Educação Profissional e Superação da Crise Econômica: As experiências dos modelos anglófonos em Aprendizagem no combate à crise e o contraste com o Brasil José Rodrigo Paprotzki Veloso Especialista em Educação Profissional do SENAI SP Mestre em Políticas Públicas pela Universidade de São Paulo Ano 2015
Brasil força de trabalho: 107 milhões desemprego: 5,7% Alemanha força de trabalho: 44 milhões desemprego: 5,3% Índia força de trabalho: 487 milhões desemprego: 8,8% Fonte: Banco Mundial (2013)
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Canadá força de trabalho: 19 milhões desemprego geral: 7,1% aprendizes: 445 mil em 2012 Fonte: Banco Mundial (2013) Governo apenas promove a aprendizagem; Iniciativas descentralizadas, em âmbito provincial; Ampla estrutura de governança capaz de influenciar no processo da política pública; Desregulamentação da formação profissional; Sistema de reconhecimento interprovincial para garantia da mobilidade da força de trabalho; Segmentações diversas; Ampla cobertura de incentivos para empresas contratarem aprendizes.
Reino Unido (Inglaterra) força de trabalho: 30 milhões desemprego geral: 7,2% aprendizes: 457 mil em 2011 Fonte: Banco Mundial (2013) Aprendizagem inglesa passa por transformações conforme o modelo de reforma da administração pública ao longo de décadas; Estado é o garantidor da qualidade da formação e do sistema de formação profissional para que seja atrativo e confiável a todos atores; Atenção aos resultados: ênfase na eficácia; Parâmetros de reconhecimento da formação profissional pela União Europeia; Políticas diversas de incentivos financeiros às empresas.
Austrália força de trabalho: 12 milhões desemprego geral: 5,7% aprendizes: 450 mil em 2012 Fortemente influenciada pelo modelo inglês em seu desenvolvimento e reforma; Política em âmbito federativo; Viabilidade através de parcerias públicoprivadas e articulação com organizações não governamentais para apurar resultados; Fundos diversos de incentivos à contratação pelas empresas; Segmentação para atendimento a minorias. Fonte: Banco Mundial (2013)
Estados Unidos força de trabalho: 155 milhões desemprego geral: 7,3% aprendizes: 400 mil em 2011 Fonte: Banco Mundial (2013) Ausência de regulamentação trabalhista contrasta com expectativa do Estado em relação à aprendizagem; Política em âmbito federativo; Tentativa de reduzir o estranhamento junto às empresas valorização da relação custo X benefício; Segmentação da política dirigida a determinados segmentos produtivos e grupos populacionais; Baixa regulamentação em relação à formação profissional em si.
Cenário brasileiro: nossa crise particular Previsão de recuo de 3% no PIB, aumento do desemprego geral para 9% e juvenil para 15,5%, inflação de 9,5%, dólar em torno de R$ 4,00 e recuo na avaliação internacional de rating; Cenário de desindustrialização e diminuição da participação da indústria no PIB: de 18% em 2004 para 11% em 2014; Problemáticas de âmbito institucional na governabilidade: judicialização de políticas públicas; ausência de agenda programática do Executivo inflexões do Legislativo que implicam instabilidade; Queda do índice de confiança do empregador e queda na renda média do empregado; Brasil torna se barato para investidor estrangeiro: prós e contras.
Cenário brasileiro: diálogo com políticas públicas e programas Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego Pronatec; Inserção de pessoa com deficiência no mercado de trabalho; Inserção de aprendizes no mercado de trabalho; Regime de lay off; Programa de Proteção ao Emprego PPE.
Ações do SENAI-SP Calibragem da oferta de formação profissional em termos quantitativos e geográficos; Atendimento às empresas nos casos de adesão ao regime de lay off; Oportunidade para revisão crítica da oferta em termos qualitativos; Maior aderência às necessidades das pessoas e das empresas conforme segmento e porte: oferta de produtos tecnológicos e soluções em inovação; olhar diferenciado à formação profissional considerando o momento de crise econômica: questão orçamentária e expectativas das pessoas.
Considerações finais sobre políticas públicas, oferta e demanda para um cenário pós-crise Estado e as políticas públicas: mais iniciativas de articulações interdependentes, territoriais, flexíveis e legítimas em termos de interlocução com a sociedade; mais ênfase na efetividade e não apenas na eficiência ou eficácia. Entidades formadoras: articulação propositiva interinstitucional para valorização da formação profissional e proposição de soluções; mais e melhor investimento em governança. Empresas: maior qualificação do profissional de recursos humanos; valorização da formação profissional como cultura corporativa.
Obrigado rodrigo.veloso@sp.senai.br Ano 2015