IMPACTO DO PROGRAMA HIPERDIA NO ACESSO A MEDICAMENTOS DE USO CONTÍNUO EM IDOSOS DO SUL E NORDESTE DO BRASIL



Documentos relacionados
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES CADASTRADOS NO SISTEMA HIPERDIA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA, RS

QUESTIONÁRIO SOBRE ATENÇÃO À SAÚDE DOS IDOSOS

QUESTIONÁRIO SOBRE CONTROLE DO CÂNCER DE MAMA

UNIVERSALIDADE. O Modelo de Atenção á Saúde ESF INTEGRALIDADE

ELENCO OFICIAL DOS MEDICAMENTOS DISPONIBILIZADOS GRATUITAMENTE PELO PROGRAMA AQUI TEM FARMÁCIA POPULAR

RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO

VI CONGRESSO DE HIPERTENSÃO DA. HiperDia, desafios futuros e o que esperar?

PORTARIA MS N. 702 DE 12 DE ABRIL DE 2002

O Processo de Trabalho do ACS no cuidado à Pessoa com Doença Falciforme. Ana Paula Pinheiro Chagas Fernandes

REMÉDIO EM CASA MEDICAMENTO DIRETO EM CASA

A DEMANDA POR SAÚDE PÚBLICA EM GOIÁS

Coordenação da Atenção Básica. Manual de Orientação para a Unidade Básica de Saúde

FARMACOECONOMIA: UM INSTRUMENTO DE EFICIÊNCIA PARA A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

ELENCO OFICIAL DOS MEDICAMENTOS DISPONIBILIZADOS GRATUITAMENTE PELO PROGRAMA AQUI TEM FARMÁCIA POPULAR (atualizado em 01/06/2015)

ELENCO OFICIAL DOS MEDICAMENTOS DISPONIBILIZADOS GRATUITAMENTE PELO PROGRAMA AQUI TEM FARMÁCIA POPULAR

ELENCO OFICIAL DOS MEDICAMENTOS DISPONIBILIZADOS GRATUITAMENTE PELO PROGRAMA AQUI TEM FARMÁCIA POPULAR (atualizado em 16/03/2015)

Panorama da Educação em Enfermagem no Brasil

ELENCO OFICIAL DOS MEDICAMENTOS DISPONIBILIZADOS GRATUITAMENTE PELO PROGRAMA AQUI TEM FARMÁCIA POPULAR

PAPEL DO NUTRICIONISTA NO SISTEMA DE SAÚDE¹

ELENCO OFICIAL DOS MEDICAMENTOS DISPONIBILIZADOS GRATUITAMENTE PELO PROGRAMA AQUI TEM FARMÁCIA POPULAR

Disciplina MSP 0670-Atenção Primária em Saúde I. Atenção Básica e a Saúde da Família 1

PROJETO DE LEI Nº 76, DE 07 DE OUTUBRO DE 2013.

Constituição Federal de 1988 Artigo 196 Sistema Único de Saúde e a enfermagem na assistencia ambulatorial; na assistencia hospitalar com ênfase na

CENÁRIO DA SAÚDE SUPLEMENTAR NA REGIÃO NORTE DO BRASIL: ANÁLISE DAS POLÍTICAS DE CUIDADO E MECANISMOS DE REGULAÇÃO

Sistema de Monitoramento e Avaliação da Estratégia de Saúde da Família

DIABETES MELLITUS NO BRASIL

QUALIFAR-SUS Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica

O modelo lógico para um protocolo de atendimento à gestante. Gabriele dos Anjos e Isabel Rückert - FEE

LEI N , DE 17 DE JANEIRO DE INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR.

Integrando as Ações de Monitoramento e Avaliação com Avaliação para Melhoria da Qualidade da Saúde da Família no Estado do Amazonas

TI e a Saúde em Campinas

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA COORDENAÇÃO NACIONAL DE HIPERTENSÃO E DIABETES

AUTOMAÇÃO DA REGULAÇÃO SISREG

Secretário Municipal da Saúde Abril de 2008

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA COORDENAÇÃO NACIONAL DE HIPERTENSÃO E DIABETES

Capacitação de Profissionais em Prevenção, Controle e Assistência Oncológica

ORGANIZAÇÃO DOS MACROPROCESSOS BÁSICOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA. Dr. EDSON AGUILAR PEREZ

INTERDISCIPLINARIEDADE: A Contribuição Farmacêutica junto as Equipes do Programa de Saúde da Família em Maranguape

Módulo K - Saúde dos indivíduos com 60 anos ou mais e cobertura de mamografia entre mulheres de 50 anos e mais

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 5/2014

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL

O CGI.br tem entre suas atribuições coletar e disseminar informações sobre os serviços Internet. Esses dados e indicadores são fundamentais para:

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaria da Saúde do Estado da Bahia Superintendência Atenção Integral à Saúde - SAIS Diretoria de Atenção Básica - DAB

REGULAÇÃO EM SAÚDE NO SUS. Marília Louvison 2011

Modelo de Atenção às. Coordenação de Informação

MINISTÉRIO DA SAÚDE. GABINETE DO MINISTRO PORTARIA N.º 570, DE 1º DE JUNHO DE 2000 Republicada por ter saído com incorreções

Portaria GM/MS n.º 263, de 5 de fevereiro de 2002.

Desafios Metodológicos no Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade

Implantação da Regulação Ambulatorial Informatizada

1ª Oficina Nacional do QUALIDIA

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 2199 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA CONSULTOR POR PRODUTO

PLANEJAMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. Brasília, outubro de 2011

Resultados da Pesquisa Perfil dos Organismos Governamentais de Políticas para as Mulheres

BANCO DE AJUDAS TÉCNICAS REGULAMENTO

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Data: 25/11/2013. Nota Técnica: 234/2013 Solicitante: Juiz Eduardo Monção Nascimento Numeração:

Decreto N de 28/06/11 Regulamentando a Lei N de 19/09/90

Agência Nacional de Saúde Suplementar

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO MEDICINA SOCIAL ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

Contratação de serviços de consultoria técnica especializada pessoa física. PROJETO: PLANIFICAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

Ao município participante do PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL

Seminário de Doenças Crônicas

A importância do diagnóstico municipal e do planejamento para a atuação dos Conselhos dos Direitos do Idoso. Fabio Ribas Recife, março de 2012

RESPOSTA RÁPIDA 406/2014 Cuidado domiciliar

Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica

COLÓQUIOS DE MATEMÁTICA DAS REGIÕES

A PRATICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOACIAL NA UNIDADE DE SAÚDE DR. NILTON LUIZ DE CASTRO

Retratos da Sociedade Brasileira. Qualidade dos serviços públicos e tributação

PALAVRAS-CHAVE CRUTAC. Diabetes mellitus. Exames Laboratoriais. Extensão.

O PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO PROGRAMA DE ASSISTENCIA E INTERNAÇÃO DOMICILIAR-PAID NO MUNICIPIO DE CASCAVEL -PR

Sistema de Informação da Atenção Básica SIAB Indicadores 2001

Relato de Experiência: Enfrentamento do Surto de Meningite Viral em Pernambuco pelo Núcleo de Epidemiologia do Hospital Correia Picanço

Rede de Atenção à Saúde

PROTOCOLO PARA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA PARKINSON NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ

Como a sociedade participa na gestão do SUS:

Área Técnica Saúde do Idoso CGAPSES SMS PMPA

Estratégia Nacional para a Alimentação Complementar Saudável

ÁREAS TEMÁTICAS SITUAÇÕES PROBLEMA SOLUÇÕES SUGERIDAS PROFISSIONALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL

QUESTIONÁRIO SOBRE CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

Tuberculose em algum lugar, problema de todos nós.

TÍTULO: GASTOS COM MEDICAMENTOS PELOS IDOSOS RESIDENTES EM MUNICÍPIO COM ALTA COBERTURA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Orientador: Ricardo Tavares

O Ministério da Saúde e os. Crônicas

GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO SERVIÇO DE SAÚDE COMUNITÁRIA APOIO TÉCNICO EM MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Portaria nº 1.555, de 30 de julho de 2013 Perguntas e respostas mais frequentes

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 2357 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA PROCESSO DE SELEÇÃO - EDITAL Nº 136/2013 CONSULTOR POR PRODUTO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS PROJETO BRA/10/007

A IMPORTANCIA DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA E CULTURA NA INSERÇÃO SOCIAL DOS PACIENTES COM TRANSTORNO MENTAL

1. Metodologia. Sumário Executivo. Pesquisa Quantitativa Regular Bimestral 2009/01

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ORIENTAÇÃO MÉDICA TELEFÔNICA E RESGATE AEROMEDICO.

1. OBJETIVO 2. ESCOPO

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016

2014 JUNHO. Caderno de Informação da Saúde Suplementar. Beneficiários, Operadoras e Planos

AMBIENTES DE TRATAMENTO. Hospitalização

Conselho Nacional de Assistência Social CNAS

Política Nacional de Atenção Oncológica Claudio Pompeiano Noronha

Identificar como funciona o sistema de gestão da rede (espaços de pactuação colegiado de gestão, PPI, CIR, CIB, entre outros);

Telessaúde: limites e possibilidades de qualificação da Saúde da Família

Transcrição:

IMPACTO DO PROGRAMA HIPERDIA NO ACESSO A MEDICAMENTOS DE USO CONTÍNUO EM IDOSOS DO SUL E NORDESTE DO BRASIL Vera Maria Vieira Paniz Anaclaudia Gastal Fassa, Luiz Augusto Facchini; Andréa Dâmaso Bertoldi; Roberto Xavier Piccini; Elaine Tomasi; Elaine Thumé; Denise Silva da Silveira; Maria Aparecida Rodrigues

Estrutura da Apresentação Introdução/Objetivos Metodologia Resultados Discussão

Introdução No Brasil o acesso universal e gratuito a medicamentos essenciais padronizados pelo SUS é garantido pela Constituição Federal Situação atual avanços no fornecimento gratuito de anti-retrovirais dificuldades na disponibilidade de medicamentos essenciais na AB estudos mostrando elevados gastos domiciliares Desafios na área da saúde crescente aumento da população idosa aumento de doenças crônico-degenerativas maiores custos nos tratamentos esquemas terapêuticos por períodos prolongados

Introdução PSF (Programa Saúde da Família,1994) estratégia de reordenação do modelo assistencial vinculação de portadores de morbidades crônicas às UBS cuidado integral, incluindo o acesso a medicamentos essenciais PNM (Política Nacional de Medicamentos, 1998) parte essencial da Política Nacional de Saúde, garantir segurança, eficácia e qualidade dos medicamento promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais RENAME (Relação de Medicamentos Essenciais)

Além da RENAME vários programas... Introdução HIPERDIA (Programa Nacional de Assistência Farmacêutica para Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus) sistema de cadastramento e acompanhamento portadores destas doenças captados no SUS fornecimento gratuito de medicamentos captopril 25mg, hidroclorotiazida 25mg, propranolol 40mg glibenclamida 5mg e metformina 850mg além da insulina distribuída na rede pública através do programa de medicamentos estratégicos

Literatura revisada raros estudos no nível domiciliar distintas metodologias Introdução acesso avaliado é independente da condição de uso exclusão dos doentes crônicos maioria estudos de demanda (disponibilidade) estudos sobre a capacidade aquisitiva

Objetivos Identificar a prevalência de medicamentos de uso contínuo para tratar Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) que constam no HIPERDIA Avaliar a relação deste programa com o acesso a esses medicamentos

Metodologia Estudo transversal desenvolvido no âmbito do Projeto de Expansão e Consolidação do Saúde da Família (PROESF) 41 municípios com mais de 100 mil habitantes Lotes 2 das regiões sul e nordeste do Brasil Região sul: Rio Grande do Sul e Santa Catarina Região nordeste: Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte (MS, 2004) http://www.epidemio-ufpel.org.br/proesf/index.htm

Metodologia População-alvo Idosos com 65 anos ou mais Residentes na área de abrangência de postos de saúde das duas regiões estudadas Presença de HAS e/ou DM Necessidade de utilização de medicamento de uso contínuo, por indicação médica, para tratar as morbidades referidas definido como aquele que o indivíduo precisa usar todos os dias, ou quase todos, sem data para parar Critério de exclusão indivíduos incapacitados de responder o questionário

Operacionalização do desfecho Acesso aos medicamentos referidos, através da pergunta: No último mês o(a) Sr.(a) deixou de usar o(a) <nome do medicamento> que precisava? Forma de acesso: O(a) Sr.(a) conseguiu o(a) <nome do medicamento> de graça? não conseguiu; sim, posto de saúde de abrangência; sim, outro posto; sim, farmácia do SUS; sim, outro modo. não conseguiu de graça=pago sim, posto de saúde de abrangência=gratuito na UBS sim, outro modo=gratuito outro modo Utilizou-se como denominador o total de medicamentos referidos pelos idosos

Resultados

Amostra de idosos Entrevistados 4003 idosos (95,3%) 1891 no sul 2112 no nordeste com HAS e/ou DM e necessidade de uso contínuo de medicamentos 2460 (61,5%) 4563 medicamentos

Medicamentos referidos 4563 medicamentos de uso contínuo para HAS e DM 3834 (84%) HAS 729 (16%) DM 87,0% RENAME 65,0% consta no HIPERDIA 35,0% Não consta 64,6% RENAME 76,1% consta no HIPERDIA 23,9% Não consta 44,8% RENAME

Prevalência de acesso 100 80 94.6 95.5 93.6 % 60 40 20 p=0,004 0 Geral Sul Nordeste

Forma de acesso 100% 16.1 22.9 9 80% % forma de acesso 60% 40% 20% 51.2 42.0 32.8 35.1 60.7 30.4 Gratuito outro modo Gratuito UBS Pagou p<0,001 0% Geral Sul Nordeste

Forma de acesso a medicamentos do HIPERDIA 100% 80% 17.1 26.2 9.2 % forma de acesso 60% 40% 20% 63.7 50.8 75.0 Gratuito outro modo Gratuito UBS Pagou p<0,001 0% 19.2 23.0 15.8 Geral Sul Nordeste

Forma de acesso a medicamentos que não constam no HIPERDIA 100% 14 17.7 8.4 % forma de acesso 80% 60% 40% 20% 26.2 59.8 28.4 53.9 23.0 68.6 Gratuito outro modo Gratuito UBS Pagou p<0,001 0% Geral Sul Nordeste

Forma de acesso a medicamentos do HIPERDIA e modelo de AB no Sul 100% 80% 25.3 26.7 % forma de acesso 60% 40% 20% 45.6 29.1 53.7 19.6 Gratuito outro modo Gratuito UBS Pagou p<0,001 0% Tradicional PSF

Forma de acesso a medicamentos do HIPERDIA e modelo de AB no Nordeste 100% 4.8 23.6 80% % forma de acesso 60% 40% 20% 0% 51.4 25.0 Tradicional 82.2 13.0 PSF Gratuito outro modo Gratuito UBS Pagou p<0,001

Características regionais no acesso Discussão acesso elevado em ambas as regiões nordeste com prevalência de acesso menor que no sul e uma maior proporção de acesso gratuito maior acesso gratuito na UBS da área no nordeste Isto indica que no nordeste, o acesso é, na sua maioria, dependente do fornecimento gratuito dos medicamentos no setor público

Discussão Acesso x medicamentos do HIPERDIA (67%) ampliou o acesso gratuito em ambas as regiões mas...20% dos medicamentos referidos que fazem parte do programa foram pagos pelos idosos Acesso x medicamentos não HIPERDIA (33%) 60% não foram obtidos gratuitamente mas...62% dos medicamentos que não fazem parte do HIPERDIA pertencem a RENAME e deveriam estar disponíveis no serviço público mesmo após a elaboração da RENAME, os medicamentos essenciais estão apenas parcialmente disponíveis na rede pública, inclusive os destinados as doenças crônicas

Discussão Acesso HIPERDIA x modelo de atenção Maior acesso gratuito nas UBS PSF que UBS Tradicionais ainda maior no nordeste Melhor desempenho do PSF no fornecimento gratuito da medicação que do modelo tradicional, principalmente em áreas de menor poder aquisitivo

Discussão Em conclusão o acesso é elevado mas... a atuação do SUS no controle da HAS e DM revela uma cobertura insuficiente de medicamentos a falta de acesso gratuito detectada pode ser devido a desarticulação da assistência farmacêutica nas suas diferentes etapas podem estar ocorrendo falhas na seleção dos medicamentos, na programação ou na compra, comprometendo a descontinuidade na oferta Políticas locais através das listas padronizadas estaduais e municipais de medicamentos essenciais podem ser importantes determinantes do acesso

Discussão Uma vez que o HIPERDIA deve monitorar os pacientes captados e gerar informação para aquisição e distribuição de medicamentos de forma regular e sistemática Uma provável causa pode ser a falta de alimentação permanente do Sistema de Informação dos Hipertensos e Diabéticos que vincula o envio da medicação ao número de portadores cadastrados Extrema importância a atualização periódica desse sistema para a melhoria da qualidade do programa

Discussão Necessidade de reavaliação do programa de combate ao diabetes organizado pelo Ministério da Saúde, responsável pela aquisição e distribuição desses medicamentos Melhor articulação da assistência farmacêutica no âmbito dos serviços de saúde Adoção de prioridades, pelo profissional médico, de produtos padronizados, constantes da RENAME Regularidade no abastecimento de medicamentos, no nível ambulatorial Eficácia das ações governamentais no setor saúde

Obrigada!