ORIENTAÇÕES DE COMUNICAÇÃO SOBRE VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES



Documentos relacionados
Carta de Princípios dos Adolescentes e Jovens da Amazônia Legal

Rua do Atendimento Protetivo. Municipalino:

Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes: Um Desafio à Primeira Década do Novo Milênio

Princípios de Emponderamento da Mulheres. Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes Igualdade significa Negócios

Prevenção ao uso de drogas na escola: o que você pode fazer?

Curso de Disseminação da Metodologia do PAIR CLIPPING DIÁRIO

OLÁ! USINA SANTA TEREZINHA

Profª Dr a Valéria Valls Agosto de 2012

:: aula 3. :: O Cliente: suas necessidades e problemáticas. :: Habilidades a ser desenvolvidas

A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Educação é o primeiro passo para desenvolver a segurança e saúde no trabalho.

Cartilha de Prevenção Orientações para o combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes

Educação Patrimonial Centro de Memória

JOVEM HOMOSSEXUAL substituir por JOVENS GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS E TRANSGÊNEROS (GLBT) ou por JUVENTUDE E DIVERSIDADE SEXUAL

COMO USAR AS MÍDIAS SOCIAIS PARA VENDER MAIS NA INTERNET. tyngu.com.br

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO

AKNA SOFTWARE. Configurações. de DNS

Código de Conduta Ética

Dicas que ajudam pais na escolha da escola dos seus filhos

5 DICAS DE GESTÃO EM TEMPOS DE CRISE. Um guia prático com 5 dicas primordiais de como ser um bom gestor durante um período de crise.

Orientações Gerais para o Mobilizador 1

VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS: UM ESTUDO DE CASOS RELATADOS EM CONSELHOS TUTELARES DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA.

Apresentação. Após a leitura, o colaborador deve atestar que se compromete a respeitar os padrões estabelecidos nesse documento.

Proteção Infanto-Juvenil no campo: uma Colheita para o Futuro

Brasil livre de trabalho infantil. Fernanda Sucupira Repórter Brasil

O guia completo para uma presença. online IMBATÍVEL!

Segurança em Redes Sociais. <Nome> <Instituição> < >


COMO MINIMIZAR AS DÍVIDAS DE UM IMÓVEL ARREMATADO

PESQUISA DATAPOPULAR: PERCEPÇÃO SOBRE A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS ESTADUAIS DE SÃO PAULO

A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA LEITURA DOCENTE

MÓDULO II Introdução ao Estatuto da Criança e do Adolescente AULA 04

5 Instrução e integração

Áudio. GUIA DO PROFESSOR Síndrome de Down - Parte I

PROGRAMA WEBFAMÍLIA APRENDE BRASIL 2015

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV

Como e por que criar uma para sua empresa A PERSONA VECTOR

20 perguntas para descobrir como APRENDER MELHOR

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Vice-Reitoria Curso de Abordagem da Violência na Atenção Domiciliar Unidade 1 Introdução

AFETA A SAÚDE DAS PESSOAS

cartilha direitos humanos layout:layout :42 Página 1 CAPA

Carta do Movimento Paz & Proteção

Carta de recomendações para o enfrentamento às violências na primeira infância

ONG S E ASSOCIAÇÕES. Aproveite bem todas as dicas, fotos e textos deste guia, pois eles são muito importantes.

CÓDIGO DE CONDUTA E INTEGRIDADE DE FORNECEDORES

Educação Sexual: Quem ama cuida. Cuide-se!*

O Marketing e suas áreas...

TRÁFICO DE PESSOAS. Ana Paula BREDA 1 Monique Barbosa MATHIUZZI 2 Poliana de Jesus PRADO 3 Tiago Grazziotti da SILVA 4 Vinicius Manara SILVA 5

A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO

CREAS - Institucional. O que é o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social)?

COMO USAR SMS ADDITIONAL TEXT EM UMA CAMPANHA ELEITORAL?

Conduta Responsável no Setor de Saúde. Código de Conduta B. Braun - Trabalhando com Clientes

convicções religiosas...

O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES Alicia Santolini TONON 1 Juliene AGLIO 2

Correntes de Participação e Critérios da Aliança Global Wycliffe [Versão de 9 de maio de 2015]

difusão de idéias QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Um processo aberto, um conceito em construção

Identificação do projeto

Política de direitos humanos

1. Garantir a educação de qualidade

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios.

Comissão Municipal Interinstitucional de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da

Como proceder à notificação e para onde encaminhá-la?

Diretrizes para programas de leitura organizados por bibliotecas - algumas sugestões práticas

PROBLEMATIZAÇÃO DA E. M. MARIA ARAÚJO DE FREITAS - GOIÂNIA TEMA GERADOR

COMO ILUMINAR ÍCONES ARQUITETÔNICOS

Derrotar o cancro do útero

CAPÍTULO 25 COERÊNCIA REGULATÓRIA

Recursos de Internet e Mídia Digital. Prof.ª Sandra Andrea Assumpção Maria

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon)

Educação Infantil - Ensino Fundamental - Ensino Médio. Atividade: Reflexão sobre Bullying e Uso consciente da internet


TIPOS DE RELACIONAMENTOS

Curso: Diagnóstico Comunitário Participativo.

Aumente o valor do ciclo de vida de cada cliente

NOVAS PERSPECTIVAS E NOVO OLHAR SOBRE A PRÁTICA DA ADOÇÃO:

DUNKER, C.I.L. Desautorização da Mãe pelo Pai. Revista Pais e Filhos, A Desautorização da Mãe pelo Pai

COMECE A TRABALHAR COM A INTERNET

Como criar um fluxo de informação entre empresa, fornecedor e distribuidor

II CAPACITAÇÃO DE CONSELHEIROS TUTELARES E DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

INDICE Introdução 03 Você é muito bonzinho 04 Vamos ser apenas amigos dicas para zona de amizade Pg: 05 Evite pedir permissão

VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTES

7 Ações para afastar a crise Utilizando o marketing para melhorar suas vendas.

Meio Ambiente PROJETOS CULTURAIS. 3 0 a O - fu dame tal. Cuidar da vida também é coisa de criança. Justificativa

Violência no namoro. O que os pais precisam saber

30 DE NOVEMBRO DIA DA CONECTIVIDADE GUIA PRÁTICO PARA ORGANIZAR O DIA DA CONECTIVIDADE NA SUA ESCOLA. Vamos nessa?

Utilização das redes sociais e suas repercussões

Transcrição:

A proteção e a promoção dos direitos da infância e adolescência também devem ser contempladas na forma como falamos e comunicamos este assunto. Alguns cuidados com a comunicação são fundamentais para proteger e não estigmatizar as crianças e adolescentes que estão sofrendo alguma forma de violência ou negligência. Algumas expressões ou jargões podem causar a revitimização, causando um efeito inverso ao que nos propomos. Esse cuidado é ainda mais importante quando estamos falando de violência sexual, um tema complexo, delicado, rodeado de tabu e de silêncio. Comunicar este não é uma tarefa fácil para quem não está no dia a dia dessas discussões. Além da dificuldade em acompanhar as mudanças nos termos utilizados, surgem também muitas quanto à forma de abordagem. A Childhood Brasil preparou este documento para orientar profissionais de comunicação na redação de matérias, releases, campanhas ou qualquer outro material que fale sobre o assunto. ENTENDENDO CONCEITOS Violência sexual É qualquer ato sexual praticado por pessoa mais velha contra uma criança ou adolescente. Pode ocorrer com ou sem contato físico, dentro ou fora de casa e também como forma de exploração comercial. Diversos fatores podem favorecer esse tipo de violência, eles vão além da condição de pobreza. Entre eles estão questões de gênero, hábitos culturais, erotização do corpo da criança e do adolescente pela mídia, consumo de drogas, disfunções familiares e baixa escolaridade. Ao contrário do que muitos imaginam, a violência sexual pode acontecer em todas as classes sociais. Ela pode se manifestar de duas formas: abuso e exploração sexual. Abuso sexual Qualquer ato de natureza ou conotação sexual em que adultos submetem menores de idade a situações de estimulação ou satisfação sexual, imposto pela força física, pela ameaça ou pela sedução. O agressor costuma ser um membro da família ou conhecido. Exploração sexual Pressupõe uma relação de mercantilização, em que o sexo é fruto de uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes. A exploração sexual pode se relacionar a redes criminosas mais complexas e podendo envolver um aliciador, que lucra intermediando a relação da criança ou do adolescente com o cliente. 1

Consequências O abuso e a exploração sexual são crimes graves, que deixam marcas profundas nos corpos das vítimas, como lesões, contágio por doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce. Mais do que isso, a violência sexual prejudica profundamente o desenvolvimento psicossocial de crianças e adolescentes, gerando problemas como estresse, depressão, baixa autoestima e maior tendência ao suicídio. COMO A MÍDIA PODE ATUAR EM FAVOR DESTA CAUSA? Mobilizar a sociedade: todos por uma infância livre! Para que a sociedade se engaje é preciso que ela entenda, em primeiro lugar, qual é a importância deste assunto. A violência sexual é um assunto complexo, de difícil entendimento. Sugerimos que os textos sejam, portanto, simples e objetivos, e expliquem o tema de maneira clara. Convém lembrar que é papel de todos proteger crianças e adolescentes. A sociedade, ao temer falar sobre o assunto por questões morais, ao achar que o problema é do outro porque não há nada de errado acontecendo dentro de casa e evitar denunciar situações suspeitas, deixa de cumprir o seu papel. Canais de denúncia Sempre que possível, os comunicados devem dar o serviço de locais de acolhimento e canais de denúncia nacionais ou regionais. É importante checar sempre se os telefones, sites e outros contatos informados são atualizados. Informe previamente tais canais sobre sua matéria ou campanha e a demanda que pode ser gerada pela mesma dessa forma, você deixa os órgãos competentes preparados para ação. Canais nacionais: Ligue 100 (ligação gratuita e anônima de qualquer lugar do Brasil). Para denunciar crimes na internet, acesse www.denuncie.org.br Outros canais: Conselho Tutelar, Polícia Militar, Delegacias especializadas em infância e adolescência, Polícia Rodoviária Federal. Expressões adequadas Algumas expressões devem ser evitadas por serem inadequadas. Em vez de dizer menores, use: crianças e adolescentes, meninos e meninas, garotos e garotas e menores de idade. MOTIVO: o termo menor usado para designar crianças e adolescentes tem sentido pejorativo. A definição remete ao Código de Menores, Lei 6.697/67, revogado em 1990, a partir da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Antes dos anos 90, o termo era usado para designar meninos e meninas para os quais o Código se destinava, ou seja, em situação de abandono, de trabalho precoce ou em conflito com a lei. Recomenda-se também evitar outras expressões pejorativas como delinquente ou moleque. 2

Em vez de usar prostituição infantil, menores que se prostituem ou meninas prostitutas, dê preferência a exploração sexual de crianças e adolescentes, exploração sexual comercial de crianças e adolescentes, exploração sexual infanto-juvenil, crianças e adolescentes explorados sexualmente ou então crianças e adolescentes em situação de exploração sexual. MOTIVO: a palavra prostituição remete à ideia de consentimento, desviando o enfoque da exploração. Isto é, tira a criança e o adolescente da condição de vitimados, transportando-os para o papel de agentes da situação. Quando crianças e adolescentes são levados a participar de atos sexuais ou pornográficos, estão sendo explorados sexualmente. Trata-se de uma violação de seus direitos fundamentais: indivíduos com mais poder (físico, psíquico, econômico ou social) subjugam os mais frágeis. Para melhor descrever esses casos, o correto é usar o termo exploração sexual de crianças e adolescentes, evitando até mesmo a palavra prostituído, para que o leitor, expectador ou ouvinte não se confunda, remetendo a prostituição. Em vez de usar menores trabalhadores do sexo, refira-se a eles como crianças e adolescentes em situação de exploração sexual ou crianças e adolescentes em situação de exploração sexual comercial. MOTIVO: embora esteja baseada em uma relação comercial constando, inclusive, como uma das piores formas de trabalho infantil de acordo com a Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes vai além do uso da mão de obra, configurando-se como uma das mais graves violações aos direitos da infância. Em vez de usar combate, recomenda-se enfrentamento. MOTIVO: o termo combate traz a ideia de ação pela força, luta, batalha. Enfrentamento, por sua vez, evoca a reunião de diferentes esforços e estratégias para transformar uma realidade. Em nosso caso, queremos reunir diferentes pessoas e instituições para prevenir a violência sexual de crianças e adolescentes, além de mobilizar a sociedade para a proteção de crianças e adolescentes. O uso indiscriminado do termo pedofilia A palavra pedófilo vem cada vez mais se popularizando nas manchetes de jornais, programas de televisão, campanhas e na fala de pessoas comuns, indignadas com crimes de violência sexual contra crianças e adolescentes. A mídia usa este termo indiscriminadamente para atrair audiência: quase todas as manchetes de jornais que denunciam crimes de abuso e de exploração sexual trazem o termo pedófilo como sinônimo de qualquer adulto que abusa ou explora sexualmente de crianças e adolescentes. Mas não é bem assim... MAS, AFINAL, O QUE É É UM PEDÓFILO? De maneira geral, trata-se de uma pessoa que sofre de um distúrbio psíquico que o leva a se sentir atraído sexualmente por crianças e adolescentes. A pedofilia é uma doença e não simplesmente uma perversão. A pedofilia pode ou não levar ao abuso sexual de crianças e adolescentes. Alguns pedófilos materializam sua atração sexual por crianças e adolescentes por meio de atos sexuais, 3

enquanto outros ficam apenas no terreno da fantasia e não chegam sequer a tocar em uma criança ou adolescente. Portanto, não podemos dizer que todos os pedófilos cometem abuso sexual. Ou que todos os agressores sejam pedófilos. E o que pode parecer um detalhe, um preciosismo semântico, passa a ser algo a se considerar. A generalização do termo pode estigmatizar quem precisaria de tratamento e nem sempre representa risco real. COMO AGEM OS AGRESSORES? Muitos agressores agem de forma sedutora, conquistando a confiança de crianças e adolescentes, para desenvolver atividades sexuais sem o emprego de força física ou atos de crueldade. No mundo online, através de chats (bate papo) ou redes sociais, podem se fazer passar por jovens ou crianças da mesma idade que as vítimas, tornando-se amigos e criando uma atmosfera acolhedora, que pode gerar dependência na relação. Eles introduzem temas sexuais nas conversas com o propósito de eliminar paulatinamente com situações de inibição. Os abusadores podem sugerir às crianças e adolescentes que liguem a webcam e transmitam suas imagens, gravando-as e usando este material para chantageá-los caso não se submetam às suas vontades. Há também adultos, que não são necessariamente pedófilos e nem praticam o abuso sexual físico, que produzem, vendem ou trocam pornografia infantil, beneficiando-se economicamente de imagens de crianças e adolescentes. Este crime está previsto em lei. Não expor crianças e adolescentes em hipótese alguma Um dos desafios de quem trabalha com comunicação e violência sexual é administrar o uso de fotos e vídeos em jornais, revistas, tevês, peças informativas, campanhas e sites. Embora o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) seja claro seu Artigo 17 recomenda a preservação da imagem e da identidade de meninos e meninas há muitos veículos de comunicação e campanhas que ainda expões garotos e garotas vítimas das mais diferentes formas de violação de direitos, inclusive a exploração sexual. Confira recomendações para uso de imagens segundo as diretrizes estabelecidas pelo ECA: Não utilizar tarjas pretas nos rostos das crianças. A tarja não garante a proteção da identidade da vítima, que pode ser identificada por meio de outras partes do corpo, ou até mesmo por roupas e objetos pessoais. Além disso, recursos desse tipo podem reforçar estereótipos e passar uma imagem negativa. Evitar a identificação de crianças e adolescentes vítimas de violência por meio do uso das iniciais dos nomes. Além de fortalecer um aspecto pejorativo construído ao longo dos anos, se associado a outras informações contidas no texto, esse dado pode permitir a identificação da vítima por parentes, conhecidos ou vizinhos. 4

Não adianta preservar o nome da vítima e, na contramão, estampar uma foto da mesma, fornecer imagens e dados de sua residência ou lugares por ela frequentados, ou, ainda, mencionar nomes de parentes. Embora pareça impensável, esta ocorrência ainda é muito comum na cobertura jornalística. Recursos técnicos como a contraluz, a distorção da voz e a imagem desfocada da criança ou do adolescente podem ser utilizados para preservar a identidade e a integridade de meninos e meninas violentados sexualmente. Recomendamos nunca usar fotos de crianças e adolescentes em situação de violência. Essas imagens chocam mais do que sensibilizam. Busque sempre imagens que tragam abordagens positivas e não negativas. OUTRAS RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES A definição do publico alvo da comunicação é fundamental para não incorrer em erros de abordagem. Por exemplo: se o material tiver como público crianças e adolescentes, é recomendável buscar imagens e linguagem adequada para a faixa etária, priorizando um enfoque didático e mensagens educativas. Busque exemplos de campanhas ou comunicados na internet e com outros parceiros para ter referencias adequadas e assertivas. Tenha cautela quando divulgar informações sobre o perfil de exploradores, ou sobre possíveis sinais de exploração. Abordagens sensacionalistas podem provocar pânico na sociedade e contribuir para revitimizar as crianças e adolescentes. Apure os fatos e busque organizações locais de proteção à infância e adolescência contra a violência sexual para se informar sobre os principais problemas na região e discutir o que é mais estratégico abordar e informar. Havendo dúvida, a Childhood Brasil estará sempre à disposição para orientar e auxiliar na construção e revisão de textos e comunicações que protejam crianças e adolescentes contra a violência sexual. NÃO SE ESQUEÇA de submeter à aprovação da Childhood Brasil qualquer material de comunicação que faça uso da logomarca da organização. Contate-nos: childhood@childhood.org.br 5