ALYNE CASTELO ALMEIDA ANDREZA FERNANDA CASTRO DOS SANTOS



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Transcrição:

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CCBS CURSO DE FISIOTERAPIA ALYNE CASTELO ALMEIDA ANDREZA FERNANDA CASTRO DOS SANTOS PREVALÊNCIA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM BELÉM DO PARÁ BELÉM 2009

ALYNE CASTELO ALMEIDA ANDREZA FERNANDA CASTRO DOS SANTOS PREVALÊNCIA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM BELÉM DO PARÁ Projeto referente ao trabalho de conclusão do curso de Fisioterapia apresentado para análise da banca examinadora de qualificação de TCC da Universidade da Amazônia UNAMA Orientador (a): Nazete dos Santos Araújo BELÉM 2009

A447p Almeida, Alyne Castelo Prevalência e implicações clinicas da incontinência urinária em mulheres de uma unidade básica de saúde da Pratinha / Alyne Castelo Almeida, Andreza Fernanda Castro dos Santos. -- Belém, 2009. 147 f. Trabalho de Conclusão de Curso -- (Graduação) Universidade da Amazônia. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, curso de Fisioterapia Orientadora: Prof. Esp. Nazete dos Santos Araújo 1. Incontinência Urinária. 2. Qualidade de vida. 3. Assoalho pélvico. 4. Santos, Andreza Fernanda Castro dos I. Título CDD 616.63

ALYNE CASTELO ALMEIDA ANDREZA FERNANDA CASTRO DOS SANTOS PREVALÊNCIA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM BELÉM DO PARÁ Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a curso de Fisioterapia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade da Amazônia como requisito para obtenção do título em Fisioterapia. Banca examinadora Prof. Érica Feio Carneiro Prof. Cibele Câmara Apresentado em: / / Conceito: Belém PA 2009

DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais pelo apoio, amor e paciência. A eles que sempre tiveram ao meu lado, me incentivando, e acima de tudo acreditando em meu sonho e em meu potencial. (Alyne Castelo)

DEDICATÓRIA Dedico primeiramente a Deus, pois sem ele, nada seria possível; em especial a minha mãe, pelo apoio e pela confiança, me proporcionando o melhor presente de TODOS: minha formação! (Andreza Santos)

AGRADECIMENTOS Somos gratas primeiramente a Deus que nos escolheu e traçou um futuro lindo que não poderíamos imaginar. Obrigada Senhor pela tua infinita sabedoria e graça! Agradecemos ao Senhor pelos pais maravilhosos que temos que incutiram em nós o amor de maneira tão especial e garra necessária para transpor os obstáculos, que nos fizeram mulheres determinadas em nossos objetivos, mas que nunca esquecem que pessoas são muito mais importantes. A nossa LINDA família por nos fazerem sentir tão peculiar, compartilhar nossos sonhos com vocês é um privilégio! Somos gratas pelo cuidado, pelo amor e principalmente por termos na nossa família os melhores e mais fiéis amigos. Amamos vocês. Aos nossos preciosos amigos, pois de forma direta ou indireta, nos ajudaram e deram força para concluirmos essa grande jornada. A nossa orientadora Nazete, que foi fundamental para realização e transposição desse grande trabalho, pelo esforço, pela paciência, respeito e dedicação de aproveitar o melhor de cada uma de nós. Obrigada por tudo!

EPÍGRAFE Mesmo que tu já tenha feito uma longa caminhada, há sempre um caminho a fazer. (Santo Agostinho)

RESUMO A incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina. E sua incidência é subestimada pela falta de estudos epidemiológicos no Brasil. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência da incontinência urinária (IU) em mulheres atendidas em uma Unidade Básica de Saúde de Belém-PA. Metodologia: Foram escolhidas 100 mulheres, aleatoriamente que foram divididas em dois grupos: o grupo sem incontinência urinária (n=68), e o grupo com incontinência urinária (n=32), responderam um questionário aplicado por entrevistadores previamente treinados. Resultados: A média de idade no grupo sem IU foi de 47 anos, e no com IU de 54, havendo significância estatística nos dois grupos (p = 0, 0075). A prevalência da IU foi de 32% e em 37% a IU de esforço estava associada. O índice de massa corpórea (IMC) não houve significância estatística, fato que pode ser influenciado pelo tamanho da amostra. No grupo das mulheres incontinentes, observou-se número significativamente mais alto em relação à maneira de se sentir, onde (n=28) responderam que se sentem desconfortável com essa situação. Conclusão: Os resultados do presente estudo demonstraram que a prevalência da IU foi maior na incontinência urinaria de esforço e que a incidência tem predominância ao envelhecimento, proporcionando uma grande alteração na Qualidade de vida das mesmas deixando-as cada dia mais e desconfortáveis. Palavras-chave: Prevalência da IU, Implicações Clínicas da IU, Qualidade de Vida.

ABSTRACT Urinary incontinence is defined as any involuntary loss of urine. And its incidence is underestimated by the lack of epidemiological studies in Brazil. The aim of this study was to evaluate the prevalence of urinary incontinence (UI) in women seen at a Basic Health Unit in Bethlehem, PA. Methodology: We selected 100 women, who were randomly divided into two groups: the group without urinary incontinence (n = 68), and the group with urinary incontinence (n = 32), answered a questionnaire applied by previously trained interviewers. Results: The mean age in the group without urinary incontinence was 47 years, and with the UI of 54, with statistical significance in both groups (p = 0, 0075). The prevalence of UI was 32% and 37% of the effort was associated with UI. Body mass index (BMI) was not statistically significant, which may be influenced by sample size. In the group of incontinent women, there was significantly higher on the way to feel, where (n = 28) responded that they feel uncomfortable with this situation. Conclusion: The results of this study showed that the prevalence of UI was higher in urinary incontinence and the incidence has dominated aging, providing a major change in quality of life of those leaving them each day and more uncomfortable. Keywords: Prevalence of UI, UI clinical implications, quality of life.

LISTA DE FIGURAS FIGURA 1- Teoria Integral da Continência...13 FIGURA 2 - Perda de urina ao sentir vontade de ir ao banheiro...22

LISTA DE TABELAS TABELA 1- Distribuição das diferentes variáveis levando em consideração o perfil amostral...20 TABELA 2- Referente aos sintomas do início da perda urinária das participantes...21 TABELA 3- Relata as formas de perda urinária das participantes...21 TABELA 4- Relacionada às participantes que tiveram Infecção na Bexiga...22 TABELA 5- Maneira que a paciente se sentirá se permanecer com IU o resto da vida...23

LISTA DE SIGLAS AP - Assoalho Pélvico ICS - Sociedade Internacional de Continência IU - Incontinência Urinária IUE - Incontinência Urinária de Esforço IUU - Incontinência Urinária de Urgência IUM - Incontinência Urinária Mista QV - Qualidade de Vida QVRS - Qualidade de vida relacionada à saúde TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido UNAMA - Universidade da Amazônia

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 5 2. OBJETIVOS... 7 2.1 GERAL... 7 2.2 ESPECÍFICOS... 7 3. REFERÊNCIAL TEÓRICO... 8 3.1 MECANISMO DA CONTINÊNCIA URINÁRIA... 8 3.2 INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA... 12 3.3. PREVALÊNCIA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA... 14 3.4. ABORDAGEM SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DA MULHER COM INCONTINENCIA URINARIA... 15 4. METODOLOGIA... 17 4.1 TIPO DE ESTUDO... 17 4.2. LOCAL DA PESQUISA... 17 4.3. ASPECTOS ÉTICOS... 17 4.5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO... 18 4.6. COLETA DE DADOS... 18 4.7. ANÁLISE DE DADOS... 19 5. RESULTADOS... 20 6. DISCUSSÃO... 24 7. CONCLUSÃO... 26 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 27 9. ANEXO I - QUESTIONÁRIO ESPECÍFICO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA... 31 10. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO... 37

5 1. INTRODUÇÃO A incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina. E sua incidência é subestimada pela falta de estudos epidemiológicos no Brasil. (BARACHO, 2007). A perda involuntária e visivelmente demonstrável de urina, conhecida como Incontinência Urinária (I.U.) é identificada em grande escala nas diversas populações, e pode ser apontada atualmente como um dos maiores alvos de estudo dos profissionais responsáveis pela saúde da mulher. (RAMOS, 2006). Comum, principalmente entre mulheres, a incontinência urinária pode acometer até 50% delas em alguma fase de suas vidas. Ressalta-se que, sua prevalência aumenta com a idade, e é muitas vezes erroneamente interpretada como parte natural do envelhecimento, por conta dos danos trazidos. (BARACHO, 2007). Com o avançar da idade, o suporte do colo vesical, o comprimento funcional da uretra e a competência do assoalho pélvico, que oferece um suporte adicional à uretra, tendem a diminuir, bem como, a força de contração da musculatura detrusora, gerando assim a perda involuntária de urina. (GUEDES, 2006). As mulheres têm maior probabilidade que os homens de apresentarem essa condição, entretanto o número exato de pessoas acometidas pode ser muito maior do que as estimativas atuais, porque muitas pessoas não procuram ajuda por vergonha, por acharem que o problema é conseqüência normal do envelhecimento ou, ainda, por acharem que não existe tratamento. (HUNSKAAR et al, 2005). A I.U. é um estado anormal e, não depende somente da integridade do trato urinário inferior, mas de alterações da motivação pessoal, da destreza manual, da mobilidade, da lucidez, e a existência de doenças associadas estão entre os fatores que podem ser responsáveis. (GUEDES, 2006). Ela é causada pelo aumento da pressão intra-abdominal, ineficácia da musculatura do assoalho pélvico, a idade avançada, a gravidez, o parto, a queda dos níveis de estrógeno na menopausa, obesidade, doença pulmonar obstrutiva crônica, tabagismo, ingestão hídrica excessiva, fatores dietéticos, constipação intestinal, as incapacidades físicas e mentais e doenças que comumente acometem os idosos como acidente vascular encefálico e mal de Parkinson, bem como, medicações e cirurgias que comprometem o tônus muscular pélvico e

6 ou danos nervosos, podendo levar a mulher, ao isolamento, depressão e a perda da autoestima. (SILVA & SANTOS, 2005). No Brasil, são poucos os estudos sobre a prevalência de incontinência urinária e fatores de risco associados, fato que dificulta conhecer a real dimensão do problema em nossa população. Porém, apesar dos poucos estudos sobre prevalência e incidência de IU, estima-se que existam mais e 13 milhões de mulheres acometidas pelos diferentes tipos de doenças. (SILVA & SANTOS, 2005). Apesar de não ser uma doença que leve a morte, pode, muitas vezes, levar a transtornos psicológicos, trazendo implicações sociais e interferindo negativamente na qualidade de vida das mulheres incontinentes. (BARACHO, 2007). Considerando-se a população feminina em geral, a literatura médica aponta os tipos mais comuns de IU, de acordo com os sintomas: incontinência urinária de esforço que é a perda involuntária de urina associada com atividades físicas que aumentam a pressão intraabdominal; urge-incontinência, definida como perda involuntária de urina associada com um forte desejo de urgência para urinar, e incontinência mista, quando existe associação dos sintomas de incontinência de esforço e urge-incontinência. (BARACHO, 2007). A qualidade de vida (QV) pode ser entendida como uma construção social caracterizada por fatores culturais, com características subjetivas, bidirecionais, multidimensionais e mutáveis. Onde foi introduzida no âmbito da saúde para avaliar desfechos objetivos. E posteriormente, obteve-se a necessidade de avaliá-la partindo da opinião pessoal, o que ressaltou a subjetividade do construto. (DIAS, 2006 & HICKEY, 2005). A avaliação do impacto da IU e de intervenções a ela relacionadas na QVRS pode ser feita de forma objetiva ou subjetiva por questionários específicos ou por entrevista na qual o incontinente avalia o impacto a perda urinária em sua vida. (KOOGAN, 2006; SALMON, 2005). O presente estudo teve como objetivo investigar, a prevalência da incontinência urinária, assim como os fatores de riscos associados entre as mulheres atendidas em uma Unidade Básica de Saúde de Belém do Pará.

7 2. OBJETIVOS 2.1 GERAL Verificar a Prevalência e Implicações clínicas da Incontinência Urinária em mulheres em uma Unidade Básica de Saúde de Belém do Pará. 2.2 ESPECÍFICOS Verificar as implicações clínicas mais freqüentes em mulheres com queixa de Incontinência Urinária. Fazer o levantamento da Prevalência da Incontinência Urinária em mulheres em uma Unidade Básica de Saúde em Belém do Pará.

8 3. REFERÊNCIAL TEÓRICO 3.1 MECANISMO DA CONTINÊNCIA URINÁRIA A continência é a capacidade normal de acumular fezes e urina, com controle consciente sobre o tempo e o lugar para urinar e defecar. (NOGUEIRA, 2008). A urina é constantemente produzida, em volumes diferentes, maiores durante o dia e menores durante a noite, e armazenada na bexiga. A bexiga normal aumenta seu volume para conter e armazenar a urina sem aumento de pressão significativo até que ela esteja completamente distendida, e sem as contrações do detrusor. O relaxamento do detrusor, durante a fase de enchimento, é o componente-chave para a acomodação vesical. (BELÃO, 2004). Durante a fase de enchimento, a continência urinária é mantida através do aumento da pressão intra-uretral, sendo essa superior a pressão intravesical. A diferença entre essas duas pressões é denominada de pressão de fechamento uretral, sendo seu mecanismo ainda não totalmente esclarecido. (BELÃO, 2004). O ato de eliminação da urina e, conseqüente esvaziamento da bexiga, é denominado de micção e depende de uma ação coordenada entre uretra e bexiga (músculo detrusor). (BELÃO, 2004). O músculo detrusor reduz todas as dimensões da bexiga, em virtude da distribuição de suas fibras. A contração do detrusor promove a abertura do colo da bexiga e a urina é conduzida para a uretra. Em associação a esta contração, o assoalho pélvico relaxa e permite a descida da base da bexiga, resultando na perda do ângulo uretrovesical, assim a uretra e o trígono assumem uma posição linear (BELÃO, 2004). Na fase de esvaziamento, a contração eficiente do detrusor, que depende da integridade deste músculo e de sua inervação parassimpática, será responsável pela eliminação de todo o volume urinário, sem a presença de resíduo pós-miccional. (BELÃO, 2004). É importante ressaltar que na micção voluntária primeiramente ocorre à contração dos músculos abdominais, o que aumenta a pressão da urina na bexiga, permitindo a entrada de mais urina no colo vesical na uretra posterior, sob pressão com conseqüente distensão de suas

9 paredes excitando assim, os receptores de estiramento, estimulando o reflexo de micção e inibindo simultaneamente o esfíncter uretral externo. (CARVALHO, 2008). A micção e a continência urinária estão sob controle de vários eventos neurológicos entre sistema nervoso central e sistema nervoso periférico (Sistema Nervoso Autônomo e Sistema Nervoso Somático), que garantem o controle voluntário do ato miccional. (MONTEIRO; SILVA FILHO, 2007). O principal centro facilitador da micção é o centro pontino, localizado na substância cinzenta pontina-mesencefálica que serve como via final de todos os neurônios motores vesicais. O córtex cerebral é representado pelo lobo frontal, responsável pelo controle voluntário da micção. Age inibindo os reflexos da contração do músculo detrusor na fase de enchimento vesical diante do aumento da pressão vesical. A substância reticular pontomesencefálico é responsável pela coordenação entre os vários níveis de controle, pela organização dos estímulos aferentes e eferentes do trato urinário durante a fase de enchimento vesical, inibindo o centro sacral da micção e permitindo a acomodação do detrusor. Os núcleos da base são formados por um grupo de núcleos subcorticais que atuam inibindo as contrações do músculo detrusor, influenciando no processo de esvaziamento vesical. O sistema límbico é formado pelo hipocampo, amígdala, e giro ungulado, exercendo influência no funcionamento do trato urinário, principalmente em situações de estresse. O cerebelo atua na coordenação de vários músculos, inclusive os abdominais envolvidos na postura e no equilíbrio durante a micção. O centro sacral da micção é a via de transmissão de todos os estímulos sensoriais aferentes do trato urinário inferior e constitui o arco reflexo simples entre o músculo detrusor e o sistema esfincteriano uretral. (MORENO, 2004). Na neurofisiologia da micção, o Sistema Nervoso Periférico é formado pelo Sistema Nervoso Autônomo (Simpático e Parassimpático) e Sistema Nervoso Somático. (MORENO, 2004). Sistema Nervoso Autônomo Simpático origina-se na medula espinhal entre os segmentos T10 a T12, é representado principalmente pelo nervo hipogástrico. Sua fibras pré sinápticas são curtas e tem como neurotransmissor a acetilcolina, enquanto as fibras póssinápticas têm como neurotransmissor a noradrenalina. As mesmas podem atuar nos receptores α e β. Os receptores a predominam na uretra e, quando estimulados, promovem a contração do esfíncter externo da uretra. Já os receptores β predominam na bexiga e quase inexistem na uretra, e quando estimulados atuam relaxando o músculo detrusor. O Sistema Nervoso Autônomo Simpático atua principalmente na fase de armazenamento urinário. (MORENO, 2004).

10 Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático origina-se na medula sacral, entre os segmentos S2 a S4, é representado principalmente pelo nervo pélvico. As fibras préganglionares são longas e terminam em gânglios da parede vesical. O neurotransmissor do Sistema Nervoso Autônomo parassimpático é sempre acetilcolina, que atua nos receptores nicotínicos localizados na sinapse pré-ganglionar e nos receptores muscarínicos na parede vesical. A acetilcolina produz a contração do m. detrusor e o relaxamento do esfíncter externo uretral. Portanto, o Sistema Nervoso Autônomo parassimpático atua na fase do esvaziamento vesical. (MORENO, 2004). Sistema Nervoso Somático origina-se na medula sacral, no núcleo somatomotor, que é representado pelo nervo pudendo, que inerva a musculatura do diafragma pélvico e esfíncter externo na uretra, enviando algumas fibras para o trato urinário inferior. É responsável por iniciar os mecanismos de enchimento e esvaziamento vesical, com a contração e relaxamento dos músculos do AP e musculatura estriada da uretra, através do controle voluntário da micção, previamente ao desencadeamento dos reflexos autonômicos da micção. (MORENO, 2004). Existem 32 reflexos da micção, que estão divididos em reflexo de continência, reflexos de início de micção, reflexos intramiccionais e reflexos de cessação da micção. Dentre estes ressaltamos o reflexo de continência A3 de Mahony, cujo tem a função de inibição do desejo miccional e é objeto de estudo na reeducação do assoalho pélvico. (BARACHO, 2007). O assoalho pélvico é o conjunto de estruturas que dá suporte às vísceras abdominais e pélvicas. Consiste dos músculos coccígeos (M. isquiococcígeo) e elevadores do ânus (M. puborretal, pubococcígeo, íleococcígeo), que conjuntamente são chamados de diafragma pélvico, que é atravessado à frente pela vagina e uretra e ao centro pelo canal anal. (BODANESE, 2007). Os músculos do assoalho pélvico têm importantes funções, contraem-se para manter a continência urinaria e fecal e relaxam-se permitindo o esvaziamento intestinal e vesical, evitam o deslocamento dos órgãos pélvicos e participam da responsividade sexual feminina normal, sendo extremamente distendidos para permitir o parto. (BEREK, 2005). Eles estão dispostos em três planos: plano profundo, constituindo o diafragma pélvico; o plano médio, que se compõe do esfíncter externo da uretra (músculo essencial na continência), e os dois transversos profundos, representando uma sustentação visceral, sobretudo para a base visceral; e o plano superficial que possui um eixo bi-isquiático que se constitui de um verdadeiro plano musculoso aponeurótico e separa a região perineal em duas

11 zonas, um triângulo anterior onde estão situados os músculos bulbocavernosos e isquiocavernosos, e um triângulo posterior, onde está situado o músculo esfíncter externo do ânus. (BODANESE, 2007). A musculatura do assoalho pélvico é constituída histomorfologicamente por dois tipos de fibras: as do tipo I (70%), de contração lenta, que em condições de repouso, mantêm o tônus continuamente e auxilia a fáscia endopélvica, responsável pelas vísceras pélvicas, e as fibras do tipo II (30%) de contração rápida, que permitem uma resposta imediata a mudanças súbitas na pressão abdominal com contração muscular reflexa e intensa. O que faz com que isto tenha uma grande importância no mecanismo de continência urinária. (BODANESE, 2007). Os nervos destinados ao períneo são ramos dos 2, 3 e 4 nervos sacrais, podendo receber contribuição eventual de S1 e S5. O nervo pudendo é formado pela união de dois ramos do plexo sacral próximo ao ligamento sacroespinal, passando posteriormente a este e deixando a cavidade pélvica através do forame isquiático maior. Após curto trajeto na região glútea, ele penetra no períneo através forame isquiático menor. O nervo passa para frente no canal pudendo e por meio de seus ramos, supre o músculo esfíncter do ânus e os músculos e pele do períneo. (MORENO, 2004).

12 3.2 INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA As disfunções do trato urogenital feminino são problemas comuns e complexos. Sendo os mais encontrados: disfunções da bexiga, e incontinência urinária. A IU é mais freqüente que a incontinência fecal e suas conseqüências resultam em uma má integração social, gerando nos indivíduos por ela acometida isolamento, depressão, perda da auto-estima, e uma qualidade de saúde inadequada. (PORTER, 2005). A IU feminina é um problema mundial de saúde que com o aumento da expectativa de vida torna-se uma condição que acomete um número cada vez maior de pessoas, gerando um prejuízo clínico, social, sexual, psíquico e econômico à paciente. Onde o impacto econômico para a sociedade e para a mulher incontinente é enorme, envolvendo custos com protetores, médicos, tratamento e diagnóstico. (KENTON, 2006). Diversas teorias foram formuladas visando justificar a fisiologia da continência urinária: a clássica teoria das equalizações das pressões intra-abdominais (ENHORNING, 1967) que serviu de base, por muito tempo, para o desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas; a Teoria Integral (PETRUS & ULMISTEN, 1990), a mais aceita, atualmente, que explica os diferentes tipos de incontinência, através da laceração da parede vaginal e dos ligamentos pélvicos. (BARACHO, 2007). A teoria de Petrus buscou explicar, de forma conjunta, os mecanismos fisiopatológicos envolvidos não apenas na incontinência urinária de esforço, mas também na urgência (polaciúria, noctúria), alterações do esvaziamento vesical e intestinal, além da dor pélvica crônica. De acordo com essa teoria, as alterações da tensão aplicada pelos músculos e ligamentos sobre as fáscias justapostas à parede vaginal determinam a abertura ou o fechamento do colo vesical e da uretra. Alterações de tensão sobre a vagina determinariam, também, ativação prematura do reflexo miccional, desencadeando contrações involuntárias do detrusor e levando a perdas urinárias indesejáveis. (BARACHO, 2007). A elasticidade vaginal e seu sistema de sustentação e de suspensão geram uma força anterior que mantém a uretra fechada durante o repouso. Ela depende da integridade tecidual, dos componentes vascular e conjuntivo, que estão relacionados diretamente com o estímulo hormonal, e de particularidades constitucionais como tipo de colágeno e componentes da matriz extracelular de cada indivíduo. (PRIOR, 2006).

13 Figura 1: Teoria Integral da Continência. Fonte: http://www.uroginecologia.com.br/index/?q=node/12 Os Fatores de Risco que estão relacionados com a IU estão descritos abaixo. (COSTA, 2008): Idade: As alterações do trato genital associadas à idade predispõem a pessoa idosa ao quadro de incontinência. Presença de infecção do trato urinário: Risco de IU é três vezes maior em pacientes que apresentem quadro de infecção do trato urinário. Obesidade: Risco de IU é maior em pacientes obesas. Paridade: Risco de IU são maiores em mulheres previamente submetidas partos cesáreos ou vaginais em comparação às nulíparas, devido distensão da Musculatura do Assoalho Pélvico. Via dos partos: Segundos alguns estudos, o parto vaginal apresenta um risco maior de IU do que o parto cesáreo. Cirurgias prévias: Essas cirurgias devem ser documentadas e especificadas. A histerectomia pode comprometer as relações anatômicas e o suprimento vascular e nervoso dos órgãos pélvicos. Doenças neurológicas: Algumas delas podem levar à incontinência, como esclerose múltipla, doença de Parkinson, acidente vascular encefálico ou trauma raquimedular.

14 De acordo com Almeida, 2006. A Incontinência Urinária é classificada de acordo com a sintomatologia, ela pode ser de esforço, urgência, mista e por transbordamento. A Incontinência Urinária de Esforço (IUE) acontece devido a uma deficiência no suporte vesical e uretral que é feito pelos músculos do assoalho pélvico e ou por fraqueza ou lesão do esfíncter uretral. Essa condição leva a perda de urina durante o aumento da pressão intraabdominal, como tossir, espirrar, correr, rir, pegar peso, levantar da posição sentada para de pé ou ate mesmo andar. Geralmente não ocorrem perdas urinarias durante o repouso e durante o sono. (ALMEIDA, 2006). A Incontinência Urinária de Urgência (IUU) ocorre como conseqüência da hiperatividade detrusora (HD). Denominamos HD quando o músculo detrusor apresenta contração involuntária. Para a preservação da continência urinária é fundamental que a bexiga apresente função normal e a pressão intravesical deve permanecer relativamente baixa e constante durante todo o enchimento. (ALMEIDA, 2006). A Incontinência Urinária Mista é a combinação da Incontinência Urinária de Esforço e de Urgência, ou seja, uma insuficiência uretral associada com hiperatividade detrusora. (ALMEIDA, 2006). Incontinência Urinária por Transbordamento acontece quando a bexiga não é esvaziada por longos períodos, tornando-se tão cheia que a urina simplesmente transborda. Isso pode acontecer quando existe diminuição da sensibilidade ou da contratilidade vesical ou, ainda, quando existe uma obstrução uretral crônica. (ALMEIDA, 2006). 3.3. PREVALÊNCIA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA A prevalência da incontinência urinária varia de acordo com a população, faixa etária, porém, sabe-se que ela aumenta com o envelhecimento. Assim, estudos populacionais explanaram que pelo menos 40% das mulheres irão apresentar alguma vez em suas vidas, um episódio de IU, porém, apenas 20% dessas mulheres tornam-se sintomáticas o bastante para necessitar de auxílio clínico. Estudos epidemiológicos revelam uma prevalência de incontinência que varia de 20% a 50%, sendo que 50% das pacientes apresentam incontinência urinaria de esforço, 30-40% incontinência mista e 10-20% incontinência de urgência. (CONCEIÇÃO, 2005).

15 A incontinência urinária é um problema comum que pode afetar mulheres de todas as idades. A perda da continência urinária pode afetar até 50 % das mulheres em alguma fase de suas vidas, trazendo grandes implicações em sua qualidade de vida. A evolução da sintomatologia da incontinência urinária pode ocasionar isolamento social, perda da função sexual e outros problemas psicossociais, permitindo que estes tenham uma percepção negativa sobre seu estado geral de saúde. (FONSECA, 2005). Quanto aos índices que apontam a prevalência e incidência da IU, estes dependem das características da população estudada como a idade, o sexo, as condições físicas e mentais, além da definição de incontinência adotada e das condições de saúde geral da população alvo. (SILVA, 2005). Os índices de prevalência da IU feminina sofrem variação de acordo com a metodologia adotada em cada estudo. Na população norueguesa, entre mulheres com 20 anos ou mais, a prevalência de IU foi de 25% (2); no entanto, considerando as mais idosas, entre 80 e 89 anos, estes índices foram de 46% (3). Em jovens, principalmente aquelas que realizam atividade física intensa como atletas, dançarinas e militares, com idade média de 19,9 a 31,8 anos, os estudos apontaram índices de 28% a 51% (4-6). (HIGA, 2006). Ao gerar implicações negativas nos âmbitos emocional, social e econômico tanto para o indivíduo incontinente, como para seus amigos, familiares e cuidadores, a IU representa um desafio para profissionais da saúde, na busca de formas alternativas de abordagem e tratamento do problema, o que tem sido constantemente subestimado, principalmente em nosso meio. (SILVA, 2005). 3.4. ABORDAGEM SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DA MULHER COM INCONTINENCIA URINARIA A qualidade de vida (QV) pode ser entendida como uma construção social relativizada por fatores culturais, com características subjetivas, bidirecionais, multidimensionais e mutáveis. (ABREU, 2006) A QVRS, por sua vez, recebe influência do conceito de saúde proposto pela Organização Mundial de saúde (OMS) e designa uma série de modelos conceituais que definem o construto por meio de dimensões da vida e da percepção individual da saúde. Nessa perspectiva, entende-se que os funcionamentos físicos e emocionais repercutem diretamente

16 sobre a QV enquanto as anormalidades biológicas a influenciam indiretamente devido a sua relação causal com a doença e com a incapacidade física. (ABREU, 2006) O termo qualidade de vida (QV) tem enfoque multidimensional e seu conceito é subjetivo. Apesar de possuir muitas definições, é sabido que tem o intuito de avaliar o efeito de determinados conhecimentos e aquisições na vida das pessoas. Entre eles estão incluídas as condições de saúde física, funções cognitivas, a satisfação sexual, as atividades do cotidiano, o bem estar emocional e a vida familiar e social. (AUGE, 2005). A expressão qualidade de vida foi mencionada pela primeira vez na década de 20, entretanto, só teve seu âmbito na área da saúde no final dos anos 50, quando era medida por meio da morbidade e da mortalidade. (ABREU, 2006). Com o passar dos anos a qualidade de vida, firmou-se como importante variável tanto para a prática clínica, quanto para a pesquisa científica na área da saúde, para melhor avaliar desfechos de pesquisas ou efeitos de intervenção, assim como, seu impacto no bem estar físico psicológico e social da paciente. (NOGUEIRA, 2008). O interesse em mencionar a qualidade de vida em relação aos cuidados da saúde aumentou nos últimos anos, ao ponto de a Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciar um projeto de avaliação internacional de qualidade de vida, levando em consideração decisões de tratamento, utilização de novos fármacos e políticas de pesquisa. A maior parte dos instrumentos de medida da qualidade de vida é baseada em questionários que avaliam os diversos aspectos e dimensões da vida dos pacientes como o físico, o psicológico, o social, o desempenho geral, a dor, o sono e os sintomas específicos das doenças. (FONSECA, 2005). A incontinência urinária diminui a qualidade de vida da mulher, tornando sua vida limitada, pois o uso diário de absorventes, o custo com medicamentos, à freqüência miccional aumentada, o odor característico da urina, as restrições de determinadas atividades físicas e as perdas de urina durante o ato sexual levam ao constrangimento e ao afastamento social. (REIS, 2008) A perda de qualquer função fisiológica, como a capacidade de repleção e esvaziamento vesical adequado, mesmo que temporários, é limitante e afeta aspectos sociais e psicológicos, com importante comprometimento da qualidade de vida da paciente. Por isso, a Sociedade Internacional de Continência (ICS) têm recomendado que um questionário de qualidade de vida seja incluído em todo e qualquer estudo sobre incontinência urinária. (FONSECA, 2005; AUGE, 2005). Existem na literatura muitos questionários que abordam a qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária; os questionários genéricos são de fácil administração e

17 compreensão, mas têm como inconveniente apresentar dimensões gerais, que podem ser pouco sensíveis as alterações clínicas que as pacientes venham a apresentar. Já os questionários específicos avaliam aspectos próprios da gravidade e do impacto dos sintomas da vida das pacientes. (FONSECA, 2005; RETT, 2007). Como a incontinência urinária, tem grande impacto na qualidade de vida das pacientes, um instrumento para mensuração da qualidade de vida permitirá avaliar o resultado do tratamento escolhido e facilitará a comparação de estudos realizados em diferentes locais, utilizando diferentes tratamentos, em populações semelhantes. (NOGUEIRA, 2008). 4. METODOLOGIA 4.1 TIPO DE ESTUDO Foi adotado um estudo de coorte prospectivo, com levantamento de dados qualitativos e quantitativos por meio de amostra aleatória. 4.2. LOCAL DA PESQUISA A pesquisa foi realizada na Unidade Básica de Saúde da Pratinha em Belém-PA. 4.3. ASPECTOS ÉTICOS A pesquisa foi realizada de acordo com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (2000), com a aprovação da professora orientadora (Anexo I), após a autorização do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade da Amazônia e com o aceite voluntário do Termo de Consentimento Livre Esclarecido TCLE (Apêndice I) pelas pacientes. 4.4. AMOSTRA

18 Participaram da pesquisa 100 (cem) mulheres, que foram escolhidas de forma aleatória, e divididas em dois grupos, sendo o primeiro formado por 32 (trinta e duas) mulheres com incontinência urinária e 68 (sessenta e oito) sem incontinência urinária. Na faixa etária entre 30 e 80 anos. 4.5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO Foram utilizados como critérios de inclusão, mulheres com idade de 30 a 80 anos, com e sem Incontinência Urinária, não portadora de doenças neurológicas associadas, que assinaram ao TCLE, que responderam ao Questionário Especifico de Incontinência Urinária (ANEXO I), (AMARO, 2005) e que freqüentem a Unidade Básica de Saúde da Pratinha. E no critério de exclusão todos que não se enquadram nos Critérios de Inclusão. 4.6. COLETA DE DADOS A pesquisa aconteceu no ambulatório geral da Unidade Básica de Saúde da Pratinha, com uma amostra composta por 150 mulheres, sendo que somente 100 aceitaram participar da pesquisa, onde (32) tinham Incontinência Urinária e (68) não, a faixa etária era de 30 a 80 anos, onde a coleta aconteceu de forma aleatória, individual e as mesmas não foram identificadas, garantindo total sigilo no estudo. O levantamento de dados ocorreu no período de março a maio de 2009, no turno matutino. Inicialmente, as participantes receberam instruções explicativas do presente estudo, seguidas de instruções em relação ao questionário, e foram convidadas a participar da pesquisa, onde as que aceitaram participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e responderam ao Questionário específico de Incontinência Urinária (AMARO, 2005), (ANEXO I), este era composto de (72) questões e dividido em cinco partes: 1 - identificação; 2 - avaliação específica dos sintomas como relação entre esforço, perda urinária, circunstância da perda de urina, antecedentes obstétricos, problemas relacionados ao armazenamento de urina e antecedentes cirúrgicos; 3 - efeitos psicossociais da doença; composição familiar e serviços de saúde utilizado pelo paciente. Ressaltando que só foram utilizadas as questões de nº 01 a 23, 25, 26, 28, 29, 31, 43, 50, 52,53 para o as mulheres com

19 Incontinência urinária e as questões de nº 17 a 29 para as mulheres sem Incontinência Urinária. Onde foi aplicado pelas acadêmicas do 8º semestre de Fisioterapia da Universidade da Amazônia: Alyne Castelo Almeida e Andreza Fernanda Castro Santos.. 4.7. ANÁLISE DE DADOS Na análise estatística aplicaram-se métodos estatísticos descritivos e inferenciais. O método estatístico descritivo foi aplicado para demonstrar através de tabelas e gráficos a evolução causada pela intervenção. O método estatístico inferencial foi aplicado através de métodos não paramétricos (teste do Qui-Quadrado). O teste do Qui-Quadrado foi aplicado com o objetivo de analisar as distribuições das variáveis de IUE, IUU e IUM. O teste Exato de Fisher e o teste t de Student foram aplicados para comparação de médias dos grupos com e sem incontinência urinária. O nível de significância adotado foi de 5% para rejeição da hipótese de nulidade. Os valores significativos foram assinalados com asterisco (*). O software utilizado para o resultado do estudo foi o BioEstat 5.0.

20 5. RESULTADOS A Tabela 1 mostra a análise de diversas variáveis. O número das participantes da pesquisa que foram distribuídas em dois grupos: o grupo com incontinência composto de (n=32) e o grupo sem incontinência com (n=68), tendo como significância de IU (p = 0, 0005) para o total da amostra. A média de idade das mulheres com incontinência de (54 ± 11.6), e tempo de perda urinária de (60.1± 84.8) e das mulheres sem Incontinência Urinária, média de idade de (47 ± 13.0) anos. Com significância estatística nos dois grupos (U = 726,00; p = 0, 0075). Em relação ao IMC das participantes pode-se analisar que não houve significância estatística, fato que pode ter sido influenciado pelo tamanho da amostra. Já se referindo a média do número de gravidezes, observou-se que um resultado altamente significativo (p = 0, 0001). A média de parto normal e o número de histerectomias não tiveram significância estatística no presente estudo. Já o número de cirurgias para perda de urina feita pelas mulheres com incontinência teve um alto valor significativo (p = 0, 0055) no estudo. Variáveis Com IU Sem IU Estatística p valor Número de participantes 32 68 QQ = 12.25 0.0005* Média de Idades 54 47 U = 726.00 0.0075* IMC 27.4 25.4 t = -1.60 0.112 Média Número de Gravidezes 53 105 QQ = 32.49 < 0.0001* Média Parto Normal 28 51 QQ = 1.365 0.243 Número de Histerectomias 8 13 QQ = 0.169 0.681 Número de Cirurgias para perda de xixi 12 1 QQ = 7.962 0.0055* * Altamente Significativo Tabela 1: Distribuição das diferentes variáveis levando em consideração o perfil amostral. Fonte: Coleta de dados.

21 A Tabela 2 mostra que das 32 participantes com incontinência urinária, (17) começaram a apresentar os primeiros sintomas de perda urinária a partir do nascimento do primeiro filho, (3) após realização de uma cirurgia, (11) começaram a sentir os sintomas sem nenhuma causa específica e (1) não teve correlação com nenhum desses sintomas. Foi depois de: Com Incontinência Nascimento do filho 17 Após a Cirurgia 3 Não teve relação com nada 11 Não preenchido 1 Total 32 Tabela 2: Referente aos sintomas do início da perda urinária das participantes. Fonte: Coleta de dados Em relação à análise da variável das formas de ocorrência de perda urinária, a grande parte das mulheres n(12) com perda urinária foi devido aos esforços (tossir, espirrar ou carregar peso), conforme se observa na Tabela 3. Ocorre perda de xixi quando: Nunca Às vezes Sempre Total Tosse, espirra ou carrega peso 9 4 12 25 Sorri, anda rápido, corre ou desce escadas 29 1 2 32 Quando levanta da cama 31-1 32 Quando dorme 31-1 32 Perde sem perceber 28 2 2 32 Nada acontece 30-2 32 Total 158 7 20 185 Tabela 3: Relata as formas de perda urinária das participantes. Fonte: Coleta de dados

22 O Figura 2 está relacionada à perda de urina ao sentir vontade de ir ao banheiro, onde das 32 mulheres com incontinência, 13% delas nunca perderam urina, 52% perdem urina às vezes e 35% sempre perdem urina quando sentem vontade de ir ao banheiro. Figura 2: Perda de urina ao sentir vontade de ir ao banheiro. 16; 52% 4; 13% 11; 35% Sempre Às vezes Nunca Fonte: Pesquisa de campo p = 0, 029 (Significativo) Abordou-se também como variável, a ocorrência de infecções na bexiga, constatandose que n(21) participantes com IU tiveram infecções na bexiga e n(10) não tiveram. Conforme observado na tabela 4. Infecção Incontinência Bexiga Sim Não Total Sim 21 21 42 Não 10 47 57 Total 31 68 99 Tabela 4 Relacionada às participantes que tiveram Infecção na Bexiga. Fonte: Pesquisa de campo. Qui Quadrado = 10, 383 p < 0, 0001 (Altamente Significativo)

23 Também foi analisado nas mulheres como elas iriam se sentir se passassem o resto da vida com incontinência urinária, verificando-se na tabela 5 que a maioria das participantes n(28) iriam se sentir desconfortável com essa situação. Maneira de se Incontinência Sentir Sim Não Total Desconfortável 28 2 30 Infeliz 2 0 2 Terrível 1 0 1 Total 31 2 33 Tabela 5 Maneira que a paciente se sentirá se permanecer com IU o resto da vida. Fonte: Pesquisa de campo Disposição dos dados inviabiliza a construção de teste de hipóteses.

24 6. DISCUSSÃO O primeiro aspecto observado diz respeito à incidência de acordo com a faixa etária, observando-se que 32% das mulheres com IU possuem a média de idade de 54 anos, 68% das mulheres sem IU a média foi de 47 anos. Logo, este fato corrobora com a afirmação de Guedes (2006), no qual a incidência de incontinência urinária na mulher aumenta com a idade, tornando-se mais evidente após a menopausa. Freitas, Menke e Rivoire (2002), estimam que 45% da população feminina apresentam algum tipo de incontinência e dessas, 50% apresentam a incontinência urinária de esforço. (BELÃO, 2004). Os resultados deste estudo apontam a mesma tendência, pois 37,5% do total das mulheres com IU que participaram do estudo apresentaram incontinência urinária de esforço. Na avaliação da obesidade pelo IMC, constatou-se significativo aumento do peso corpóreo na IU, correlação também observada por outros autores. Observou-se, ainda, que a obesidade foi um fator de piora na IU. (AMARO, 2005). Entretanto os dados citados acima discordam com o nosso estudo, pois o resultado obtido pelo IMC das participantes, não teve significância em relação à incontinência urinária. A literatura ressalta que a intensidade com que ocorre a IU (pequena, moderada ou severa), irá influenciar a qualidade de vida da mulher incontinente, ou seja, quanto maior o volume urinário perdido maior será a implicação negativa. (LOPES, 2006). Logo tais achados são enriquecedores para a atual pesquisa, pois em relação à quantidade de perda urinária, foi encontrado um n= 12 do total das participantes com IU que perdem grande quantidade de urina causando assim uma grande implicação negativa, deixando as muito desconfortáveis. Outro dado analisado no presente estudo foi o fato da maioria das mulheres incontinentes apresentarem infecções urinárias no decorrer de suas vidas, isso mostra que esse fator tem relevância importante quando se trata da incontinência urinária. Os resultados são relevantes com a afirmação de Silva, 2005, onde diz que a infecção do trato urinário é considerada como um dos fatores concorrentes ou mesmo causais da IU, à medida que piora o comportamento da bexiga já instável, ao aumentar o número e a freqüência de suas contrações involuntárias.

25 Observou-se também, a carência de estudos qualitativos voltados à percepção das perdas urinárias e sua implicação na qualidade de vida da mulher incontinente, o que dificultou a discussão dos resultados alcançados e, por essa razão, sugere-se que pesquisas, metodologicamente similares, sejam implementadas com vista à melhor compreensão dos dados obtidos.

26 7. CONCLUSÃO Os resultados do presente estudo demonstraram que a incidência da Incontinência Urinária aumenta com o envelhecimento, apresentando uma maior prevalência na IU de esforço. O estudo permitiu concluir que a IU causa um impacto negativo importante e substancial sobre a QV das mulheres. Em relação ao IMC das participantes pode-se analisar que não houve significância estatística, fato que pode ter sido influenciado pelo tamanho da amostra. Concluiu-se também que as maiorias das mulheres incontinentes apresentaram infecções urinárias no decorrer de suas vidas, isso mostra que esse fator tem relevância importante quando se trata da incontinência urinária. Encontramos dificuldades na realização da pesquisa devido a falta de estudos direcionados a prevalência e implicações da IU, portanto sugere-se que sejam implementadas mais pesquisas, metodologicamente similares, com vista à melhor compreensão dos dados obtidos.

27 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, N. S; Qualidade de vida na perspectiva de idosas submetidas a fisioterapia para a incontinência urinária.64f. Dissertação de Mestrado (Mestre em Ciências da Reabilitação). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006. ALMEIDA GF, NESRALLAH JL, CLARO AFJ, ORTIZ V, SROUGI M. Incontinência urinaria. Rev. Brás. Med. vol. 63 N 7 JULHO 2006. AMARO, J. L., et al. Eletroestimulação endovaginal e Cinesioterapia no tratamento da Incontinência Urinária de Esforço. Jornal Brasileiro de Ginecologia, v. 107, n. 6, p. 189-195, 1997. AUGE, A.P., et al. Comparações entre os índices de qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária submetidas ou não ao tratamento cirúrgico. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia., vol.28, Nº.6. pag.352-357, Jun 2006. BARACHO, E. Fisioterapia aplicada à obstetrícia, uroginecologia e aspectos de mastologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. BELÃO,C. R. D. Avaliação da força muscular perineal nos períodos pré e pós operatório em mulheres submetidas a perineoplastia. 2004. Disponível em: <http://www.unioeste.br/projetos/elrf/monografias/2004-2/pdf/cintia.pdf Acesso em 29/05/2009. BEREK, JS. Novak: tratado de ginecologia clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. BODANESE, Mariana Leticia. Investigação da prevalência de sintomas de disfunção miccional nos hábitos miccionais de uma amostra populacional com crianças de 8 a 11 anos. Trabalho de conclusão de curso.( Fisioterapia pela Faculdade Assis Gurgacz.) Cascavel, 2007. CARVALHO, F. J. W. Envelhecimento do aparelho geniturinário. In: FREITAS, E. V.; PY, L.. Tratado de geriatria e gerontologia. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. CONCEIÇÃO, J. C. J. Ginecologia fundamental. São Paulo: Atheneu, 2005. COSTA, Caren; SANTOS, Luciana; FERREIRA, Monique. O fortalecimento dos músculos do Assoalho Pélvico com a técnica de biofeedback em mulheres com Incontinência Urinária de esforço. 2008. 23f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) Universidade da Amazônia, Belém, 2008.

28 DIAS R, SILVA E. Avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde. In: Fisioterapia aplicada à obstetrícia, uroginecologia e aspectos de mastologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2006. p. 443-53. FONSECA, E. S. M.; CAMARGO, A. L. M. et al. Validation of a quality of life questionnaire (King s Health Questionnaire)in Brazilian women with urinary incontinence. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br. Acesso em: 28/04/2009 GUEDES, J. M.; SEBBEN, V. Incontinência urinária no idoso: abordagem fisioterapêutica. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano. Passo Fundo, 2006. HICKEY A; BARKER M, MCGEE H; O Boyle C. Measuring healthrelated quality of life in older patient populations: a review of current approaches. Pharmacoeconomics. 2005;23(10):971-93. HIGA Rosângela; LOPES Maria Helena Baena de Moraes; REIS Maria José dos. Fatores de risco para incontinência urinária na mulher. 2006. Revista Escola de Enfermagem USP 2006. HUNSKAAR S; ARNOLD EP; BURGIO K; DIOKNO AC; HERZOG AR; MALLET VT. Epidemiology and natural history of urinary incontinence. Int Urogynecol J 2005. KENTON K; SHOTT S; BRUBAKER L. Outcome after rectovaginal fascia reattachment for rectocele repair. Am J Obstet Gynecol 2008;191:1360-4. MONTEIRO, M. V. C.; SILVA FILHO, A. L. Incontinência urinária. In: BARACHO, E. Fisioterapia aplicada à obstetrícia, uroginecologia e aspectos de mastologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. p. 280-290. MORENO, A. L. Fisioterapia em uroginecologia. 1. ed. São Paulo: Manole, 2004. MOREIRA, Carmem; CHAVES, Esther; REIS, Sandra. Estudo Comparativo entre a Eletroterapia e Cinesioterapia no fortalecimento dos músculos do Assoalho Pélvico entre Mulheres Nulíparas e Multíparas. 2007. 18f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) Universidade da Amazônia, Belém, 2007. NOGUEIRA, Gilena; MATOS Ismael; SCOTTA Tassiana. Analise epidemiológica de Mulheres acometidas com Incontinência Urinaria através do Questionário King s Health. 2008. 30f Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) Universidade da Amazônia, Belém, 2008. PETROS, P.;ULMSTEN, U.- Na integral theory and its method for the diagnosis and managemente of female urinary incontinence. Scand.J. Urol. Nephrol., 153:1-93,1993. PORTER, Stuart. Fisioterapia de Tidy. 13 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

29 PRIOR, Érika; OLIVEIRA, L M; SARTORI, M G F; GIRÃO, M J B C. Mecanismos de continência e teoria integral da incontinência urinária feminina. Femina;35(4):205-211, abr. 2007 RAMOS, J. G. L. [et al.]. Cap.16. Tratamento da incontinência urinária. IN FREITAS, Fernando. Rotinas em ginecologia. 5ed. Porto Alegre: Artmed, 2006, p.195-207. REIS, Ariana; SANTOS, Suzele; DIAS, Thaíris. Estudo Comparativo da Capacidade de Contração do Assoalho Pélvico em atletas de voleibol e basquetebol. 2008. 27f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) Universidade da Amazônia, Belém, 2008. RETT M. T. et al. Qualidade de vida em mulheres após tratamento da incontinência urinária de esforço com fisioterapia. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. São Paulo. v.29, n.3, p.134-40, Março, 2007. SILVA, Débora; MORAES, Noelle. Estudo Comparativo da força muscular do Assoalho Pélvico em mulheres sedentárias e mulheres que praticam atividade física. 2006. 23f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) Universidade da Amazônia, Belém, 2006. SILVA, A P M, SANTOS, Vera L. C, Prevalência da incontinência urinária em adultos e idosos hospitalizados. Revista Escola de Enfermagem USP 2005; 39(1):36-45.

ANEXOS 30

31 9. ANEXO I - QUESTIONÁRIO ESPECÍFICO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM UMA AMOSTRA DA POPULAÇÃO FEMININA DE BELÉM - PA Data Nº IDENTIFICAÇÃO: Nome: Data nascimento:.../... /... Endereço: Cidade: CEP: Fone: ÁREA CENTRAL INTERMEDIÁRIA PERIFÉRICA AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DOS SINTOMAS 1. A senhora perde xixi? Mesmo que seja só de vez em quando: SIM *NÃO *(caso responder NÃO, responder diretamente as questões de número 17 até 29). 2. Há quanto tempo a senhora perde xixi? (meses). 3. Foi depois de: (Marcar com X pode ser mais de uma resposta). Nascimento do filho Durante a gravidez Após uma cirurgia Não teve relação com nada 4. Outro (qual?). OCORRE PERDA DE XIXI QUANDO: ( MARCAR COM X, E PODE SER MAIS QUE UMA RESPOSTA) 5 Tosse ou espirra ou carrega peso 6 Sorri, anda rápido, corre e sobe escadas 7 Quando levanta da cama Nunca Às vezes Sempre