O USO DE JOGOS DE CARTAS COMO ESTRATÉGIA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA



Documentos relacionados
O USO DE JOGOS DE CARTAS COMO ESTRATÉGIA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA

QUANTO VALE O MEU DINHEIRO? EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PARA O CONSUMO.

A MATEMÁTICA ATRÁVES DE JOGOS E BRINCADEIRAS: UMA PROPOSTA PARA ALUNOS DE 5º SÉRIES

JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS

O LÚDICO COMO INSTRUMENTO TRANSFORMADOR NO ENSINO DE CIÊNCIAS PARA OS ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.

DIA DA MATEMÁTICA O IMPACTO DO JOGO EM SALA DE AULA

JOGOS MATEMÁTICOS: EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS

O USO DA CALCULADORA EM SALA DE AULAS NAS CONTROVÉRSIAS ENTRE PROFESSORES.

PEDAGOGIA EM AÇÃO: O USO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL PARA A TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

O ENSINO DA MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE JOGOS EM SALA DE AULA E DE UM OLHAR SENSÍVEL DO PROFESSOR

UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE DE MODELAGEM MATEMÁTICA PARA O DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDOS MATEMÁTICOS NO ENSINO FUNDAMENTAL I

O LÚDICO NA APRENDIZAGEM

O uso de jogos no ensino da Matemática

TRABALHANDO, O LIXO COM OS ALUNOS DO 7 ANO DA ESCOLA ESTADUAL AMÉRICO MARTINS ATRAVÉS DE CARTILHAS EDUCATIVAS

TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

ANALISANDO O USO DE JOGOS COMO AUXÍLIO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM MATEMÁTICA

OFICINA DE JOGOS MATEMÁTICOS E MATERIAIS MANIPULÁVEIS

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

II MOSTRA CULTURAL E CIENTÍFICA LÉO KOHLER 50 ANOS CONSTRUINDO HISTÓRIA

PROJETO MÚSICA NA ESCOLA

UTILIZAÇÃO DA PLATAFORMA MOODLE PARA O ENSINO DE MATRIZES E DETERMINANTES

SEM AULAS? E AGORA?... JOGOS MATEMÁTICOS COMO ESTRATÉGIA DE VALORIZAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR

Oficina de Matemática Fundamental I

RECURSOS DIDÁTICOS E SUA UTILIZAÇÃO NO ENSINO DE MATEMÁTICA

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO: TRABALHANDO E DISCUTINDO OS JOGOS BOOLE.

Jogo recurso de motivação, interpretação, concentração e aprendizagem

O JOGO CONTRIBUINDO DE FORMA LÚDICA NO ENSINO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

PIBID: DESCOBRINDO METODOLOGIAS DE ENSINO E RECURSOS DIDÁTICOS QUE PODEM FACILITAR O ENSINO DA MATEMÁTICA

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO MEDIADOR DE NOVOS CONHECIMENTOS 1

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

REFLEXÕES SOBRE A UTILIZAÇÃO DE JOGOS CARTOGRÁFICOS COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE GEOGRAFIA

OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS

ENSINAR MATEMÁTICA UTILIZANDO MATERIAIS LÚDICOS. É POSSÍVEL?

JOGO DE BARALHO DOS BIOMAS BRASILEIROS, UMA JOGADA FACILITADORA DA APRENDIZAGEM DOS DISCENTES NA BIOGEOGRAFIA.

MAPA INCLUSIVO GEOGRÁFICO - M.I.G.: O LÚDICO GEOGRÁFICO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE CAMPUS CAICÓ

O ESTUDO DE CIÊNCIAS NATURAIS ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA RESUMO

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR POLIVALENTE E O TRABALHO COM RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

ESTABILIZANDO ELEMENTOS: A LUDICIDADE COMO INSTRUMENTO PARA PROMOVER O ENSINO DA QUÍMICA

EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA

ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, COM A UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

A LUDICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR

ANÁLISE DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DE XINGUARA, PARÁ SOBRE O ENSINO DE FRAÇÕES

A utilização de jogos no ensino da Matemática no Ensino Médio

O ORIGAMI: MUITO MAIS QUE SIMPLES DOBRADURAS

X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador BA, 7 a 9 de Julho de 2010

BRINCANDO DE MATEMÁTICO

PERFIL MATEMÁTICO RELATO DE EXPERIÊNCIA. Resumo:

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

NOVA BRASILÂNDIA D` OESTE

O ENSINO DE QUÍMICA ORGÂNICA ATRAVÉS DE JOGOS LÚDICOS RESUMO

O USO DO TANGRAM EM SALA DE AULA: DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO

ENSINO DE QUÍMICA: REALIDADE DOCENTE E A IMPORTANCIA DA EXPERIMENTAÇÃO PARA O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

PRATICANDO O RCNEI NO ENSINO DE CIÊNCIAS - A CHUVA EM NOSSA VIDA! RESUMO

CONFECÇÃO DE MAQUETE PARA O ENTENDIMENTO DOS RÉPTEIS E DOS ANFÍBIOS EM AULAS DE CIÊNCIAS

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL II DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL VIDAL DE NEGREIROS CUITÉ/PB

AS CONTRIBUIÇÕES DO CURRÍCULO E DE MATERIAS MANIPULATIVOS NA FORMAÇÃO CONTINUADA EM MATEMÁTICA DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Luzinete André dos Santos LER, INTERPRETAR E PRATICAR A MATEMÁTICA

O AMBIENTE MOTIVADOR E A UTILIZAÇÃO DE JOGOS COMO RECURSO PEDAGÓGICO PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

PRAZER NA LEITURA: UMA QUESTÃO DE APRESENTAÇÃO / DESPERTANDO O PRAZER NA LEITURA EM JOVENS DO ENSINO MÉDIO

NARRATIVAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 1

JOGOS MATEMÁTICOS RESUMO INTRODUÇÃO

Organização Curricular e o ensino do currículo: um processo consensuado

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS NO CONTEXTO ESCOLAR

TÍTULO: JOGOS DE MATEMÁTICA: EXPERIÊNCIAS NO PROJETO PIBID CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA SUBÁREA: MATEMÁTICA

SALAS TEMÁTICAS: ESPAÇOS DE EXPERIÊNCIAS E APRENDIZAGEM. Palavras Chave: salas temáticas; espaços; aprendizagem; experiência.

A ORALIZAÇÃO COMO MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA EM SALA DE AULA

ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DE ATIVIDADES LÚDICAS NO 2 ANO DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA INÁCIO PASSARINHO CAXIAS MARANHÃO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DOS GRADUANDOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem. (Mário Quintana).

O LÚDICO: SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Prefeitura Municipal de Santos

JOGOS PARA O ENSINO MÉDIO1

Métodos de ensino-aprendizagem aplicados às aulas de ciências: Um olhar sobre a didática.

CONSTRUÇÃO DE QUADRINHOS ATRELADOS A EPISÓDIOS HISTÓRICOS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA RESUMO

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA ATRAVÉS DO LUDICO

OFICINA DE JOGOS APOSTILA DO PROFESSOR

O JOGO DIDÁTICO NA TRILHA DA SAÚDE : CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DA TEMÁTICA DIETA, ALIMENTAÇÃO E SAÚDE NO ENSINO DE CIÊNCIAS.

Jéssica Victória Viana Alves, Rospyerre Ailton Lima Oliveira, Berenilde Valéria de Oliveira Sousa, Maria de Fatima de Matos Maia

OFICINA SOBRE PORCENTAGEM E SUAS APLICAÇÕES NO COTIDIANO: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA PIBIDIANA

SEDUC SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO ESCOLA ESTADUAL DOMINGOS BRIANTE ANA GREICY GIL ALFEN A LUDICIDADE EM SALA DE AULA

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NUMA ESCOLA DO CAMPO

DAS CARTAS PARA O TABLET: TRANSIÇÃO DE UM JOGO PARA AUXILIAR O APRENDIZADO DE ENTOMOLOGIA MÉDICA. Higor Hícaro Aires Rocha de Freitas Melo (IMD/UFRN)

CAIXA MÁGICA. Sala 6 Língua Portuguesa EF I. E.E. Heidi Alves Lazzarini. Professora Apresentadora: Renata Lujan dos Santos Mufalo.

O USO DE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: A UTILIZAÇÃO DO CINEMA COMO FONTE HISTÓRICA Leandro Batista de Araujo* RESUMO: Atualmente constata-se a importância

A PROBLEMATIZAÇÃO DE JOGOS COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM PARA AS QUATRO OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS

Avaliação-Pibid-Metas

Profa. Ma. Adriana Rosa

Sonara Gonçalves Silva 1. Karen Pirola 2. Júlia Raquel Peterle Pereira 3. Maria Geralda Oliver Rosa 4

GEOMETRIA ANALÍTICA NO ENSINO MÉDIO ATRAVÉS DA METODOLOGIA DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

ENTREVISTA Alfabetização na inclusão

A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO

Carmosita de Moura Aquino Professora da SEE-DF

PROJETO AMARELINHA PROFESSORA: MARILENE FERREIRA DE LIMA OLIVEIRA. E.E Dr. MORATO DE OLIVEIRA

NOVOS CAMINHOS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

DICAS DE BURACO ONLINE

NÚMEROS REAIS: APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA HISTÓRIA E COM O AUXÍLIO DA CALCULADORA - UMA INTERVENÇÃO DA EQUIPE PIBID UEPB CAMPINA GRANDE

MÍDIAS NA EDUCAÇÃO Introdução Mídias na educação

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES E ALUNOS DA EJA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

Transcrição:

1 O USO DE JOGOS DE CARTAS COMO ESTRATÉGIA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA Ana Paula Vinoski Rengel, Instituto Federal do Rio Grande do Sul-Campus Bento Gonçalves, ana.rengel@bento.ifrs.edu.br Mara Salete Bianchi, Escola Ulysses Leonel de Gasperi, marasaleteb@yahoo.com.br Marta de Gasperi, Instituto Federal do Rio Grande do Sul-Campus Bento Gonçalves, martagasperi@hotmail.com Resumo Este trabalho aborda a experiência pedagógicas ligada a utilização de jogos de baralhos de cartas no ensino de matemática, como estratégia adotada nas ações do PIBID. Pensando em despertar o interesse e o gosto pela matemática na escola, os jogos criam possibilidades para um viés educativo e podem ser confeccionados a partir da utilização de materiais de baixo custo. Visam estimular o raciocínio lógico de forma prazerosa, aprendendo a ganhar e perder, trocando ideias e experiências. O educador aparece como mediador entre diversas situações que surgem no decorrer da atividade, cabendo ao mesmo observar e interferir quando necessário. As aulas tradicionais, que valem-se principalmente de quadro, giz, livro e propõem a resolução de listas intermináveis de exercícios, podem dar lugar a estratégias mais dinâmicas, diferenciadas e prazerosas. A literatura traz um aporte sem fim de jogos e atividades concretas que tratam dos mais diferentes conteúdos matemáticos. Um recurso que vem ao encontro dessa proposta é a utilização dos jogos de baralhos de cartas nas aulas de matemática e nas atividades ligadas ao PIBID. Se bem explorado, este recurso contribui sobremaneira para a aprendizagem da matemática garantindo a satisfação de alunos e professores. PALAVRAS-CHAVE: Raciocínio lógico; Matemática; Jogos. 1. Evidenciando a problemática A importância de lançar um novo olhar sobre o ensino da matemática faz-se urgente. Jogos pedagógicos, propostos para serem desenvolvidos em conjunto com alunos, trazem benefícios tanto para o educador como para o educando. A matemática apresentada de forma lúdica favorece a compreensão e a interpretação. Em paralelo a isto, a utilização de jogos em sala de aula permitem uma diversidade na metodologia de ensino e torna o ambiente dinâmico e produtivo.

2 Segundo Rizzo (2010),... O material permite que sejam feitas algumas alterações nas regras para adequá-lo a faixas de idade inferior ou superior, conforme seja o desejo ou necessidade do profissional que vá aplicá-lo. A busca por formas alternativas de ensinar matemática é preocupação frequente dos educadores de todos os níveis de ensino, dadas as muitas dificuldades e o baixo rendimento que os alunos apresentam com relação à aprendizagem desse componente curricular. Os resultados de avaliações externas comprovam o que os professores constatam em sala de aula. Com a necessidade da apropriação do conhecimento matemático, o educador assume papel de mediador entre o educando e o conhecimento científico. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (1998:29):...é importante que a matemática desempenhe, equilibrada e indissociavelmente, seu papel na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na agilização do raciocínio dedutivo do aluno, na sua aplicação a problemas, situações da vida cotidiana.... Em paralelo a esses estudos, se entrelaçam as ações do PIBD, o qual tem por finalidade apoiar a iniciação a docência valorizando o magistério e contribuindo para a elevação do padrão de qualidade da educação básica. Aproveitando o gosto dos alunos por baralhos de cartas, é possível utilizar esse recurso de forma a contribuir para a aprendizagem da matemática de forma lúdica e agradável. Sobre os jogos apresentados neste trabalho, destacamos sua dinamicidade, pois permitem variações e servem para a elaboração de novos jogos. Nosso objetivo com a utilização destes jogos é poder tornar as aulas de matemática mais interessantes e proveitosas para os educandos, e levar o educador a compreender o potencial didático dos jogos que muitas vezes nos transporta às regras, fórmulas e algoritmos mesmo sem termos a intenção. 2. Jogos de cartas A aplicação dos jogos com baralhos de cartas, objetiva o entrelaçamento entre o conteúdo da sala de aula e o jogo. Esta atividade foi desenvolvida após relatos de professores, queixando-se da problemática de resolução de cálculos, principalmente no que tange a multiplicação e divisão. As atividades propostas pelos autores vêm de encontro ao problema

3 em questão, apresentando sugestões e por que não dizer soluções. Os educandos podem participar da confecção dos jogos, pois exige apenas habilidades manuais para trabalhar com EVA, papelão, madeira, canetinhas, entre outros. A manipulação, após o jogo pronto, inicia com a formação da equipe, segundo as regras do mesmo. Nesta experiência, durante a elaboração das atividades, foi confeccionado um polígrafo contendo os jogos e suas respectivas regras de utilização. Seguem algumas propostas que constam no polígrafo: CHEGANDO A ZERO: Pode ser explorado por alunos de várias idades, pois envolvem, desde adição até a radiciação ou potenciação. Partindo de uma pontuação inicial, irão sendo retirados os valores que as cartas indicam e aplicando as operações que o professor solicitar, quando a pontuação estiver negativa, deve somar o valor formado por estas cartas até zerar sua pontuação, sagrando-se vencedor. O objetivo deste jogo é chegar exatamente à zero. FECHANDO A SEQUÊNCIA. O objetivo deste jogo é formar uma sequência, colocando cada carta com o valor, na posição correta. Um exemplo de como jogar se inicia com o primeiro participante pegando a primeira carta do monte. Ela indicará qual das cartas da sequência deve ser substituída. No caso de um 6, contam-se as cartas na sequência, virando a 6ª carta e em seu lugar põe a carta de valor 6. A contagem deve ser feita conforme Figura 1. Figura 1: Ilustração do inicio do jogo Fechando a Sequência.

4 O valor da carta que está na sexta posição indica a próxima carta a ser substituída. Se for um 4, o aluno deve contar novamente a sequência e colocar esta carta na quarta posição, retirando-se a carta que ocupa este espaço, conforme mostra a Figura 2. Figura 2: Ilustração do segundo passo A próxima a ser substituída será a carta que ocupa a nona posição e assim por diante. Quando a carta retirada da sequência tiver um valor correspondente a uma posição cuja carta foi substituída o jogador passa a vez, o que é o caso da Figura 3. Figura 3: Ilustração do caso em que o jogador passa a vez 3. Resultados e discussão Com esta proposta, o aluno desenvolve suas habilidades de cálculo e obtém resultados com mais agilidade e rapidez. Não necessariamente memoriza a tabuada, mas descobre maneiras de chegar aos resultados, usando o raciocínio lógico e melhorando sua atuação em

5 sala de aula. Um mesmo jogo pode e deve ser aplicado mais de uma vez, para que o aluno crie novas estratégias, com o aparecimento de novas situações. É importante perceber que no desenvolvimento do jogo, os alunos muitas vezes já sabem jogar, criaram suas próprias regras sem nunca ter lido sobre o assunto. Tudo que o aluno consegue com seu esforço produz sensação de vitória e faz com que ele vá cada vez melhor naquilo que faz bem. Por outro lado, naquilo que diminui sua autoestima a tendência é que o educando vá cada vez pior. O professor precisa auxiliá-lo a realizar novas conquistas na área da Matemática para evitar frustrações. Para um educador matemático não é suficiente conhecer sua área, ele precisa saber como ensiná-la e através dela fazer com que os educandos pensem, resolvam problemas e construam sua própria autonomia. Não há dúvidas de que a utilização de diferentes metodologias, estratégias ou recursos de ensino facilitam a aprendizagem da matemática, pois estimulam e encantam os alunos. A utilização consciente dos jogos leva o educando a motivar-se, facilitando a apropriação do conhecimento. Cabe ao educador avaliar se são pertinentes ou não em sua realidade e com seus educandos, realizar uma reflexão e aumentar o prazer pela disciplina. Precisamos de cidadãos que saibam decidir, encontrem as informações e saibam aplicá-las. Referências RIZZO, Gilda. Jogos Inteligentes: a construção do raciocínio na escola natural. 4ª ed.rio de Janeiro: Bertrand Brasil,2010. STAREPRAVO, Ana Ruth. Mundo das Idéias: jogando com a matemática, números e operações; ilustrações Felipe Grosso, Francis Ortolan, Reinaldo Rosa. Curitiba: Aymará, 2009. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997 e 1998.