TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE ( personalidades psicopáticas )

Documentos relacionados
Traços de personalidades no ambiente de trabalho. Curitiba Set. 2014

Dr. Eduardo Henrique Teixeira

Suicídio nos pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline.

Transtornos de Personalidade e Implicações Forenses. Personalidade. Personalidade 26/09/2015. PUC Goiás Prof.ª Otília Loth

A Psiquiatria e seu olhar Marcus André Vieira Material preparado com auxílio de Cristiana Maranhão e Luisa Ferreira

Questão Resposta Questão Resposta

Douglas Daniel de Amorim A PSICANÁLISE E O SOCIAL

Perturbações da Personalidade: Perturbação da Personalidade Borderline e Perturbação da Personalidade Evitante. Joana Gonçalves

Processos Borderline: confiança que se estende ao ambiente. Me. Fernanda Kimie Tavares Mishima 1. Roberta Cury de Paula 2

Educação Sexual no desenvolvimento infantil. Profª.Teresa Cristina Barbo Siqueira

TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE. Prof. Me. Jefferson Cabral Azevedo

DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL

Stress. Saúde Mental. ão.

Edson Vizzoni Psicólogo Especialista em TCC IBH Julho de 2014

e suas contribuições para a psicanálise atual

Concurso Público Psicologia Clínica Caderno de Questões Prova Discursiva 2015

Doenças do Comportamento. Alimentar

Esta categoria global inclui as variedades comuns de esquizofrenia, juntamente com

LEITURA CORPORAL DO COMPORTAMENTO AGRESSIVO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

Liderança Ciclo Motivacional Clima Organizacional Cultura Organizacional

Como é o Tratamento das Disfunções Sexuais na Terapia Cognitivo- Comportamental?

PSICANÁLISE: UM SOBREVÔO SOBRE A HISTÓRIA DE SIGMUND FREUD E DE SUAS IDÉIAS

Questão Resposta Questão Resposta

O DESENVOLVIMENTO NO CICLO DE VIDA

Os Estágios Primitivos do Complexo de Édipo: Melanie Klein

COMO CRIÁ-LOS NOS DIAS DE HOJE?

A adolescência e o fenômeno da drogadição. Prof. Marco Aurélio de Patrício Ribeiro marcoaurélio@7setembro.com.br Cel

DEPRESSÃO - Segundo a Classificação Internacional das Doenças (CID) 10ª revisão

Afinal de contas, o que é ansiedade? Mas ser ansioso não é normal? Ansiedade é uma doença?

Faculdade de Medicina UFRGS Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal

TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS E DA PERSONALIDADE

Doenças do Comportamento Alimentar. Filipe Pinheiro de Campos

Dr. João Paulo C. Solano Equipe de Controle da Dor Divisão de Anestesia ICHC - FMUSP

O DESENVOLVIMENTO INTERPESSOAL

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

INVENTÁRIO DE SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA (AVALIADO POR CLÍNICOS) (IDS-C)

Saúde Mental do Trabalhador. Grazieli Barbier Barros Terapeuta Ocupacional Especialista em Saúde Pública e da família.

Claudio C. Conti Transtorno Bipolar e Esquizofrenia

DEPRESSÃO. Tristeza vs Depressão «Será que estou deprimido?» «Depressão?! O que é?»

Psicanálise: técnica para discernir e descobrir os processos psíquicos.

A MORTE COMO OpçÃO PESSOAL OU REFLEXO DE UMA DOENÇA

MECANISMOS DE DEFESA

TIME, um desafio para alta performance

ADOLESCÊNCIA NORMAL Tamara Santos de Souza (fonte:

CASO CLINICO. Sexo: Masculino - Peso : 90 KIlos Altura: 1,90m

TEA Módulo 4 Aula 2. Comorbidades 1 TDAH

DISTÚRBIOS ALIMENTARES

I - Desenvolvimento Humano

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG


A Psiquiatria e seu olhar Marcus André Vieira Material preparado com auxílio de Cristiana Maranhão e Luisa Ferreira

FUNÇÕES ATRIBUÍDAS AOS LOBOS FRONTAIS. Profª. Jerusa Salles

Fundação Cardeal Cerejeira Depressão na Pessoa Idosa

Mulheres: violência no trabalho e na vida. Melayne Macedo Silva Marcha Mundial das Mulheres

A POSSIBILIDADE DE TRANSFORMAÇÃO EM ANÁLISE RESUMO. pela Psicanálise. No trabalho com pessoas que têm dificuldade na integração de amoródio

PRECONCEITO, ESTEREÓTIPO E DISCRIMINAÇÃO

Organização da Aula. Motivação e Satisfação no Trabalho. Aula 2. Motivação Extrínseca. Contextualização. Motivação Intrínseca

TEA Módulo 3 Aula 2. Processo diagnóstico do TEA

Psicologia do Esporte

OS RELACIONAMENTOS AFETIVOS DE MULHERES COM TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE

Teoria Dos Cinco Movimentos

FALANDO DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO

Pedagogia, Departamento de Educação, Faculdade de Ciências e Tecnologia- UNESP. rafaela_reginato@hotmail.com

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO

O Trabalho Docente: Elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas

BMS15SET05-livreto_v2 APROV.indd 1

Elaboração de Projetos

Claudio C. Conti Transtorno do Pânico e Fobias

As crianças adotadas e os atos anti-sociais: uma possibilidade de voltar a confiar na vida em família 1

TEA Módulo 4 Aula 5. Tics e Síndrome de Tourette

Unidade II TEORIAS PSICOLÓGICAS. Profa. Dra. Mônica Cintrão França Ribeiro

Médicos Sem Fronteiras. Lucia Brum Consultora em Doenças Emergentes

PONTOS FUNDAMENTAIS QUE O MÉDICO DO TRABALHO PRECISA SABER SOBRE O TRABALHADOR COM TRANSTORNO MENTAL

Prevenção em saúde mental

Mônica Guazzelli ESCOLA DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADO DO CEARÁ

TEA Módulo 4 Aula 4. Epilepsia e TDC

Motivação. Robert B. Dilts

Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial- 2º ano Módulo nº5- Semiologia Psíquica Portefólio de Psicopatologia Ana Carrilho- 11ºB

A PSICANÁLISE E OS MODERNOS MOVIMENTOS DE AFIRMAÇÃO HOMOSSEXUAL 1

CONSTELAÇÕES FAMILIARES E SEU EMPREGO EM PSICOTERAPIA CORPORAL

IX JORNADA CELPCYRO Sobre Saúde Mental JUNHO DE 2012.

A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

TDAH. Rosania Morales Morroni. Rosana Talarico Pereira. Cintia Souza Borges de Carvalho.

TUDO O QUE APRENDEMOS É BOM

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

finasterida Comprimido revestido 1mg

SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO

ANSIEDADE E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Introdução: A ansiedade configura um sentimento que participa da vivência do ser

finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 1 mg

Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da

22ª JORNADA DA AMINT NOVEMBRO/2008 DEPRESSÃO E TRABALHO. MARIA CRISTINA PALHARES MACHADO PSIQUIATRA MÉDICA DO TRABALHO mcris1989@hotmail.

A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1

Psicologia A Psicologia no Programa Idade com Qualidade" A psicologia na disfunção sexual

O que é câncer? Grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo.

BASES PSICOLÓGICAS DO PACTO SOCIAL

A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA

Transcrição:

1 TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE ( personalidades psicopáticas ) I) DEFINIÇÃO A personalidade é a totalidade relativamente estável e previsível dos traços emocionais e comportamentais que caracterizam a pessoa na vida cotidiana, sob condições normais. Um transtorno da personalidade é uma variação desses traços de caráter que vai além da faixa encontrada na maioria das pessoas. Essa variação é inflexível e causa desajuste e mal estar. Para Kurt Schneider, personalidades psicopáticas são personalidades anormais, variações de uma faixa média, são pessoas que sofrem e fazem sofrer. Essas alterações de personalidades não são conseqüentes à lesões orgânicas. II) TEORIA PSICANALÍTICA DO DESENVOLVIMENTO Para Freud, o desenvolvimento do Ser Humano passa por diversas fases: Nascimento >Fase narcísica, auto-erotismo primário. 6 a 12 meses >Estágio Oral, Primeiras relações objetais incompletas, noção do seio bom e seio mau ( M. Klein ). 1 a 2 anos >Estagio Sádico-Anal, Introjeção corporal de objetos externos, importância capital das funções excretoras ( expulsão e retenção do objeto ). Revestimento de objetos pela libido ou pela pulsão agressiva. O controle esfincteriano é um sistema primário de contrapulsões ( repressão ). 2 a 4 anos >Estagio Fálico ou Genital, identificações do Ego, primeiras relações objetais completas, formação do Complexo de Édipo, Angustia da Castração. 4 a 10 anos >Fase de Latência, organização do aparelho psíquico: ID, EGO e SUPEREGO, adaptação à realidade com abolição do princípio do prazer. 10 a 12 anos >Pré-puberdade, reativação das tendências infantis reprimidas, reatualização das eleições objetais, fixação libidinal no sexo oposto. 12 a 16 anos >Puberdade, eleição definitiva do objeto heterossexual. III) MECANISMOS DE DEFESA DO EGO São instrumentos que o Ego se utiliza para se defender de uma ansiedade insuportável, a qual é resultante de um conflito intra-psíquico inconsciente. Quando essa defesa é insuficiente há aparecimento de sintomas, devido ao excesso de estímulos ou 1

2 porque antigos bloqueios ou diminuição das descargas tenham estabelecido no organismo uma barreira contra as tensões, de modo que as tensões normais agora atuam como se fossem traumáticas. O objetivo é que a tensão, ou culpa, fiquem mantidas inconscientes. Repressão >Força que se opões às pulsões indesejáveis no momento. O reprimido porém sempre retorna de uma forma ou de outra. Regressão >É o retorno do comportamento à um antigo modo de satisfação. Podem ser regressões objetais e/ou libidinais. É um retorno à antigas satisfações libidinais primitivas. Deslocamento >É a transferência da emoção de um objeto interior à um exterior. Pode ser no tempo e no espaço ( fobias ). É a substituição de um objetos de angustia por outro. Isolamento >Consiste em isolar uma idéia ou uma imagem do seu contexto temporal, espacial ou emocional. Pode haver a fragmentação de uma situação ansiogenica. Obsessividade. Introjeção >É a penetração para o interior de um objeto amado ou odiado. Essa incorporação é sempre imaginária. Expressa como canibalismo. A introjeção de objetos maus leva à depressão. Anulação >Consiste em fazer-se o contrário do ato ou pensamento anterior. Leva à condutas conjurativas. Busca-se a anulação de um afeto pelo seu contrário. Formação Reativa >É a inversão das tendências inconscientes. A tendência à sujeira é disfarçada pela limpeza obsessiva. O amor tirânico como disfarce do desejo de destruir. Identificação >É a apropriação, através da introjeção, mais ou menos inconsciente, do papel representado pelo outro. Sublimação >Procedimento que a pessoa emprega para desviar a energia sexual ou agressiva de sua finalidade imediata para um sistema de valores ideais. São os mecanismos de defesa que tem êxito. Enquanto os mecanismos neuróticos não conseguem aliviar a tensão, apenas disfarçando-a, a sublimação consegue dirigir a angustia para uma realidade aceitável. É uma repressão satisfatória que permite o ajuste social e o desenvolvimento pessoal. IV) TIPOS DE CARÁTER NEURÓTICO A psicanálise fala de um caráter neurótico, quando há fixação da libido em umas das fases do desenvolvimento. Caráter Narcisista >Substituto sobrevivente do auto-erotismo, há conduta de afirmação, impulsividade, busca de prestígio e êxito, intolerância ao fracasso e críticas e sexualidade de espelho (homossexualismo ). 2

3 Caráter Oral >Conduta de avidez, desejo de satisfação imediata, ao mesmo tempo passividade e dependência, toxicomania e alcoolismo. Caráter Anal >Refere-se às primeiras experiências de expulsão e retenção em resposta às demandas e exigências do meio. A rebelião à retenção pode levar a um comportamento rebelde, sujeira, desordem, irresponsabilidade. Uma educação muito rígida ou uma formação reativa à rebelião conduzem à limpeza obsessiva, ordem rígida. Caráter Sado-Masoquista >Reflete a estrutura de organização somato-física do caráter anal. Conduta agressiva e dominante e/ou passivoamedrontada. Caráter Genital >É a estabilidade e equilíbrio do Ego normal, não neurótico. V) QUADROS CLÍNICOS 1) Transtorno de personalidade paranóide Transtornos de personalidade caracterizado por: (a) sensibilidade excessiva a contratempos e rejeições; (b) tendência a guardar rancores persistentemente, isto é, recusa a perdoar insultos e injúrias ou desfeitas; (c) desconfiança e uma tendência invasiva a distorcer experiências por interpretar erroneamente as ações neutras ou amistosa de outros como hostis ou desdenhosas; (d) um combativo e obstinado senso de direitos pessoais em desacordo com a situação real; (e) suspeitas recorrentes, sem justificativa, com respeito à fidelidade sexual do cônjuge ou parceiro sexual; (f) tendência a experimentar auto-valorização excessiva, manifesta em uma atitude persistente de auto-referência; (g) preocupação com explicações "conspiratórias, não substanciadas, de eventos ocorrendo próximos ao paciente assim como no mundo. 2) Transtorno de personalidade esquizóide Transtorno de personalidade satisfazendo à seguinte descrição: (a) poucas (se algumas) atividades produzem prazer; (b) frieza emocional, afetividade distanciada ou embotada; (c) capacidade limitada para expressar sentimentos calorosos, ternos ou raiva para com os outros; (d) indiferença aparente a elogios ou críticas; 3

4 (e) pouco interesse em ter experiências sexuais com outra pessoa (levando-se em conta a idade); (f) preferência quase invariável por atividades solitárias; (g) preocupação excessiva com fantasia e introspecção; (h) falta de amigos íntimos ou de relacionamentos confidentes (ou ter apenas um) e de desejo de tais relacionamentos; (i) insensibilidade marcante para com normas e convenções sociais predominantes. 3)Transtorno de personalidade anti-social Transtorno de personalidade, usualmente vindo de atenção por uma disparidade flagrante entre o comportamento e as normas sociais predominantes caracterizado por: (a) indiferença insensível pelos sentimentos alheios; (b) atitude flagrante e persistente de irresponsabilidade e desrespeito por normas, regras e obrigações sociais; (c) incapacidade de manter relacionamentos, embora não haja dificuldades em estabelecê-los (d) muito baixa tolerância à frustrações e um baixo limiar para descarga de agressão, incluindo violência; (e) incapacidade de experimentar culpa e de aprender com a experiência particularmente punição; (f) propensão marcante para culpar os outros ou para oferecer racionalizações plausíveis para o comportamento que levou o paciente a conflito com a sociedade. Pode também haver irritabilidade persistente como um aspecto associado. Transtorno de conduta durante a infância e adolescência, ainda que não invariavelmente presente, pode dar maior suporte ao diagnóstico 4) Transtorno de personalidade emocionalmente instável Um transtorno de personalidade no qual há uma tendência marcante a agir impulsivamente sem consideração das conseqüências junto com instabilidade afetiva. A capacidade de planejar pode ser mínima e acessos de raiva intensa podem com freqüência levar à violência ou a explosões comportamentais, estas são facilmente precipitadas quando atos impulsivos são criticados ou impedidos por outros. Duas variantes desse transtorno de personalidade são especificadas e ambas compartilham esse tema geral de impulsividade e falta de autocontrole. a)tipo Impulsivo As características predominantes são instabilidade emocional e falta de controle de impulsos. Acessos de violência ou comportamento ameaçador são comuns, particularmente em resposta a críticas de outros. 4

5 b)tipo Borderline (limítrofe) Várias das características de instabilidade emocional estão presentes em adição, a auto-imagem, objetivos e preferências internas (incluindo a sexual) do paciente são com freqüência pouco claras ou perturbadas. Há em geral sentimentos crônicos de vazio. Uma Propensão a se envolver em relacionamentos intensos e instáveis podem causar repetidas crises emocionais e pode estar associada com esforços excessivos para evitar abandono e uma série de ameaças de suicídio ou atos de auto-lesões. 5) Transtorno de personalidade histriônica (a) auto-dramatização, teatralidade, expressão exagerada de emoções; (b) sugestionabilidade, facilmente influenciada por outros ou circunstancias; (c) afetividade superficial e lábil; (d) busca contínua de excitação, apreciação por outros e atividades nas quais o paciente seja o centro das atenções; (e) sedução inapropriada em aparência ou comportamento; (f) preocupação excessiva com atratividade física. Aspectos associados podem incluir egocentrismo, auto-indulgencia, ânsia contínua de apreciação, sentimentos que são facilmente feridos e comportamento manipulativo persistente para alcançar as próprias necessidades. 6) Transtorno de personalidade anancástica (a) sentimentos de dúvida e de cautela excessiva; (b) preocupação com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou esquemas; (c) perfeccionismo que interfere com a conclusão de tarefas; (d) consciencioso em excesso, escrupulosidade e preocupação indevida com produtividade com exclusão do prazer e das relações interpessoais; (e) pedantismo e aderência excessivos à convenções sociais; (f) rigidez e teimosia; (g) insistência não razoável por parte do paciente para que os outros se submetam exatamente à sua maneira de fazer as coisas ou relutância não razoável em permitir que os outros façam as coisas; (h) intrusão de pensamentos ou impulsos insistentes e inoportunos. 5

6 7) Transtorno de personalidade ansiosa (de evitação) (a) sentimentos persistentes e invasivos de tensão e apreensão; (b) crença de ser socialmente inepto, pessoalmente desinteressante ou inferior aos outros; (c) preocupação excessiva em ser criticado ou rejeitado em situações sociais; (d) relutância em se envolver com pessoas, a não ser com certeza de ser apreciado; (e) restrições no estilo de vida devido à necessidade de segurança física; (f) evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de críticas, desaprovação ou rejeição. Aspectos associados podem incluir hipersensibilidade à rejeição e críticas. 8)Transtorno de personalidade dependente (a) encorajar ou permitir a outros tomarem a maioria das importantes decisões da vida do indivíduo; (b) subordinação de suas próprias necessidades àquelas dos outros dos quais é dependente e aquiescência aos desejos desses; (c) relutância em fazer exigências ainda que razoáveis às pessoas das quais depende; (d) sentir-se inconfortável ou desamparado quando sozinho por causa de medos exagerados de incapacidade de se auto-cuidar; (e) preocupações com medos de ser abandonado por uma pessoa com a qual tem um relacionamento íntimo e de ser deixado para cuidar de si próprio; (f) capacidade limitada de tomar decisões cotidianas sem um excesso de conselhos e reasseguramento pelos outros. Aspectos associados podem incluir perceber-se como desamparado incompetente e com falta de vigor. 6