Martins Pereira, S. Moreira, F.; Breda, M.; Pratas, R.; Dias, L. Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial Hospital de Braga



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Transcrição:

Martins Pereira, S. Moreira, F.; Breda, M.; Pratas, R.; Dias, L. Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial Hospital de Braga

Introdução Hipertrofia de adenóides e amígdalas como principal causa de obstrução da via aérea superior na infância Sintomas: Nocturnos e Diurnos Alteração de desenvolvimento Diagnóstico: clínico; registo do sono em vídeo; polissonografia

Introdução Adenoidectomia vs Adenoamigdalectomia Morbilidade e mortalidade cirúrgica Hemorragia 1% vs 3% Retorno às AVDs da criança e pais Indicações cirúrgicas não universais Conhecer probabilidade de necessitar de segunda cirurgia

Materiais e Métodos Estudo retrospectivo Consulta de processos clínicos Setembro de 2011 e Setembro de 2013 Período de follow up entre 5 e 29 meses Critérios de Inclusão: Idade inferior a 18 anos Submetidos a adenoidectomia Sintomas obstrutivos (Roncopatia nocturna com/sem apneias)

Materiais e Métodos Critérios de exclusão: Obesos Crianças com patologias respiratória ou alérgica associada Crianças com mal formações crânio- encefálicas Cirurgias de revisão Submetidas a adenoidectomia por outras patologias Associadas a outros procedimentos cirúrgicos como electrocauterização de cornetos inferiores ou radiofrequência de amígdalas Amígdalas grau IV na escala de Friedman

Resultados 168 doentes Idade entre 1 e 12 anos Idade Média 6 anos Sexo dos pacientes Válido Porcentagem Porcentagem Frequência Porcentagem válida acumulativa Masculino 105 62,5 62,5 62,5 Feminino 63 37,5 37,5 100,0 Total 168 100,0 100,0

Resultados

Resultados Grau de Hipertrofia amigdalina das crianças submetidas a adenoidectomia isolada III 16,7% I 26,2% II 57,1%

Resolução dos sintomas Houve resolução da roncopatia? Válido Porcentagem Porcentagem Frequência Porcentagem válida acumulativa Sim 122 72,6 72,6 72,6 Não 46 27,4 27,4 100,0 Total 168 100,0 100,0

Resolução dos sintomas em função do grau de hipertrofia amigdalina Sim Não 22,70% 28,10% 32,14% 77,30% 71,90% 67,86% Grau I Grau II Grau III

Resolução dos sintomas em função do sexo dos pacientes 120,00% 100,00% Não Sim 80,00% 28,60% 26,70% 60,00% 40,00% 71,40% 73,30% 20,00% 0,00% Sexo Feminino Sexo Masculino

Discussão Objectivo: determinar se os pacientes pediátricos submetidos a adenoidectomia para tratamento de sintomas obstrutivos necessitam de uma amigdalectomia adicional 72,6% dos pacientes obtiveram resolução dos sintomas com adenoidectomia isolada 71% dos pacientes não necessitaram de nenhuma cirurgia adicional após um período de follow up de 3,5 anos Brietzke, S. ; Kenna, M. et all; Pediatric adenoidectomy: What is the effect of obstructive symptoms on the likelihood of future surgery?, International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology (2006) 70, 1467-1472; Black, A.; Shott, S.; Is Adenoidectomy alone sufficient for the treatment of airway obstruction in children?, The Laryngoscope 124: January 2014 Necessidade de amigdalectomia após adenoidectomia: 7,8% Gov- Ari, E.; Mills, JC. Et all; Predictors of tonsillectomy after previosu adenoidectomy for upper airway obstruction ; Otolaryngol. Head and Neck Surg., 2012 Apr.; 146(4):647-52

Discussão Quanto maior o grau de hipertrofia, maior a probabilidade de necessidade de cirurgia subsequente 28,6% dos pacientes do sexo feminino não resolveram a sintomatologia vs 26,7% do sexo masculino Não obtivemos conclusão em relação à relação idade vs resolução dos sintomas Factores de risco para a necessidade de cirurgia adicional (Gov- Ari, E.; Mills, JC. Et all; Predictors of tonsillectomy after previous adenoidectomy for upper airway obstruction ; Otolaryngol. Head and Neck Surg., 2012 Apr.; 146(4):647-52): ( Idade inferior a 2 anos Sexo feminino com idade inferior a 3 anos Hipertrofia de amígdalas 2 (Escala de Friedman) Segundo Kay, DJ. Et all; Rates and risk factores for subsequent tonsillectomy after prior adenoidectomy, Arch Otolaryngol. Head and Neck Surg. 2005; 131:252-255: 28,7% crianças com idade inferior a 2 anos necessitou de amigdalectomia em 5 anos 14,8% idade entre 2-4 anos 6,1% idade entre 5-7 anos 2% idade superior a 7 anos.

Discussão Limitações dos estudos: Não utilização sistemática de polissonografia como medida objectiva de obstrução Não utilização de questionários uniformes aos pais Estudos com curto follow up (excepção Gov-Ari, E; Mills, JC. et all; Predictors of tonsillectomy after previous adenoidectomy for upper airway obstruction ; Otolaryngol. Head and Neck Surg., 2012 Apr.; 146(4):647-52 )

Discussão O facto da maioria dos pacientes que realizou adenoidectomia isolada como tratamento de sintomas obstrutivos não necessitar de cirurgia subsequente mesmo em estudos com follow - up prolongado exclui uma recomendação generalizada para adenoamigdalectomia Black, A.; Shott, S.; Is Adenoidectomy alone sufficient for the treatment of airway obstruction in children?, The Laryngoscope 124: January 2014

Conclusão Escassez da literatura em estudos que comparem VA versus AVA na resolução de sintomas obstrutivos em crianças O impacto na qualidade de vida destes doentes depende de uma selecção cuidada entre aqueles que necessitam de adenoidectomia versus adenoamigdalectomia Estudos prospectivos que controlem a eficácia da adenoidectomia através do uso de medidas objectivas de obstrução (Polissonografia) e que sistematizem os sintomas por questionários uniformes são imprescindíveis.

Referências Bibliográficas 1 Black, A.; Shott, S.; Is Adenoidectomy alone sufficient for the treatment of airway obstruction in children?, The Laryngoscope 124: January 2014 2- Tagaya, M.; Nakata, S. et all; Relationship between adenoid size and severity of obstructive sleep apnea in preschool children, International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology 76 (2012) 1827-1830 3- Gov- Ari, E.; Mills, JC. Et all; Predictors of tonsillectomy after previosu adenoidectomy for upper airway obstruction ; Otolaryngol. Head and Neck Surg., 2012 Apr.; 146(4):647-52 4- Clinical Indicators: Tonsillectomy, Adenoidectomy, Adenotonsillectomy in Childhood, Clinical Practice Guideline, Otolaryngology Head and Neck Surgery, 2011, 144 :S1 5- Parker, N.; Walner, D.; Trends in the indications for pediatric tonsillectomy or adenotonsillectomy, International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology 75 (2011) 282-285 6- Erickson, B, Larson, D. et all; Changes in incidence and indications of tonsillectomy and adenotonsillectomy, 1970-2005 ; Otolaringology Head and Neck Surgery (2009) 140, 894-901 7- Garcia, J.; Uali-Abeida, M. et all; Obstructive sleep apnoea syndrome in children, Acta Otorrinolaringológica Española. 2009; 60(3):202-7 8 Friedman, M; Wilson, M. et all; Updated systematic review of tonsillectomy and adenoidectomy for treatment of pediatric obstructive sleep apnea/hypopnea syndrome, Otolaryngology- Head and Neck Surgery (2009) 140, 800-808 9- Brietzke, S. ; Kenna, M. et all; Pediatric adenoidectomy: What is the effect of obstructive symptoms on the likelihood of future surgery?, International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology (2006) 70, 1467-1472 10- Holzmann, D.; Kauffmann, T. et all; On the decision of outpatient adenoidectomy and adenotonsillectomy in children ; International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology 53 (2000) 9-16

FIM Obrigada pela Atenção! Sara Martins Pereira Interna do 3º ano de ORL Hospital de Braga Sete Fontes São Victor 4710-243 Braga Tel: 253 027 000 sarapereiraorl@gmail.com