Tratamento de diabetes: insulina e anti-diabéticos Profa. Dra. Fernanda Datti
Pâncreas Ilhotas de Langerhans células beta insulina células alfa glucagon células gama somatostatina regulação das atividades metabólicas - homeostasia da glicose Hiperinsulinemia (insulinoma) hipoglicemia Falta relativa ou absoluta de insulina (diabetes melito) hiperglicemia retinopatia, nefropatia, neuropatia, complicações cardiovasculares
Diabetes Tipo 1 - diabetes melito insulino dependente Tipo 2 diabetes melito não insulino dependente Diabetes devido a outras causas defeito genético, medicação Diabetes gestacional: intolerância aos carboidratos Pode causar macrossomia fetal, distocia no ombro, hipoglicemia neonatal Dieta, exercício e/ou administração de insulina são eficazes nessa condição Gliburida e metformina - alternativas razoavelmente seguras
Diabetes tipo 1 Jovens ou puberdade Necrose das células beta falta extensa de insulina Auto-imune, deflagrada por vírus ou toxinas Sintomas Polidispia, polifagia, poliúria e perda de massa corporal Diabético tipo 1 não mantém nível de secreção basal de insulina e nem responde às variações de energia circulantes Tratamento: exige administração exógena de insulina
Diabetes tipo 2 Tipo + comum de diabetes Fatores genéticos, idade, obesidade e resistência periférica à insulina. Células beta mantém alguma função, mas a secreção de insulina é variável e insuficiente para manter a homeostasia da glicose Geralmente acompanhada da falta de sensibilidade dos órgãos-alvo à insulina endógena e exógena Tratamento: manter a glicemia dentro da faixa normal da massa corporal, exercícios físicos e modificação da dieta a resistência à insulina e corrigem a hiperglicemia em alguns pacientes Hipoglicemiantes orais.
Insulina e seus análogos Secreção de insulina regulada pelos níveis de glicose, aminoácidos, hormônios e mediadores autonômicos Hiperglicemia glicose é captada pelo transportador da glicose nas células beta pancreáticas fosforilada pela glicoquinase - atua como um sensor de glicose Produtos do metabolismo da glicose geram ATP ATP bloqueio dos canais de K + despolarização da membrana e influxo de Ca 2+ Ca 2+ intracelular exocitose pulsátil da insulina
Insulina e seus análogos Insulina humana tecnologia de DNA recombinante - cepas de Escherichia coli ou fungos com gene alterado para a produção de insulina humana Insulinas são degradadas no TGI se administradas via oral Administração em injeções SC Insulina regular IV em emergências
Insulina de início rápido e ação curta Insulina regular Insulina lispro Insulina asparte Insulina glulisina risco B na gestação categoria C na gestação Mimetizam a liberação prandial de insulina, geralmente associadas a uma insulina de longa ação Insulina lispro 15 minutos antes ou imediatamente após a refeição Insulina glulisina 15 minutos antes ou dentro de 20 minutos após iniciada a refeição Insulina asparte imediatamente antes ou até 15 minutos após a refeição
Preparações de insulina de ação intermediária Insulina neutra com protamina de Hagedorn insulina NPH Insulina conjugada com a protamina complexo menos solúvel absorção lenta Apenas administração SC Usada para controle basal e geralmente administrada com a insulina de ação rápida ou curta para controle na hora da refeição
Preparações de insulina de ação prolongada Insulina glargina precipita no local da injeção ação prolongada efeito hipoglicemiante achatado e prolongado Via SC Insulina detemir associa-se com a albumina plasmática e é lentamente dissociada longa duração de ação Insulina detemir e glargina nunca devem ser preparadas em mesma seringa que outras insulinas mudança em propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas
Efeitos adversos da insulina
Hipoglicemiantes orais secretagogos de insulina Sulfonilureias Glibenclamida Glipizida Glimepirida Mecanismos de ação Estimulam a liberação de insulina nas células beta bloqueiam os canais de K + sensíveis ao ATP, resultando em despolarização e influxo de Ca 2+ a produção hepática de glicose a sensibilidade periférica à insulina, ou seja, a ligação da insulina nos receptores teciduais
Hipoglicemiantes orais secretagogos de insulina Efeitos adversos de massa corpórea Hiperinsulinemia Hipoglicemia Inadequados para insuficientes renal ou hepático acúmulo de fármaco hipoglicemia Glibenclamida atravessa pouco a placenta
Hipoglicemiantes orais secretagogos de insulina Glinidas Repaglinida Nateglinida Mecanismos de ação Fixam-se em local diferente do receptor da sulfonilureia do canal de K + sensível ao ATP, iniciando uma série de reações que terminam na liberação de insulina Início rápido e duração mais curta liberação precoce de insulina que ocorre após a refeição
Hipoglicemiantes orais secretagogos de insulina Efeitos adversos Hipoglicemia < propensão a causar obesidade que as sulfonilureia Cuidado em pacientes com insuficiência hepática. Glinidas biotransformadas pelo CYP 450 Fármacos que inibem o CYP 450: cetoconazol, itraconazol, fluconazol, eritromicina e claritromicina > efeito hipoglicemiante Fármacos que induzem o CYP 450: barbitúricos, carbamazepina e rifampicina < hipoglicemiante Não associar com sulfonilureias sobreposição de mecanismos de ação
Hipoglicemiantes orais sensibilizadores à insulina Biguanidas Metformina a captação e o uso de glicose pelos tecidos-alvo, a resistência à insulina Mecanismo de ação o débito hepático de glicose, a gliconeogênese hepática Retarda a absorção intestinal de açúcar e melhora sua captação e uso periférico.
Hipoglicemiantes orais sensibilizadores à insulina Efeitos adversos Relacionados ao TGI Perda do apetite geralmente perda de massa corporal Contra-indicada em pacientes com IC, insuficiência renal e hepática, infarto agudo do miocárdio e infecção grave Cautela em > de 80 anos, história de IC ou abuso de álcool Usada em mulheres com ovário policístico a resistência à insulina ovulação
Hipoglicemiantes orais sensibilizadores à insulina Tiazolidinadionas ou glitazonas (TZDs) Pioglitazona Rosiglitazona Mecanismo de ação Atuam no receptor ativado pelo proliferador peroxissoma, um receptor nuclear de hormônio (PPAR ) Ligantes de PPAR regulam a produção de adipócitos e a secreção dos ácidos graxos, bem como o metabolismo da glicose > sensibilidade à insulina no tecido adiposo, no fígado e no músculo esquelético Melhoram hiperglicemia, hiperinsulinemia, hipertriacilglicerolemia e níveis elevados de HbA 1C
Hipoglicemiantes orais sensibilizadores à insulina Efeitos adversos Obesidade da gordura subcutânea e retenção de líquido Osteopenia > aumento do risco de fraturas Cefaleia Anemia > número de infarto do miocárdio e morte por causas cardiovasculares Agravamento da IC Induz ovulação em mulheres em período pré-menopausa com síndrome de ovário policístico
Hipoglicemiantes orais inibidores da -glicosidase Acarbose Miglitol Mecanismo de ação Inibidores da alfa-glicosidase a hidrólise dos oligossacarídeos em glicose e outros açúcares Bloqueiam o de glicose pós-prandial Efeitos adversos Flatulência Náuseas Cólicas intestinais Pacientes com doença inflamatória intestinal, ulcerações colônicas ou obstrução intestinal não devem usar esses fármacos
Hipoglicemiantes orais inibidores da dipeptidil peptidase IV (DPP-IV) Sitagliptina Saxagliptina Mecanismo de ação Inibidores DPP-IV que é responsável pela inativação dos hormônios incretina como o peptídeo-1 tipo glucagônico (GLP-1) Prolongamento da atividade dos hormônios incretina da liberação de insulina em resposta à refeição e da secreção imprópria de glucagon Efeitos adversos Em geral são bem tolerados Mais comuns: nasofaringite e cefaleia
Incretina miméticos Exenatida Liraglutida Mecanismo de ação São análogos do GLP1 - atuam como agonistas dos receptores de GLP1 Melhoram a secreção de insulina glicose dependente, retardam o esvaziamento gástrico, a ingesta alimentar, secreção pós-prandial de glucagon e promovem a proliferação das células beta ganho de massa corporal, hiperglicemia pós prandial e níveis de HbA1C Administradas via SC
Incretina miméticos Efeitos adversos Náuseas Êmese Diarreia Constipação Foram associados com pancreatite Liraglutida causa tumor nas células C da tireoide em roedores