Censo do Samba é apresentado nesta terça pela Prefeitura de São Paulo e SPTuris Projeto inédito mapeou o samba paulistano e traz diagnóstico de sua importância sociocultural Foi lançado nesta terça-feira (8/fev), o Censo do Samba, projeto pioneiro que traçou uma radiografia inédita do samba paulistano e traz um diagnóstico sobre sua importância sociocultural. Informações como resumo histórico das escolas e seus resultados nos últimos carnavais, quantidade de pessoas que trabalham nas comunidades, investimento, impacto, projetos sociais desenvolvidos e vários outros foram mapeados pelo Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo, núcleo de estudos e pesquisas da São Paulo Turismo (SPTuris, empresa municipal de promoção turística e eventos) em parceria com as entidades carnavalescas. A base da coleta de dados foi um formulário online padrão respondido pelas agremiações. O total, 95 formulários foram respondidos, com cobertura de 100% das escolas e blocos. O Censo do Samba traz um panorama real do Carnaval, sua importância e seu impacto nas comunidades e na cidade. Além de ser uma ferramenta que reúne, em um só lugar, informações essenciais sobre as entidades, servirá como base para estudos de novos projetos que possam melhorar ainda mais o Carnaval paulistano e a vida das pessoas que estão envolvidas nessa atividade cultural que faz parte da história do nosso município e hoje traz turistas e renda aos cidadãos, afirma o presidente da SPTuris, Caio Luiz de Carvalho. O Censo do Samba, a partir de agora, será realizado todos os anos para atualização dos dados e também para a realização de estudos comparativos, medindo assim a evolução do Carnaval. Abaixo estão alguns resultados apurados pelo Censo do Samba: Divisão das escolas 95 agremiações em funcionamento - 9 categorias Grupo Especial: 14 escolas Grupo de Acesso: 8 escolas Grupo 1: 12 escolas Grupo 2: 12 escolas Grupo 3: 12 escolas Grupo 4 (conhecido como vaga aberta ): 11 escolas Grupo de Blocos Especiais: 14 blocos Escolas e Blocos do Pré-Carnaval: 6 de cada Bandas: 9 *Há ainda dois Afoxés, que abrem os desfiles do Grupo Especial.
Divisão por entidade: Grupos Especial e Acesso: 22 escolas, sendo 15 da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo e 7 da SuperLiga das Escolas de Samba de São Paulo. Blocos Especiais e escolas dos grupos 1 a 4: União das Escolas de Samba Paulistanas (Uesp). Escolas e Blocos do Pré-Carnaval, todos ligados à Associação das Bandas, Blocos e Cordões Carnavalescos do Município de São Paulo (ABBC). Bandas: reunidas na Associação das Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp). Afoxés, filiados à Liga Número médio de integrantes por categoria Total geral: 107 mil integrantes de escolas ou blocos (excluindo as bandas carnavalescas, que tem número variável) Categoria média por agremiação total da categoria Grupo Especial 3.542 integrantes 49.600 Grupo Acesso 2.317 integrantes 18.542 Grupo 1 974 11.690 Grupo 2 566 6.795 Grupo 3 446 5.356 Grupo 4 322 3.544 Blocos Especiais 440 6.168 Investimento para que a festa aconteça na cidade Escolas do Grupo Especial: R$ 27 milhões (investimento das escolas em 2010), ou seja, em média, cada escola investe quase R$ 2 milhões. Escolas do Acesso: R$ 5,6 milhões, ou pouco mais de R$ 700 mil por escola. Investimento médio de todos os grupos: R$ 36,8 milhões Investimento público (R$ 22,7 milhões em 2010): cachê para escolas e blocos (74 agremiações), infraestrutura e eventos. Investimento público + investimento das escolas e blocos: R$ 45,4 milhões Impacto turístico (gastos dos 30 mil turistas): R$ 51 milhões Situação de quadras e barracões Locais ocupados: 126 espaços na cidade, sendo 89 áreas públicas e 37 privadas. Das 95 agremiações (escolas de samba ou blocos): - apenas 48 tem quadras, sendo 13 em áreas privadas. - 78 têm barracões, sendo 24 em áreas privadas. Das quadras (ensaio) das 14 escolas de samba do Grupo Especial, 10 ocupam áreas públicas, três pagam aluguel (áreas privadas) e apenas uma é dona do imóvel.
Entre os barracões das 14 escolas, 13 ocupam áreas públicas, com limitações de uso ou se regularidade, e uma paga aluguel. Projetos sociais Das 24 maiores escolas de samba presentes nos grupos Especial e Acesso nos carnavais de 2009 e 2010, apenas quatro não informaram sobre a existência de projetos sociais desenvolvidos em suas quadras. De maneira geral, mantém essas atividades como forma de agregar componentes e manter com a comunidade uma política de boa vizinhança. Trabalho nas escolas Quanto, em média, uma escola gera de empregos diretos durante o desenvolvimento do seu carnaval: Grupo Especial: Média por escola: 173 empregos diretos Total na categoria: 2.430 Grupo de Acesso: Média por escola: 111 empregos diretos Total na categoria: 894 Grupo 1: Média por escola: 45 empregos diretos Total na categoria: 543 Grupo 2: Média por escola: 12 empregos diretos Total na categoria: 146 Grupo 3: Média por escola: 10 empregos diretos Total na categoria: 120 Grupo 4: Média por escola: 11 empregos diretos Total na categoria: 121 Blocos Especiais: Média por escola: 10 empregos diretos Total na categoria: 137 Perfil profissional Em 2006, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, junto com a São Paulo Turismo e as escolas de samba sediadas na Zona Norte da cidade desenvolveram um estudo sobre a cadeia produtiva do samba na região. O levantamento identificou também o perfil dos profissionais envolvidos para preparação o Carnaval. 41,1% ganhavam até R$ 350 39,9% trabalhavam apenas para as escolas de samba, ou seja, muitas vezes o sustento pessoal e/ou de famílias vem daquela atividade 51,2% são do sexo feminino, o que é influenciado principalmente por atividades como costura, bordados e acabamentos mais detalhados. 80,5% dos entrevistados não fizeram nenhum curso específico ou preparatório para a atividade exercida, o que leva a crer na necessidade de aprimoramento e/ou investimento em reciclagem profissional com impacto imediato sobre o espetáculo carnavalesco. 29,4% trabalham para escolas de samba há mais de oito anos, demonstrando além da assiduidade, algum grau de especialização na função (não necessariamente exercida para a mesma escola)
28,8% trabalham mais de oito meses por ano em escolas de samba. 46,6% dos entrevistados trabalham mais de oito horas por dia, o que indica (mas não confirma) a existência de rotinas e processos produtivos. Entre os que têm outras atividades profissionais fora das escolas de samba, as maiores incidências são: 8,2% são costureiras, 5,8% são recepcionistas, 5,3% cabeleireiros, 4,8% são auxiliares administrativos e 4,3% são seguranças e agentes escolares. Entre os que têm outras atividades profissionais fora das escolas de samba, as menores incidências são: 2,5% são metalúrgicos, motoristas e professores, 1,9% modelistas, vitrinistas e eletricistas. Entre as funções desenvolvidas nas escolas de samba, as de maior incidência são: 28% aderecistas, 12,2% costureiras e 11,7% auxiliares. Quanto ao local de trabalho, 50% atuam na quadra da escola, 21,2% no barracão, 14,5% em ateliês e 12,2% na própria casa. Perfil do público do Carnaval Desde 2005, a São Paulo Turismo, por meio do Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo, vem aplicando pesquisas para identificar o perfil socioeconômico do público que assiste aos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial no Sambódromo. Os principais indicadores estão representados na tabela abaixo. No período entre 2005 e 2010, o levantamento apresentou as características predominantes no perfil dos. Sexo feminino; Entre 30 e 49 anos; Ensino médio ou superior completo; Assalariados; Renda média mensal entre 1 a 10 salários mínimos; R$ 1.300,00 foi o gasto médio dos visitantes durante a permanência na cidade. Os principais gastos relacionam-se com maior participação em compras (37%), lazer (20%) e hospedagem (15%); Em 2010, constatou-se que 29% do público do Carnaval é composto por visitantes e, desses, 24,5% são estrangeiros; Os equipamentos e serviços com melhor avaliação do público do Carnaval de São Paulo são: hospedagem, atrativos culturais e gastronomia. Já os itens apontados como aqueles que necessitam de melhorias são: transporte público e limpeza. Dentre os visitantes entrevistados, 25% frequentam a cidade ao menos uma vez por mês; Cidades do estado de São Paulo, como Campinas, Mogi das Cruzes e Santos, e países da América Latina, como Argentina, Uruguai e Chile, respectivamente, são os principais emissores de turistas nacionais e internacionais para o Carnaval de São Paulo; Turismo Perfil socioeconômico dos turistas no Carnaval de São Paulo / sambódromo
Impacto econômico com turismo: aproximadamente 30 mil turistas deixam na cidade mais de R$ 50 milhões. Informações à imprensa: Gerência de Comunicação São Paulo Turismo (SPTuris) Lilian Natal Nara Sá Maria Fonseca Contato: (11) 2226-0409 imprensa@spturis.com Visite: www.cidadedesaopaulo.com Press kit online: www.imprensa.spturis.com Pedido de fotos: fotos@spturis.com