NEUROPATIA DIABÉTICA. Taciana Borges E2 Endocrinologia Geísa Macedo - Coordenadora



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NEUROPATIA DIABÉTICA Taciana Borges E2 Endocrinologia Geísa Macedo - Coordenadora

Definição / Epidemiologia Definição : sinais ou sintomas de disfunção dos nervos periféricos em pacientes diabéticos (intolerantes glicose*), excluindo-se todas as outras causas de neuropatia periférica Neuropatia periférica : 50% diabéticos ( coorte de Rochester) úlcerações nos pés ( infecção), amputação ( 1,7 > risco), disfunção erétil e arritmias ( morte súbita) Prevalência global sintomas dolorosos : 27% (Harris MI, Diabetes Care, 1993) DM2 > DM1 DG de DM : 7,5% (sintomáticos com anormalidades exame neurológico) Hipoestesia : 8-34% ( ppt segmentos distais) * Summer CJ et al. The spectrum of neuropathy in diabetes and impaired glucose tolerance. Neurology 2003; 60: 108-11

Fatores de Risco Tabela 83.1 ( grifar hiperglicemia diminui 64% progressao e desenvolvimento DCCT e UKDPS tb teve progressao + lenta. EM altura pcts mais altos > fibras nervosas > acometimento)

Patogênese NPD : perda progressiva das fibras nervosas Etiologia (?) Tabela 83.2 Sintomas - desmielinização, atrofia axonal e degeneração neuronal Sintomas + prejuízo circulação endoneural ( isquemia), desmielinização paranodal ou segmentar e lesão axonal atividade anormal de axônios periféricos Obs : regeneração neuronal ( fibras pouco mielinizadas) descargas aberrantes periféricas e dor

Figura 83.1 Patogênese Via sorbitol : nao diabeticos (1%) Sorbitol em excesso desmielinização segmentar e diminuição vel condução nervosa Hiperglicemia aumenta AGE desarranjo funcionamento normal neuronios

Tabela 83.4 e 83.5 Classificação

Classificação Polineuropatia Distal Simétrica (PNDS) + comum 47,4% (estudo HAM adultos < 10a dça) Início insidioso, distal e simétrico nervos + longos Fibras finas sensoriais ( traumatismo ulceração infecção) PNDS crônica perda sensorial (ausência sintomas, dormências, queimor, formigamento, agulhadas MMII) exacerbação noturna e em repouso EF : hipo/ hiperestesia ; sensibilidade dolorosa distal ( bota e luva), vibratória e proprioceptiva ; ou Ø reflexo aquileu ; atrofia mm interóssea mãos e pés; limitação extensibilidade articular Neuropatia dolorosa aguda dor MMII, ppt noite Piora com descontrole glicêmico ou estabilização glicemia Caquexia neuropática diabética : depressão e perda de peso

Neuropatias Proximais Classificação Amiotrofia Diabética (neuropatia femoral, plexopatia sacral, neuropatia diabética proximal) dor intensa, atrofia muscular e fasciculação (~ 2a) Causa desconhecida, 5-6ª décadas, DM2, pobre controle glicêmico e perda de peso Quadríceps, íleo, psoas, adutores e grácil QC : dores profundas, intensas, em queimação, região proximal MMII, assimétrica, Ø reflexo patelar Exames : ENMG veloc. Condução nn femoral / potenciais de fibrilação nos mm proximais / Bx muscular atrofia fibras isoladas DD : polimiosite + Ca oculto ; colagenose ; ELA ; lesões de cauda equina; síndromes paraneoplásicas ; miopatias ( tireoidopatias) Tto : controle glicêmico / reabilitação física ( Fisio M )

Neuropatias Proximais Classificação Radiculopatias acometimento raiz nervosa unilateral Idosos ; perda peso ; sem associação com controle ou duração DM QC : dor assimétrica no dermátomo correspondente ao trajeto nervo remissão em 3-12 m Exames : estudo da condução não auxilia / eletromiografia alteração mm do miótomo correspondente a raiz nervosa e potenciais de fibrilação DD : neuralgia pelo VHZ Neuropatia Pares cranianos ( isquema nervo ou seu núcleo) Paralisia NC III ( mm constrictor pupila não afetado) VI IV Idosos, mau controle glicêmico QC : oftalmoplegia súbita, diplopia, ptose palpebral, dor frontal e periorbital ( pupila normal lesões expansivas intracerebral)

Classificação Lesões por compressão de nervos isolados Mediano (Sd túnel carpo), ulnar, radial, peroneiro comum ( pé caído ), cutâneo lateral da coxa, tibial posterior ( Sd túnel do tarso) Sd túnel do carpo ( + comum) : e obesos, mão dominante Dor e parestesias nas mãos e antebraços, hipoestesia na face lateral 3 primeiros quirodáctilos, atrofia tenar Sinais Phalen e Tinel + Nervo ulnar alcoolismo e trauma cotovelo / 4 e 5 quirodáctilo / fraqueza adução e oposição polegar ( S. Fromen) Resolução espontânea / descompressão cirúrgica Geralmente auto-limitadas ( diabéticos > remissão) Neuropatia por Hipoglicemia Tu secretores insulina, pcts em uso ou abuso de insulina

NPD DG de exclusão Avaliação Clínica Doenças malignas (Sd paraneoplásica) Causas tóxicas ( álcool), Infecciosas (HIV, sífilis, hanseníase) Deficiência vitaminas B12,B6 e folato Auto-imune,amiloidose, Midexema, porfiria, uremia Exame Físico ( DM2 DG e DM1 > 5a DG / anualmente) Sensibilidade superficial ( fibras finas) Dor, Temperatura, Tato Sensibilidade profunda ( fibras grossas) noção posição segmentar, tato discriminativo, vibração,reflexo aquileu ( 1 dos primeiros sinais ND) Perda propriocepção instabilidade e alargamento base Sensação protetora de pressão plantar monofilamento Semmes-Weinstein Diabetes Care, Volume 34, Supplement 1, Janurary 2011

Tabela 83.6 Avaliação Clínica Métodos complementares Função renal, tireoidiana, vitamina B12 ENMG : mono/ polineuropatia, amiotrofia, radiculopatia, compressiva ( pode ser normal) Avaliam apenas fibras grossas ( não avalia dor e sistema autonômico) Estudo da condução nervosa Biópsia nervo NPD de outras etiologias ( amiloidose, sarcoidose, HIV) Nervo sural

Tratamento Objetivo aliviar os sintomas (50-70% melhora qualidade vida) e prevenir progressão ( não há cura!!) Controle glicêmico ( DCCT e UKDPS), otimização PA e lípides Evitar tabagismo, etilismo e excesso de peso Tratamento Farmacológico ( tabela 83,7) Diabetes Care, Volume 34, Supplement 1, Janurary 2011

Analgésicos Tratamento Dores leves / moderados Paracetamol / AAS / paracetamol + codeína ( evitar AINES disfunção renal) Dores intensas ou refratárias Tramadol / Metadona Evitar dores crônicas EC como constipação (estudos até 70 dias) Antidepressivos Tricíclicos Uso apoiado por diversos estudos agem inibindo recaptação serotonina e noradrenalina nas sinapses nervosas ( envolvidas mecanismo inibitório dor fibras C) Antagonizam receptores da N-metil-D aspartato hiperalgesia e alodínia Agentes de 1ª linha amitriptilina, nortriptilina, imipramina administrar à noite efeitos anticolinérgicos ECG, investigar glaucoma e retenção urinária

Tratamento Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina Paroxetina e citalopram inibição pré-sináptica da recaptação serotonina Estudos não favoráveis alternativa ao uso da gabapentina ( < EC) Venlafaxina e duloxetina inibidores recaptação de serotonina e nora Anticonvulsivantes Venlafaxina alodínia e hiperalgesia experimentos humanos (Cuidado com arritmias cardíacas) Duloxetina + efetiva no subgrupo com dores + intensas Gabapentina (~ NT GABA) e pregabalina ( derivado gabapentina com > potência analgésica e efeitos ansiolíticos ) eficácia comprovada NPD Topiramato efetivo, porém inferior a gabapentina Carbamazepina ( dor moderada - 2ª linha), valproato de sódio, oxcarbazepina e memantina Clonazepam : cãibras, sd pernas inquietas

Antiarrítmicos Tratamento Mexiletina ( ~ lidocaína) ativa na forma VO para alívio da dor neuropática Agentes tópicos Não recomendada para uso prolongado e monitorar com ECG Capsaicina alcalóide ( pimenta vermelha) que atua nos terminais nervosos Substância P alívio dor ( destruição fibras nociceptivas) Creme 0,075% sobre a pele nos locais dolorosos Exacerbação da queimação ou piora transitória da dor ( 5 dias) Dores localizadas; 8 semanas Clonidina transdérmica, dinitrato de isossorbida em sprau, acupuntura (6m) Inibidores da Aldose-redutase (sorbinil, ponalrestat, zolporestat, tolrestat) Melhora velocidade condução nervosa e progressão doença Não há melhora da dor e ocorre retorno sintomas após suspensão

Outros Agentes Tratamento Aminoguanidina bloqueia a formação AGE sem eficácia até momento ácidoα- lipóico anti-oxidante eficácia no manejo dor neuropática ( EV) Estudo randomizado, duplo-cego, placebo controlado eficácia com doses 600mg e 1800mg/d por VO durante 5 semanas devdo à melhora fluxo sanguíneo no nervo ( ZieglerD, Ametov A et al Diabetes care 2006) Ácido gamalinolênico ( GLA) associar com ácidoα- lipóico Acetil L Carnitina 1000mg 3x dia alívio da dor e regeneração fibra Inibidores da proteína C cinase ( PCK) Ruboxistaurina DM1 e 2 com NPD e HbA1c 11% 6 meses : 32mg/d ruboxistaurina x Placebo Boa tolerância e melhora fluxo vascular pele e sintomas sensoriais (Casellini Cm et al, Diabetes Care 2007) Fatores de crescimento do nervo (NGF ), gangliosídeos, IECA em estudo

NEUROPATIA SINTOMÁTICA Medidas tópicas ou físicas podem ser associadas em qualquer etapa Excluir etiologias não-diabéticas Controle Glicêmico Antidepressivos Tricíclicos (amitriptilina) Dores refratárias : associação drogas Anticonvulsivantes (gabapentina) Opióides ou opióides-símiles (tramadol) Encaminhamento para clínica de dor Boulton Aj, Vinik AI, Arezzo JC et al Diabetic neuropathies : a statement by de ADA. Diabetes Care 2005; 28 : 956-62

PÉ DIABÉTICO Taciana Borges E2 Endocrinologia Geísa Macedo - Coordenadora

Pé diabético Epidemiologia Principal complicação crônica DM > morbi-mortalidade e custos Ocorrência global 40-70% amputação não-traumáticas DM (RR = 15) 50% amputação contralateral 3-4anos 85% ulcerações prévias (neuropatia diabética + doença vascular periférica + alterações da biomecânica) Dados Suécia 3 anos 40-60mil dólares custear atendimento paciente amputado intervenção multidisciplinar exame regular pés tratamento preventivo (calçados e órteses) DG precoce ND e DVP

Pé diabético Avaliação Identificação precoce dos pacientes com risco ulceração e amputação Principais FR para lesões : ND sensitivomotora periférica crônica (NDSMC) : sensibilidade + atrofia muscular deformidades e limitação mobilidade articular áreas de > pressão plantar Neuropatia autonômica (NA) : shunts arteriovenosos e anidrose rachaduras altera microcirculação e porose óssea ( neuroartropatia de Charcot) DVP : > risco amputação (não é FR frequente ulceração), ppt quando associada infecção Vasos mais distais HAS, DLP e tabagismo Tabela 84,1 ( pag 888)

Pé diabético Rastreamento Principal complicação crônica DM > morbi-mortalidade e custos

Pé diabético Epidemiologia Principal complicação crônica DM > morbi-mortalidade e custos

Pé diabético Epidemiologia Principal complicação crônica DM > morbi-mortalidade e custos