Uma trajetória marcada pela responsabilidade. Informativo ArcelorMittal BioFlorestas



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Transcrição:

Jan/Fev/Mar de 2012 - Ano 1 - Número 2 Informativo ArcelorMittal BioFlorestas Juscelino Kubitscheck, antes dos 50 anos em 5, participa de momento fundamental nos 55 anos da Empresa: o corte do primeiro eucalipto, em João Monlevade Uma trajetória marcada pela responsabilidade Completando 55 anos em 2012, ArcelorMittal BioFlorestas abre seu baú de memórias e relembra os principais momentos de uma história pautada pelo compromisso social e a busca pelo desenvolvimento sustentável. Página 6

Editorial Curtas Tempo de projetar Visita internacional Em 2012, a ArcelorMittal BioFlorestas completa 55 anos de uma bem sucedida trajetória no mercado de reflorestamento e produção de biorredutor (carvão vegetal). Desde o início de suas atividades, ainda com o nome de Companhia Agrícola e Florestal Santa Bárbara (CAF), a Empresa carrega a convicção de que só há crescimento se houver diálogo e ação conjunta entre as pessoas empregados, famílias, terceiros e comunidades, dentro e fora da Empresa, de modo contínuo e sistemático. Esta edição do Informativo Florestas reafirma esse princípio de trabalho. Além de celebrarmos nossas conquistas ao longo de mais de cinco décadas, apresentamos os resultados de nossas ações sociais em 2011 e contamos um pouco da história dos 37 anos de vivência do Elesier em nossa Empresa. Também aproveitamos para mostrar como queremos nos comportar daqui para frente, com a implantação de novas diretrizes de gestão. Em 2012, pretendemos alcançar níveis de custo e qualidade que assegurem a competitividade da produção, com saúde, segurança e responsabilidade ambiental e social. Para esse desafio, apostamos em uma equipe que, tenho orgulho de dizer, está preparada para elevar a qualidade do trabalho e conseguir resultados valiosos para a ArcelorMittal BioFlorestas. E é com o apoio de todos vocês que eu conto para vencermos os desafios e continuarmos sendo uma Empresa competitiva, pautada nos valores de sustentabilidade, qualidade e liderança. Em passagem recente pelo Brasil, a vice-presidente de Comunicação global do Grupo ArcelorMittal, Nicola Davidson, e sua equipe estiveram em instalações da Regional Centro Oeste da ArcelorMittal BioFlorestas para conhecer a dinâmica produtiva do biorredutor (carvão vegetal). Na ocasião, assistiram a uma apresentação cultural da Orquestra Abadiense de Viola de Martinho Campos, participaram de atividades diárias de saúde e segurança e conheceram os processos de plantio, colheita e carbonização, além do trabalho realizado no Centro de Educação Ambiental (Ceam) local. Durante sua estadia no país, Nicola visitou também outras unidades da ArcelorMittal Brasil e coordenou um seminário sobre a presença feminina na Empresa, que contou com a participação de 75 mulheres para debater questões como tratamento diferenciado e sucesso no ambiente de trabalho. Participantes da visita e membros da Orquestra Abadiense de Viola de Martinho Campos em unidade da Regional Centro Oeste Mauricio Bicalho Diretor Geral da ArcelorMittal BioFlorestas Expediente Publicação da ArcelorMittal BioFlorestas Área de Responsabilidade Social e Comunicação Av. Carandaí, 1.115, 10º andar Funcionários CEP 30130-915 Belo Horizonte MG Telefone: (31) 3219-1546 E-mail: comunicacao.bioflorestas@arcelormittal.com.br www.arcelormittal.com/br/bioflorestas Coordenação: Magna Valadares Jornalista responsável: Ana Amélia Gouvêa (MT 4843/MG) Produção editorial: BH Press Comunicação Reportagem e redação: Amanda Barros (15658/MG), Gustavo Ávila (15240/MG) e Igor Lage (16246/MG) Projeto gráfico e editoração: AVI Design Fotografias: Arquivo ArcelorMittal BioFlorestas e Arquivo Centro de Memória ArcelorMittal Brasil Impressão: Gráfica Pampulha Nicola Davidson (à dir.) visitou o país acompanhada do gerente-geral de Comunicação e Responsabilidade Corporativa (Américas), Bill Steers, e da gerente de Responsabilidade Corporativa, Charlotte Wolff 02

Gestão Traçando o caminho para crescer ArcelorMittal BioFlorestas estabelece diretrizes para orientar sua atuação em 2012 A partir de diretrizes que contemplam as dimensões de custo, segurança, atendimento, excelência operacional e qualidade, a ArcelorMittal BioFlorestas estabeleceu programas, projetos e ações para sua atuação em 2012. Estamos unindo esforços e alinhando os padrões de trabalho para garantir que a produção de gusa pelo Grupo ArcelorMittal a partir de biorredutor (carvão vegetal) seja competitiva e sustentável, afirma o gerente de Recursos Humanos e Qualidade, Vanderlan Bernardino. Entre os trabalhos definidos para serem executados ao longo do ano, há iniciativas que visam ao aprimoramento do sistema de gestão, com especial atenção ao gerenciamento da rotina, a maximização da capacidade instalada da Empresa, a redução sustentável dos custos e a evolução contínua da gestão de saúde e segurança. Vamos atuar em conjunto para assegurar a sustentabilidade do nosso negócio. Temos que ser competitivos e, para isso, é preciso rever toda a cadeia de atividades da Empresa, da administração à produtividade e qualidade dos serviços, destaca Vanderlan. Nosso foco são os resultados. São eles que nos permitem crescer e gerar novas oportunidades. Atuar unidos e engajados com um só objetivo é a maneira que pretendemos desenvolver as nossas atividades em 2012, aponta Mauricio Bicalho, diretor geral da ArcelorMittal BioFlorestas. Reuniões para definição das diretrizes envolveram representantes de todas as áreas da Empresa 03

Capacitação Cada vez mais competitiva Gestores da ArcelorMittal BioFlorestas participaram de treinamento na Regional Centro Oeste ArcelorMittal BioFlorestas investe em capacitação da equipe e fortalece parcerias para otimizar a gestão e o processo produtivo Com o objetivo de desenvolver o potencial de seus gestores, a ArcelorMittal BioFlorestas realizou um curso de aperfeiçoamento com supervisores, coordenadores e gerentes técnicos de todas as suas unidades. O treinamento aconteceu em Bom Despacho (MG), Regional Centro Oeste da Empresa, e envolveu 34 profissionais. A abertura do encontro contou com a presença do gerente regional, Boanerges de Oliveira; do gerente de Área Administrativa local, Paulo César da Silva; do gerente de Recursos Humanos e Qualidade, Vanderlan Bernardino; e do diretor administrativo e financeiro, Marc Ruppert, que também participou da capacitação. O curso foi ministrado pela empresa de consultoria Malinovski Florestal, em seis módulos: Liderança e gestão de pessoas; Operações florestais; Perfil profissional florestal; Planejamento, orçamento e custos operacionais; Microplanejamento; e Controle e segurança nas operações florestais. Para Rafael Malinovski, instrutor do curso, um dos destaques foi a boa participação dos alunos, que se mostraram interessados em conhecer melhor o atual cenário do segmento florestal. Realizamos diversas discussões com o intuito de aplicar o conhecimento adquirido à realidade operacional da ArcelorMittal BioFlorestas, afirma. A coordenadora de processos da Regional Bahia, Anneli Moraes, elogiou a abordagem atualizada e garante que os conteúdos aprendidos serão adotados na rotina de trabalho. Percebi também como nossa Empresa está adiantada em relação à segurança do trabalho, principalmente com as certificações, destaca. 04

Desenvolvimento Esforço coletivo para capacitação Entidades discutem alternativas para a qualificação de profissionais no setor florestal A ArcelorMittal BioFlorestas está participando de um comitê técnico, juntamente com outras empresas e instituições ligadas ao setor florestal, que pretende assessorar o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Minas Gerais (Senar-MG) na criação e reestruturação de cursos de capacitação para profissionais da área. O objetivo é criar alternativas para suprir a alta demanda por mão de obra qualificada no setor. A iniciativa surgiu como ponto de apoio a uma parceria firmada recentemente pelo Senar-MG e o Centro Técnico de Formação de Operadores de Máquinas (CTFlor) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Ela prevê o intercâmbio de recursos entre as instituições para ampliar a oferta e a qualidade dos programas de formação profissional na região. Atualmente, o comitê técnico conta com representantes de federações patronais e de trabalhadores, associações de classe e das principais empresas de manejo florestal do Estado, além de especialistas em educação profissional e outros pesquisadores. Desde dezembro de 2011, essa equipe se reúne periodicamente para oferecer consultoria na implantação de um curso de capacitação em manuseio de equipamentos florestais modernos. O treinamento, previsto para acontecer ainda em 2012, tem o objetivo de ensinar aos trabalhadores como operar máquinas de alta tecnologia, que estão cada vez mais comuns no mercado. O conteúdo será introduzido em um módulo básico de 48h e aprofundado em dez outros módulos, um específico para cada máquina. O material didático utilizado está sendo produzido pelo próprio comitê, que deve finalizá-lo nos próximos meses. Reunião do comitê técnico criado para assessorar o Senar-MG na implantação de novos cursos de capacitação profissional 05

História Empresa frondosa ArcelorMittal BioFlorestas completa 55 anos com uma trajetória de crescimento e responsabilidade ambiental e social Antecedentes A criação da ArcelorMittal BioFlorestas, na época chamada de Companhia Agrícola e Florestal Santa Bárbara (CAF), foi impulsionada pelo crescimento dos negócios da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira na década de 30. Com a inauguração da Usina de João Monlevade, em 1937, a multinacional (que hoje integra o Grupo ArcelorMittal) investiu fortemente na produção de carvão vegetal, usado para abastecer os fornos de fabricação de gusa. Nos anos seguintes, foram feitas experiências bem-sucedidas com reflorestamento de eucalipto. Paralelamente, o setor siderúrgico crescia em ritmo acelerado, aumentando a demanda pelo carvão vegetal. 06

FOTO: MEMÓRIA BELGO Altos e baixos Os anos 80 foram marcados pela modernização dos processos produtivos. Também merecem destaque a implantação de novos estudos e os projetos de preservação da fauna e flora das regiões de plantio, como o Centro Experimental de Manejo de Animais Silvestres (Cemas) e o Programa de Frutíferas. Na década seguinte, a Belgo, hoje ArcelorMittal Brasil, experimentou a substituição do carvão vegetal pelo coque. Como resposta, a Empresa investiu em alternativas para o uso da madeira e, em 1994, embarcou a primeira carga desse produto para países europeus e africanos. Novos parceiros Empregadas da antiga CAF selecionam mudas de eucalipto Primeiro corte No dia 14 de dezembro de 1954, aconteceu a cerimônia de corte do primeiro eucalipto na reserva situada próxima à Usina de João Monlevade. O então Governador de Minas Gerais e futuro Presidente da República, Juscelino Kubitschek, comandou o evento, que simbolizou o marco inicial das florestas plantadas para carvão vegetal pela CAF. A época era de grande furor econômico, graças à política progressista de Juscelino, que teve como pontos altos o fomento à indústria automobilística e a construção de Brasília, empreendimentos que demandavam muito aço. Nesse período, a produção de carvão vegetal acompanhou o crescimento da siderurgia e os investimentos florestais somaram cerca de 240 hectares por ano, com o plantio de 6 milhões de árvores. Nascimento e consolidação A CAF foi fundada em 1957 com o objetivo de fabricar carvão vegetal para a Belgo-Mineira. Em seus primeiros anos de vida, a Empresa buscou soluções tecnológicas para aprimorar seus processos e investiu na saúde e segurança de seus empregados, montando Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) e oferecendo atendimento médico. Na década de 70, expandiu suas atividades em Minas Gerais e, a partir de 1979, iniciou o plantio de eucalipto no Sul da Bahia. A virada do século trouxe mudanças administrativo-estruturais. Em 2003, a CAF se tornou uma empresa do Grupo Arcelor, como resultado da união da Arbed com a francesa Usinor e a espanhola Aceralia. Quatro anos depois, o Grupo Arcelor foi adquirido pela Mittal Steel, transformando-se na ArcelorMittal, e a CAF passou a se chamar ArcelorMittal Florestas. Em 2009, a empresa assumiu o nome ArcelorMittal BioEnergia, reunindo ativos próprios e da ArcelorMittal Jequitinhonha. Com o desmembramento do segmento de inox, em 2011, as empresas de reflorestamento foram novamente separadas, já com novos nomes: ArcelorMittal BioFlorestas e Aperam Bioenergia. Empresa modelo Hoje, a ArcelorMittal BioFlorestas possui áreas preservadas e de reflorestamento nos estados de Minas Gerais e Bahia, com capacidade anual para produzir 1,5 milhão de m³ de carvão vegetal e potencial para chegar a 3 milhões de m³. Além disso, a Empresa é referência em gestão ambiental e social, efetuando investimentos substanciais em monitoramento de água e biodiversidade, reutilização e reciclagem de resíduos, projetos de crédito de carbono e programas de responsabilidade social voltados para as comunidades vizinhas. Signatária do Pacto de Erradicação do Trabalho Escravo, toda a sua gestão possui as certificações FSC (manejo florestal e cadeia de custódia), OHSAS 18001 (saúde e segurança do trabalho) e ISO 14001 (meio ambiente). Em 1994, a Empresa realizou sua primeira exportação de madeira 07

Responsabilidade social Parcerias que dão certo Programas sociais desenvolvidos em 2011 fortalecem a relação entre Empresa e comunidades Promover o desenvolvimento comunitário e investir na educação de crianças e adolescentes. Essas foram as premissas que nortearam a atuação social da ArcelorMittal BioFlorestas em 2011, resultando em 14 programas, entre iniciativas próprias e parcerias com entidades sociais, poder público, Fundação ArcelorMittal Brasil e o Serviço Social da Indústria (Sesi). No total, mais de 70 mil pessoas foram beneficiadas nos 16 municípios em que a Empresa mantém atividades. Na área de educação, a principal novidade é a implantação do Programa Ensino de Qualidade (PEQ) na rede pública de ensino dos municípios mineiros de Jaguaraçu, Dionísio e Marliéria. Por meio de encontros de capacitação para educadores, o projeto vem apresentando bons resultados. Em São José do Goiabal, onde concluiu suas atividades em 2011, 14 educadores foram capacitados. ELVIRA NASCIMENTO 08 O PEQ promoveu capacitação de gestores em Dionísio, Marliéria e Jaguaraçu

Outro destaque é o Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente. Em sua 20ª edição, o concurso registrou dois alunos vencedores de municípios de influência da Empresa: Patrick Ferreira Souza, de São José do Goiabal, e Bárbara de Araújo, de Dores do Indaiá. O projeto pedagógico da Escola Municipal Santo Antônio do Mercadinho, de Carbonita, também foi premiado. Segundo a professora Regiane Santos, uma das responsáveis pelo projeto vencedor, as ações propostas envolveram estudantes do 1º ao 9º ano e pularam o muro da escola. Uma das atividades de maior repercussão foi a caminhada ecológica, em que as crianças visitaram bairros da cidade, colando cartazes de conscientização ambiental. Nossa maior vitória é a sensibilização dos alunos. Esses ensinamentos, eles levam para a vida toda, avalia Regiane. Trabalho em equipe O ano também foi de conquistas para um grupo de oito piscicultores em Baixa Verde, distrito de Dionísio, que utilizam a Lagoa Verde, localizada dentro da área da Empresa, para desenvolverem o seu negócio. Em 2011, a produção alcançou a meta estipulada, registrando um crescimento de 40% em relação ao ano anterior. Agora, vamos trabalhar para conseguir novos clientes e manter a oferta cada vez mais regular, afirma Geraldo de Araújo, o Dinho, um dos beneficiados pelo programa. Em Martinho Campos, foi implantado o Programa de Desenvolvimento Comunitário de Buriti Grande, pequeno povoado localizado nas proximidades do município. O projeto, realizado em parceria com o Sesi, a Cooperação para o Desenvolvimento e a Morada Humana (CDM), a Prefeitura Municipal e a comunidade, estimula a formação de lideranças locais e promove o diálogo entre as partes interessadas no desenvolvimento da comunidade. Oferecendo oportunidades Na área de cultura, a ArcelorMittal BioFlorestas promoveu uma série de espetáculos, levando mais opções de teatro e música a comunidades que possuem acesso limitado a esses bens. A Empresa investiu também na formação de artistas e gestores, oferecendo oficinas, cursos e palestras tanto a públicos que já desenvolvem atividades culturais quanto a pessoas interessadas em começar. É o caso de Milena Barros Silva, 9 anos, moradora de Martinho Campos. Em 2011, a garota começou a participar do projeto Roda de Palhaços, no qual aprende mais sobre o universo circense e apresenta cenas e esquetes em escolas da região. Eu gosto muito das aulas e de brincar de ser palhaço. Também fiz muitos amigos no projeto, conta. 09

Responsabilidade social Eixos de atuação social em 2011 Crianças aprendem a plantar no Programa Regular de Educação Ambiental, realizado nos Ceams da Empresa PAULO SÉRGIO DE OLIVEIRA Desenvolvimento comunitário Projetos: Apicultura, Cidadãos do Amanhã, Parceria Agrícola, Piscicultura e Programa Buriti Grande Beneficiados: 2.830 Educação Projetos: Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente, Programa de Educação Afetivo-Sexual (Peas), Programa Ensino de Qualidade (PEQ), Programa Regular de Educação Ambiental, Ouvir Bem para Aprender Melhor e Ver e Viver Beneficiados: 49.092 Piscicultores de Baixa Verde usam lagoa localizada dentro da área da Empresa para desenvolverem o programa Cultura Projetos: Formação de Artistas, Formação de Gestores e Formação de Públicos e Platéias Beneficiados: 19.080 A jovem Milena Barros, de Martinho Campos, se diverte no projeto Roda de Palhaços 10

Tecnologia Energia para gerar sustentabilidade Projeto da ArcelorMittal BioFlorestas busca transformar fumaça em energia elétrica A ArcelorMittal BioFlorestas está investindo em uma nova tecnologia capaz de aproveitar a fumaça liberada em seu processo produtivo para gerar energia elétrica. O projeto, que está sendo desenvolvido em parceria com a Cemig, consiste em transportar gases liberados pelo processo de carbonização da madeira até uma turbina de queima externa (EFGT), responsável por fornecer a potência necessária para gerar eletricidade. O gerente de Tecnologia da ArcelorMittal BioFlorestas, Augusto Valencia, resume a iniciativa como a transformação da fumaça em energia limpa, destacando que o reaproveitamento dos gases pode contribuir para tornar a produção de biorredutores uma prática ainda mais sustentável. O processo produtivo adotado pela Empresa já segue um modelo viável do ponto de vista ambiental. As florestas de eucalipto que fornecem a matéria-prima absorvem o gás carbônico liberado na carbonização da madeira. Com o novo projeto, outros gases, até então não aproveitados, poderão se tornar fonte de energia, afirma. Pioneiro na área, o projeto conta com investimento total de R$ 9 milhões e já está em fase inicial de testes. Na unidade de produção de Martinho Campos, dez fornos foram adaptados para enviar os gases de carbonização a um queimador central, onde se encontra a turbina EFGT. Segundo Valencia, nessa etapa piloto, o sistema é capaz de gerar 100 kw de potência. Se a proposta for bemsucedida, podemos expandi-la para os outros 28 fornos da unidade e, em seguida, levá-la a outras instalações da ArcelorMittal BioFlorestas, planeja. Caso toda a produção de carvão vegetal da Empresa, que atualmente gira em torno de 400 mil toneladas anuais, seja adaptada para essa finalidade, estima-se que a energia gerada seja de até 30 MW. Para se ter uma ideia desse potencial, o município de Martinho Campos, com 12 mil habitantes, é abastecido com 2 MW. Iniciado em novembro de 2010, o desenvolvimento do projeto tem duração prevista para 36 meses. Além de profissionais da ArcelorMittal BioFlorestas e da Cemig, estão envolvidos especialistas das universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Itajubá (Unifei) e Viçosa (UFV) e de empresas de engenharia e consultorias ligadas ao setor termelétrico. LEO HORTA Dez dos 38 fornos da unidade de Martinho Campos estão sendo usados para desenvolver o projeto piloto 11

Mais que Palavras Raízes entrelaçadas Elesier Gonçalves, que deixou a Presidência, teve participação decisiva nas principais etapas de modernização da ArcelorMittal BioFlorestas Sementes Elesier Gonçalves: carreira dentro da Empresa está fortemente ligada à sua vida pessoal Natural de Cachoeira do Itapemirim (ES), casado com Penha, pai de Aline e Karina, avô de Artur e Pedro, e há 37 anos na ArcelorMittal BioFlorestas. Essas poucas linhas resumem o perfil de Elesier Lima Gonçalves, conciliando informações pessoais com a trajetória na Empresa na qual construiu sua bem-sucedida carreira. Minha história pessoal tem forte ligação com minha vida profissional. Ao lado da minha família, em especial da minha esposa Penha, a Empresa teve papel significativo nos momentos mais importantes da minha vida, afirma. O ex-diretor presidente, que se aposentou em março deste ano, passou a integrar a então Companhia Agrícola e Florestal Santa Bárbara (CAF) logo após se formar em Engenharia Agronômica na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Ao sair da Universidade, procurei várias empresas e fiz concursos. O primeiro resultado foi o da Emater, no Espírito Santo. Para mim seria uma boa, pois estaria perto de casa. Lembro que comecei a trabalhar numa segunda-feira, mas na quarta recebi um chamado da CAF, hoje ArcelorMittal BioFlorestas. Não pensei duas vezes e foi uma das melhores decisões da minha vida, relata. Na Empresa, Elesier percorreu diversos cargos, de assistente de silvicultura a gerente de área, passando pela diretoria florestal e culminando com a presidência. Da mesma forma, seu caminho inclui várias cidades Santa Bárbara, Carbonita, Teixeira de Freitas, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte e se confunde com a própria história da Empresa: Iniciei as minhas atividades profissionais na cidade em que a Empresa nasceu, Santa Bárbara. Após um ano, durante o processo de expansão e aquisição de terras, fui para Carbonita, no Vale do Jequitinhonha, onde a semente dos novos projetos da Empresa estava sendo plantada, relembra. A falta de recursos da região impressionou o jovem profissional. Não tinha médico, hospital, luz elétrica e mesmo a água era escassa. Até que a sede administrativa fosse construída, enfrentaríamos várias dificuldades e eu tinha consciência disso, mas acreditava no projeto. Topei o desafio, conta. Elesier desempenhou papel importante em momentos essenciais da trajetória ArcelorMittal BioFlorestas, como a expansão para outras regiões e a mecanização dos processos. Nesse percurso, um de seus maiores motivos de orgulho é a preocupação permanente da Empresa com a saúde e a segurança. Pessoas são nosso bem mais precioso e parcerias para garantir a preservação ambiental e assegurar o bem-estar da comunidade sempre estiveram no escopo do nosso trabalho, ressalta. Ao se despedir, Elesier deixa uma mensagem para as novas gerações: O passado é exemplo. O futuro cabe a nós construirmos. A ArcelorMittal BioFlorestas sempre foi modelo de atuação na área de reflorestamento e produção de biorredutor. Para mantermos esse padrão temos que buscar nosso crescimento pessoal. Como consequência, virão o crescimento profissional e do local em que trabalhamos. 12