QUE AZAR! Quem não acredita em azar, misticismos ou superstições não conhece a sensação excitante e divertida de prever situações.

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Transcrição:

PE Episódio #8 Nível II Intermédio (B1-B2) Texto e Voz: Marta Costa Didatização: Marta Costa e Catarina Stichini QUE AZAR! Quem não acredita em azar, misticismos ou superstições não conhece a sensação excitante e divertida de prever situações. Ser supersticioso ou místico não precisa ser nada sério, pode ser até uma brincadeira! A superstição nos serve como desculpa ou consolo quando algo vai mal, quando o azar nos persegue. Portanto, quem quiser ter uma vida calma e sem preocupações não deve dar ouvidos a essas crendices populares, tão comuns entre certas pessoas. De um certo modo, mesmo não acreditando em superstição, nunca passamos por debaixo de uma escada, não pomos chaves em cima da mesa e, quando um gato preto cruza o nosso caminho ou quando derramamos sal na toalha da mesa, tentamos rapidamente esquecer o acontecido. O meu amigo Carlos é uma dessas pessoas que não acredita em superstições. Ontem, quando voltávamos para casa, de carro, vimos a lua surgir por detrás de uma nuvem, linda e brilhante, iluminando fortemente o nosso caminho, anunciando a sua entrada na fase crescente. - Que pena! Eu disse, frustrada. - Pena, por quê? Perguntou o Carlos, sem entender. - Você sabe que eu sou supersticiosa e acredito em certas coisas. Ver a lua surgir no céu depois da fase minguante e não estar de pé é sinal de azar no dia seguinte. - Sério? De onde você tirou isso? Perguntou o Carlos, curioso. - Minha avó era de origem indígena. Os índios, de um modo geral, acreditam que a lua tem grande influência em nossas vidas, que devemos observar as fases da lua quando decidimos iniciar ou encerrar qualquer projeto. Acreditam também que para os cabelos crescerem fortes e bonitos devem ser cortados na lua crescente. O melhor período para iniciar um trabalho é na lua nova.

Verdade ou não, é melhor não arriscar e estar preparado. Amanhã vai ser, com certeza, um dia de azar. Carlos riu e me respondeu dizendo que ele não era supersticioso e que não precisava se preocupar com isso. No dia seguinte, tudo começou como de costume. Ele saiu bem cedo de casa porque tinha uma reunião com o chefe do escritório onde trabalha. Quando ia fechar a porta, não encontrou a chave. Perdeu tempo procurando e a encontrou em cima da mesa! Percebeu, então, que tinha esquecido o rádio ligado. Ouviu a previsão do tempo: chuva com ventos fortes durante o dia. Um guarda-chuva era tudo o que precisava, pensou. Já na porta, decidiu levar também a capa de chuva porque não queria ficar muito molhado. Pronto! Já estava bem equipado! Agora, era só correr para a parada do ônibus. Quando chegou lá, o ônibus tinha acabado de partir. Ia chegar tarde no escritório! Na parada do ônibus, o vento estava forte demais e o guarda-chuva se quebrou. - Não faz mal! Pensou ele. A capa também é uma boa proteção contra a chuva. Um carro passou e uma onda de lama sujou toda a sua capa. Ao chegar no escritório a secretária informou que a reunião tinha sido adiada porque o chefe preferia não tomar decisões antes da chegada da lua nova. Carlos lembrou então da nossa conversa do dia anterior, mas não perdeu a calma. Sacudiu os ombros e pensou consigo mesmo: Ainda bem que não há aqui ninguém para me dizer: Eu não te disse?

GLOSSÁRIO O significado destas palavras neste texto. Superstição, a medo de que algo corra errado Consolo, o compensação Crendice, a crença absurda Minguante que está em processo de diminuição Arriscar correr risco Lama, a mistura de terra com água Adiado transferido para uma data posterior Sacudir abanar, agitar

EXERCÍCIOS I. Ouça o texto e preencha os espaços em branco com as palavras/expressões que faltam neste excerto. Quem não acredita em a), misticismos ou superstições não conhece a sensação excitante e divertida de prever situações. Ser supersticioso ou místico não precisa ser nada sério, pode ser até uma brincadeira! A b) nos serve como desculpa ou consolo quando algo vai mal, quando o azar nos persegue. Portanto, quem quiser ter uma vida calma e sem preocupações não deve dar ouvidos a essas crendices populares, tão comuns entre certas pessoas. De um certo modo, mesmo não acreditando em superstição, nunca passamos por debaixo de uma escada, c) chaves em cima da mesa e, quando um gato preto cruza o nosso caminho ou quando derramamos sal na toalha da mesa, tentamos rapidamente esquecer o acontecido. O meu amigo Carlos é uma dessas pessoas que não acredita em superstições. Ontem, quando voltávamos para casa, de carro, vimos a lua surgir por detrás de uma nuvem, linda e brilhante, iluminando fortemente o nosso caminho, anunciando a sua entrada na d). - Que pena! Eu disse, frustrada. - Pena, por quê? Perguntou o Carlos, sem entender. - Você sabe que eu sou supertsiciosa e e) em certas coisas. Ver a lua surgir no céu depois da fase minguante e não estar de pé é sinal de azar no dia seguinte. - Sério? De onde você tirou isso? Perguntou o Carlos, curioso.

- Minha avó era de f) indígena. Os índios, de um modo geral, acreditam que a lua tem grande influência em nossas vidas, que devemos observar as fases da lua quando decidimos iniciar ou encerrar qualquer projeto. Acreditam também que para os cabelos crescerem fortes e bonitos devem ser cortados na lua crescente. O melhor período para iniciar um trabalho é na lua nova. Verdade ou não, é melhor não arriscar e estar preparado. Amanhã vai ser, com certeza, um dia de azar. Carlos riu e me respondeu dizendo que ele não era supersticioso e que não precisava g) com isso. II. Responda as perguntas sobre o texto. a. Carlos acredita em superstições? b. O que viram surgir por detrás da nuvem? c. Porque devemos estar de pé quando vemos a lua? d. Onde estavam quando viram a lua? e. Porque o chefe adiou a reunião? f. Qual o consolo de Carlos, no final do texto?

III. Encontre um sinônimo para os seguintes verbos, tal como são utilizados no texto. a. Começar b. Decidir c. Ouvir d. Precisar e. Quebrar f. Dizer IV. Encontre o intruso em cada grupo de palavras. a. Sair Subir Correr Lembrar Chegar b. Superstição Crença Brincadeira Sorte Azar c. Minguante Vazia Crescente Cheia Nova d. Açúcar Sal Gato preto Espelho Escada e. Brincadeira Choradeira Cadeira Canseira Tremedeira f. Adiar Antecipar Atrasar Adiantar Apresentar V. Em que circunstância usamos essas expressões? Ainda bem! Bate na madeira! Boa sorte! Entre com o pé direito! Que azar! a. - O carro sujou minha capa com lama. - b. - Cheguei a tempo à reunião. -

c. - Tenho uma prova hoje de tarde. - d. - Um gato preto cruzou o meu caminho. - e. - Comprei uma casa nova. -!

SOLUÇÕES I. a. azar b. superstição c. não pomos d. fase crescente e. acredito f. origem g. se preocupar II. a. Não. b. A lua. c. Para termos sorte. d. Estavam sentados no carro. e. Porque o chefe não toma decisões antes da lua nova. f. Não ter ninguém que lhe diga Eu não te disse?. III. a. Iniciar b. Resolver c. Escutar d. Necessitar e. Romper, partir f. Falar IV. a. Lembrar b. Brincadeira

c. Cadeira d. Apresentar e. Vazia f. Açúcar V. 1. Que azar! 2. Ainda bem! 3. Boa sorte! 4. Bate na madeira! 5. Entre com o pé direito!