer aspetos da vida dos povos, costumes, etnias, regiões habitadas. ÁREAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Mostrar interesse e curiosidade em manipular material informático. Explorar livremente jogos e outras atividades lúdicas, disponibilizadas pelo educador. Familiarizar e aperfeiçoar destrezas motoras de manipulação do rato e teclado. Revelar interesse pelo computador enquanto recurso lúdico, de exploração individual ou a pares. 10
12 Considerações Finais O documento apresentado tem como referência as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, Gestão do Currículo na Educação Pré-Escolar, Perfil Específico de Desempenho Profissional do Educador de Infância e as Metas de Aprendizagem definidas para o final da educação pré- escolar. 11
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