CONFECÇÃO DE MAQUETE PARA O ENTENDIMENTO DOS RÉPTEIS E DOS ANFÍBIOS EM AULAS DE CIÊNCIAS
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- Madalena Madeira Clementino
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1 CONFECÇÃO DE MAQUETE PARA O ENTENDIMENTO DOS RÉPTEIS E DOS ANFÍBIOS EM AULAS DE CIÊNCIAS Antonio Santana de Souza Júnior 1 Dalva Maria da Silva 2 Jullyane Cristyna Albuquerque Gomes 2 Keylla Patrícia Rodrigues 2 Lidiane Alves dos Santos 2 Raquel Barroncas Barkokebas 2 1-Supervisor PIBIB Ciências-CAV 2- Bolsistas PIBID Ciências-CAV RESUMO Esta pesquisa foi realizada no 6 ano da Escola Municipal Doutor Ivo Queiroz Costa nas aulas de ciências no município de Vitória de Santo Antão, com intuito de mensurar a importância da utilização de maquetes para construção do conhecimento.nesse contexto, foi elaborada uma aula expositiva dialogada e proposta a criação de maquetes que ilustrassem o habitat, os nichos ecológicos, características morfológicas e hábitos dos répteis e de anfíbios. Seguindo essa linha de raciocínio, a proposta de modelos didáticos com as maquetes é de grande e significativa relevância para a aprendizagem dos alunos. Palavras-chave: Maquete, Conhecimento, Criação INTRODUÇÃO A ausência de conhecimento correto e o medo que vive o homem em relação a répteis e anfíbios, é um dos principais motivos de mortandade desses animais. Consequentemente, isso prejudica as ações conservativas e trava negativamente a existência e atividade natural dos grupos. Diante disso, entende-se que o ensino de ciências tem uma relação bastante peculiar com o progresso da comunidade escolar enquanto formadora de opiniões, a conscientização ambiental, paralela a importância da preservação das espécies, sendo trabalhada desde o início da vida escolar (AMES, 2013). A compreensão de como o aluno aprende e quais aspectos deste processo de aprendizagem podem ser explorados por estratégias metodológicas em busca de uma
2 aprendizagem significativa são passos importantes para o planejamento e implantação de práticas de ensino de boa qualidade (CABRERA, 2007). Partindo da estratégia de ensino, durante o planejamento é favorável que se leve em pauta os aspectos tanto sociais ou culturais e os individuais. A didática que promove a participação ativa do aluno, cooperação e levantamento de discussão do conhecimento construído, ideias e reflexões, trazem respostas mais significativas para a aprendizagem de ciências. Nos dias atuais da educação brasileira, para que a escola exerça seu papel na formação do cidadão, a conformação do currículo escolar do ensino médio e fundamental deve ser motivo de discussão. De aluno para aluno, a biologia em especial pode ser tão importante e interessante nessa informação, quanto irrelevante e insignificante de acordo como for o processo de ensino dessa disciplina (KRASILCHIK, 2008). É de dever do professor e não menos importante, da escola, incentivar discussões a caráter de debate e investigação, promovendo a melhor compreensão de Ciências como orientação e construção histórica e prática, o que vem a ultrapassar as barreiras do ensino lembrado com memorização (BRASIL, 2000). Nesse contexto, a maquete é um recurso didático útil que fornece ao aluno uma visão integradora e mais aproximada da realidade. Servindo também, como um modelo tridimensional que acarreta uma maior interpretação do conteúdo trabalhado. Diante disso, foi elaborada uma aula expositiva dialogada e proposta a criação de maquetes que ilustrassem o habitat, os nichos ecológicos, características morfológicas e hábitos dos repteis e de anfíbios. OBJETIVOS Objetivo Geral Construir e discutir um recurso nos quais abordem o nicho e habitat de anfíbios e répteis. Objetivos específicos Instigar a curiosidade sobre as diferenças entre répteis e anfíbios Promover a discussão sobre os mais diversos nichos e habitats Construir maquetes como um recurso didático envolvendo a participação dos alunos
3 METODOLOGIA 1 etapa (Abordagem teórica): A aula foi iniciada com um incentivo teórico pequeno com perguntas sobre o tema, com o propósito de instigar o conhecimento prévio dos alunos. Discutido então o conceito e exemplos de anfíbios e répteis, com auxílio do livro didático e slides com gravuras. Os conhecimentos populares foram bem debatidos para a compreensão dehabitat dos vertebrados em questão, o que de certa forma facilitaria aos alunos o entendimento para a atividade seguinte. 2 etapa (confecção das maquetes): A sala foi divididaem dois grandes grupos,com 15 integrantes cada. Onde foram disponibilizados para estes, materiais diversos tais como: folhas de papelão, cola,isopor, tesoura, tintas, massa de modelar, papel crepom, papel colorido,animais de plástico e borracha (além de répteis e anfíbios, foram inclusos como opções artrópodes, uma vez que cabia ao aluno reconhecer e selecionar répteis e anfíbios). 3 etapa (Exposição das maquetes) Após a confecção da maquete, a mesma foi exposta por dois líderes de cada grupo, com acesso livre para debate de toda a turma. Em cada representação, houve diferentes habitats, tanto para anfíbios em fase larval e adulta, quanto para répteis de hábitos aquáticos e/ou terrestres. A atividade ecológica desses animais também foi exposta e debatida, uma vez discutindo sua importância de interações. RESULTADOS Por meio da construção de maquetes, os alunos aprendem mais facilmente. Partem de meras observações às ilustrações dos livros didáticos para algo concreto e palpável que viabiliza o entendimento dos alunos. Com essa proposta metodológica, os discentesforam instigados a pensar em habitat, nichos ecológicos, características morfológicas e hábitos dos répteis e de anfíbios. Antes da construção da maquete, estabeleceu-se um diálogo com os discentes no intuito de mensurar os conhecimentos prévios deles. No momento foram feitas diversas perguntas a cerca do tema de répteis e anfíbios. Visando sanar dúvidas e despertar o senso crítico dos alunos para um maior aproveitamento da aula.
4 Durante a criação do recurso didático observou-se que os alunos se mantiveram atentos e prestativos. Construíram o passo a passo da transição dos anfíbios e répteis e seus respectivos habitats. Os discentes ficaram muito apreensivos na construção e na explicação, comentaram sobre a maquete com os colegas, compartilhando dúvidas e curiosidades. Evidenciaram que a utilização desse material contribuiu muito na formação do conhecimento proporcionando o aprendizado. No decorrer da aula até mesmo os alunos mais desinteressados nas aulas tradicionais, se envolveram produtivamente com o material pedagógico apresentado. Contribuindo com as ideais prévias que tinham sobre o assunto tratado de modo surpreendente. Ao término da confecção das maquetes, os alunos fizeram uma breve explicação dos conteúdos. Apontando aspectos mais relevantes das Classes Reptilia e Amphibia e, também responderam diversas perguntas a cerca do tema trabalhado. Houve uma significativa evolução nas respostas às indagações que foram feitas no inicio da aula. Através desse fato comprova-se a importância da inserção de materiais pedagógicos concretos no ensino tradicional que ainda domina a rede de ensino nas escolas. E fica evidente que a preparação de aulas teórico-práticas proporciona um maior entendimento do conteúdo aos alunos, facilita a construção do conhecimento. Foi alcançado um resultado de extremo sucesso, logo que a interação constante dos alunos com o professor e o conteúdo foi o que possibilitou maiores discussões. A partir de conhecimentos cotidianos dos alunos, criando assim um conhecimento significante. Diante disso, a maquete deve ser utilizada de forma mais regular em sala de aula para o ensino de ciências. DISCUSSÃO De acordo com Cabrera (2007) o processo de aprendizagem deve ser explorado por estratégias metodológicas que visem uma aprendizagem significativa. Nesse contexto, foi utilizada a aula-expositiva dialogada e a criação de maquetes referente aos répteis e anfíbios. Tornando a aula de ciências mais atrativa e contribuindo para um aprendizado mais importante para o aluno. As aulas de Ciências devem ser planejadas no intuito de propiciar aos alunos experimentar de diversas metodologias para um bom aproveitamento do conteúdo. Porque o conhecimento correto visa garantir o melhor relacionamento com esses grupos de animais.
5 Segundo Ames (2013), o ensino de ciências deve promover o progresso da comunidade escolar enquanto formadora de opiniões e conscientizar para a educação ambiental. Krasilchik (2008) aponta que as disciplinas, especialmente a biologia, pode ser interessante ou irrelevante dependendo da forma trabalhada. Diante disso, a construção de maquetes além de possibilitar o conhecimento mais significativo através de material palpável, favorece os elos de afetividade entre os alunos propiciando um resultado satisfatório. Os discentesse empenham na elaboração da atividade visando alcançar os objetivos em comum. Este processo tem contribuído no desenvolvimento escolar dos indivíduos. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais, o professor deve atuar como mediador do conhecimento promovendo a discussão e a investigação para melhor compreensão de Ciências. O formato de aula trabalhado propicia ao docente participar em cada etapa da construção da atividade proposta. Levando os alunos a assumirem o papel de agente construtor de conhecimentos a partir de ideias levantadas por cada um. Instigando o alunado a discutir e promover debates a cerca dos temas. Facilitando um momento de aprendizagem eficaz que desenvolve nos alunos o desejo de aprender o novo e de vivenciar outras experiências. CONCLUSÃO Conclui-se que a elaboração de recursos metodológicos pelos alunos é muito proveitosa, porque leva os discentes a construir e interpretar os conteúdos de ciências. Tornando a aprendizagem mais dinâmica e significativa. É fundamental que professores tornem constante a utilização de maquetes atreladas aos conteúdos trabalhados. Verificou-se um ótimo aproveitamento da atividade proposta e uma excelente aquisição de conhecimento. Visto que, os alunos se dispuseram e interagiram durante o desenvolvimento de toda a atividade. Ficaram muito entusiasmados e se expressaram de forma muito espontânea e colaboraram demonstrando curiosidade e euforia para realização da atividade proposta. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMES, A. R. et al. Propostas De complementação ao Ensino Básico visando a conscientização Ambiental e a preservação de répteis e anfíbios. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 5, n. 1, 2013.
6 BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. 2. ed. Brasília: MEC/SEF, v CABRERA, W. B. A Ludicidade para o Ensino Médio na disciplina de biologia f. Dissertação de mestrado. (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) Universidade Estadual de Londrina, Londrina, KRASILCHIK, M. Prática de ensino de Biologia. 4. ed. São Paulo: Harbra, p
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