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Transcrição:

Observando-se a postura de tiro, pode-se determinar a personalidade do arqueiro por Christian Haensell Psicologia do esporte Sub tópicos: 1. Motivação 2. Perfil do atleta 3. Intervenções 4. Stress 5. Quadro Clínico 6. Atleta nato Durante os dias 15, 16, e 17 de Setembro teve o treinamento dos técnicos de arco e flecha de todo o Brasil. Nesta ocasião a renomada psicóloga esportiva Regina Brandão deu uma palestra. Estas são as anotações que tomei durante a palestra, mais algumas idéias minhas. Muitos temas foram abordados, alguns desses temas expus aqui. Espero poder ser de uso para todos. Quando falamos em psicologia esportiva não devemos confundir com tratamento psicológico clínico e muito menos com tratamentos psicóticos, internação, etc. A psicologia esportiva visa prepara o atleta, oferecer ao atleta, meios e ferramentas para melhorar seu desempenho. Quando analisamos o preparo do atleta nós temos cinco níveis, que se influenciam mutuamente: a. preparo espiritual b. preparo psicológica c. preparação tático d. preparo técnico e. preparo físico Infelizmente, a maioria dos atletas só enxerga o preparo físico e em alguns casos isolados ainda o preparo técnico e tático, mas aí acaba a visão do atleta e em muitos caso também do técnico. Quando se quer prepara um atleta, este tem que estar totalmente preparado. Tanto fisicamente com mentalmente e para isso nós temos a psicologia esportiva que visa prepara o atleta mentalmente (psicologicamente), lhe dando alicerces fortes e uma mente forte e resistente. Muitas vezes o atleta está fisicamente em ótimo estado mas mentalmente um caos, e aí o desempenho cai. Tal caos pode ter suas origens em problemas familiares, dificuldade de trabalhar com determinadas emoções, medo de campeonato, ansiedade, repentina falta de auto-estima e insegurança, etc, etc, etc. Portanto podemos dizer que a preparação psicológica do atleta visa alcançar uma melhoria planejada e sistemática das capacidades e habilidades psíquicas individuais do rendimento do atleta e a estabilização e otimização do comportamento do mesmo em competições. Sendo que este treinamento não é só direcionado a atletas, como também a técnicos e equipe de apoio. O preparo físico: é o que todos já conhecem, é o treinamento muscular. O preparo técnico: é o treinamento da técnica que só será bem depois de um decente preparo físico. O preparo tático: é o preparo para as táticas de campeonato, envolve tanto o timing como o pós e depois treinamento. O preparo psicológico: acabamos de falar e é o tema destas páginas. 1

O preparo espiritual: são as crenças e credos da pessoa. É o gato preto atravessando a rua pela esquerda, o vidro quebrado, presságios, a vela na encruzilhada, crenças e credos que tem que ser respeitados. Agora quando as crenças começam a ficar neuróticas e a atrapalhar o atleta, aí entra a psicologia esportiva e mais tarde, se for necessário, a psicologia clínica. 1. Motivação Existem dois tipos de motivação: 1. Motivação por sucesso 2. Motivação por fracasso A motivação por sucesso é uma fixa que se move entre excesso de ansiedade e excesso de apatia. 2. Motivação por fracasso: é aquela motivação que faz o atleta a não querer perder. Como já falamos antes, é uma negação que não é processada pelo subconsciente assim sendo armazenada como querer perder (já que o não, não é armazenado). É muito difícil superar isso, especialmente se o adversário for melhor. Muitas vezes o atleta se conforma com um segundo ou terceiro lugar e aí se concentra em não perder este lugar, ou ainda pior, ele se concentra em não ser lanterninha. De tanto se concentrar em não ser lanterninha, o subconsciente não, não processando a negação, vai realizar o que resta da negação 'não querer ser lanterninha", e a realiza '---ser lanterninha'. O mesmo vale para: eu não vou errar, eu não vou fazer feio, eu não vou. O certo é dizer: eu vou acertar, eu vou fazer bonito, etc. No treino a motivação é acentuada em se lembrar dos momentos bons de tiro. O que quer dizer se lembrar dos momentos bons de tiro? Quando você está treinando, algumas vezes você vai notar que fez tudo certo: postura, puxada. Ancoragem, mira e largada. Tudo esta 100%, você sentiu-se muito bem. é exatamente este feeling, esta sensação que você deve memorizar. Você deve evitar se concentrar nos momentos em que atirou ruim. Evite dizer para si mesmo: este tiro foi ruim, assim eu não devo fazer. Pois, se fizer isto o subconsciente irá armazenar: este tiro foi ruim, assim e --- devo fazer. em vez disso, se concentre nos bons tiros e fale: este tiro foi ótimo, assim devo fazer. Depois do tiro esqueça-o e se concentre no próximo tiro. e cada vez que fizer um tiro bom sinta sua sensação, memorize-a. Depois esqueça o tiro e continue treinando. desta forma você vai criando uma memória positiva do tiro. E esta memória positiva irá ficar cada vez mais forte com cada tiro certo que for feito, de tal forma que somente existirá ela. e como nós somos e agimos como pensamos, tal memória irá influenciar nos próximos tiros. 1. Motivação por sucesso: A motivação por sucesso é praticamente a conseqüência do treinamento acima descrito. Uma vez criada uma memória positiva, uma vez melhorado a técnica, o atleta adquire confiança em seu tiro. Tal confiança lhe trás a possibilidade de se realmente concentrar na vitória, pois estará confiante que a adquirirá. A motivação positiva tem que ir de acordo com metas realizáveis. Não adianta querer algo que não é capaz, pois isso só criaria uma barreira no subconsciente, que irá perturbar a performance. Se for primeiro vai ser quase impossível, então se concentre na próxima meta, vamos dizer estar entre os 10 primeiros. Tal meta poderá trazer o primeiro lugar sem criar uma motivação negativa. 2. Perfil do atleta Para determinar o perfil do atleta se têm testes. Tais testes ajudam em determinar a personalidade do atleta: Existem quatro tipo de atleta ou pessoas: 2

Neurótico Melancólico Colérico Introvertido Extrovertido Fleumático Sanguíneo Equilibrado Como podemos ver na tabela acima o atleta considerado melancólico ele é o tipo de pessoa neurótica e introvertida, já o sanguíneo é o tipo de atleta extrovertido e equilibrado. É lógico que nenhuma pessoa é puramente um tipo, nós todos somos uma soma dos quatro tipos, sendo que um prevalece. E é exatamente aí que entra o treinamento psicológico. O objetivo e compensar as falhas e fortalecer o que for necessário para o devido esporte. Abaixo iremos analisar cada um dos tipos acima mencionados: Melancólica Fleumático Colérico Sanguíneo é: - tímido - pessimista - rígido (se não der certo uma nova técnica tende voltar para a anterior - procura o caminho do menor esforço) - internamente ansioso - pouca concentração - alta sensibilidade - é facilmente afetado por tudo que sai da rotina é: - demais passivo - demais cuidados - demais pensativo - quando vai decidir já aconteceu - é controlado e tranqüilo (até demais) - muito introvertido são a maioria dos atletas é: - ativo, cheio de energia - agitado, nervoso, agressivo - otimista e impulsivo (primeiro faz e depois pensa) - alto ritmo psíquico (faz muitas coisas sem completar nada) - suas reações são exageradas - precisa aprender auto controle - precisa aprender a trabalhar em equipe o atleta ideal é: - sociável - animado - disciplinado - alta concentração - alta energia psíquica - alta capacidade de trabalhar - tem muita resistência a stress - tem grande concentração - é líder nato mesmo não querendo - precisa de confiar no treinador para produzir (caso não confie se torna um líder negativo - que vai contra treinador) - no futebol é o meio campo, no vôlei é o levantador O objetivo desta análise é determinar como um determinado atleta por natureza irá reagir em determinada circunstancia, e melhorar e otimizar seu desempenho, conhecendo suas tendências. Desta forma, o técnico poderá agir individualmente com cada atleta dando o suporte necessário e individualizado. 3

3. Intervenção As formas de intervenção são de vários níveis: 1) Diretas -diretamente com o atleta 2) Indiretas - trabalho com o técnico 3) Centrada na comissão técnica - treinador, preparador físico, equipe de apoio (por exemplo - reabilitação depois de uma lesão física - trabalho e instrução do preparador físico) 4) Centrada na organização - presidente do clube, dirigentes, assessores Para podermos entender a necessidade deste tema vamos analisar uma fórmula: produtividade real = produtividade potencial - perdas devido a problemas de relacionamento (com técnico, equipe de apoio, patrocinadores, etc) E também não devemos esquecer que 26% de todas as lesões no esporte são de origem psicológica (mental) e não física devido a acidentes, excesso de treino ou igual. As intervenções podem ser cognitivas e de caráter comportamental: a. Intervenções cognitivas: 1) Atenção: a capacidade de manter a mente focada e atento ao seu arredor 2) Concentração: manter o objetivo momentâneo 3) Antecipação: capacidade de prever situações antecipadamente e não se surpreendido (por exemplo - novas regras, novo local e data de campeonato, etc) 4) Capacidade de tomar decisões 5) Memória: ser capaz de se lembrar de sucessos anteriores, de momentos de vitória e superação e transpor tal sentimento para o momento atual. Ser capaz de se lembrar do treinamento e de técnicas construtivas e aplicá-las no momento. A capacidade de tomar decisões é afetada por: 1) Distração 2) Falta de motivação 3) Fadiga, over training, excesso de treino, tanto mental como físico (falta de sonso, etc) 4) Incompatibilidade entre as exigências (da tarefa) e os níveis de concentração) - não ser capaz de fazer no momento o que é exigido - causa stress e derrota. Tal pressão pode causar em lesões de caráter psicológico. b. Intervenção comportamental: A) Atitudes e postura Atitudes que precisam de ser controladas: 1. Conseqüências negativas devido a fracassos: isso é muito comum. Um bom exemplo é o caso do adversário que nunca se consegue vencer, mesmo ele sendo inferior. É a assim chamada memória de derrota. Pode ser um adversário, um lugar (neste estágio nunca vencemos uma competição), uma data. Tudo proveniente de uma ou mais derrotas anteriores. Tal derrota fica ancorada no subconsciente - isso é o que chamamos de vontade de autodestruição - medo do sucesso. 2. Medo em não alcançar o resultado desejado: acontece nos casos em que as exigências são maiores do que se é capaz de cumprir. Neste caso se tem que trabalhar todas as partes envolvidas (atleta, técnico, comitiva administrativa), e propor metas parciais. 4

3. Superar o efeito que trás a acumulação de erros: aqui se tem que aprender a superar uma fase ruim, uma fase fraca, deixar para trás o que aconteceu e se concentrar no que vem. 4. Competir em situações desfavoráveis: tempo ruim, condições avessas, etc. 5. Competir com placar adverso: no caso de competições tipo combate. Aqui se tem que usar estratégica e meios de atrapalhar a rotina do adversário. Superar a ansiedade e o medo de errar. 5. Competir como favorito: pode ser tanto a pressão em ter que vencer como o desânimo de já ser o vencedor. 6. Competir em casa ou na caso do adversário 7. competir contra adversários mais fortes e melhores: ver aqui o desafio e não se deixar intimidar. Neste caso se tem que fortalecer a garra do atleta, sua raiva e vontade de contradizer o óbvio (que vai perder por ser o mais fraco - o campeonato só termina com o ultimo tiro - em especial nas competições de combate). 8. Se ver de frente com momentos decisivos: o combate. Aqui se treina superar a ansiedade e o melhor treino é a experiência, muitos combates. B) Crença Limitante: É a crença que não vai conseguir chegar lá. É a falta de auto estima, autoconfiança, vontade de se auto derrotar, medo do sucesso, medo da vitória, ansiedade pela vitória. 4. Stress Não existe competição sem stress. Stress faz parte do nosso dia a dia, e uma certa quantidade antes do campeonato é saudável. Mas stress durante o tiro, ou excesso de stress é prejudicial. E para superar tal problema existem várias técnicas: - Técnicas de respiração - Técnicas de relaxamento e meditação - Técnicas de visuais Fontes de stress Diretas Devido ao Meio Indiretas Treinamento Alimentação Viagens Adversidades Arbitro Torneio Técnico Companhia personalidade do atleta atributos Experiência Expectativa Motivação Aspiração etc Trabalho (condições) Escola Família Dinheiro (falta) Doenças Gravidez etc Trabalho: pode ser um grande empecilho. Se o chefe não liberar o atleta para participar de competições. Horário que incapacita um treinamento adequado, mobbing no lugar de trabalho, etc Família: falta de apoio familiar, incompreensão de membros da família prejudicando subconscientemente ou conscientemente o atleta. Muitas vezes o atleta tem que manter uma certa dieta. Seria mais fácil para ele se a família cooperasse aderindo parcialmente a dieta, ou pelo mesmo comprasse o necessário para que o atleta pudesse manter a dieta e não encher a geladeira propositalmente de coisas que ele não deveria comer. Fontes de stress pessoal: Por parte do técnico: que só critica e reclama que grita muito que só enxerga o lado ruim que não reconhece o esforço do atleta 5

Por parte dos adversários: adversários desleais adversários provocadores Uma outra fonte de stress que nunca devemos esquecer são as lesões. Uma lesão, dependendo de sua gravidade, dependendo de sua repetividade pode afetar o desempenho e segurança do atleta. Se um atleta sempre se machuca numa determinada região, ele vai sentir insegurança com determinados movimentos, vai entrar na competição pensando no que 'não ' pode fazer. Com isso vai ter um ponto vulnerável. No arco os pontos vulneráveis são o punho que puxa a corda ou o gatilho, o cotovelo (tendinite) e o ombro (bursite), fora de extensão muscular das costas. Se o adversário saber de um desses problemas ele poderá agir fingindo ser amigo com tais argumentos: " Pó Zé, você está com problema no ombro? é que eu também tive isso, devido a um arco pesado demais!" ou "eu fazia o mesmo erro que você está fazendo puxando a corda e isso me causou dores no ombro, hoje atiro diferente e melhorou muito, não sinto mais dores." Tal comentários no meio de um campeonato destabiliza a maioria dos atletas, especialmente se vem de alguém considerado como amigo. Uma lesão, quando não devidamente curada, tanto fisicamente como mentalmente sempre vai ser um ponto fraco e de incerteza, e nos piores dos casos uma constante desculpa para não vencer, para ter feito uma performance ruim. 5. Quadro clínico Na psicologia esportiva se trata do atleta até um certo grau. Portanto, uma reação emocional depressiva devido a pressão é tratada neste quadro, não é considerado clínico, e para tal existem uma série de testes que determinam o seu grau. como este problemas vários outros são tratados: - Medo - Indecisão - Má fé - Conduta anti-social - Falta de Humildade - Falta de diplomacia - Inconsistência de atitudes - altos e baixos - Não cumprimento das tarefas básicas (alimentação, treinamento) - descobrir a razão por não querer cumprir - Evair-se da responsabilidade - Reações desmesuradas - Mudança de hábitos alimentares, sono, descanso, etc - Reações desmesuradas - Lesões traumáticas freqüentes - Queixa de dores sem motivo (problema psicológico - será que quer fugir do treino?) - Alteração de humor Sofrimento competitivo é o inverso da êxtase de vitória; O sofrimento competitivos apresenta os mesmos sintomas de doentes terminais: - percepção de ameaça á integridade pessoal: Em especial com atletas profissionais. Quando a performance cai devido a diversas razões, vem o medo pelo emprego, pela possibilidade de se manter no esporte. Por isso nos USA se exige que a maioria dos atletas passam pelas universidades, porque aí, se tiverem que parar têm pelo menos uma 6

profissão. Este medo também vai junto com ferimentos esportivos que podem invalidar o atleta assim derrubando o seu preço (valor) de mercado. - impotência frente a ameaça: é o sentimento de estar entregue ao destino sem poder fazer nada. Resulta em profunda de depressão podendo levar ao consume de drogas e alcoolismo na tentativa de fugir dos problemas (afogar a angústia). Muitas vezes basta meramente a ameaça de poder acontecer um dos dois mencionados acima para a pessoa procurar um ventile de escape, uma fuga. É o medo de se confrontar com tais problemas e superá-los. - esgotamento dos recursos pessoais: no mundo financeiro encontramos isto nos casos de suicídio devido a excesso de dívidas - medo de perder seu status social, regalias que tinha, sua imagem perante a sociedade, uma fuga do desastre. Se os problemas acima não são devidamente tratados levam aos Transtornos Clínicos - que tem que ser tratados por um psicólogo clínico. Os transtornos clínicos se amostram da seguinte forma: alteração psicossomática (ulceras, gastrite, alergias) esgotamento psicológico - o atleta não tem vontade para nada, está esgotado mentalmente, abatido, sem ânimo, sempre cansado distúrbios alimentares que nem anorexia, bulimia e vigorexia (quer parecer sempre mais forte) depressão crônica fobias que nem medos incongruentes, etc. 6. Atleta nato Existe o atleta nato, contradizendo o desejo de muitos. Nem todos nascem iguais. E para tal existe uma série de testes. O que, provavelmente falha na descoberta de um atleta nato, é a interpretação dos resultados dos testes. Um atleta tem que trabalhar: 1. Autoconfiança 2. Coragem, superar o medo de perder, medo de vencer, e o medo de não conseguir manter seu padrão. 3. Garra Garra: É nato, está no DNA ou é educado? A maioria diz que faz parte do DNA. Muitos dizem que em vários casos tem que ser acordado no atleta. Eu digo que Garra é um estado mental. Se você for capaz de fazer o atleta sentir garra ele terá garra. Em guerras podemos ver isso. Muitas vezes aquele fracote, sob condições totalmente avessas, em vez de se encolher como era seu costume, de repente amostra uma força de vontade e uma garra e uma raiva surpreendente. depois do acontecimento volta ao normal e ninguém mais acredita que tal pessoa foi capaz de tal façanha. Carlos Castanheda tem uma explicação para isso: é o nosso ponto de montagem, é aquilo que determina como vemos e interpretamos o mundo. É evidente que alguns tem uma pré disposição maior de mudar ou já estão em sintonia com tal forma de pensamento, outros estão mais longes de tal, mas todos nós temos. A arte é buscar em seus recursos internos, trazer á tona. 7

Uma vez detectado o elemento GARRA no atleta, podemos dizer que tal é um dos fatores psicológicos de maior relevância para determinar o atleta nato. O que se tem de fazer é ensinar o atleta a manter tal estado o maior tempo possível durante a competição ( e tal desempenho se pode observar quando o atleta passa por momentos difíceis dentro e fora das competições). O pior inimigo de um atleta é a sua incapacidade de controlar a ansiedade e a preocupação: o tal "...e se..." E para tal o atleta tem que ter: - Um bom fundamento físico, mental e técnico. - Ele tem que saber controlar a sua raiva e frustração (o clássico chutar coisas por perto). Chutar coisa e reclamar do tiro não é nada mais do que uma viagem do nosso ego. O ego faz aquilo para amostrar a todos que na realidade somos muito melhor do que aquele tiro, faz isso para provar a quem está nos vendo que na realidade nós não somos assim tão ruins. O próximo passo seria dar culpa ao material, ao juiz, ao vizinho, etc. - Criar rotinas entre os tiros, entre as sérias. - Usar técnicas de imaginação: primeiro imaginar o tiro perfeito e depois executá-lo - Usar técnicas de relaxamento e respiração (aumentar com treino seu fôlego e capacidade pulmonar - falta de ar causa stress e nervosismo ao nosso sistema vegetativo - e conseqüentemente vaio atrapalhar a nossa concentração e o nosso tiro) - Excesso de ansiedade aumenta o batimento cardíaco que por sua vês aumenta a ciclo de respiração, fazendo com que respiramos mais apressadamente para suprir o fluxo de sangue com oxigênio. Um respiração lenta e profunda acalma o coração e assim os ânimos. POMAS Perfil dos estados de HUMO É um teste para determinar se o atleta está em over-treining ou não. É o assim chamado teste de campeões. Neste teste são testados e representados numa tabela: Na tabela temos uma linha média que varia de atleta para atleta. O único elemento que deveria estar acima dessa linha é o vigor. Os elementos em menor quantidade deveriam se a fadiga e a confusão. Os outros elementos estão mais ou menos representados, mas abaixo da linha média. Num caso ideal temos o chamado perfil "Iceberg", onde a ponta do iceberg é representada pelo vigor. Em casos de desordem emocional temo o vigor lá em baixo causando assim um iceberg invertido tensão depressão raiva vigor fadiga confusão 8