IMPORTÂNCIA DA HARMONIA NA GESTÃO POLICIAL

IMPORTÂNCIA DA HARMONIA NA GESTÃO POLICIAL Chefe da Divisão, Substituto da DICJ da PJ, Chan Kin Hong Como diz um ditado chinês a união das forças dos irmãos é suficiente para cortar o ouro, ou seja, o sucesso de uma equipa não é completo se for de um só indivíduo, é necessária a cooperação de todos, para uma equipa ser poderosa é indispensável o convívio harmonioso entre os componentes, para que haja coesão e consenso no trabalho. A Polícia Judiciária, como órgão policial, tem-se dedicado constantemente à melhoria do seu trabalho, para prevenir e combater eficazmente os diversos crimes. Por outro lado, além do alargamento da estrutura orgânica, aumento apropriado do quadro do pessoal e da criação dos novos departamentos, defende ainda que o trabalho da investigação criminal deve ser efectuado mediante o conhecimento profissional, com equipamentos modernos e utilizando as novas tecnologias, conjugado com as campanhas de sensibilização e orientação das informações, por forma a tornar o trabalho mais eficiente e obter bons resultados. Além disso, a forma de coordenação harmoniosa entre as chefias e as suas subunidades é também algo muito importante, porque uma relação desarmónica gera certamente conflitos internos, ou até prejudica o espírito de equipa nas pessoas e a eficácia do trabalho. O pessoal da PJ tem o dever de prevenir o aparecimento e eventual agravamento de desarmonias e descoordenação, uma vez que estas situações prejudicam o funcionamento e têm efeitos no trabalho, sobretudo devemos pensar seriamente como é que podemos integrar a harmonia na gestão dos assuntos policiais. I. RELAÇÃO HARMONIOSA CRIA COESÃO NAS FORÇAS DA EQUIPA Uma expressão idiomática em chinês diz que a harmonia traz sorte, desarmonia traz desastres, as pessoas sentem-se confortáveis com as cores harmoniosas e livres com o ambiente harmonioso, por isso, para criar uma comunidade harmoniosa e uma equipa policial amigável, a relação harmónica entre as pessoas é imprescindível. Harmonia é um assunto que envolve duas ou mais pessoas, não é uma questão particular. Na equipa policial, a relação entre os colegas exerce obviamente efeitos no trabalho diário, pois devemos tolerar e ajudar-nos uns aos outros para completar juntos as tarefas em harmonia. O Taoismo, originário da China procura a harmonia do céu, terra e seres humanos, enfatizando o convívio harmonioso entre pessoas. No entanto, acha-se que a harmonia (he) é uma combinação de diferentes factores e componentes, interligados em relação pacífica, assim como, é a base da coexistência dos seres do universo, porque sem ela nada se consegue desenvolver. A Doutrina do Meio (Zhongyong) diz que: Enquanto o contentamento ou a raiva, a tristeza ou a alegria ainda não despertaram, temos a 102

Centralidade (zhong). Quando estas paixões despertam de forma equilibrada e medida, temos a Harmonia (he). A Centralidade é o grande fundamento do mundo; a Harmonia, o caminho universal., isto é, enquanto uma pessoa não mostra as suas emoções, o seu coração é calmo e tranquilo, a isto chama-se em chinês zhong, mas toda a gente também têm emoções, impossíveis de evitar, e que são manifestadas naturalmente; consequentemente, às emoções manifestadas que correspondem ao senso comum, com controlo, refere-se o he ; finalmente a conjugação harmónica do zhong e he produz um ponto de equilíbrio. Se todos atingirem o ponto de equilíbrio, agindo com calma e de forma bem humorada, é possível construir uma sociedade ordeira, daí o mundo pode tornar-se muito mais pacífico. Como podemos ver o estado ideal do Zhongyong consiste na harmonia, para o mestre todos os seres do mundo têm o seu posicionamento e deveres. Assim, na realidade, a harmonia de cada membro tem a ver com a harmonia sentida no fundo do coração, só com essa harmonia é que se consegue estabelecer uma relação amigável com os outros, proporcionando a criação de uma equipa harmoniosa. Portanto, o desenvolvimento psicológico em harmonia produz orientações eficazes no convívio com as pessoas em nosso redor, criando assim uma boa base de construção para uma equipa policial harmoniosa. II. A FALTA DE HARMONIA PREJUDICA A GESTÃO POLICIAL A relação saudável e harmoniosa é garantia importante que contribui para o funcionamento seguro e o desenvolvimento estável da equipa policial, o contrário, poderá produzir danos em vários aspectos, tais como na decisão política, credibilidade, confiança interpessoal, valores e crenças, entre outros, os quais prejudicam a estabilidade e equilíbrio da equipa, bem como a eficácia administrativa, impedindo assim o seu desenvolvimento. A falta de harmonia poderá causar várias influências no trabalho de gestão policial, são elas: 1. Comunicação a falta da harmonia entre as três partes, chefias, subordinados e subunidades no ambiente de trabalho, vai causar obstáculos na comunicação, fazendo com que as ordens emitidas pelas chefias não consigam passar aos subordinados, do mesmo modo, as dificuldades dos subordinados também não são transmitidas aos superiores, assim, podem surgir obstáculos no trabalho diário, limitando a eficácia. 2. Funcionamento a falta de comunicação entre chefias, subordinados e subunidades podem gerar descoordenação, consequentemente, reduzir a eficácia do funcionamento, prejudicando as melhorias no trabalho. 3. Espírito de equipa os problemas de comunicação, coordenação e funcionamento acabam por afectar o espírito de equipa presente nos funcionários, os quais perdem eficiência no trabalho. 4. Qualidade com a falta de espírito de equipa, o sentimento de pertença dos trabalhadores torna-se mais fraco, levando à perda de pessoal. Os recursos humanos e o regime são factores importantíssimos para o desenvolvimento de qualquer empresa ou serviço. Por isso, a perda de recursos humanos pode danificar a qualidade da polícia, assim, mesmo que haja bons regimes, não tem ninguém que os execute. 5. Fiscalização o aparecimento de inquietação a nível de carreiras, se não for resolvida imediatamente, pode piorar rapidamente e eventualmente vanificar o regime, ou até destrui-lo, pois a fiscalização também desaparece. A fiscalização é muito 103

importante para o funcionamento dos departamentos, se deixa de funcionar, significa que vão aparecer muitas situações injustas, nasce então um círculo vicioso que engloba os problemas acima referidos. III. CRIAR UMA EQUIPA POLICIAL HARMÓNICA A criação da equipa policial harmónica depende da existência de vários factores, tem a ver com a harmonia dos departamentos e seu pessoal. A harmonia individual consiste no bom desenvolvimento da saúde mental e boa adaptação à sociedade, sobretudo manter o estado de equilíbrio do pessoal é muito importante para a criação de uma equipa policial harmónica. (I) ATRAVÉS DA FORMAÇÃO DA ÉTICA PROFISSIONAL DEVE-SE INTRODUZIR A HARMONIA NA CONSCIÊNCIA A construção de um sistema harmónico e equilibrado da equipa policial deve ser iniciado na consciência do pessoal, o ensino e as orientações são uma forma eficaz para inculcar a harmonia na mente. A PJ, através do ensino da ética profissional, reforça a missão do combate ao crime, presta um bom serviço à população, por forma a conseguir uma certa harmonia interna, assim como promove a harmonia da equipa policial. A ética da profissão policial é um conjunto de padrões e normas com características específicas, que a polícia deve manter no trabalho diário, caracteriza-se por 3 aspectos e 2 restrições. O primeiro aspecto é a consciência, ou seja, a moral, psicologia, conceito, emoções, vontade, crença, entre outros aspectos lógicos que influenciam a ética profissional da polícia, divide-se em consciência individual e colectiva, tais como o sentimento de pertença, senso de honra etc. Seguidamente são os padrões, uma série de critérios éticos, que dizem respeito à avaliação e orientação dos comportamentos individuais e colectivos da polícia, por exemplo as normas jurídicas, estatuto dos trabalhadores da função pública, estatuto interno e instruções entre outros. Quer sejam os princípios básicos ou as normas jurídicas, uma vez formados, estes tornam-se guias de orientação e gestão da ética policial. Por último, actos comportamentais que são as acções individuais e colectivas orientadas pela consciência e os princípios básicos da ética policial, são o resultado da combinação da consciência e dos padrões, ou melhor, as acções praticadas conscientemente de acordo com as normas éticas. As 2 restrições são os conceitos da heteronomia e autonomia respectivamente, ou seja, a primeira refere-se às normas restritas exteriores, e a outra consiste na internalização das normas comportamentais justificadas de forma racional, que se reflectem no comportamento. Na ética profissional, a autonomia é o nível mais importante e supremo da consciência profissional, por isso, para integrar a harmonia na gestão da PJ, a formação da ética profissional é uma ferramenta importantíssima, em que esta junta-se aos costumes, entre outros factores culturais comuns, para orientar o desenvolvimento da psicologia individual. No fundo, é desenvolver a cultura da psicologia da personalidade, através da orientação da unidade cultural, porque a diferença cultural é um elemento que contribui para a diferença da psicologia individual. Uma equipa unificada, não pode prescindir de uma cultura unificada, sobretudo a criação da cultura psicológica em harmonia é desenvolver, o máximo possível, os aspectos fortes dos seus membros de diferentes personalidades, para alcançar o maior efeito, assim, com as crenças e objectivos comuns 104

adquiridos entre os trabalhadores da PJ, reduzindo os conflitos, proporcionando um ambiente harmónico. (II) CADA UM ESFORÇA-SE, O MELHOR POSSÍVEL, NO LUGAR DEVIDO, PARA DAR VIDA A UMA GESTÃO APLICÁVEL À POLÍCIA Para integrar a harmonia na consciência é necessária a participação extensiva e os esforços de todos os trabalhadores da PJ, para isso, o desenvolvimento harmonioso da equipa policial tem que admitir as diferenças individuais do pessoal de diferentes categorias, para que este dê o seu melhor, no lugar certo, proporcionando assim uma coexistência harmoniosa. Dentro deste sistema, se os diversos factores, componentes e partes constituintes estiverem nos devidos lugares a desempenhar as suas funções específicas, é possível estabelecer uma relação harmoniosa, sendo insubstituíveis uns pelos outros, inultrapassáveis e capazes de ocupar cada um o seu cargo e função. Por exemplo, na culinária, os principais alimentos, ingredientes e condimentos têm as suas próprias posições e funções, com uma certa proporção no uso, nem mais nem menos, combinando com as técnicas e controlo da temperatura do fogão, conseguimos fazer um prato saboroso e colorido. O significado de devido lugar é fazer com que os vários factores, componentes e partes constituintes ocupem os seus lugares certos e desempenhem as suas funções; e para manter a ordem do devido lugar, é necessário que todos os factores, componentes e partes constituintes estejam contentos, satisfeitos com a sua carreira. Um outro exemplo, uma equipa de futebol, entre os 11 jogadores, cada um assume as suas funções, tais como o guarda-redes, defesas centrais, médios e ataques, todos ocupam as suas posições e funções, apenas com a colaboração, estes poderão desenvolver os planos do treinador, obtendo a vitória no jogo; pelo contrário, se os defesas centrais para pôr-se em mostra, passam a jogar no ataque, sem autorização, a equipa perderá obviamente o jogo. O trabalho da equipa policial é como se fosse uma actividade desportiva, necessita da colaboração colectiva, ao mesmo tempo, deve-se respeitar o espírito desportivo. Nos últimos 10 anos, a PJ para enfrentar mudanças constantes no mundo do crime da RAEM, tem vindo a ajustar atempadamente as medidas de combate e alargar a estrutura orgânica. Além disso, com a baixa ocorrência de casos graves e violentos, ofensas e os ligados às associações secretas, registou-se um aumento dos outros crimes, tais como aqueles ligados às novas tecnologias, estupefacientes, furto, jogo e económicos, para os quais a PJ mudou o seu desenvolvimento inicial de one stop, por exemplo a investigação, análises forenses, resolução dos casos, para uma distribuição de forma mais pormenorizada e específica em diversos departamentos. Portanto, a Divisão de Prevenção e Combate aos Crimes relacionados com o Jogo foi elevada a Departamento, que inclui a Divisão de Investigação de Crimes relacionados com o Jogo, Divisão de Investigação de Crimes Económicos, Divisão de Investigação de Crimes de Branqueamento de Capitais e Divisão da Investigação de Crimes Informáticos; o Departamento de Ciências Forenses compreende a Divisão de Peritagem de Ciências Forenses, Divisão de Apoio Técnico de Ciências Forenses e Divisão de Inspecção ao Local do Crime; do mesmo modo, a Divisão de Informações também passou para Departamento; para além disso, criou-se o novo Departamento de Coordenação de Informática e Telecomunicações. A estrutura orgânica foi alargada para 7 105

Departamentos e 20 Divisões, assim o quadro do pessoal passou de algumas centenas para 1356 funcionários. Durante estes 10 anos, a PJ transformou-se de uma estrutura muito simples por uma muito mais complexa, onde efectuou mudanças cuidadosas, por forma a satisfazer as necessidades resultantes do rápido desenvolvimento da sociedade e da complexidade do crime, fazendo com que o seu pessoal possa ser distribuído nos lugares devidos e trabalhar nos vários departamentos específicos. Entretanto, a atribuição do posto fixo é a chave da relação harmónica, em que é criada uma certa ordem para evitar confusões. Assim, a ocupação do lugar devido é o principal factor para o pessoal estar satisfeito na sua carreira, e com esta satisfação podese manter a estabilidade da ordem e carreira. Para criar a satisfação na carreira é necessário atingir um ponto de equilíbrio, nem mais nem menos, isto é, se a capacidade do indivíduo for insuficiente, este não consegue assumir as responsabilidades atribuídas do cargo, consequentemente, este poderá sentir-se inseguro, levando a uma quebra na carreira. Apenas com equilíbrio é possível dar ao pessoal os lugares certos, obtendo satisfação nas suas carreiras conseguindo-se assim alcançar uma relação harmónica. A única maneira para manter o ambiente de trabalho dos departamentos em harmonia, é saber distribuir funções ao pessoal competente para que este se sinta confortável no trabalho, mas como é que podemos pôr em prática este conceito na gestão da PJ. A interiorização tornase um padrão individual e ajuda a lidar com as coisas, desenvolvendo-se a partir da formação da ética profissional, onde se cria a satisfação na carreira, no lugar mais próprio, do pessoal dos vários níveis, de modo a dar o seu melhor, fielmente, nos seus postos, para construir uma relação amigável dentro da equipa. (III) PROMOVER A HARMONIA ATRAVÉS DO ESFORÇO COLECTIVO Para que haja um ambiente interno amigável e de qualidade, a equipa policial necessita do esforço de todos, se cada funcionário ajudar e tolerar os outros, a distância entre as pessoas será encurtada, criando assim, um ambiente de harmonia. Tendo em conta que a harmonia de uma entidade é constituída pela ordem e organização de todas as componentes, para que estas estejam nos lugares certos, assim como para manter um desenvolvimento saudável, deve-se defender o conceito organizacional e exigir que o pessoal obedeça. A direcção da entidade deve saber claramente a posição das subunidades, coordenando a relação interdepartamental, por forma a distribuir tarefas adequadas. As chefias das subunidades precisam de compreender plenamente qual é a sua posição, obtendo satisfação na sua carreira. A satisfação na carreira não é a simples obediência à entidade, o mais importante é saber aproveitar a sua posição, desempenhando as próprias funções e fazendo todos os esforços para contribuir ao desenvolvimento da entidade. Desta forma, cada uma das partes constituintes consegue obter o que quer, procurando desenvolver as suas capacidades dentro da equipa. Porém, por vezes, durante o processo de desenvolvimento, é possível que uma das partes seja prejudicada para proteger os interesses da entidade, neste caso, é fundamental a obediência às políticas escolhidas. Relativamente ao funcionamento, sem dúvida que a unificação e centralização são factores muito importantes, mas a verdadeira unificação e centralização não se podem traduzir simplesmente por unificação da vontade ou modos, deve ser a unificação do lugar devido e satisfação na carreira. 106

As subunidades, também devem ocupar os seus devidos lugares, consequentemente, obter satisfação na carreira, esta relação é concretamente presente nos direitos e atribuições das subunidades. As subunidades possuem os seus próprios direitos e atribuições, ou seja, ocupam os lugares mais próprios, todos devem respeitar as competências dos outros, não podendo ultrapassá-las e intervir violentamente nas atribuições de outrem, nem considerar-se poderosos e infalíveis e prejudicar o trabalho, a isso nos referimos quando se fala em satisfação na carreira. De facto, a tolerância para aqueles que estão a trabalhar na mesma equipa policial é muito importante, uma equipa policial harmónica precisa de uma coexistência amigável entre os funcionários das diversas classes, como diz a prosa da Última Refeição do Qin Mu: as pequenas partes já estão feitas, a seguir é necessário criar a harmonia, e com base nisso constituir uma entidade de boa qualidade. IV. ATRAVÉS DA COMUNICAÇÃO E COORDENAÇÃO PROCURA-SE CONVIVER EM HARMONIA SEM TER QUE CONCORDAR CEGAMENTE A PJ atribui grande importância ao espírito de equipa, por isto tem apostado, a longo prazo, na formação da ética profissional e tem promovido um ambiente de trabalho em harmonia, neste aspecto, conseguiram-se bons resultados. Mas, mesmo assim, é necessário ainda o esforço do pessoal para criar um mecanismo harmónico profundo, fazendo com que os funcionários se sintam contentes com o trabalho e satisfeitos nas suas carreiras, por forma a manter a harmonia através da comunicação e coordenação. A harmonia procura a coordenação para resolver as divergências, a unificação das discordâncias, acordos nos confrontos, coexistência dos conflitos, de modo a manter o estado harmonioso da equipa policial. Confúcio disse: Um espírito nobre procura conviver em harmonia sem ter que concordar cegamente, e um espírito vil aceita cegamente tudo, mas sem harmonia, daí apercebemos claramente quais são as regras que diferenciam um cavalheiro de um vilão, utilizadas como guias e princípios básicos para resolver as relações interpessoais e opiniões divergentes. Traduzidas em outras palavras conviver em harmonia sem ter que concordar cegamente, significa que perante os superiores, não é preciso concordar em tudo, especialmente quando estes não mostram a mínima consideração, devem-se expor as próprias opiniões para que as decisões possam ser mais completas, perante os subordinados devem-se recolher e ouvir as diferentes opiniões, convivendo em harmonia com os que têm diferentes pontos de vistas, sobretudo aprender uns com os outros através dessa troca. O contrário, ou seja aceitar cegamente tudo, mas sem harmonia é aceitar qualquer coisa que seja dita por um superior, sem expor qualquer opinião diferente, os subordinados, neste caso, apenas podem concordar com as ideias do chefe, não lhes sendo admitida qualquer oposição, sob pena de serem excluídos do grupo. No entanto é claro que a aceitação cega de tudo não leva ao convívio harmónico, apenas com a inclusão das diferentes opiniões é que se consegue trabalhar de forma pacífica. As chefias da equipa policial não necessitam de entrar em conflitos com os seus subordinados, muitas vezes é só uma questão de procurar pontos comuns onde há divergências, desta forma é possível alcançar uma relação harmónica, portanto, o essencial é esforçar-se a nível de contacto humano e carinho, aumentar a coesão interna, 107

bem como colaborar no esforço colectivo para completar os objectivos da equipa policial. O contacto eficaz entre os indivíduos que compõem a equipa policial é da responsabilidade de cada um dos membros, as chefias devem servir de exemplo, tomando iniciativa nestas acções. A direcção da PJ para melhor contactar com os funcionários das diferentes carreiras, criou vários meios de comunicação, tais como, a caixa de recolha de opiniões, um dia para o encontro semanal de diálogo directo com o Director, no sentido de dar a oportunidade aos trabalhadores de ter uma comunicação directa com os superiores, assim como tem realizado inúmeras actividades recreativas, por exemplo concursos de fotografias e passeios, com as quais se pretende incentivar o pessoal a fazer desporto e praticar actividades saudáveis nos tempos livres, aproveitando para divulgar a mensagem Através do carinho estabelecer uma relação de amizade. Todas estas acções, exercem efeitos positivos no pessoal da PJ, sendo estes muito mais focados em alcançar resultados excelentes, por outro lado, diminui os desentendimentos, melhorando as relações interpessoais, de modo a criar um ambiente mais harmónico. O professor J. Sterling Livingston, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos da América, publicou um texto, em 1988, chamado Pygmalion in Management, sobre a administração, onde considera que os desejos das chefias sobre o desempenho das funções dos subordinados podem influenciar a sua atitude em como lidam com o seu chefe, ou melhor, se o chefe incentiva os seus subordinados dizendo que estes são capazes de assumir determinadas tarefas com sucesso, naturalmente, conseguirão obter melhores resultados do que se esperava, pelo contrário, se a técnica usada for inadequada, poderá fazer com que haja más influências no trabalho executado, fazendo com que o pessoal não valorize devidamente as suas capacidades. Por isso, se as chefias souberem incentivar os seus subordinados, estes estarão mais confiantes das suas potencialidades e melhorará também a qualidade do trabalho. Como podemos ver, há uma relação interactiva entre as chefias e seus subordinados, uma relação que faz depender um do outro, onde não há contradição mas coexistência, desde que ambas as partes estejam satisfeitas com o lugar que ocupam, pode alcançar-se uma relação harmónica. Resumindo e concluindo, para criar uma equipa policial em harmonia, é necessário desenvolver plenamente os talentos individuais, reunir as forças da equipa policial, assim como manter o bom desenvolvimento e competitividade da polícia. Bibliografia: 1. 2. 3. 4. Autor Qianxun, Método do Posicionamento de Forma Harmónica, página electrónica do Ren Min Zi Ran. Zhongyong, melhores extractos em vernáculo chinês. Autor Meiyuan, Espírito nobre procura conviver em harmonia sem ter que concordar cegamente, página electrónica do Baidu. Efeito Pigmaleão, página electrónica Bokelai. 108