AP 35 Política de Remuneração. Sílvia Marques de Brito e Silva Chefe Adjunta Departamento de Normas do Sistema Financeiro

Documentos relacionados
Aspectos Regulatórios e Expectativas da Supervisão. Lúcio Rodrigues Capelletto Chefe do Desup Departamento de Supervisão Bancária

Av. Álvares Cabral, 1.605, Santo Agostinho, em Belo Horizonte (MG);

Silvia Marques de Brito e Silva Chefe Adjunta Departamento de Normas do Sistema Financeiro Denor

18º Congresso Brasileiro de Contabilidade. Auditoria e Controles Internos no SFN. agosto

A Auditoria Interna da Governança Corporativa

Ambiente regulatório prudencial e a convergência de normas das instituições financeiras

Novas abordagens da Supervisão e da Regulação na Mitigação de Riscos

COMISSÃO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS IBGC

A Responsabilidade Socioambiental no SFN Edital 41/2012

Segmentação e gerenciamento de riscos e de capital - regulação. Junho/2017

Inovações Tecnológicas

RESOLUÇÃO Nº 4.588, DE 29 DE JUNHO DE 2017 CAPÍTULO I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Responsabilidade Socioambiental no SFN Visão do Regulador

A Prevenção à Lavagem de Dinheiro e a Governança. Carlos Donizeti Macedo Maia Departamento de Supervisão de Bancos e Conglomerados Bancários

Governança Corporativa e Prevenção a Fraudes. Anthero de Moraes Meirelles Diretor de Fiscalização Banco Central do Brasil

3º Seminário FEBRABAN sobre Controles Internos

Política de Sucessão de Administradores de Instituições Financeiras (Res. CMN nº 4.538/16)

PROJECTO DE AVISO SOBRE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO RELATIVA À POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

O papel da supervisão e da governança na estabilidade regulatória

A Ouvidoria como Instrumento de Gestão. Visão Normativa. Brasília Abril/2016. Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor)

Estabilidade Macroeconômica e Crescimento

A supervisão para além do supervisor

4º Seminário FEBRABAN sobre CONTROLES INTERNOS. Paulo Sérgio Neves de Souza Banco Central do Brasil Departamento de Supervisão Bancária

Nova Lei das Estatais, Resoluções da CGPAR e Orientações do DEST

7º Conseguro: Rumos e desafios da regulação prudencial no setor de saúde suplementar. Joel Garcia. Setembro de 2015

Abordagem e experiência da Entidade Fiscalizadora Superior (EFS) da África do Sul em relação à Copa do Mundo de 2010

ASSEMBLEIA GERAL ANUAL DO BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A. (22/05/2019) PROPOSTA RELATIVA AO PONTO 4 DA ORDEM DE TRABALHOS

POLÍTICA INSTITUCIONAL DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO

Ouvidoria de Bancos - aprimorando o relacionamento com clientes. Experiências Internacionais Grupo Santander

Corporativa e Compliance

Adoção das IFRS em Bancos no Brasil La adopción de las NIIF en Bancos en Brasil AGENDA

Regras de Procedimentos e Integridade do Comitê de Compliance da FSB. Dezembro/2016

Panorama, Diretrizes e Reflexões nas Cooperativas Financeiras. Salvador, 17 de outubro de 2018.

Enterprise Risk Management (ERM) / Own Risk and Solvency Assessment (ORSA)

Supervisão Prudencial e Regulação de Investimentos Comentários sobre a Res. CMN 4.661/2018 SETEMBRO 2018

CONTRIBUIÇÕES À AUDIÊNCIA PÚBLICA ACERCA DA EVOLUÇÃO DOS SEGMENTOS ESPECIAIS DA BM&FBOVESPA. 2ª FASE DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DA BM&FBOVESPA

Corporate Governance Questões Decorrentes do Quadro Legal

POLÍTICA DE GESTÃO, INTEGRIDADE, RISCOS E CONTROLES INTERNOS MGI MINAS GERAIS PARTICIPAÇÕES S.A.

Relação entre Governança Corporativa e Remuneração de Executivos no Brasil

PLATAFORMA GLOBAL DE DEFESA DA PROFISSÃO

BANCO CREDIBOM, SA. Declaração sobre a Política de remunerações

Conferência Building a New Financial Architecture. 26 de março de Intervenção do Ministro de Estado e das Finanças. Fernando Teixeira dos Santos

ASSUNTO: Recomendações sobre políticas de remuneração

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS EMPRESAS DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS E SOCIEDADES GESTORAS DE FUNDOS DE PENSÕES

18º. Congresso do IBGC Painel: Comitê de Auditoria: muito além da regra

Fórum de Monitoramento e Segmentação Prudencial para o SNCC: impactos da GIR e perspectivas para o segmento S5 28 de setembro de 2017

José Carlos de Mattos Diretoria de Desenvolvimento de Novos negócios - DDN

Declaração sobre o Apetite de Risco do JPMorgan Brasil

IPAI XX Conferência Anual Auditoria: Tendências Futuras Governo das Sociedades e Controlo de Risco

Autorregulação Bancária

POLÍTICA INSTITUCIONAL DE REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES

DOCUMENTO DE CONSULTA PÚBLICA N.º 2/2010. Projectos de Norma Regulamentar e de Circular sobre Políticas de Remuneração

EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA 41/2012, DE 13 DE JUNHO DE 2012

Política de Gestão de Riscos Operacionais. 14 de fevereiro

Comitê de Gestão de Riscos Brasil Termos de Referência

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO RELATIVA À POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS EMPRESAS DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS E SOCIEDADES GESTORAS DE FUNDOS DE PENSÕES

As Boas Práticas no Sector Financeiro e Corporate Governance. - Lisboa, Avenida da Liberdade, 196

e turbulência financeira Regulação Vítor Constâncio 11 de Março de 2008 Conferência do Diário Económico Banco de Portugal Eurosistema

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ANADIA, CRL

MANUAL DE GESTÃO DE RISCOS DA AVANTGARDE CAPITAL GESTÃO DE RECURSOS LTDA. INÍCIO DE VIGÊNCIA: 17 DE ABRIL DE 2018.

Política de Gerenciamento de Risco de Mercado e do IRRBB Maio de 2018

GERENCIAMENTO DE CAPITAL

Visão Integrada de Compliance nas Instituições. Vanessa Alessi Manzi 05/2009

Política de Gerenciamento de Risco de Mercado Maio 2017

POLÍTICA. Área Gestora COMITÊ DE PESSOAS E REMUNERAÇÃO Produto: REMUNERAÇÃO DE ADMINISTRADORES Data Elaboração: 19/01/2017.

Dispõe sobre a política de conformidade (compliance) das administradoras de consórcio e das instituições de pagamento.

Solidez Financeira: que lições e desafios?

Programa de Governança de Estatais

GERENCIAMENTO DO RISCO DE CRÉDITO

Secretary Of Complementary Pension

Riscos de contágio, de fronteira e de conduta

Programa Destaque em Governança de Estatais

Banco Credibom, S.A. Declaração sobre a política de remunerações

40º Encontro Nacional de Contadores para IFDs - ENACON

O Progresso das reformas financeiras

As práticas de Governança Corporativa da Companhia estão calcadas nos seguintes princípios:

Evolução do Mercado Segurador pela Ótica do Regulador. - Thiago Barata -

Comité Latinoamericano de Asuntos Financieros Comitê Latino-americano de Assuntos Financeiros Latin-American Shadow Financial Regulatory Committee

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO E CAPITAL

Workshop Assembleia de Acionistas. Março 2018

II Grupo de Trabalho de Alto Nível Análise e Discussão da Fiscalização Legislativa dos Documentos Orçamentais nos PALOP e Timor-Leste

Política de contratação de auditoria independente

ENEVA S.A. CNPJ/MF: / Companhia Aberta

Política de Gerenciamento de Risco Operacional Maio 2018

Política de Gerenciamento de Riscos dos Fundos e Carteiras Geridos pelo Sicredi

A importância do controle interno nos. Conselhos Profissionais

Workshop Controles Internos. Programa Destaque em Governança de Estatais Propostas para os Segmentos Especiais (N2 e NM)

Marcação a Mercado - Desafios. Sílvia Marques de Brito e Silva Chefe Adjunta Departamento de Normas do Sistema Financeiro

COMO IMPLEMENTAR GOVERNANÇA NAS EFPC. Liège Ayub

Esta Política se aplica aos Diretores Estatutários e aos membros do Conselho de Administração da Companhia.

CONCESSÕES Indústria de Energia. 12 de Julho de 2011

POLÍTICA ORGANIZACIONAL

Práticas Corporativas

APRESENTAÇÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA

Desafios e Benefícios da Resolução 3.721

Desafios e Benefícios da Resolução 3.721

Número: Versão: Data de Emissão: Entrada em vigor:

Aprovada pelo Conselho de Administração - CONAD e publicada pela Resolução de Diretoria nº , de 05/10/2015.

Transcrição:

AP 35 Política de Remuneração Sílvia Marques de Brito e Silva Chefe Adjunta Departamento de Normas do Sistema Financeiro São Paulo maio de 2010 1

Agenda Crise Financeira lições aprendidas Audiência Pública 35 Debate 2

Agenda Crise Financeira lições aprendidas Audiência Pública 35 Debate 3

Crise Financeira lições aprendidas 4

Crise Financeira lições aprendidas Regulação e supervisão devem ser consolidadas e contar com a cooperação de supervisores de outras jurisdições; Necessidade de fortalecimento da supervisão transfronteiriça e do compartilhamento de informações; Capital regulatório, gerenciamento de risco, governança corporativa, sistema de pagamentos, contabilidade e auditoria todos são importantes; Monitoramento do mercado doméstico e internacional é crucial para que sejam feitas intervenções tempestivas; 5

Crise Financeira lições aprendidas Segmentos não regulados tendem a trazer riscos para segmentos regulados; Convergência com padrões internacionais, princípios e boas práticas são importantes para que os mercados sejam, ao mesmo tempo, competitivos e saudáveis; Necessidade de aprimoramento de mecanismos capazes de prover liquidez em situações de emergência e gerenciar crises; Necessidade de aprimoramento da regulação bancária com vistas a fortalecer o sistema financeiro e prevenir a assunção de riscos excessivos e crises futuras. 6

Crise Financeira lições aprendidas Lições aprendidas Recompensa: instituições financeiras líquidas, sólidas e eficientes. 7

Crise Financeira lições aprendidas Posicionamento brasileiro Apoio às reformas regulatórias com vistas a assegurar: Estabilidade financeira global; Condições mais uniformes para atuação em termos globais; Adequada avaliação e gerenciamento de riscos com a atuação internacional de bancos brasileiros; Renovação da forma de atuação. 8

Crise Financeira lições aprendidas Finanças Liquidez Risco Retorno 9

Crise Financeira lições aprendidas Regulação Bancária Transparência Complexidade Estabilidade 10

Agenda Crise Financeira lições aprendidas Audiência Pública 35 Debate 11

AP 35 Política de Remuneração Medida de caráter prudencial Decorre dos compromissos assumidos pelos líderes do G-20 Embasada nas recomendações do Financial Stability Board (FSB) FSB Principles for Sound Compensation Practices (princípios gerias) FSB Implementation Standards on Compensation (propostas específicas e detalhadas de reforma) 12

AP 35 Política de Remuneração DECLARATION ON FURTHER STEPS TO STRENGTHEN THE FINANCIAL SYSTEM Meeting of Finance Ministers and Central Bank Governors - London, 4-5 Sep 2009 We, the G20 Finance Ministers and Central Bank Governors, reaffirmed our commitment to strengthen the financial system to prevent the build-up of excessive risk and future crises and support sustainable growth. We have made substantial progress in delivering our ambitious plan, which will ensure a robust and comprehensive framework for global regulation and oversight. ( ) But more needs to be done to maintain momentum, make the system more resilient and ensure a level playing field, including the following actions: 13

AP 35 Política de Remuneração 1. Clear and identifiable progress in 2009 on delivering the following framework on corporate governance and compensation practices. This will prevent excessive short-term risk taking and mitigate systemic risk, on a globally consistent basis building on and strengthening the application of the FSB principles: greater disclosure and transparency of the level and structure of remuneration for those whose actions have a material impact on risk taking; Continua... 14

AP 35 Política de Remuneração ( ) FSB principles: global standards on pay structure, including on deferral, effective clawback, the relationship between fixed and variable remuneration, and guaranteed bonuses, to ensure compensation practices are aligned with long-term value creation and financial stability; and, corporate governance reforms to ensure appropriate board oversight of compensation and risk, including greater independence and accountability of board compensation committees. 15

AP 35 Política de Remuneração Objetivos da proposta: alinhar políticas de remuneração com os riscos assumidos pelas instituições financeiras; desestimular comportamentos capazes de elevar a exposição ao risco acima dos níveis considerados prudentes no curto, médio e longo prazos. Prazo da audiência pública: 90 dias (2 de maio) 16

AP 35 Política de Remuneração Escopo: Todas as IFs, exceto cooperativas, administradoras de consórcio e SCM; Governança e divulgação adicional- instituições relevantes (cias. abertas, instituições obrigadas a constituir comitê de auditoria e integrantes de seus conglomerados); Administradores e empregados que desenvolvem atividades com impacto relevante sobre o risco das IFs. 17

AP 35 Política de Remuneração Proposta normativa: 1. Política de remuneração, com os requisitos mínimos a serem observados; 2. Regras para a contratação e desligamento de executivos; 3. Comitê de remuneração para instituições relevantes ( grande porte ); 4. Requisitos para divulgação e transparência. 18

AP 35 Política de Remuneração 1. Política de remuneração: Responsabilidade do Conselho de Administração; Baseada no lucro recorrente realizado; Parcela substancial da remuneração variável deve ser diferida (mínimo 3 anos); Reversão de parcelas diferidas ainda não pagas (redução significativa do lucro recorrente realizado); No mínimo 50% da remuneração variável deve ser paga em ações ou instrumentos baseados em ações. 19

AP 35 Política de Remuneração 2. Regras para contratação e desligamento de executivos: Na contratação, a garantia de pagamento de um valor mínimo de bônus está limitada a 1 ano; No desligamento, pagamentos extraordinários devem ser compatíveis com a criação de valor e gestão de risco de longo prazo. 20

AP 35 Política de Remuneração 3. Comitê de Remuneração: Órgão estatutário; Obrigatório para IFs constituídas sob a forma de companhia aberta ou que estejam obrigadas a constituir Comitê de Auditoria; Conglomerado comitê de remuneração único; No mínimo, 3 integrantes mandato fixo; pelo menos 1 deles não deve ser administrador nem funcionário com impacto material sobre a exposição a riscos da IF. 21

AP 35 Política de Remuneração 4. Transparência: Divulgação anual; Relatório da Administração; Política de remuneração; IFs com Comitê de Remuneração devem divulgar informações adicionais. 22

Agenda Crise Financeira lições aprendidas Audiência Pública 35 Debate 23

24

Resolução nº 3.750, de 2009 25

Resolução nº 3.750, de 2009 26

Resolução nº 3.750, de 2009 27

AP 35 Política de Remuneração Sílvia Marques de Brito e Silva Chefe Adjunta Departamento de Normas do Sistema Financeiro São Paulo maio de 2010 28