Nome do projeto: PROJETO DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTO DE CLASSIFICAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA PARA CIDADÃOS BRASILEIROS

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Transcrição:

1. IDENTIFICAÇÃO Nome do projeto: PROJETO DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTO DE CLASSIFICAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA PARA CIDADÃOS BRASILEIROS Instituição proponente: INSTITUTO DE ESTUDOS DO TRABALHO E SOCIEDADE CNPJ: 03.947.908/0001-03 Endereço escritório: Praia do Flamengo, 100 Cobertura Flamengo, Rio de Janeiro Telefone: 21-32356315 Fax: 21-3235-6315 E-mail da instituição: iets@iets.org.br Responsável pela instituição proponente: Nome: Manuel Antonio Correa da Costa Thedim Endereço: Praia do Flamengo, 100 Cobertura Flamengo, Rio de Janeiro Telefone: 21-32356315 Fax: 21-3235-6315 E-mail: mthedim@iets.org.br Responsável pelo Projeto: Nome: Denise Rodrigues Xerez Endereço: R. Maria Eugenia 108/803 Telefone: 25382957/97356025 Fax: E-mail: drxerez@gmail.com 2 CONSIDERAÇÕES GERAIS A parceria entre o Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS) e o Núcleo Interdisciplinar de Acessibilidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NIA/UFRJ) vislumbra a combinação de duas expertises necessárias e complementares para a execução deste projeto: o da área social e da área de saúde. O IETS é uma instituição privada, sem fins lucrativos, voltada para a produção e a disseminação de conhecimento na área social. Sua missão é fazer a ponte entre a pesquisa acadêmica e as políticas públicas implementadas pelos diferentes setores da sociedade, como governo, setor privado e organizações não governamentais, para a melhoria da qualidade de vida da população. A Universidade Federal do Rio de Janeiro é uma instituição de comprovada qualidade e preocupação com a inserção nas políticas sociais brasileiras. No âmbito do direito da pessoa com deficiência tem colaborado na elaboração das políticas governamentais para este setor com especialistas nas áreas da inclusão digital, educação de surdos, saúde, e acessibilidade. A proximidade com o Comitê de Ajudas Técnicas/Tecnologia Assistiva da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH), do qual a UFRJ tem 4 representantes em um comitê de 24 pessoas, contribui para o conhecimento das necessidades dos portadores de

deficiência. Em 2006, foi criado o Núcleo Interdisciplinar de Acessibilidade (NIA), que tem a responsabilidade de levar à comunidade acadêmica as políticas afirmativas do governo federal para as pessoas com deficiência. Trata-se de um grupo transdisciplinar que congrega todas as iniciativas e projetos da UFRJ. A legislação brasileira define que a pessoa com deficiência está habilitada a usufruir de direitos. A elaboração de um instrumento de classificação e estagiamento da gravidade da deficiência é fundamental para a padronização deste conceito em todos os âmbitos e níveis da política nacional, democratizando a concessão de benefícios nos diversos setores. A criação de um documento único que habilitará a pessoa com deficiência a solicitar benefícios nas áreas da saúde, previdência, transporte, trabalho, e educação representará significativo avanço em relação à situação atual e poderá colocar o Brasil entre os países que efetivamente melhor cuidam de seus cidadãos com deficiências lhes garantido cidadania plena. 3 JUSTIFICATIVA O Brasil, de acordo com o censo IBGE 2000, tem 24,5 milhões de pessoas com algum tipo de limitação funcional, o que corresponde a 14,5% da população, dos quais 70% vivem abaixo da linha da pobreza. Há um arcabouço legal abrangente, de promoção e proteção dos direitos das pessoas com deficiência, que tem origem na Constituição Federal. A Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e as políticas setoriais se efetivam por intermédio de ações afirmativas e benefícios de equiparação, na tentativa de atenuar os problemas sociais existentes, em razão de todo um processo histórico, e promover a inclusão. Atualmente, o país utiliza vários instrumentos para categorização das deficiências, com base nas definições expressas no Decreto 3298/1999 e alterações efetuadas pelo Decreto 5296/2004. Como estão centradas em doenças e alterações na estrutura corporal, refletem um modelo médico, passível de codificação pela Classificação Internacional de Doenças CID 10, não contemplando a funcionalidade da pessoa e tampouco um sistema de valoração. Reconhecer quem são as pessoas com deficiência e as que necessitam das diversas políticas de proteção social é uma das obrigações do Estado para promover a equiparação de oportunidades e garantir os direitos humanos e as liberdades fundamentais. Desenvolver um instrumento único, de aplicação simples, e que permita a um só tempo, incluir as categorias já estabelecidas e identificar necessidades de difícil diagnóstico atualmente e 2

considerar a funcionalidade do ponto de vista social o que inclui necessariamente os sistemas de valor é um desafio que precisa ser urgentemente enfrentado. 4 OBJETIVOS 4.1-Objetivo Geral Desenvolvimento de um modelo único de classificação de deficiências, e os instrumentos adequados à sua aplicação em políticas públicas, que inclua os parâmetros atuais e aqueles que permitam definir graus de funcionalidade levando em conta parâmetros sociais, gerando uma certificação única que dará acesso mais equitativo às diversas ações afirmativas e benefícios. 4.2- Objetivos Específicos Elaborar avaliação da atual classificação de deficiência quanto aos parâmetros de definição e os instrumentos de diagnóstico, identificando as lacunas que não permitem a identificação de outras limitações funcionais e de caráter social. Elaborar proposta de nova classificação e os correspondentes instrumentos para sua aplicação. Identificar as necessidades da população infantil e adulta (acima de 18 até 64 e 11 meses) de áreas metropolitanas e de cidades de médio e pequeno porte através da realização de grupos focais.. Identificar as lacunas nos instrumentos atuais sentidas por profissionais que lidam com pessoas com deficiências e por associações representativas das pessoas com deficiência. Estabelecer novos parâmetros a ser incluídos na classificação e nos instrumentos de avaliação de deficiências. Criar uma rede de avaliação, multiprofissional e interdisciplinar, para certificação de abrangência nacional. 3

5. METAS METAS PRODUTOS RESULTADOS ESPERADOS Grupo de especialistas e corpo Mapeamento sobre deficiência: técnico do projeto alinhado de diagnóstico socioeconômico, forma consistente e com visão mapeamento políticas públicas sistêmica sobre deficiência e acessibilidade 1 Estado da arte sobre deficiência no Brasil 2 Instrumentos adequados à nova classificação para aplicação em áreas urbanas de pequeno, médio e grande porte. 3 Modelo único de classificação de deficiências de acordo com os objetivos definidos no item 4 4 Rede de profissionais para avaliação nacional 6. PRODUTOS Até três instrumentos para aplicação nos contextos considerados Nova classificação Diagnóstico de aplicação inicial dos novos instrumentos Relatório com recomendações (se for o caso) das adaptações necessárias Estabelecimento de parâmetros de avaliação continuada Melhor adequação das políticas às necessidades da população assistida Ampliação do acesso de pessoas com deficiência às políticas públicas e ações afirmativas Constante aperfeiçoamento dos instrumentos desenvolvidos e acompanhamento permanente da aplicação das políticas públicas. a. Mapeamento sobre deficiência: diagnóstico socioeconômico e mapeamento de políticas públicas b. Nova classificação de deficiências c. Instrumento para identificação de níveis de gravidade de deficiência e proposta de validação do instrumento d. Formação de rede de avaliação Nacional 7. RESULTADOS ESPERADOS Grupo de especialistas e corpo técnico do projeto alinhado de forma consistente e com visão sistêmica sobre deficiência e acessibilidade Ampliação do acesso de pessoas com deficiência às políticas públicas e ações afirmativas Melhor adequação das políticas às necessidades da população assistida Constante aperfeiçoamento dos instrumentos desenvolvidos e acompanhamento permanente da aplicação das políticas públicas. 4

8. POPULAÇÃO BENEFICIADA Direta: A população diretamente beneficiada corresponde aos 24,5 milhões de portadores de deficiências identificados pelo IBGE, em especial aqueles atualmente excluídos por limitação dos instrumentos atualmente utilizados. Indireta: Indiretamente serão beneficiados profissionais da área da saúde, familiares dos beneficiários diretos e gestores públicos 9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS METAS/FASE Meta Etapa/Fase Especificação 1 Estado da arte sobre deficiência no Brasil 1 2 - Instrumentos adequados à nova classificação para aplicação em áreas urbanas de pequeno, médio e grande porte 3 - Modelo único de classificação de deficiências de acordo com os objetivos definidos na pesquisa 1.1. Identificação do trabalho desenvolvido por grupos interministeriais 1.2. Levantamento e análise de dados das políticas públicas existentes 1.3. Diagnóstico socioeconômico com base em dados secundários sobre deficiência 1.4. Contextualização da acessibilidade: avanços e bloqueios 1.5. Organização e consolidação das informações levantadas 2.1. Identificação das lacunas dos instrumentos atuais e formulação e ajustes de instrumentos adequados 2.2. A partir das classificações levantadas e dos instrumentos propostos na etapa anterior, definir classificação única sobre deficiência 2.3. Proposta de validação do instrumento criado 3.1. Elaboração do relatório final e consolidado contendo a proposta de classificação e a validação dos instrumentos Reuniões com grupos de trabalho para identificar o tratamento que está sendo dado para a questão da deficiência Com base em dados secundários levantar as políticas públicas destinadas para população portadora de deficiência e as diferentes conceituações oferecidas. Diagnóstico socioeconômico com base em dados secundários dos portadores de deficiência Realização de grupos focais com portadores de deficiência, Organização e consolidação das informações levantadas Realização de painéis de especialistas utilizando Método Delphi Realização de painéis de especialistas utilizando Método Delphi Realização de painéis de especialistas utilizando Método Delphi Agrupamento, organização e consolidação do trabalho realizado Indicador Físico Duração Unid. Quant Inicio Término 3 1 27/12/2010 03/02/2011 1 2 27/12/2010 28/02/2011 1 2 03/02/2011 03/04/2011 25 2 01/03/2011 02/05/2011 1 1 02/05/2011 02/06/2011 5 2 5 02/06/2011 04/11/2011 5 2 5 02/06/2011 04/11/2011 5 2 5 02/06/2011 04/11/2011 1 2 04/11/2011 30/12/2011 1 Esta meta servirá de insumo para as metas a seguir, não sendo, portanto, um produto final. 2 Serão cinco painéis realizados em dois dias de trabalho no período de cinco meses, Os especialistas convocados podem variar a cada encontro, conforme o andamento do projeto. 5

4 Apoio técnico ao Primeiro encontro do Fórum Nacional de Classificação e Conceituação sobre Deficiência 4.1. Organização e conceituação de um Seminário Nacional para apresentação dos resultados e metodologia com o objetivo de mobilizar os profissionais na área para criação do fórum nacional Definição marco lógico do evento, escolha dos palestrantes, elaboração dos termos de referência e das apresentações 1 2 04/11/2011 30/12/2011 10. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO-FORMAS DE VERIFICAR OS RESULTADOS O presente projeto é para construção de um modelo de classificação e de instrumentos para identificar o estagiamento de deficiências visando a sua aplicação em políticas públicas. Não é pertinente a definição de ações de monitoramento e avaliação, uma vez que a duração total do projeto será dedicada à criação e estruturação, conforme supra mencionado. Dentre os resultados previstos no projeto, estará uma proposta de avaliação e validação dos instrumentos criados. Dois serão os profissionais responsáveis por este projeto. A primeira é Denise Xerez, chefe do serviço de medicina física e reabilitação do HUFF-UFRJ, e o segundo, Manuel Thedim, diretor executivo do IETS. A equipe será composta por médicos especialistas, estatísticos, pesquisadores da área social e economistas. Entende-se que não é pertinente ao escopo da proposta apresentada a mensuração de resultados ao longo do processo. 11. METODOLOGIA/ESTRATÉGIA DE AÇÃO O modelo de classificação terá como fundamento a concepção de deficiência contida na Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU 3 e buscará identificar limitações ao pleno exercício da cidadania e ao preenchimento das oportunidades para uma saúde plena de acordo com o conceito da OMS 4, que ainda não estão contempladas na Classificação e nos instrumentos atualmente aplicados. Para tal, inicialmente serão identificadas as lacunas do modelo atual empregando-se técnicas de avaliação por painéis de especialistas, como o método Delphi (Coulter e Giovinazzo,2000). Tais métodos têm se mostrado especialmente úteis em traduções de instrumentos para aplicação em 3 Pessoas que têm impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial permanentes, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em bases iguais com as demais pessoas. 6

contextos culturais diversos (Duarte,2003); no estabelecimento de instrumentos diagnósticos para patologias de difícil precisão diagnóstica (Mattos et al.,2006) e na mudança de classificações complexas e aplicáveis em contextos variados como a Classificação Brasileira de Ocupações (Nozoe et al.,2003). Metodologia semelhante será empregada na identificação de restrições da classificação atual por profissionais da rede de atenção e por associações representativas de pessoas com deficiências. Simultaneamente serão realizados grupos focais para identificar as conquistas e dificuldades referentes a acessibilidade nas áreas de saúde, previdência, transporte, trabalho e educação. Os grupos serão realizados com portadores de deficiência, profissionais e especialistas na região metropolitana; cidade média e cidade pequena (menos de 50.000 habitantes). O objetivo é a avaliação de necessidades de atenção à população com deficiência e a identificação de situações de deficiência não previstas na classificação atual e sentidas pela população. A seguir será estabelecida a proposta de um novo modelo classificatório que permita a inclusão de critérios de valoração e que oriente critérios adequados de certificação. 5 A partir da nova classificação serão propostos instrumentos que possam ser aplicados nos cenários de atenção identificados nas etapas anteriores e que serão testados e submetidos à avaliação de grupo interdisciplinar de especialistas. Desde o início do projeto estará sendo constituída uma rede nacional de especialistas que deverá acompanhar a implantação da nova classificação e seus instrumentos e realizar avaliações periódicas de seu impacto no acesso da população com deficiência às políticas públicas traduzido em acesso a bens e serviços; benefícios específicos e exercício pleno da cidadania. 4 "Um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade" 5 Classificação refere-se ao estabelecimento de classe ou grupo de pessoas com características comuns quanto à presença de deficiência ou incapacidade; valoração refere-se à atribuição de valor em uma escala comparativa da população com deficiência e ou incapacidade; certificação refere-se à emissão de certificado oficial, por órgão público, da condição ou presença de deficiência e/ou incapacidade no indivíduo. 7

3. PRAZO DE EXECUÇÃO A presente proposta será realizada no período de 12 meses, conforme apresentado no cronograma de execução (item 9). Dentro deste cronograma aproximadamente quatro meses serão utilizados para a realização da Meta 1 Estado da Arte sobre Deficiência no Brasil. A metas de dois a quatro serão realizadas nos sete meses a seguir, sendo o último mês dedicado a elaboração e consolidação do relatório final e apresentação da Classificação e Instrumentos. Data e Assinatura do Responsável 8