MAIS É MENOS? AVALIAÇÃO DE IMPACTO DO 6º ANO EXPERIMENTAL. Daniel D. dos Santos, Luiz Guilherme Scorzafave e Alexandre C.



Documentos relacionados
OLIMPIADAS DE MATEMÁTICA E O DESPERTAR PELO PRAZER DE ESTUDAR MATEMÁTICA

Conheça as 20 metas aprovadas para o Plano Nacional da Educação _PNE. Decênio 2011 a Aprovado 29/05/2014

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL

SEJAM BEM-VINDOS CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL

Política de Formação da SEDUC. A escola como lócus da formação

Diário Oficial Diário Oficial Resolução SE 52, de

TEXTO PRODUZIDO PELA GERÊNCIA DE ENSINO FUNDAMENTAL COMO CONTRIBUIÇÃO PARA O DEBATE

OS SABERES PROFISSIONAIS PARA O USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA ESCOLA

X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador BA, 7 a 9 de Julho de 2010

A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO D E C R E T A

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO - CPA. Relatório da Auto Avaliação Institucional 2014

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

PREFEITURA MUNICIPAL DE MACUCO GABINETE DO PREFEITO

PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO.

Investimento a serviço da transformação social

XI Encontro de Iniciação à Docência

CONSIDERANDO a Portaria MEC nº 4.059, de 24/11/2004;

Apoio. Patrocínio Institucional

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTES CEUNSP

Regulamento de Monitoria

Introdução. Escritório de projetos

PROGRAMA DE MONITORIA FACIIP REGULAMENTO

Aula 2 Revisão 1. Ciclo de Vida. Processo de Desenvolvimento de SW. Processo de Desenvolvimento de SW. Processo de Desenvolvimento de SW

Fanor - Faculdade Nordeste

Programa Mais Educação Avaliação de Impacto e Estudo Qualitativo

GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ SECRETARIA DA FAZENDA GRUPO DE EDUCAÇÃO FISCAL DO PIAUÍ - GEFE. TERMO DE REFERÊNCIA - TdR

Perfil Educacional SEADE 72

Educadores veem excessos em nova base curricular brasileira

A REGULAMENTAÇÃO DA EAD E O REFLEXO NA OFERTA DE CURSOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

1 PROCESSO DE AVALIAÇÃO ENSINO MEDIO (ANUAL):

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE COMUNICAÇÃO, LETRAS E ARTES CURSO DE ARTES VISUAIS - LICENCIATURA

1 Introdução. Lei Nº , de 20 de dezembro de Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO

Esses slides são parte de um

1. Compare o PNE 2001/2010 com o projeto PNE 2011/2020 (estrutura do documento, quantidade de metas, abrangências,etc.)

Informações básicas. Programa Ensino Integral

FACULDADE ASTORGA FAAST REGULAMENTO ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Documento Base do Plano Estadual de Educação do Ceará. Eixo Temático Inclusão, Diversidades e EJA

IDENTIFICANDO AS DISCIPLINAS DE BAIXO RENDIMENTO NOS CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS AO ENSINO MÉDIO DO IF GOIANO - CÂMPUS URUTAÍ

ORIENTAÇÕES CENSO ESCOLAR 2010 VERSÃO 1.0

Escola Secundária José Saramago Mafra. Cursos Profissionais. Guião para os Professores

Projeto Inovaeduc Perguntas Frequentes

PROJETO DE LEI Nº 75, DE 2015

Tema: evasão escolar no ensino superior brasileiro

Julho Since Cláudia Sá Cláudia Sarmento Fernando Magalhães Julio Pereira Taline Sá

MINUTA PROJETO DE LEI. Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima.

Informações gerais Colégio Decisão

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

quinta-feira, 6 de agosto de 2015 Diário Oficial, 125 (144) 37

Uso Pedagógico dos Resultados da Provinha Brasil. Ciclo de Seminários da UNDIME Florianópolis, 10 de setembro de 2014

Plano de Estágio do Curso Técnico em Segurança do Trabalho

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CAMPUS BINACIONAL OIAPOQUE

PROPOSTA PARA MINIMIZAÇÃO DA EVASÃO ESCOLAR COM O USO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO ENCONTRO DOS CONSELHOS DE EDUCAÇÃO DE SERGIPE

1.1. ANÁLISE DOS DADOS AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL INTERNA: respondida por alunos, professores e coordenadores

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

PNAFE E A MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA. I Introdução. O PNAFE e o Ajuste Fiscal dos Estados brasileiros, instituído em 1997.

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS

Regimento ento de Estágio Supervisionado Licenciatura em Pedagogia

PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS Faculdade de Mantena

INCLUSÃO ESCOLAR: UTOPIA OU REALIDADE? UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS N. 18/2015

DIRETRIZES GERAIS PARA OS PROFESSORES DA FAMA 2 SEMESTRE DE 2015

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO MARAJÓ- BREVES FACULDADE DE LETRAS

SIMPÓSIO SOBRE ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO PAUTA

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE PRÁTICA JURÍDICA

Orientações para Secretarias de Educação

PLANO DE TRABALHO TÍTULO: PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA DAS CRIANÇAS

Faculdade Sagrada Família

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO COLEGIADO: CES

ACORDO DE PARIS: A RECEITA PARA UM BOM RESULTADO

RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO DADOS GERAIS DO CURSO DE PEDAGOGIA - CAMPUS DE SINOP

GESTÃO DEMOCRÁTICA EDUCACIONAL

das demais previsões relativas ao estágio previstas no Projeto Pedagógico do Curso, no Regimento Interno e na Legislação.

RESOLUÇÃO 007/ CAD

Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional - PROFBIO PROPOSTA

Encaminhamentos, processos e ações. política de contratação e gestão de pessoal. revisão do projeto pedagógico

Organização Curricular e o ensino do currículo: um processo consensuado

A HOTELARIA NA CIDADE DE PONTA GROSSA PR: UMA ANÁLISE DO PERFIL DO HÓSPEDE E DA OCUPAÇÃO HOTELEIRA ATRAVÉS DE PROJETO DE EXTENSÃO

BRINQUEDOTECA DA FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUVERAVA (FFCL/FE)

ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS DE REDE

Seminário Internacional Itaú de Avaliação Econômica de Projetos Sociais. Priscilla Albuquerque Tavares

Manual SIGEESCOLA Matrícula

AGUARDANDO HOMOLOGAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Título: Programa 5S s em uma Empresa Júnior: da melhoria do ambiente físico ao cuidado com as pessoas Categoria: Projeto Interno Temática: Qualidade

PROGRAMA EU SORRIO PARA O APRENDIZ

HORTA ESCOLAR RECURSO PARA SE DISCUTIR A EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Lizyane Lima Borges 1 Pedro Henrique de Freitas 2 Regisnei A. de Oliveira Silva 3.

AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: instrumento norteador efetivo de investimentos da IES

AVALIAÇÃO NO PORTAL ACADÊMICO

ORIENTAÇÕES PARA A DISCIPLINA DE PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA V DO CURSO DE PEDAGOGIA 5º. PERÍODO

INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ - CAMPUS FOZ DO IGUAÇU CURSO: LICENCITURA EM FÍSICA PRÉ - PROJETO ERICA F. GONÇALVES

AGILIDADE ORGANIZACIONAL

NORMAS REGIMENTAIS BÁSICAS PARA AS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

REGULAMENTO GERAL DAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS - APS

Liderança Organizacional

PROGRAMA DE EXTENSÃO PROEX

ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES-AAC

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FLUMINENSE POLO DE INOVAÇÃO CAMPOS DOS GOYTACAZES

Levantamento Nacional de Crianças e Adolescentes em Serviços de Acolhimento

Transcrição:

MAIS É MENOS? AVALIAÇÃO DE IMPACTO DO 6º ANO EXPERIMENTAL Daniel D. dos Santos, Luiz Guilherme Scorzafave e Alexandre C. Nicolella

MOTIVAÇÃO Ensino Fundamental 1º ciclo (1º a 5º anos): Transição casa-escola, um único professor generalista representando simbolicamente o adulto-modelo 2º ciclo (6º a 9º anos): Conteúdos mais complexos, professores especialistas para diferentes disciplinas Quando fazer a transição? Programa 6º Ano Experimental: inclusão do sexto ano no 1º ciclo do fundamental

MOTIVAÇÃO 10 a 15 anos: idade crítica para o desenvolvimento emocional Conscientiousness - M Conscientiousness - F Agreebleness - M Agreebleness -F Fonte: Soto et al, 2011

MOTIVAÇÃO A partir do segundo ciclo (6º a 9º anos) se observa uma grande dificuldade em atingir as metas TPE de desempenho. 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 40 42,2 36,3 35,4 27 32 29,2 31,5 25,4 16,9 19,6 10,3 L. Portuguesa Matemática L. Portuguesa Matemática L. Portuguesa Matemática 5 º ano do 9 º ano do 3 º ano do E. Fundamental em 2011 E. Fundamental em 2011 E. Médio em 2011 Desempenho Meta Fonte: INEP e Movimento Todos Pela Educação (TPE)

PROGRAMA 6º ANO EXPERIMENTAL: UM RESUMO Criado em 2011, pela SME-RJ, hoje abrange 147 escolas. Inicialmente: programa auxiliar do programa Ginásio Carioca. 6º ANO EXPERIMENTAL Matemática, Português, Ciências, História e Geografia com só 1 professor no 6º ano. Professores: capacitação, reuniões semanais, treinamentos no início do ano letivo e garantias de formação continuada.

PROGRAMA 6º ANO EXPERIMENTAL: UM RESUMO PROFESSORES COORDENADORES PEDAGÓGICOS DIRETORES Assumem mais responsabilidades e são mais cobrados. Assumem mais responsabilidades e são mais cobrados. Treinamento sobre formação de professores e coordenadores pedagógicos, orientação quanto à matriz curricular e sobre a adaptação para receber o programa.

PROGRAMA 6º ANO EXPERIMENTAL: UM RESUMO As escolas incluídas no programa tinham, ex-ante, características semelhantes às do restante do município na maioria dos indicadores de vulnerabilidade calculados 0,25 Vulnerabilidade das Escolas Municipais do Rio de Janeiro Índice de Vulnerabilidade 0,2 0,15 0,1 0,05 0 Agressão Furto Vandalismo Transgressão Delinquência Problemas Graves Entrantes 2012 Entrantes 2013 Entrantes 2014 Escolas da Rede Fonte: Dados do Censo Escolar de 2011. Elaboração Própria.

PROGRAMA 6º ANO EXPERIMENTAL: UM RESUMO Excetuando a coorte de ingresso de 2014, as escolas do 6º ano experimental eram (ex-ante) semelhantes ao restante da rede em seus resultados na Prova Brasil PORTUGUÊS MATEMÁTICA 215 240 210 235 205 200 230 225 220 195 215 190 Entrantes 2011 Entrantes 2012 Entrantes 2013 Entrantes 2014 Escolas Municipais RJ 210 Entrantes 2011 Entrantes 2012 Entrantes 2013 Entrantes 2014 Escolas Municipais RJ 6o Ano Experimental Médias Municipais

PROGRAMA 6º ANO EXPERIMENTAL: UM RESUMO Desempenho Provas Bimestrais - 2012 MATEMÁTICA PORTUGUÊS CIÊNCIAS REDAÇÃO 1 O BIMESTRE 6 O ANO EXPERIMENTAL 8.1 8.5 6.9 6.9 6 O ANO REDE 6.9 7.6 5.1 5.2 2 O BIMESTRE 6 O ANO EXPERIMENTAL 7.8 8 7.4 7.3 6 O ANO REDE 6.2 6.9 5.4 5.9 3 O BIMESTRE 6 O ANO EXPERIMENTAL 7.4 7.1 7 7.2 6 O ANO REDE 5.7 5.7 5.2 5.6 4 O BIMESTRE 6 O ANO EXPERIMENTAL 7.1 8.6 7.6 7.5 6 O ANO REDE 4.8 7.5 5.6 5.8 Fonte: Secretaria Municipal de Educação da cidade do Rio de Janeiro

RAZÕES PARA A MELHORA DE DESEMPENHO Aluno não precisar mais mudar de escola; Aumento de cobrança dos docentes; Capacitação dos professores; Autonomia administrativa do professor; Facilitação do monitoramento e coordenação; Melhora relação professor - aluno; Empoderamento do docente; Autonomia pedagógica.

RESULTADOS PROGRESSO AO LONGO DO 6º ANO Escolas sem o programa Escolas com o programa Escola R Rede Escola E Escola E Escola no 5º Ano Progresso Médio (P 6R ) Escola no 6º Ano Escola no 5º Ano Progresso Médio (P 6E ) Escola no 6º Ano

MÉTODO DE ESTIMAÇÃO: DIFERENÇAS -EM-DIFERENÇAS Indicador de impacto Tendência de melhora geral da rede Impacto Contrafactual Fonte: Elaboração própria Instante da implementação do programa Avaliação

TRANSBORDAMENTO DO EFEITO (SPILLOVER) Convivência entre alunos das escolas de tratamento e controle pode inflar resultados dos controles. Desta forma, definiu-se como principal grupo de controle escolas de ensino fundamental I (1º a 5º anos) que distam mais de 1 km de qualquer escola tratada. Por outro lado, comparação de escolas distantes pode sofrer de omissão de efeitos de vizinhança. O 2º grupo de controle é composto apenas por escolas distantes a, no máximo, 1 km das tratadas.

IMPACTO DO 6º ANO EXPERIMENTAL Tabela: Impacto do Projeto 6º Ano Experimental DISCIPLINA AMOSTRA TOTAL ESCOLAS DE 1º A 5º ANO DENTRO DO RAIO FORA DO RAIO Matemática 0,30*** 0,33*** 0,35*** Português 0,16*** 0,17*** 0,19*** Nota: * p<0,10; ** p<0,05; *** p<0,01; Erros padrão entre parênteses. + Calculado numa amostra de 10 escola de tratamento, escolhidas aleatoriamente em 2013, pareadas com 10 escolas de controle respeitando a distância de 1km de quaisquer escolas tratadas. Fonte: Elaboração Própria.

SERÁ QUE MELHORA É PURO RESULTADO DE NÃO PRECISAR MUDAR DE ESCOLA NO 6º ANO? Impacto sofre redução de cerca de 30% se o grupo de controle é formado por escolas em que alunos já não precisavam mudar de instituição no 6º ano. Tabela: Impacto do Projeto 6º Ano Experimental quando usamos escolas de 1º a 9º anos como grupo de controle DISCIPLINA ESCOLAS DE 1º A 9º ANOS ESCOLAS DE 1º A 5º ANOS Matemática 0,23*** 0,35*** Português 0,13*** 0,19*** Nota: * p<0,10; ** p<0,05; *** p<0,01; Erros padrão entre parênteses. + Calculado numa amostra de 10 escola de tratamento, escolhidas aleatoriamente em 2013, pareadas com 10 escolas de controle respeitando a distância de 1km de quaisquer escolas tratadas. Fonte: Elaboração Própria.

EVOLUÇÃO DO IMPACTO POR COORTE DE INGRESSO NO PROGRAMA Impacto atinge o ápice na coorte de 2013 e sofre um decréscimo em 2014, sugerindo que ampliação pode ter sido acompanhada de menor acompanhamento por parte da SME. Tabela : Impacto do Projeto 6º Ano Experimental BIMESTRE MATEMÁTICA PORTUGUÊS 2012 2013 2014 2012 2013 2014 2 O - 0,29*** 0,16* - 0,21*** 0,10 4 O 0,18*** 0,35*** - 0,13*** 0,19*** - Nota: * p<0,10; ** p<0,05; *** p<0,01; Erros padrão entre parênteses. + Calculado numa amostra de 10 escolas de tratamento, escolhidas aleatoriamente, pareadas com 10 escolas de controle respeitando a distância de +1km de quaisquer escolas tratadas. Fonte: Elaboração Própria.

EVOLUÇÃO DO PROGRAMA AO LONGO DO ANO Impacto cresce com a exposição dentro do semestre e entre-semestres Exposição ao programa magnifica impacto em Matemática Tabela : Impacto do Projeto 6º Ano Experimental estimado via estimador de Diferenças em Diferenças BIMESTRE MATEMÁTICA PORTUGUÊS 1 O 0,156* 0,179* 2 O 0,247* 0,200* 3 O 0,208* 0,177* 4 O 0,332* 0,175* Nota: * p<0,10; ** p<0,05; *** p<0,01; Erros padrão entre parênteses. + Calculado numa amostra de 10 escolas de tratamento, escolhidas aleatoriamente, pareadas com 10 escolas de controle respeitando a distância de +1km de quaisquer escolas tratadas. Fonte: Elaboração Própria.

EFEITOS DIRETOS E INDIRETOS PORTUGUÊS Figura 8: Efeito direto e efeitos indiretos do Projeto 6º Ano Experimental (2º bimestre 2014) Português CLIMA EM SALA DE AULA (0,077) CAPACITAÇÃO DO PROFESSOR (0,056) AUTONOMIA PEDAGÓGICA (0,030) COBRANÇA DO PROFESSOR (0,014) QUALIDADE DO PROFESSOR (0,012) EFEITO DIRETO (0,030) Português = 0,101 EMPODERAMENTO DO PROFESSOR (-0,077) AUTONOMIA ADMINISTRATIVA (-0,031) RELAÇÃO PROFESOR ALUNO (-0,036) Fonte: Elaboração Própria. RELAÇÃO INSTITUCIONAL (-0,043)

EFEITOS DIRETOS E INDIRETOS MATEMÁTICA Figura 9: Efeito direto e efeitos indiretos do Projeto 6º Ano Experimental (2º bimestre 2014) Matemática CLIMA EM SALA DE AULA (0,132) CAPACITAÇÃO DO PROFESSOR (0,118) AUTONOMIA PEDAGÓGICA (0,095) QUALIDADE DO PROFESSOR (0,013) EFEITO DIRETO (0,101) Matemática = 0,161 RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO (-0,024) EMPODERAMENTO DO PROFESSOR (-0,043) AUTONOMIA ADMINISTRATIVA (-0,059) COBRANÇA DO PROFESSOR (-0,072) RELAÇÃO INSTITUCIONAL (-0,101) Fonte: Elaboração Própria.

CONCLUSÕES A escola se localiza em um local muito vulnerável com tiroteios constantes, a aproximação aluno e professor transforma o ambiente de aprendizado para o bem... devido à questão da violência é muito difícil professor vir aqui e ficar. Para ficar deve-se ter uma motivação a mais. Eu aprendi a ter respeito a estas crianças. Há uma norma da SME de garantir o planejamento do 6º ano. Deveria haver isso para os demais anos,... no 6º ano experimental o curso de formação é obrigatório.

CONCLUSÕES Impacto positivo sobre o nível de proficiência dos alunos. Em Português, o acréscimo está entre 0,1 e 0,2 desvio-padrão, e em Matemática, entre 0,16 e 0,35 desvio-padrão. Aproximadamente 30% do impacto em português e matemática pode resultar de os alunos não mais precisarem mudar de escola no 6º ano. Os impactos em Matemática crescem ao longo do semestre e entre semestres. Ao final do ano a magnitude é cerca do dobro da detectada no início do ano.

CONCLUSÕES O efeito do programa sofreu um decaimento para as gerações mais recentes, possivelmente refletindo uma dificuldade de manter os padrões de monitoramento conforme o universo de escolas tratadas se expande. Principais mecanismos de melhora do escore de Português e Matemática: Clima em Sala de Aula; Capacitação do Professor; maior Autonomia Pedagógica do Docente.

CONCLUSÕES Como um todo, os resultados indicam que o Projeto 6 Ano Experimental pode servir como um modelo de intervenção educacional de baixo custo de implantação e com potencial de gerar importantes ganhos no desempenho escolar dos alunos.

Obrigado!