#92 É hora de apostar na renda fixa? Tudo indica que os juros deverão voltar a subir para controlar a inflação seu dinheiro a sua revista de finanças pessoais Para quê moeda? Brasileiros utilizam cada vez mais seus cartões Alimentos em conta Prorrogada a isenção tributária da cesta básica Leão empresarial Agora é a vez do IR das pessoas jurídicas Festa no exterior Brasileiros nunca gastaram tanto lá fora como agora oferecimento:
Juros É hora deapostar na renda fixa? Tudo indica que os juros deverão voltar a subir para controlar a inflação
Juros Kelly Oliveira - Agência Brasil O Banco Central (BC) deve permanecer especialmente vigilante para minimizar riscos de que os níveis elevados de inflação persistam, de acordo com avaliação divulgada na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na semana passada. Para a maioria dos integrantes do Copom, devido à alta generalizada dos preços foi preciso aumentar a taxa básica de juros, a Selic, na reunião da semana passada. Assim, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e cinco diretores votaram pela elevação da Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,5% ao ano. Os diretores de Política Monetária, Aldo Luiz Mendes, e de Assuntos Internacionais, Luiz Awazu Pereira da Silva, votaram pela manutenção da Selic em 7,25% ao ano. 7,5% ao ano é o nível atual da taxa Selic, que deve voltar a subir O Copom destaca que, em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação como o observado nos últimos 12 meses persistam no horizonte relevante para a política monetária, diz a ata do colegiado. No documento, o comitê reitera que a demanda doméstica por bens e serviços tende a se apresentar robusta, especialmente o consumo das famílias, em grande parte devido aos efeitos de fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito. Segundo o Copom, esse ambiente deve prevalecer neste e nos próximos semestres, ainda sob efeito das reduções na Selic feitas anteriormente. A Selic foi mantida em 7,25% nas três reuniões anteriores (novembro de 2012, janeiro e março deste ano). Antes disso, os juros básicos tinham passado por processo de redução. A taxa começou a cair na reunião do Copom do final de agosto de 2011 - quando passou de 12,5% para 12% ao ano - e manteve a trajetória de queda até outubro do ano passado, de 7,50% para 7,25% ao ano. O Copom avalia ainda que os programas de concessão de serviços públicos, os estoques em níveis ajustados e a gradual recuperação da confiança dos empresários criam perspectivas de intensificação dos investimentos e da recuperação da produção industrial.
Juros O comitê pondera que iniciativas recentes apontam o balanço do setor público em posição expansionista, acrescenta. Por outro lado, o comitê observa que o frágil cenário internacional ainda é um fator de contenção da demanda. O Copom destacou que todo esse cenário será analisado na hora de decidir novamente a taxa Selic. A próxima reunião do colegiado está marcada para 28 e 29 de maio. mente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela. O diretor ressaltou que embora reconheça que a inflação e as projeções para os preços estejam elevados, não há descontrole. Vou discordar daqueles que argumentam que a inflação no Brasil está fora do controle. Não está e nem estará, enfatizou. Aposta na alta Diretor do BC sinalizou que taxa Selic deve subir ainda mais Brasília O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, disse que cresce a convicção de que o Comitê de Política Monetária (Copom) poderá ser instado a refletir sobre a possibilidade de intensificar o uso do instrumento de política monetária (da taxa Selic) para evitar aumento da inflação. No último dia 17, o comitê decidiu, por seis votos a favor, elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual para 7,5% ao ano. Araújo foi um dos diretores que votou pelo aumento da Selic. De acordo com a ata da reunião do Copom, o colegiado entendeu que havia necessidade de elevar a taxa Selic para neutralizar os riscos de que a inflação continue alta, principalmente no próximo ano. Segundo a ata, a inflação mostra resistência, entretanto, o Copom reiterou que incertezas internas e, principal-
Cartões Para quê moeda? Cresce cada vez mais o número de brasileiros que utilizam cartões de crédito e débito
Cartões Camila Maciel - Agência Brasil O uso dos cartões de crédito e débito representaram 26,4% do consumo das famílias brasileiras no ano passado, segundo levantamento divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Cinco anos antes, esse percentual chegava a 16,7%. A preferência pelo uso dos meios eletrônicos para pagamentos fez crescer o faturamento do setor, que chegou a R$ 724,3 bilhões, uma alta de 18% em relação ao ano anterior. Quando considerados somente os cartões de débito, o crescimento foi maior, com 20,6%, o que representa um faturamento de R$ 244,8 bilhões. Em relação ao crédito, a alta atingiu 16,6%. Nessa modalidade, R$ 479,5 bilhões foram registrados em transações. No comércio, por exemplo, as transações 26,4% das transações de consumo já são pagas com cartões de crédito ou débito 16,7% era o percentual das transações eletrônicas cinco anos atrás com cartão de crédito e débito já representam 58% do faturamento do setor. A entidade apontou ainda que cresceu o número de brasileiros que usam de forma adequada o cartão. Em dezembro de 2011, 29% do que os bancos iriam receber continha juros por atraso. Em 2012, esse percentual caiu para 26%. Para o presidente da entidade, Marcelo Noronha, a expectativa é de uma participação ainda maior este ano. Em comparação com mercados mais maduros, como os Estados Unidos, o índice chega a ser o dobro. Isso demonstra que ainda há muito espaço para esse tipo de pagamento crescer no país, declarou. A Abecs estima um crescimento de 16,9%, com um volume de R$ 847 bilhões. Ele acredita que saúde e educação são áreas com boas perspectivas de expansão. Aumentaram também os gastos dos brasileiros com cartão de crédito no exterior. O valor total de compras alcançou R$ 24 bilhões em 2012, um crescimento de 13,4%. Já o valor gasto por estrangeiros no país teve um acréscimo ainda maior, com 17,2%, representando R$ 9,7 bilhões. Na comparação por região, a Sudeste concentra 62% dos valores registrados em transações de cartões de crédito, seguido pela Nordeste (16%), Sul (12%), Centro-Oeste (7%) e Norte (3%). Em relação ao crescimento no faturamento, a Região Centro-Oeste teve a maior alta, com 20,5%.
Cesta Básica Governo prorroga medida que reduziu impostos sobre produtos da cesta básica Alimentos em conta
Da Agência Brasil Cesta Básica F oi prorrogada por mais por 60 dias a vigência da Medida Provisória 609, de 8 de março de 2013, que reduziu a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins, da Contribuição para o PIS/ Pasep-Importação e da Cofins-Importação incidentes sobre a receita decorrente da venda no mercado interno e sobre a importação de produtos que compõem a cesta básica. A prorrogação é um ato da Mesa do Congresso Nacional, assinado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. A desoneração de todos os produtos da cesta básica foi anunciada no mês passado pela presidenta Dilma Rousseff, durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão por ocasião do Dia Internacional da Mulher. Na ocasião, a presidenta destacou que, com a renúncia fiscal sobre os produtos da cesta bási- R$ 7,3 bi é o montante das desonerações anunciadas pelo governo federal ca, o governo vai abrir mão de R$ 7,3 bilhões por ano. No mês passado, o governo também ampliou o número de itens que compõem a cesta básica e a lista de produtos que terão impostos federais reduzidos a zero. A lista inclui carnes (bovina, suína, aves e peixe), arroz, feijão, ovo, leite integral, café, açúcar, farinhas, pão, óleo, manteiga, frutas, legumes, sabonete papel higiênico e pasta de dentes. Parte desses produtos já estava isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e agora serão liberados da alíquota de 9,35% do PIS/Cofins.
Imposto Depois das pessoas físicas, é a vez dos empresários prestarem contas à Receita Federal Hora do IR das empresas
Da Agência Brasil Imposto D aqui a uma semana, as empresas poderão começar a entregar a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) de 2013 relativa ao ano- -calendário 2012. O prazo começa no próximo dia 2 e vai até 28 de junho. O programa de preenchimento da declaração está disponível na página da Receita Federal na internet desde o último dia 10. As empresas também devem baixar a versão mais recente do Receitanet, programa usado para transmitir o documento. A entrega é obrigatória para todas as empresas, exceto as que fazem parte do Simples Nacional regime especial de recolhimento de tributos voltado para as micro e pequenas empresas e as que ficaram inativas no ano passado. Nos dois casos, as 2% a.m. é o valor da multa cobrada por atraso na entrega da declaração empresas apresentam declarações específicas à Receita Federal. Para transmitir a declaração, as empresas deverão ter certificação digital dentro do prazo de validade. Obrigatória para as empresas fora do Simples Nacional, a assinatura digital é uma identidade eletrônica que permite a utilização dos serviços do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte da Receita Federal. Quem perder o prazo para a entrega da DIPJ pagará multa de 2% por mês de atraso, calculada sobre o total do imposto devido, ainda que integralmente pago. O valor mínimo da penalidade corresponde a R$ 500 e o máximo, a 20% do Imposto de Renda declarado. As empresas que omitirem ou declararem dados errados e forem descobertas pela Receita também serão punidas. Nesse caso, a multa corresponde a R$ 20 para cada grupo de dez informações incorretas ou omitidas.
Exterior Festa no exterior Brasileiros nunca gastaram tanto em viagens internacionais como agora
Da Agência Brasil Exterior O s gastos de brasileiros em viagem ao exterior chegaram a US$ 1,870 bilhão em março deste ano, segundo dados do Banco Central (BC). É o maior resultado para o período na série histórica do BC, iniciada em 1969. Em março de 2012, as despesas ficaram em US$ 1,627 bilhão. No primeiro trimestre deste ano, os gastos de brasileiros em viagem ao exterior somaram US$ 6,022 bilhões, contra US$ 5,381 bilhões de igual período de 2012. As despesas do primeiro trimestre de 2013 também são recorde para o período. De acordo com avaliação do chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o aumento da renda dos brasileiros tem favorecido as viagens ao exterior. Segundo ele, os dados parciais de abril, até US$ 6 bi foram gastos no exterior no primeiro trimestre o dia 22, indicam continuidade do crescimento dessas viagens. Em abril, até o dia 22, os gastos de brasileiros no exterior ficaram em US$ 1,513 bilhão, enquanto as receitas de estrangeiros que visitaram o Brasil chegaram a US$ 454 milhões. As receitas de estrangeiros em viagem no Brasil totalizaram US$ 599 milhões, em março, contra US$ 630 milhões, no mesmo mês do ano passado. De janeiro a março, essas receitas ficaram em US$ 1,917 bilhão, ante US$ 1,920 bilhão nos três meses do ano passado. Com esses resultados, a conta de viagens internacionais fechou março negativa em US$ 1,271 bilhão, e o primeiro trimestre, em US$ 4,105 bilhões.