ÍNDICE PATRONATO DE SANTO ANTÓNIO INTRODUÇÃO... 2 I - OPÇÕES E PRIORIDADES... 3
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- Júlio César Lagos Gameiro
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1 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 2 I - OPÇÕES E PRIORIDADES PRIORIDADES A NÍVEL DA ACTUAÇÃO EDUCATIVA PRIORIDADES A NÍVEL DO AMBIENTE EDUCATIVO... 4 II APRENDIZAGENS ESPECÍFICAS SENSIBILIZAÇÃO PARA UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESPERTAR RELIGIOSO PARTILHA INTERGERACIONAL EXPRESSÃO MUSICAL... 6 III - PERFIS DE MUDANÇA... 6 IV - ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM... 7 V - AVALIAÇÃO... 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 8 APÊNDICES... 9 ANEXO
2 INTRODUÇÃO Entende-se por projecto curricular a forma como, em cada contexto, se reconstrói e apropria um currículo face a uma situação real, definindo opções e intencionalidades próprias, e construindo modos específicos de organização e gestão curricular, adequados à consecução das aprendizagens que integram o currículo para os alunos concretos daquele contexto. O currículo torna-se projecto curricular quando a escola assume o seu conjunto de opções e prioridades de aprendizagem, delineando os modos estratégicos de as pôr em prática, com o objectivo de melhorar o nível e a qualidade da aprendizagem dos seus alunos. (Gestão Curricular Fundamentos e Práticas, Ministério da Educação, Lisboa, 1999) O Projecto Curricular de Escola é um desafio a toda a comunidade escolar. Este desafio consiste na capacidade de articulação de saberes baseada na existência de processos de reflexão e análise em função das especificidades do meio escolar e do contexto social e económico envolvente. Assim, deverá ser concebido como um projecto aberto e dinâmico de forma a permitir apropriações e adequações às realidades para que é proposto e onde vai ser inserido. Cada sala fará a concretização do currículo, concebendo um projecto curricular de sala, pensado para o seu contexto e para a aprendizagem das suas crianças, devendo incluir nas diferentes áreas de conteúdo, os objectivos e as actividades. O Projecto Curricular deverá considerar a inclusão de todas as crianças num percurso de aprendizagem participada, dando oportunidade de todas conseguirem adquirir as competências essenciais e indispensáveis à sua inserção social. O Projecto Curricular pretende ser um conjunto de decisões articuladas, partilhadas pelas educadoras, tendentes a dotar de maior coerência a sua actuação, concretizando as orientações curriculares em propostas globais de intervenção pedagógico-didáctica adequadas ao seu contexto específico. 2
3 I - OPÇÕES E PRIORIDADES Atendendo ao projecto educativo da Instituição, bem como à nossa actuação educativa, os objectivos para que apontamos e a metodologia de trabalho que preconizamos constituirão o cerne do projecto curricular. Contudo não serão objecto de uma calendarização rígida, pois apostaremos em situações espontâneas ou provocadas, surgidas no quotidiano. É evidente que tal não dispensa a planificação com as crianças e a respectiva calendarização, bem como a posterior planificação da educadora. Esta, tendo por trás uma intencionalidade educativa, partirá dessas situações espontâneas para provocar outras, abordando progressivamente as diferentes Áreas de Conteúdo (Formação Pessoal e Social, Expressão e Comunicação e Conhecimento do Mundo), de acordo com os documentos orientadores quer para a creche quer para a educação pré-escolar. Tendo em conta a actuação educativa, a calendarização será faseada, de acordo com os objectivos a atingir, prevendo-se que ocorram, durante o ano lectivo, reuniões relacionadas com a organização temporal das actividades. Atendendo a este pressuposto, remetemos para apêndice os planos anuais de atividades de cada ano letivo. 1 Para que possamos atingir os objetivos propostos contaremos com todos os recursos existentes na Comunidade e na Instituição, bem como com outros que seja necessário vir a adquirir. A nossa atuação terá como fundamento uma formação contínua da equipa educativa, da qual farão parte: Pesquisa bibliográfica de autores relevantes nos aspectos concetuais e metodológicos do projecto; Formação orientada sobre a metodologia de trabalho de projecto; Intercâmbio com educadoras que trabalham esta metodologia. 1 Apêndice I Planos Anuais de Atividades 3
4 1.1. Prioridades a nível da actuação educativa Desenvolver competências que permitam à criança atingir os objetivos preconizados pelos diversos documentos orientadores 2 para Creche e Pré- Escolar; Desenvolver e utilizar, de modo adequado a metodologia de trabalho de projecto, numa pedagogia de participação; Criar condições que possibilitem níveis mais elevados do envolvimento da criança e do empenhamento do adulto; Utilizar processos de avaliação coerentes com as concepções pedagógicas perfilhadas Prioridades a nível do Ambiente Educativo Organização, diversificação e qualidade de materiais, que sejam estimulantes e que proporcionem experiências de aprendizagem significativas; Utilização de instrumentos de pilotagem, como apoio ao método de trabalho; Criação de áreas / ateliers tendo em conta os interesses das crianças e as suas potencialidades como espaços de experimentação; Melhor utilização pedagógica do espaço exterior como fonte de aprendizagem. 2 Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar Manual de Processos-Chave Creche 4
5 II APRENDIZAGENS ESPECÍFICAS 2.1. Sensibilização para uma língua estrangeira As Orientações Curriculares referem que, caso as crianças manifestem interesse e alguma curiosidade, justifica-se que se promovam atividades de sensibilização para uma língua estrangeira. Dada a pedagogia preconizada pelas docentes da Instituição, optamos por fazer uma sensibilização ao Inglês, não descurando outras línguas que possam também suscitar interesse nas crianças Educação Ambiental Outra forma de alargar as aprendizagens das crianças é através do Projecto Eco- Escolas 3, que consiste num Programa Internacional que pretende encorajar acções e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação Ambiental. Os temas abordados ao longo deste projecto são a água, os resíduos e a energia (temas obrigatórios) e como temas opcionais temos a biodiversidade, a agricultura biológica, os espaços exteriores, o ruído e os transportes. Muitos destes temas vêm dar resposta à necessidade de valorizar cada vez mais aos excelentes espaços exteriores de que dispomos na Instituição Despertar Religioso Indo de encontro aos princípios orientadores da Instituição, também o despertar religioso da criança será um aspecto particular a ter em conta no currículo, procurando desenvolver na criança as diferentes dimensões da espiritualidade: capacidade simbólica, reflexividade, procura de sentido e capacidade de amar 4. 3 Apêndice II Planos Anuais de Atividades do Projeto Eco-Escolas 4 Apêndice III Projeto de Despertar Religioso 5
6 2.4. Partilha intergeracional Tendo em conta que a Instituição possui uma nova resposta social (Estrutura Residencial D. José do Patrocínio Dias), pretendemos promover o contacto intergeracional através de várias estratégias e atividades, para que exista uma maior proximidade e partilha de saberes, entre gerações Expressão Musical De forma a enriquecer a nossa resposta pedagógica, a instituição faculta aulas de Expressão Musical orientadas por uma docente da respetiva área. III - PERFIS DE MUDANÇA É nossa intenção dar ênfase às diferentes ações a desenvolver, apostando num trabalho de projeto, no qual possamos dar continuidade a uma metodologia científica assente na pesquisa, colocação de hipóteses, experimentação e observação, tendo por base uma gestão adequada do grupo, do espaço, tempo e materiais. Pretendemos proporcionar condições de escuta e de diálogo constante com as crianças, tornando-as aprendizes participantes e co-construtoras de conhecimento, identidade e cultura no processo de aprendizagem. Neste processo poderão beneficiar do contacto e partilha com os idosos. É ainda preocupação da equipa educativa promover a participação ativa das famílias nas atividades desenvolvidas, bem como a interação com a comunidade envolvente, sem descurar a divulgação do trabalho desenvolvido. Ao nível da avaliação da criança apostamos numa avaliação alternativa (portfólios), o que implica um papel activo da criança e da equipa educativa. 6
7 IV - ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM Na instituição, as educadoras têm como base a metodologia do MEM (Movimento da Escola Moderna), o que se reflete na organização das salas, dos materiais e do grupo, bem como nas rotinas e regras existentes. Nas salas existem os instrumentos de pilotagem do mesmo (quadros), a partir dos quais se procede à distribuição de tarefas, ao planeamento diário e à avaliação diária e semanal, base também da posterior planificação, sendo qualquer destas actividades desenvolvida com a participação das crianças. Este sistema de organização permite a cada criança apropriar-se dos conhecimentos e dos processos de aprendizagem de forma natural e devidamente contextualizada, contudo é importante não descurar a intencionalidade pedagógica que existe por detrás de todo o processo educativo. Tendo em vista o perfil de criança pretendido, recorremos também ao trabalho de projeto como uma forma de partir dos interesses e necessidades das crianças. Os projetos partem daquilo que realmente lhes chama a atenção, tornando as atividades significativas. A consideração dos desejos e das curiosidades infantis permite a abordagem às questões sócio ambientais presentes no quotidiano das crianças, ampliando o universo de significações a partir da realidade que estão vivendo, articulando a escola com a vida. Em todo o processo educativo a educadora assume um papel fulcral. Cabe-lhe adequalo às necessidades educativas do grupo, recolhendo informações sobre cada criança: os seus interesses, vivências, capacidades e dificuldades. Cabe-lhe ainda criar um ambiente promotor de aprendizagens, tendo em atenção no planeamento das atividades, que todas as crianças são diferentes e dão diferentes contribuições. Na sua ação educativa a educadora deve fomentar a participação das auxiliares de ação educativa, dos pais e não se consignar apenas à sala, envolvendo toda a comunidade e trabalhando em parceria. 7
8 V - AVALIAÇÃO A avaliação deverá acontecer sempre que cada educadora ache necessário, tendo como objetivo a melhoria de todo o procedimento avaliativo dos grupos, de forma a regular os resultados obtidos no trabalho realizado diariamente em cada grupo, sem esquecer a comunidade em que a Instituição está inserida. Deverá ser entendida como a análise e observação consciente de um processo, conduzindo a uma reflexão contínua. Desta forma é possível adequar o processo educativo às necessidades das crianças, do grupo e à sua evolução. Este projeto curricular preconiza uma avaliação contínua, a efectuar ao longo de todo o percurso, com uma maior incidência nas aprendizagens das crianças e na recolha de opiniões das mesmas, através de questionários e registos gráficos. O desenvolvimento das crianças será também avaliado pela elaboração de portfólios individuais; através da aplicação da Ficha de Observação das Oportunidades Educativas da Criança, bem como através da realização de entrevistas. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Projecto Curricular é concebido para três anos, sendo avaliado anualmente a fim de permitir reestruturações e actualizações. A reformulação do Projecto só é possível após uma breve reflexão sobre o mesmo, com todos os intervenientes na acção educativa, que permitirá verificar os aspectos passíveis de serem melhorados. 8
9 APÊNDICES 9
10 ANEXO 10
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