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Transcrição:

3 Método Neste capítulo serão apresentados os procedimentos metodológicos utilizados, como o tipo de pesquisa, a escolha das categorias de produtos e serviços a serem analisadas, a construção do instrumento de medidas, a operacionalização das variáveis, o processo de amostragem e o método utilizado na coleta de dados com suas limitações. 3.1. Tipo de pesquisa Para testar a hipótese estabelecida, considera-se uma pesquisa descritiva, sob forma de survey, com aplicação de questionário estruturado (Anexo 1) a uma amostra não-probabilística de 131 respondentes, moradores da cidade do Rio de Janeiro e redondezas, consumidores dos produtos e serviços escolhidos. Pesquisas descritivas têm como um de seus objetivos o estabelecimento de relações entre variáveis e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionário (GIL, 2008, p.42). 3.2. Escolha das categorias de consumo Para escolher as categorias de produtos e serviços para serem utilizadas neste trabalho, foi realizado um estudo exploratório, com entrevistas individuais em profundidade, com 10 participantes. As entrevistas foram realizadas entre 26 de janeiro e 7 de fevereiro de 2010, com duração média de 30 minutos, gravadas e, posteriormente, transcritas. Categorias de vestuário, como roupas e sapatos, cosméticos, além de restaurantes e hotéis, foram lembrados mais espontaneamente pelos participantes, como aquelas que mais provocam arrependimento. Também foram lembradas categorias com características mais utilitárias, como serviços de telefonia fixa e celular e produtos eletrônicos (câmeras digitais e computadores).

36 A categoria de telefonia foi, anteriormente, pesquisada por Chitturi et al. (2008), que mostraram que produtos com motivação de compra mais utilitária promovem confiança e segurança como forma de prevenção de emoções negativas pós-compra. Um estudo de Babin et al. (2005) pesquisou a satisfação com relação à qualidade de serviço de restaurantes coreanos, através de escala de valor pessoal de compra, procurando descobrir como motivações hedônicas e utilitárias afetam o comportamento do consumidor e sua satisfação com relação ao prestador de serviços. Categorias como roupas (jeans) e câmeras analógicas de 35 mm já haviam sido pesquisadas por Crowley et al. (1992) em estudo anterior onde mediram as dimensões hedônica e utilitária da atitude do consumidor. A partir das entrevistas, foi gerada uma lista com dez categorias de produtos e serviços: roupas, sapatos, cosméticos, câmera digital, laptop, celular, automóvel, serviços de telefonia celular, restaurantes e hotéis. A seleção das categorias, que mais provocam arrependimento no consumidor, foi feita através de um survey, aplicado a 31 participantes e realizado entre os dias 23 e 28 de fevereiro de 2010. No questionário (Anexo 2) havia indicação para dar notas de zero (nunca se arrependeu) a dez (arrependeu-se muito). Foram escolhidas quatro categorias que tiveram as maiores médias de arrependimento: restaurantes (5,77), roupas (5,32), telefonia celular (4,52) e câmeras digitais (3,06). 3.3. Operacionalização das variáveis da pesquisa 3.3.1. Operacionalização da variável motivação de compra (hedônica ou utilitária) Para operacionalização da variável motivação de compra, foi usada a escala do tipo diferencial semântico, de 7 (sete) pontos, com 9 (nove) itens, utilizada no estudo de Voss et al. (2003). As escalas do tipo diferencial semântico são bastante utilizadas para descrever o conjunto de crenças que dão base à imagem que uma pessoa faz de uma empresa ou marca (AAKER et al., 2004). Pede-se aos respondentes para avaliar cada atitude-objeto em uma série de escalas, limitadas em cada ponta por frases ou adjetivos polares. Os respondentes escolhem o ponto final cujo adjetivo mais se aproxime da descrição daquele objeto.

37 A escala de Voss et al. (2003) apresenta duas dimensões (hedônica e utilitária) de consumo, tendo apresentado alto grau de confiabilidade com um coeficiente alfa de 0.95 para cada uma das duas dimensões. Contém 5 (cinco) itens específicos para cada uma das dimensões, conforme Quadro 1. Quadro 1 Itens da escala HED/UT de Voss et al. (2003) Itens hedônicos Chato / Interessante Não prazeroso / Prazeroso Não divertido / Divertido Não emocionante / Emocionante Agradável / Desagradável Itens utilitários Prático / Complicado Necessário / Desnecessário Funcional / Não funcional Útil / Inútil Efetivo / Não efetivo Adaptações foram feitas na escala, como a exclusão do item efetivo/não efetivo, além da tradução para o português, utilizando o método de tradução reversa. A decisão de excluir o item justifica-se pela possibilidade de eventuais confusões na interpretação, principalmente, com relação às categorias de serviços escolhidas. A ordem dos itens apresentada na escala seguiu o questionário original de Voss et al. (2003), que foi disponibilizado pelo próprio autor, com alternância entre os itens hedônicos e utilitários. Essa alternância é importante para evitar o efeito halo, em que a localização na escala dos julgamentos anteriores afeta os julgamentos seguintes, por falta de atenção dos respondentes (AAKER, et al., 2004, p. 300). 3.3.2. Operacionalização da variável arrependimento experimentado Para operacionalizar a variável arrependimento experimentado, foi utilizada escala do tipo diferencial semântico, de 1 (um) a 7 (sete) pontos, com 2 (dois) itens, adaptada do estudo de Zeelemberg e Pieters (2004), sendo 1 = nenhum e 7 = muito para a primeira questão e 1 = nada ruim e 7 = muito ruim para a segunda questão do questionário. A escala apresenta alto grau de confiabilidade com um coeficiente alfa de 0.937. Adaptações foram feitas na

38 escala, como a tradução para português, com o método de tradução reversa. Os dois itens da escala são apresentados no Quadro 2. Quadro 2 Itens da escala de arrependimento de Zeelemberg e Pieters (2004) Itens de arrependimento 1. Após esta experiência, quanto arrependimento você sentiu com sua escolha? 2. Ao lembrar o que ocorreu, o quão ruim você avalia sua decisão de optar por esse prestador de serviço/por essa compra? Um sumário das escalas utilizadas é apresentado do Quadro 3. Quadro 3 Sumário das escalas utilizadas para operacionalização das variáveis Escala Fonte Itens Formato Motivação de compra Voss et al. (2003) 9 Arrependimento experimentado Zeelemberg e Pieters (2004) 2 Diferencial semântico de 7 pontos 3.4. Construção do instrumento de medida As escalas utilizadas no questionário foram validadas por estudos anteriores (VOSS et al., 2003; ZEELEMBERG e PIETERS, 2004). As categorias de produtos (roupas e câmeras digitais) e de serviços (restaurantes e telefonia celular) foram mensuradas em cada uma das escalas HED/UT e arrependimento experimentado. Para restaurantes, optou-se por especificar o modelo de negócio ( a La carte ), para caracterizá-lo como mais hedônico, em oposição a restaurantes do tipo buffets. Para telefonia celular, também optou-se por especificar o tipo de serviço. 3.4.1. O instrumento de coleta de dados A primeira parte do questionário procurou identificar a dimensão dominante (hedônica ou utilitária) de cada categoria de produto e de serviço. Para isso, foi empregada a escala HED/UT utilizada no estudo de Voss et al. (2003). Foi pedido ao respondente que marcasse a opção para cada categoria, que melhor

39 descrevesse seus sentimentos a respeito do consumo ( comprar roupas ; comprar câmeras digitais ; freqüentar restaurantes a La carte ; contratar planos de telefonia celular ). Para cada categoria havia nove questões (roupas: de 1 a 9; câmeras digitais: de 10 a 18; restaurantes: de 19 a 27; telefonia celular: de 28 a 36). A segunda parte investigou o arrependimento experimentado pelo consumidor na avaliação pós-compra. Para isso, foi empregada a escala utilizada no estudo de Zeelemberg e Pieters (2004). No questionário, pede-se ao respondente que se lembre de uma experiência pessoal insatisfatória com o consumo de cada uma das categorias. Em seguida, o respondente deveria marcar a opção da escala, que melhor descrevesse seu arrependimento e seu julgamento a respeito da decisão tomada. Para cada categoria havia duas questões (roupas: 37 e 38; câmeras digitais: 39 e 40; restaurantes: 41 e 42; telefonia celular: 43 e 44). Na parte final do questionário foram coletados dados demográficos (sexo e idade). O questionário foi previamente testado entre os dias 22 e 30 de abril de 2010, para observar o entendimento dos textos, escalas e instruções fornecidas para preenchimento. Participaram do pré-teste 32 pessoas, moradores da cidade do Rio de Janeiro. A escolha da amostra do pré-teste foi por conveniência, por facilidade de acesso (MALHOTRA, 2001). Dúvidas foram apontadas, como o termo plano/serviço de telefonia celular. Foram feitas alterações nos textos das instruções e nas questões de arrependimento, para torná-las mais compreensíveis. O questionário está apresentado no Anexo 1. 3.5. Amostra Escolheu-se a amostragem por conveniência, na qual procura obter uma amostra de elementos convenientes, a cargo do entrevistador. Este é o método mais viável para estudos desse tipo, onde a seleção se dá por facilidade de acesso. A amostragem por conveniência tem como vantagens ser menos dispendiosa, consumir menos tempo. Porém, possui muitas limitações, como por exemplo, ser tendenciosa na seleção e não ser representativa da população (MALHOTRA, 2001).

40 Por conveniência, a coleta de dados foi feita com moradores da cidade do Rio de Janeiro e redondezas, consumidores das categorias de produtos e serviços escolhidas, compreendendo alunos e ex-alunos dos cursos de mestrados, doutorados e MBAs em administração da PUC-RJ, além de pessoas do círculo de relacionamentos da entrevistadora. 3.6. Coleta de dados A coleta dos dados foi realizada entre 5 e 31 de maio de 2010. O questionário foi enviado aos participantes por e-mail convite. Foram retornados 158 questionários, todos foram conferidos para garantia do preenchimento correto. A amostra final resultou em 131 questionários válidos, com todas as 46 questões respondidas. 3.7. Limitações do método A amostragem é uma das limitações do método. A utilização da amostragem por conveniência, dentre as técnicas não probabilísticas, justifica-se pela seleção da amostra feita em função de facilidade de acesso. A amostragem probabilística, com atribuição aleatória dos participantes, se torna inviável nesse estudo, pela impossibilidade de se obter uma listagem da população-alvo (MALHOTRA, 2001). Segundo Aaker et al. (2004), na amostragem probabilística, todos os membros da população têm uma chance de ser selecionados para a amostra, o que não acontece na amostragem não probabilística. Desse modo, os resultados da pesquisa não podem ser generalizados para a população. A escolha das categorias também é considerada um limitador do método. O estudo ficou limitado a quatro categorias de consumo, sendo duas de produtos (roupas e câmeras digitais) e duas de serviços (restaurante a La carte e planos de telefonia celular). Novos estudos podem ser realizados, ampliando-se o número de categorias e de marcas de produtos e serviços.