Prof. Fernando R. Ferreira frf.frf@hotmail.com



Documentos relacionados
Bases Metodológicas do Treinamento Desportivo

Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa)

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte

PROTOCOLOS PARA TESTES DE AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE CARDIORRESPIRATÓRIA

TREINAMENTO DE FORÇA RELACIONADO A SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Treinamento de Força

O Volume Do Treinamento No Futsal

ANÁLISE DAS CARGAS E MÉTODOS DE TREINAMENTO UTILIZADOS NA PREPARAÇÃO FÍSICA DO FUTSAL FEMININO AMAZONENSE

Prof. Kemil Rocha Sousa

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO (Currículo de início em 2015)

PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO AERÓBIO

Deficiência de Desempenho Muscular. Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO APLICADA À SAÚDE E AO CONDICIONAMENTO FÍSICO

ADAPTAÇÕES AO TREINAMENTO NO FUTEBOL Silvia Teixeira de Pinho; Daniel Medeiros Alves; Luiz Antonio O. Ramos Filho 1

ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M.

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Grau de hipertrofia muscular em resposta a três métodos de treinamento de força muscular

Desenvolvimento das capacidades motoras

Modalidades esportivas Sesc

PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE II

Mais em forma, mais veloz, mais forte, mais alongado: Programa de Desenvolvimento de Cárdio Precor

INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO AERÓBIO NO ÍNDICE DE FADIGA MEDIDO EM TESTE DE SPRINTS REPETIDOS (RAST)

NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO EXERCÍCIO

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHAELADO (Currículo de início em 2015)

Atividade Física. A atividade física aumenta a sensibilidade à insulina e a capacidade de absorver os nutrientes.

PROJETO. Saúde, um direito Cívico

Sociedade União 1º.Dezembro. Das teorias generalistas. à ESPECIFICIDADE do treino em Futebol. Programação e. Periodização do.

CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAS E FATORES FISIOLÓGICOS DO TREINAMENTO DO VOLEIBOL DE ALTO N ~ L

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA CARDIOVASCULAR NO PÓS- OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

Prof. Paulo Fonseca Bioenergética do exercício

QUANTIFICAÇÃO FISIOLÓGICA DA CARGA DE TRABALHO EM ESPORTES AQUÁTICOS: EFICÁCIA PARA A VITÓRIA ESPORTIVA *

Teoria e Prática do Treinamento Aplicada na Corrida de Rua

EMENTAS DE DISCIPLINAS - BACHARELADO NÍVEL I

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA (PROCOR)

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO ESPORTIVA APLICADA À SÁÚDE, ESTÉTICA E DESEMPENHO FÍSICO

Força e Resistência Muscular

AUMENTO DRAMÁTICO DO INTERESSE E PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS NO ESPORTE DE ALTO NÍVEL

CEF Periodização e Sistemas de Treino

A RELEVÂNCIA DOS INTERVALOS DE REPOUSO ENTRE AS SÉRIES NO TREINAMENTO DE MUSCULAÇÃO OBJETIVANDO A HIPERTROFIA MUSCULAR

TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA ESPECIFICIDADE NO TREINAMENTO DO FUTEBOL CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA

Circuito de Atletismo em Pavilhão Games and Fun

ELABORAÇÃO TREINO MUSCULAÇÃO PROF.MS. CARLOS MINE UNITAU

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA

METODOLOGIA DO TREINO

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue

Reabilitação Cardíaca A reabil

PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO PROF.ª ESP. MARIA HELENA CARVALHO

ATIVIDADE PARA O IDOSO. Prof. Dr. Denilson de Castro Teixeira

Métodos de treino da resistência

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

O Ginásio Topázio é um espaço de actividade física que existe desde Fevereiro de 2006, localizado em Alfornelos, no Concelho da Amadora.

Fitness II PROF. FABIO DUTRA

Orientações para montagem

Atividade física: pratique essa ideia.

Considerada como elemento essencial para a funcionalidade

ANÁLISE DOS NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICA DE MENINOS PRATICANTES DE FUTSAL NA CATEGORIA SUB DA CIDADE DE GUARAPUAVA PR

Disciplina: FISIOLOGIA CELULAR CONTROLE DA HOMEOSTASE, COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO DO CORPO HUMANO (10h)

FACULDADE METODISTA DE SANTA MARIA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA JOSÉ OTAVIO FRANCO DORNELLES CREF2/RS 3700

EMENTÁRIO E REFERÊNCIAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 4º SEMESTRE

EFEITOS DE DIFERENTES INTERVALOS RECUPERATIVOS NO NÚMERO DE REPETIÇÕES NO EXERCICIO SUPINO RETO LIVRE Marcelo dos Santos Bitencourt

O Treino no BTT. COALA Clube Orientação Aventura Litoral Alentejano

Medicina. Esportiva. da reabilitação ao alto rendimento

Manual de Operações das Atividades Desportivas

Sistemas de Treino de Força Muscular

A INFLUÊNCIA DA INICIAÇÃO DESPORTIVA DO FUTEBOL NO DESENVOLVIMENTO MOTOR DE CRIANÇAS DO SEXO MASCULINO COM IDADES ENTRE 11 A 13 ANOS.

Crescimento e Desenvolvimento de Atletas Jovens nas Distâncias de Fundo e Meio Fundo: Fases Sensíveis

Laboratório de fisiologia do exercício

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

PERIODIZAÇÃO APLICADA AO TREINAMENTO FUNCIONAL

Desenvolvimento da criança e o Desporto

Programa de Controle de Peso Corporal

CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO DE FISICULTURISTAS UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DIRETO E INDIRETO

Um Alerta, uma Reflexão, um Desafio

PLANO DE TRABALHO DOCENTE 2015 ENSINO FUNDAMENTAL Professor(a): Rubia Mara Ferreira da Luz Disciplina: Educação Física Ano/Turma: 9 os C e D

ANÁLISE FUNCIONAL DO FITNESS

ANEXO I UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE UNIVILLE COLÉGIO DA UNIVILLE PLANEJAMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

PLANEJAMENTO ANUAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Confederação Brasileira de Voleibol PREPARAÇÃO FÍSICA Prof. Rommel Milagres SAQUAREMA Dezembro 2013

Atividade física e saúde

Todos nossos cursos são preparados por mestres e profissionais reconhecidos no mercado, com larga e comprovada experiência em suas áreas de atuação.

UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE FACULDADE DE CAMPINA GRANDE FAC CG

O Papel do Professor de Educação Física na Prevenção de Lesões em Atletas

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO PRÁTICAS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NO LAGO JABOTI

PLANO DE CARREIRA DO NADADOR DO AMINATA ÉVORA CLUBE DE NATAÇÃO

REABILITAÇÃO CARDÍACA

EMENTÁRIO. Princípios de Conservação de Alimentos 6(4-2) I e II. MBI130 e TAL472*.

EMAGRECIMENTO POR MEIO DA INTENSIDADE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM AULAS DE CYCLING INDOOR

Diminua seu tempo total de treino e queime mais gordura

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PLANO DE ENSINO

A PLIOMETRIA por Sebastião Mota

FACULDADES INTEGRADAS PADRE ALBINO. Catálogo 2015 do Curso de Bacharelado em Educação Física

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA QUINTA DO CONDE

EXERCÍCIO E DIABETES

Gabarito do Caderno do Aluno para o professor

EMENTÁRIO. Princípios de Conservação de Alimentos 6(4-2) I e II. MBI130 e TAL472*.

Partes Específicas da Aula (Ginástica)

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO. ANEXO I. PROJETO DE ( ) CURTA DURAÇÃO (x) LONGA DURAÇÃO

Centro de Educação Superior do Oeste - CEO

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida

Transcrição:

Prof. Fernando R. Ferreira frf.frf@hotmail.com

Esquema de Aula Atividade Física Bioenergética - Sistemas Produtores de Energia Princípio do Treinamento Identificação de Índices Fisiológicos Capacidade Aeróbia Fatores determinantes e limitantes do condicionamento cardiovascular Exercícios com pesos Variáveis do Treinamento de Força

Esquema de Aula Potência Muscular Máxima Sobrecarga Muscular Programa de Treinamento Potência e Resistência Anaeróbia Anaeróbio X Aeróbio Treinamento simultâneo com pesos e endurance Importância do exercício aeróbio no treinamento de força Treinamento intervalado Artigos

Atividade Física Formal Participativo Academias Clubes Esportes Competitivo Esportes Informal Atividades diárias

Atividade Física Estética Saúde Performance

Bioenergética Os ajustes metabólicos que ocorrem no exercício, produzem 3 importantes conseqüências para a homeostasia energética. Manutenção da glicemia; Utilização do substrato energético com maior eficiência para a atividade física realizada; Preservação do glicogênio muscular. Wasserman & Vranic, 1986

Transformação Biológica de Energia Informações a respeito dos sistemas energéticos envolvidos com a prática de atividade física permite determinar índices que refletem os ajustes para obtenção de energia, de acordo com a intensidade e a duração. Sistema ATP-CP Esgota-se rapidamente Rapidamente reposto Força Potência Velocidade Metabolismo Anaeróbio Resistência de Velocidade Resistência Anaeróbia Resistência Localizada Metabolismo Aeróbio Grande estoque energético Reposto lentamente Resistência Aeróbia Potência Aeróbia Endurance

PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO Os princípios do treinamento são normas que devem ser respeitadas quando se elabora e prescreve um treinamento ou um planejamento de treinamento, para que este seja adequado ao indivíduo e consiga atingir todos os objetivos desejados. Individualidade Biológica Sobrecarga Reversibilidade Especificidade

A identificação de índices fisiológicos Fornece aos preparadores físicos, uma ferramenta precisa para prescrição da atividade física, respeitando os limites de cada atleta; de acordo com a necessidade, objetivo, limitações e fase de treinamento. (volume, intensidade e freqüência)

Utilização dos índices fisiológicos em atividade física (Avaliação) Avaliação da evolução dos índices de aptidão física; Diagnóstico do condicionamento físico atual; Reavaliação periódica; Diagnostico individual da evolução; Identificar as necessidades específicas de cada indivíduo; Avaliação do Grupo; Periodização do treinamento; Possibilita a quantificação de melhora do condicionamento físico geral. (reavaliação e comparação). Atividade Física Ideal Quantidade X Qualidade

Capacidade Aeróbia (Como testar?) Medida direta ou indireta Fórmulas, tabelas, nomogramas, metabólicos, etc; Testes de campo ou laboratoriais, (12 minutos, 4000m, ergoespirometria, etc); Escolha do Ergômetro (biomecânica da modalidade esportiva, reavaliação e comparação); Escolha do Protocolo de teste. Objetivo Identificar os fatores fisiológicos para o êxito na modalidade desportiva; Identificar os limites de tolerância ao exercício.

Fatores determinantes do condicionamento cardiovascular Idade Sexo Composição corporal Nível de condicionamento físico Hereditariedade

Fatores limitantes do condicionamento cardiovascular Muscular Cardiovascular Pulmonar

Exercícios com pesos Qualidade de Vida 3 a Idade (Aumento no conteúdo mineral ósseo) Hipertensão e Cardiopatias Obesidade (Diminuição da gordura corporal) Diabetes (aumenta captação de glicose) Lesões músculo-esqueléticas Fortalecimento dos ligamentos; Fortalecimento dos tendões; Menor incidência de lesões e sua recuperação; Aumento de ATP-CP e glicogênio muscular; Diminuição do colesterol total; Melhora no rendimento esportivo.

RONNIE COLEMAN 2002 ARNOLD SCHWARZENEGGER 1975

VARIÁVEIS DO TREINAMENTO DE FORÇA 1 - Análise das necessidades: Movimento(exercício); Fisiológica; Lesões (histórico). 2 - Seleção de exercícios: Especificidade; Equilíbrio muscular (agonista/antagonista); Disponibilidade de equipamentos.

VARIÁVEIS DO TREINAMENTO DE FORÇA 3. Freqüência de treinamento: Número de sessões semanais; Grau de treinabilidade do praticante. 4. Ordem dos exercícios: Potência; Força pura ou máxima; Grandes grupos musculares (multiarticulares); Pré-exaustão; Alternar, MMSS com MMII (alternado por segmento).

VARIÁVEIS DO TREINAMENTO DE FORÇA 5 - Volume: Séries X Repetições X Peso; Número total de repetições. 6 - Intervalo entre séries e exercícios: Objetivos (força pura, hipertrofia, potência, resistência muscular). 7 - Peso (carga) e repetições: Percentual de 1 Repetição Máxima (% 1 RM); Número de Repetições Máximas (RMs); Objetivos (força pura, hipertrofia, potência, resistência muscular).

Utilização dos índices fisiológicos em Potência Muscular Máxima (Avaliação) Os testes de Potência muscular são classificados de acordo com sua duração. Teste de curta duração: 10 segundos ou menos; Teste média duração: 20 e 60 segundos; Teste longa duração: 60 e 120 segundos. Cada tipo de teste reflete indiretamente uma medida da capacidade de regenerar ATP durante um determinado intervalo de tempo. (Robergs et al. 2000)

Sobrecarga Muscular Força Máxima (Força Pura): Força de Sprint Força explosiva ou Movimento de força em velocidade Força isométrica ou estática Força dinâmica Máxima tensão muscular contra máxima resistência Capacidade de acelerar rapidamente Movimentos com força e velocidade Sem produção de movimento Contração voluntária produzindo trabalho mecânico

Programa de Treinamento Três opções de programas de treinamento (Clínicas, hospitais, academias, clubes, etc). Exercícios Aeróbios Treinamento de Força Treinamento Combinado Caminhada Corrida Bicicleta Elíptico Dança Aula coreografadas Endurance (RML) Força Explosiva (Potência) Força Dinâmica (Hipertrofia) Força Máxima Exercício Aeróbico X Treinamento de Força Contínuo e Intervalado Musculação Caminhada e Musculação

Correlações das 3 formas principais de força (J. Weineck, 1991)

POTÊNCIA ANAERÓBICA OBJETIVOS Potencialização da capacidade de manter um exercício curto e intenso com a mesma qualidade de movimento sem perder intensidade e coordenação. Utilização com eficiência do sistema ATP- CP.

RESISTÊNCIA ANAERÓBICA OBJETIVOS Melhora da capacidade de suportar uma alta intensidade de exercício com altas concentrações de lactato sanguíneo. Bom funcionamento da via glicolítica.

POTÊNCIA E RESISTÊNCIA ANAERÓBICA DESENVOVIMENTO DO TRABALHO Obedecer tempo de estímulos e distância para diferenciar valências propostas; Intervalos suficientes para melhor resposta da via utilizada.

POTÊNCIA E RESISTÊNCIA ANAERÓBICA POTÊNCIA ANAERÓBICA: Estímulos até 15 de execução ou com distâncias até 100m de deslocamento em intensidade alta. RESISTÊNCIA ANAERÓBICA: Estímulos acima de 25 de execução ou com distâncias acima de 150m em intensidade alta.

Anaeróbios X Aeróbios Exercício Anaeróbio Relação Volume X intensidade Atividade de curta duração Início do exercício e atividades de até 2/3 min. Alta intensidade ATP-CP e glicólise Anaeróbia Exercício Aeróbio Atividade de longa duração Acima de 3 min Baixa intensidade Predominante Gordura Contribuição da Produção Aeróbia/ Anaeróbia de ATP Durante o Exercício Segundos Minutos 10 30 60 2 4 10 30 60 120 % De Prod. Aeróbia 10 20 30 40 65 85 95 98 99 % De Prod. Anaeróbia 90 80 70 60 35 15 5 2 1 Powers & Howley, 2001

Anaeróbios X Aeróbios REMOÇÃO DE LACTATO O ácido lático não se acumula necessariamente em todos os níveis de exercício. Durante o exercício leve e moderado as demandas energéticas de ambos os grupos são satisfeitas adequadamente por reações que utilizam oxigênio. Em termos bioquímicos, o ATP para a contração muscular torna-se disponível predominantemente através da energia gerada pela oxidação do hidrogênio. Qualquer ácido lático formado no exercício leve é oxidado rapidamente. Assim sendo,o nível sangüíneo de ácido lático se mantém bastante estável, até mesmo quando o consumo de oxigênio aumenta. McArdle et al. 1998

Treinamento simultâneo com pesos e endurance O Treinamento Aeróbio leva a uma densidade capilar maior no músculo e uma capacidade aumentada do músculo de gerar energia (ATP) com oxigênio, o que aumenta a endurance muscular. Em contraste, o treinamento anaeróbio produz força muscular aumentada e uma tolerância maior aos desequilíbrios ácido base durante os exercícios de alta intensidade. Howley e Franks, 2000

Treinamento simultâneo com pesos e endurance (bom ou ruim???) O treinamento de força e endurance concomitantes, não interferem no desempenho da força ou da endurance em comparação com treinamento de força ou endurance isoladamente. (Sale, 1990) Programas concomitantes de treinamento de força e aeróbio produzem menos aprimoramento da força e potência muscular em relação ao treinamento que destina-se apenas ao aprimoramento da força. (Hennessy, Watson, 1994).

Treinamento simultâneo com pesos e endurance Fatores que influenciam no treinamento: Volume de treinamento; Freqüência de treinamento; Nível de treinamento dos indivíduos; Forma que os dois métodos são integrados.

IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO AERÓBIO NO TREINAMENTO DE FORÇA Recuperação mais rápida; Melhor remoção de lactato; Benefícios Cardio-respiratório; Diminuição da gordura corporal.

TREINAMENTO INTERVALADO São sessões intensas de curta duração alternadas com períodos de alívio. O treinamento intervalado é utilizado classicamente por corredores de distância intermediária e média como um meio de proporcionar um estímulo do treinamento aos sistemas energéticas tanto aeróbio quanto anaeróbio. American College of Sports Medicine, 2003

Base Lógica para o Treinamento Intervalado O treinamento intervalado possui uma base sólida em fisiologia e metabolismo energético. No treinamento intervalado, como nas outras formas de condicionamento fisiológico, a intensidade do exercício deve ser ajustada aos sistemas energéticos específicos a serem treinados. Intervalo de recuperação (Alívio) O intervalo de recuperação pode ser tanto passivo (repousorecuperação) quanto ativo (trabalho-recuperação). A duração recomendada costuma ser relacionada com o trabalho a fazer, geralmente a relação de 1 para 3. Ex. um velocista que corre 10 recupera 30. McArdle et al. 1998

TREINAMENTO INTERVALADO (variações) Intervalado: Envolve a realização de exercícios contínuos alternados por breves períodos de recuperação. -Constante -Crescente -Crescente / Decrescente -Decrescente-Crescente -Variativo (Monteiro, 2001).

Volume X Intensidade

Ajustes cardio-respiratório e metabólico em exercícios aeróbios e anaeróbios de mesma demanda energética (Pavanelli, C; Neto, T.L.B, 2000) OBJETIVO: analisar os ajustes cardio-respiratório e metabólico em dois modelos de atividade física (aeróbia e anaeróbia) com a mesma demanda energética. Fase a: repouso 2 minutos Fase b: 4x15 com 1 min intervalo Fase c: 5 min intervalo Fase d: 5 min bicicleta

EFEITOS DO TREINO E DO DESTREINO ESPECÍFICOS NA FORÇA EXPLOSIVA: UM ESTUDO EM JOVENS BASQUETEBOLISTAS DO SEXO MASCULINO Tabela 5 Valores médios de consumo de oxigênio (VO 2 ), razão de trocas gasosas (R), frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) durante a fase a do esquema esperimental. Consumo de Oxigênio (VO 2 ml/kg/min) STPD Média DP 5,19 0,46 Razão de Trocas Gasosas (R) 0,76 0,02 Frequência Cardíaca (FC bpm) 71,5 2,8 Pressão Arterial Sistólica (PAS) mmhg 120,5 3,69 Pressão Arterial Diastólica (PAD) mmhg 75 4,71

EFEITOS DO TREINO E DO DESTREINO ESPECÍFICOS NA FORÇA EXPLOSIVA: UM ESTUDO EM JOVENS BASQUETEBOLISTAS DO SEXO MASCULINO G rá fic o 1 - V a lo re s m é d io s d o c o n su m o d e o x ig ê n io (V O 2 m L /k g /m in ) d u ra n t e o e sq u e m a e x p e ri m e n t a l. ml/kg/min 25 20 15 10 5 0 Valores Médios - Consumo de Oxigênio 17,28 17,61 5,19 7,2 Fase a Fase b Fase c Fase d R 1,6 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Valores Médios - Razão de Trocas Gasosas 0,76 * 1,31 0,86 0,88 Fase a Fase b Fase c Fase d

EFEITOS DO TREINO E DO DESTREINO ESPECÍFICOS NA FORÇA EXPLOSIVA: UM ESTUDO EM JOVENS BASQUETEBOLISTAS DO SEXO MASCULINO (SANTO et al 1997). OBJETIVO Identificar os efeitos do treino pliométrico nos indicadores da força explosiva (velocidade, agilidade, salto a partir de uma posição estática, salto com contra-movimento e potência mecânica média dos membros inferiores em jovens basquetebolistas; Identificar os efeitos do destreino específico e da aplicação de um programa de treino pliométrico reduzido nos ganhos anteriormente obtidos. MATERIAL E MÉTODOS 19 jovens basquetebolistas, masculino, idade entre 14 e 15 Regional de Testes de avaliação da força explosiva Velocidade 20m Agilidade Salto estático Salto contra movimento Potencia mecânica média.

EFEITOS DO TREINO E DO DESTREINO ESPECÍFICOS NA FORÇA EXPLOSIVA: UM ESTUDO EM JOVENS BASQUETEBOLISTAS DO SEXO MASCULINO 1º parte - programa de treino pliométrico (saltos no lugar, saltos com deslocamento, saltos em profundidade e saltos com carga adicional), com a duração de oito semanas e uma freqüência de três vezes por semana. 2º parte - imediatamente após as oito semanas de treino, os sujeitos foram aleatoriamente distribuídos por dois grupos: O primeiro (G1, n= l0), respeitou um período de treino específico de quatro semanas mantendo, contudo, os treinos regulares de basquetebol. O segundo (G2, n= 9) cumpriram um programa de treino pliométrico reduzido, em simultâneo com os treinos regulares de basquetebol. A estrutura de treino adaptada foi idêntica à da fase inicial, com os mesmos níveis de intensidade, mas com uma redução na freqüência (uma vez por semana) e no volume.

EFEITOS DO TREINO E DO DESTREINO ESPECÍFICOS NA FORÇA EXPLOSIVA: UM ESTUDO EM JOVENS BASQUETEBOLISTAS DO SEXO MASCULINO Da observação do quadro de resultados obtidos do pré para o pós-treino, constatam-se diferenças estatisticamente significativas em todas as variáveis estudadas (TABELA 1). Os ganhos superiores ocorreram nos indicadores velocidade, agilidade e salto estático.

EFEITOS DO TREINO E DO DESTREINO ESPECÍFICOS NA FORÇA EXPLOSIVA: UM ESTUDO EM JOVENS BASQUETEBOLISTAS DO SEXO MASCULINO CONCLUSÕES a) os resultados do estudo comprovam a eficácia da aplicação do programa de treino pliométrico utilizado na melhoria da força explosiva em jovens jogadores de basquetebol; b) o período de treino reduzido, por um lado e a situação de destreino específico, por outro, concorrem indistintamente para a manutenção dos níveis de força explosiva. Estes resultados apontam inequivocamente para o poder único que o treino específico em basquetebol parece ter para a sustentação e manutenção da performance motora (indicadores da força explosiva), pelo menos a partir do quadro de pressupostos do programa de treino aplicado.

frf.frf@hotmail.com

BIBLIOGRAFIAS 1- J. Weineck, 1991 biologia do esporte ed manole pag 182 2-Howley e Franks, manual do instrutor de condicionamento físico 3ª ed ed. Artmed pag 251, 2000. 3-Mcardle, w. D., Katch, F. I., Katch, V. L., Fisiologia do exercício energia, nutrição e desempenho humano. 4º edição, ed. Guanabara koogan, p.373-435. 1998. 4-Robergs, r.a., Roberts, s.o. Princípios fundamentais de fisiologia do exercício para aptidão, desempenho e saúde. 1º ed. São paulo: phorte editora; 2002. P. 265-315. 5-Newsholme, e., Leech, t., Duester, g. Corrida: ciência do treinamento e desempenho. 1º ed. São paulo: phorte editora; 2006. 6-Monteiro, a.g. Treinamento personalizado: uma abordagem didático-metodológica. 1ºed. São paulo: phorte editora; 2000. P.107.

BIBLIOGRAFIAS 7-Guglielmo, l.g.a., Greco, c.c., Denadai, b.s. Relação da potência aeróbica máxima e da força muscular com a economia de corrida em atletas de endurance. Rev bras med esporte, 2005, jan./fev. 11(1): 53-56. 8- Wilmoree costill, 2001 9 Ghorayeb, N. Barros neto, T.L. O exercício: preparação fisiológica, avaliação médica, aspectos especiais e preventivos. 1º ed. São paulo; editora atheneu; 2004. P.03-13, 173-183, 463-467. 10-Weineck, j. Treinamento ideal: instruções técnicas sobre o desempenho fisiológico, incluindo considerações espesíficas de treinamento infantil e juveninil. 9 edição, ed manole, 1999 11-Manual de pesquisa das diretrizes do acsm para os testes de esforço e sua prescrição quarta edição guanabara koogan p.455.