Gestão de Competências em Redes de Organizações e Governança de Redes e de Arranjos



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Transcrição:

Gestão de Competências em Redes de Organizações e Governança de Redes e de Arranjos o que se discute na Academia e como usar na prática Sérgio Mecena, DSc. Laboratório Initiä de Inovação e Empreendedorismo UFF Lygia Magacho Instituto Genesis PUC-Rio

O caráter da Rede Uma rede não é o simples conjunto das organizações que se associam para constituí-la (rede > Σ nós); A rede é composta pelos integrantes originais (por exemplo: incubadoras) e pelo conjunto das instâncias organizacionais surgidas para promover a coordenação de suas ações (por exemplo: secretaria executiva e conselhos da rede); Uma rede tem identidade própria, distinta dos nós que a integram. 2

Escolas de Estudos de Redes redes Organizações em rede Alvarez, 02 Nohria, 92 Grandori&Soda, 97 Organizações virtuais Oliveira, 94 Berto, 97 Troger, 97 e-business Tapscott, 95 Kalakota, 00 Timmers, 99 3

1. Digitalização/virtualização, comercialização da informação, 2. Tecnologia de informação e comunicação pervasiva, 3. Custos de transação e custo de ativos específicos reduzidos. 4

Economic web rede de pesquisa e desenvolvimento rede de educação Organização rede de parceiros fornecedores de serviços, insumos e clientes rede de certificação e normalização 5

O quebra-cabeça Business Web P&D Compras Cliente nó coordenação Fabricação Distribuição 6

Fatores Críticos de Sucesso do SIO Marketing Interfaces via Sistemas abertos (Internet) Cliente Vendas Serviços CRM SEM BI ERP SCM ERP ERP ERP ERP Vendas e distribuição Finanças e Controle Produção e Materias Projeto Qualidade e Manutenção Recursos Humanos Market Environment BD Clientes BD Fornecedores Business Data Lealdade e Prospecção de Clientes Ampliação da Inteligência Competitiva 7 Aumento da Eficácia cia Operacional

Gestão de Portfolio de Business Web CP MP LP Familiar Não-Conhecido Incerto 8

Os benefícios da Rede Acesso a recursos (incluindo-se aqui competências ) disponíveis fora dos limites da organização individual; Aproveitamento coletivo de recursos e compartilhamento de riscos; Redução de variabilidade nas trocas através do estabelecimento de relações estáveis; Especialização focalização em conjunto delimitado de atividades e competências; Ganhos de escala e peso coletivo. 9

Governança Fóruns de decisão Conselhos Atribuições Planejamento Controle Alocação de recursos 10

Arquitetura estratégica Orienta, Coordena e Gera Sinergia Instância do Modelo Para Nó A Sistema de Medição da Performance projeto X Sistema de Monitoração de Desempenho para Economic Web (Arquitetura Estratégica) Inspira Sistema de Monitoração de Desempenho Business web Framework Conceitual Instância do Modelo Para Nó B Instância do Modelo Para Nó C Orienta Impacta Sistema de Medição da Performance projeto Y Sistema de Medição da Performance projeto Z Impacta 11

Redes de Incubadoras

Para as redes de incubadoras, deve-se considerar que: A priori É relevante pensar não somente os benefícios para cada incubadora, mas para as empresas presentes nas incubadoras; Os stakeholders compõem um conjunto bastante amplo de atores socias/econômicos; Existem diferentes propostas observáveis nas experiências de redes em outros países; As redes estão sendo constituídas e legitimadas como caminhos de fluxo por diferentes órgãos A lógica de impacto é reflexo de dois fatores: O conjunto de elementos participantes na rede e sua organização A eficiência de operacionalização desta rede refletida em sua estratégia padrão Estratégia Padrão Formar, aprimorar uma rede de valor Gerar Emprego e Renda Inovação Geração de Cluster(Aglomerados) 13

Pressupostos de Existência da Rede de Incubadora Pressupostos existenciais: -grau de independência contratual e legal; -relações não formais de dependência significativas; -objetivos e interesses comuns entre os integrantes; -identificação coletiva; -conexões entre as instituições e fluxos de informação entre essas conexões; -reunião de capacidades diversas existentes nas instituições. Cada uma das instituições que compõem a Rede): -tem seus interesses e objetivos próprios; -detém um determinado conjunto de recursos (fin., rh, equip., lab.) -podem ter diferentes funções dentro de uma rede em determinados momentos da interação; -cada tipo de nó desempenha um papel específico; -à medida que se intensificam as relações entre os componentes da rede, maior se torna o esforço necessário à coordenação das atividades; 14

Desafios Existência de conflitos: -instituições com culturas organizacionais diversas se agregam; -surgem necessidades urgentes e imediatas em conflito com decisões de longo prazo estabelecidas. Mecanismos de soluções de problemas: -planejamento, -regulamentos e normas, -instâncias consultivas, -acordos e compensações (FERNANDES, 1996) Aplicação: -objetivo, não só, de troca de conhecimentos; -cooperação de forma a potencializar os resultados de cada uma das instituições participantes. 15

Universidade Empreendedora Triple Helix: Governo Universidade Empresa Universidade Empreendedora: -Formação; -Geração de conhecimento (Pesquisa); -Aplicação desse novo conhecimento (empreendedorismo e inovação); -Participação no desenvolvimento econômico e social. 16

Operação & Compartilhamento de Competências Metodologia de fóruns: -fluxo de comunicação, informação e conhecimento, -assuntos e grupos de interesse de forma estruturada para discutir e deliberar sobre as ações a serem tomadas individualmente e coletivamente. -as instituições designaram uma pessoa para cada fórum de acordo com os assuntos a serem discutidos, os fóruns são criados e dissolvidos de acordo com a necessidade da rede. Os Fóruns Váriaveis da Universidade Empreendedora : -Ensino de Empreendedorismo; -Articulação com Laboratórios das Universidades; -Captação de Recursos; -Gestão de Empreendimentos; -Empreendimentos Sociais; -Articulação Governamental; -Desenvolvimento dos Clusters Locais; -Agência de Transferência de Tecnologia; -Governança e Assuntos Jurídicos -Coordenação institucional que atua como primeiro Conselho da Rede 17

Curso de Capacitação 20 horas Capacitação de Gerentes e estagiários de Incubadora. Assuntos abordados: Processo de Incubação: Pré-Incubação, Incubação e Pós-Incubação; Processo de Seleção e indicadores; Acompanhamento, Diagnóstico e Apoio de empresas; Transferência de tecnologia e propriedade intelectual; Graduação e redes de empresas; Visitas aos laboratórios e palestras de empreendedores; Encontro para troca de experiências. 18

Conclusão -Redes de Incubadoras representam uma iniciativa nos moldes da Universidade Empreendedora, que visa estimular a formação de ambientes de inovação através da articulação governo/empresas, e apoiar outras entidades a tomarem a mesma iniciativa. -Modelo de Governança - arquitetura de fóruns que visam dinamizar a interação, permitir não só a difusão de conhecimento e melhores práticas, mas também permitir uma ação coordenada, mas independente. Desafios: -Necessidade de conciliar as diferentes visões dos atores envolvidos, contemplando setor público e privado, bem como, as regras específicas de cada universidade envolvida na rede; -Estabelecer instâncias de decisão (fóruns) que permitem a ampla discussão de temas a serem alcançados, -Como organização âncora (nó de coordenação central) se responsabilizar pelo sucesso de andamento das atividades, por catalizar o processo de governança; e gerenciar as relações formais e não-formais existentes pela rede. 19