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Coordenação geral Kennya Beatriz Siqueira Alziro Vasconcelos Carneiro

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Figura 1 Principais índices de inflação, em variação % jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14

Transcrição:

Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 22 nº 255 Agosto - 2016 Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP COM ALTA DE 13% NO MÊS, PREÇO AO PRODUTOR ATINGE RECORDE REAL A baixa oferta de leite no campo segue impulsionando o preço ao produtor e também dos derivados no atacado. Em julho, o valor médio bruto pago ao produtor (que inclui frete e impostos) foi de R$ 1,4994/litro, alta expressiva 12,9% em relação a junho/16 e de 30,7% frente a julho/15, segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Essa é a maior média real da série do Cepea, iniciada em 2000 (valores foram atualizados pelo IPCA). O valor atingido em julho surpreendeu agentes do mercado leiteiro, visto que ultrapassou os históricos patamares elevados verificados em 2013, ano de demanda aquecida. Estas médias são ponderadas pelo volume captado nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA. alega que o preço do UHT já teria atingido um limite de aceite por parte do consumidor final. A oferta de matéria-prima, no entanto, está limitada, obrigando indústrias a reduzirem os valores do derivado mais consumido no País e repassar o aumento a outros produtos de menor liquidez. Essa pesquisa sobre o segmento de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas do estado de São Paulo e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Gráfico 1: ICAP-L/Cepea Índice de Captação de Leite JUNHO/16. (Base 100=Junho/2004) A alta nos preços ao produtor em julho foi verificado mesmo com o ligeiro aumento da captação pelas indústrias em junho. De acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea), o volume comprado pelos laticínios cresceu 1,42% em junho, sendo impulsionado especialmente pela produção do Sul do Brasil. Nessa região, produtores forneceram, em média, 5,9% a mais de leite no comparativo com o mês anterior. Este avanço na produção se deve às forragens de inverno. Mesmo com as geadas que prejudicaram algumas bacias leiteiras, as forragens conseguiram dar suporte para a alimentação dos animais neste período de altos custos dos concentrados. Para agosto, a expectativa de representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea é novamente de alta nos preços, devido à baixa disponibilidade de matéria-prima. Entre os entrevistados, 89,1%, que representam 98,5% do volume amostrado, acreditam em nova alta nos preços do leite em agosto, enquanto o restante (10,9% que correspondem 1,5% do volume) acredita em e s t a b i l i d a d e n a s c o t a ç õ e s. N e n h u m d o s colaboradores consultados estima queda de preços para o próximo mês. No segmento de derivados, o leite UHT no mercado atacadista do estado de São Paulo seguiu em alta, com a média a R$ 4,0003/litro em julho, novo patamar recorde no ano, a elevação já é de expressivos 73,2%. Na última semana de julho, no entanto, esse derivado se desvalorizou 6,4%. O queijo muçarela registrou forte alta mensal de 17,3% (ou de 3,16 reais/kg), a R$ 21,47/kg em julho também novo recorde da série do Cepea. Grande parte dos atacadistas consultados pelo Cepea PANORAMA pág. 05 pág. 06 pág. 07 Exportação sobe 14% em julho, mas ainda fica 71% abaixo da de 2015 Preços têm novas altas em julho, mas sinalizam queda para agosto Normativa pode elevar importação e reduzir competitividade interna MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA

Fonte: Cepea JULHO/16 JUNHO/16 Sul / Sudoeste de Minas 1,6125 1,3551 1,5740 1,6963 1,5274 1,6485 1,5089 1,5321 1,7774 1,6764 1,5802 1,5779 1,5450 1,4498 1,5282 1,7692 1,6371 1,7745 1,8519 1,5126 1,6939 1,6833 1,7512 1,6863 1,2185 1,4313 1,3620 1,6227 1,3027 0,9580 1,2430 1,3063 1,1228 1,2779 1,3561 1,1969 1,0086 1,3016 1,2782 1,2642 1,4530 1,3259 1,2842 1,4630 1,2249 1,3730 1,0054 1,2008 1,2689 1,3169 1,2914 1,2791 1,0867 1,1248 1,0855 1,2665 1,4645 1,2397 1,4264 1,5352 1,3834 1,4967 1,4844 1,4252 1,5401 1,5027 1,4710 1,4772 1,5000 1,3822 1,4529 1,6741 1,4693 1,6290 1,4948 1,4233 1,5419 1,6017 1,6772 1,6073 1,1490 1,2759 1,2256 1,4994 1,4810 1,2603 1,5024 1,5850 1,3850 1,5363 1,4704 1,4184 1,6112 1,5486 1,4730 1,4659 1,4518 1,3765 1,4266 1,6121 1,5410 1,6152 1,7240 1,4344 1,5710 1,5429 1,6173 1,5519 1,1392 1,3083 1,2683 1,5132 1,1781 0,8722 1,1457 1,2038 0,9895 1,1707 1,3208 1,0908 0,8597 1,1811 1,1774 1,1590 1,3600 1,2545 1,1874 1,3127 1,1512 1,2281 0,8965 1,1296 1,1586 1,1849 1,1678 1,1538 1,0099 0,9994 0,9933 1,1601 1,3363 1,1475 1,2896 1,4275 1,2442 1,3846 1,4464 1,3140 1,3793 1,3781 1,3660 1,3673 1,4068 1,3100 1,3573 1,5191 1,3834 1,4740 1,3749 1,3251 1,4199 1,4641 1,5449 1,4749 1,0720 1,1502 1,1322 1,3813 jul/jun 16,97% 8,63% 15,29% 10,52% 13,77% 10,21% 10,37% 10,80% 24,40% 24,47% 16,85% 17,56% 10,90% 12,65% 12,43% 12,94% 16,23% 12,99% 8,14% 6,09% 11,49% 14,15% 14,75% 14,08% 8,01% 24,65% 15,25% 12,94% jul/jun 18,78% 9,35% 14,11% 11,22% 15,11% 11,00% 10,63% 10,56% 27,37% 25,41% 17,38% 19,04% 11,71% 13,39% 13,46% 14,09% 17,18% 14,56% 8,93% 5,99% 12,37% 15,40% 16,19% 15,46% 8,60% 22,10% 14,07% 13,54% Fonte: Cepea Preços em estados que não estão incluídos na média Brasil - RJ, MS, ES e CE 1,4562 1,5029 1,4479 1,3626 1,3254 1,3518 1,6275 1,5287 1,4112 1,4304 1,3283 1,3254 0,9007 1,4499 1,1549 1,0918 1,0219 1,0704 1,4618 1,2315 1,1723 1,2273 1,1447 1,1312 1,3100 1,4798 1,3481 1,2923 1,1984 1,2480 1,5215 1,4041 1,3201 1,3259 1,2284 1,2286 1,3870 1,3708 1,3660 1,2372 1,2244 1,2310 1,5148 1,4340 1,3211 1,3381 1,2664 1,2462 0,8439 1,3190 1,0780 0,9725 0,8834 0,9384 1,3532 1,1429 1,0902 1,1396 1,0538 1,0523 1,2440 1,3482 1,2709 1,1742 1,0559 1,1137 1,4114 1,3119 1,2439 1,2360 1,1650 1,1546 4,27% 11,35% 11,48% 14,48% 10,40% 13,30% 8,71% 9,15% 7,26% 8,88% 8,99% 12,70% 4,23% 12,23% 11,96% 13,79% 11,87% 14,06% 14,19% 12,09% 8,31% 9,12% 9,53% 13,80% Equipe Leite: Wagner Hiroshi Yanaguizawa - Pesquisador Projeto Leite Natália Salaro Grigol, Ana Paula Negri, Raphael Denys Fava, Marianne Tufani Batista, Aline Figueiró dos Santos e Juliana Cristina Santos Equipe Grãos: Lucilio Alves - Pesquisador Projeto Grãos Ketlyn H. Accorsi, André Sanches, Stefani Morera, Camila Pissinato, Débora Kelen P. da Silva, Rafaela Moretti Vieira e Yasmin Pascoal Wagner Hiroshi Yanaguizawa Pesquisador Projeto Leite Alessandra da Paz - Mtb: 49.148 D Paola Miori - Mtb: 49.146 Bruna Sampaio - Mtb: 79466 Nadia Flávia Romanelli Zanirato - - Mtb: 81086 27540

EVOLUÇÃO DO CUSTO OPERACIONAL EFETIVO (COE) E DO PREÇO DO LEITE EM

ESTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS E ALTA DO LEITE FAVORECEM PODER DE COMPRA DO PRODUTOR Por Raphael D. Fava, Analista de Mercado, equipe Leite Cepea Após permanecer em forte alta desde o início do ano, o COE (Custo Operacional Efetivo) da pecuária de leite estabilizou em julho, com pequena alta de 0,1% sobre o mês anterior, na média Brasil (que engloba os estados de GO, BA, SP, MG, PR, SC e RS). Esse resultado combinado à expressiva valorização de 13,5% do leite também em julho elevaram o poder de compra de produtores. Entre os insumos analisados pelo Cepea, o grupo forrageiras perenes registrou queda de 4,1% de junho para julho, na média Brasil. Para os grupos de silagem e forrageiras anuais, as variações foram negativas em 1,4% e 3,2%, respectivamente. No estado de Minas Gerais, em julho, foram necessários 722 litros de leite para a aquisição de uma tonelada de Ureia, 18% menos que em junho e 54% menos que no mesmo período do ano passado. Do Herbicida 2-4D, foram necessários 31 litros de leite para comprar um litro do insumo, respectivas baixas de 11% e 21%, em iguais comparativos. Por outro lado, o grupo medicamentos subiu ligeiro 0,6% entre junho e julho. Para suplementação mineral e concentrados, a variação foi positiva em 0,5% - todos na média Brasil. Apesar das altas, houve uma melhora de 17%, em média, no poder de compra do produtor de leite mineiro em julho, frente aos insumos que compõem esses grupos (oxitetraciclina, ivermectina, sal mineral 80 g de P e concentrado de 22% de PB). Mesmo com os ganhos no poder de compra, pecuaristas leiteiros vêm se mantendo cautelosos, já que, nesse período, as pastagens são prejudicadas pelas baixas temperaturas e pelo clima mais seco. Nesse cenário, o produtor precisa suplementar o gado com concentrado, insumo que se mantém em elevados patamares. As altas de preços do leite, por sua vez, já são esperadas para esta época de entressafra. Gráfico 1 Evolução da relação de troca do estado de Minas Gerais, base 100 dez/2015. 866,3 litros/tonelada 1008,0 litros/tonelada 10,4 litros/frasco 50 ml 838,2 litros/tonelada 927,2 litros/tonelada 9,9 litros/frasco 50 ml 733,0 litros/tonelada 751,1 litros/tonelada 8,5 litros/frasco 50 ml (130g de Fósforo) 5,2 litros/frasco 10 ml 77,0 litros/sc 25 kg 39,3 litros/litro de herbicida 5,0 litros/frasco 10 ml 73,3 litros/sc 25 kg 37,4 litros/litro de herbicida 4,5 litros/frasco 10 ml 64,5 litros/sc 25 kg 33,0 litros/litro de herbicida

EXPORTAÇÃO SOBE 14% EM JULHO, MAS AINDA FICA 71% ABAIXO DA DE 2015 Por Natália Salaro Grigol e Ana Paula Negri, analistas de mercado da Equipe Leite Cepea-Esalq/USP As exportações brasileiras de derivados lácteos atingiram 17,8 milhões de litros em equivalente leite em julho, 14% a mais que no mês anterior, mas 71,3% abaixo do volume embarcado no mesmo período do ano passado (jul/15), segundo dados da Secex. Os principais destinos continuam sendo Venezuela, Estados Unidos e Angola. Em receita, foram obtidos US$ 13 milhões ou R$ 42,5 milhões em julho, aumento de 23% em relação a junho na moeda norte-americana e de 18,4% em Reais. Já no comparativo com jul/15, o faturamento tanto em dólar como em Reais caiu expressivos 71%. As vendas externas de leites em pó¹ aumentaram 25% no comparativo mensal, somando 10,49 milhões de litros em equivalente leite. O volume correspondeu a 59% do total de lácteos exportados pelo Brasil em julho. Praticamente toda a quantidade de leites em pó foi adquirida pela Venezuela (97,7%). O preço médio do produto embarcado pelo Brasil foi de US$ 5,41/kg, praticamente inalterado frente ao mês anterior (leve alta de 0,1%). Para o leite fluido, os embarques cresceram ainda mais de junho para julho, em expressivos 44%, enquanto o aumento no volume exportado de leite condensado se limitou a 3%. Por outro lado, as vendas externas de queijos² caíram 3%, devido às menores quantidades enviadas à Rússia, Paraguai e Chile. As importações de todos os derivados lácteos, com exceção dos queijos, caíram em julho. Foram comprados 178,5 milhões de litros em equivalente leite, volume 6,5% menor que o adquirido no mês anterior, mas 117% maior que o de julho/15. O forte aumento no comparativo anual se deve à menor produção brasileira de leite nesta temporada. Do total de leites em pó adquirido pelo Brasil em julho, 79% tiveram como origem o Uruguai, com incremento de 1% no volume importado em relação ao mês anterior. A Argentina foi responsável por 19,5% do total do derivado embarcado para o Brasil, queda de 9% se comparado a junho/16. O preço do leite em pó importado pelo Brasil subiu 6% de junho para julho, de US$ 2,43/kg para US$ 2,57/kg. De acordo com pesquisas realizadas pelo Cepea, o leite em pó nacional foi comercializado na primeira quinzena de julho (último dado disponível) a US$ 5,59/kg (R$ 18,38/kg), o dobro do derivado importado. Jul/16 Total Leite em pó (integral e desnatado) Leite condensado Queijos Leite modificado Leite fluido 17.762 3.289 1.874 1.354 740 Tabela 1 - Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹ Jun/16 - Jul/16 (%) Participação no total exp. em Jul/16 Jul/16-Jul/15 (%) 14% 3% -3% -6% 44% - 19% 11% 8% 4,2% -71,3% 10.491 25% 59% -80% -27% -14% 106% -7% Total de jan - julho/16 frente ao mesmo período de 2015: -43% Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite Jul/16 Total Leite em pó (integral e desnatado) Queijos Manteiga Soro de leite² (mil kg) 178.496 40.190 1.029 3.178 Total de jan - julho/16 frente ao mesmo período de 2015: 66% Tabela 2 - Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹ Jun/16 - Jul/16 (%) Participação no total imp. em Jul/16 Jul/16-Jul/15 (%) -6,52% 3,94% -32,59% 19% - 22,5% 0,6% - Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litros 117% 135.777-8,83% 76,1% 126% 102% 103% 93% ¹A categoria leites em pó considera os seguintes NCM definidos pela Secex: 04021010; 04022110; 04021090. ²A categoria queijos considera os seguintes NCM definidos pela Secex: 04061010; 04061090; 04062000; 04063000; 04064000; 04069010; 04069020; 04069030; 04069090.

PREÇOS TÊM NOVAS ALTAS EM JULHO, MAS SINALIZAM QUEDA PARA AGOSTO Por Juliana Cristina dos Santos, graduanda em Ciências dos Alimentos Os preços do leite UHT e do queijo muçarela seguiram em alta em julho, atingindo novos recordes reais. A média do longa vida foi de R$ 4,00/litro, aumento de 9,7% em relação ao mês anterior e de expressivos 52,6% sobre o mesmo período do ano passado. Para a muçarela, as valorizações foram de 17,3% 42,5%, respectivamente, com o quilo do produto cotado a R$ 21,47. A primeira quinzena do mês foi marcada por forte pressão dos consumidores diante dos altos patamares de preços dos derivados lácteos. O período de férias escolares reforçou a queda na demanda. Assim, para conseguir escoar os estoques acumulados, vendedores reduziram os valores ao longo de julho. O movimento de queda, porém, foi observado a partir na segunda quinzena e não superou os aumentos anteriores. Para o queijo muçarela, especificamente, as desvalorizações ocorreram mais ao final do mês, influenciadas pela baixa procura e pelas cotações do leite UHT. Já para agosto, a pesquisa no atacado de São Paulo sinaliza tendência de constantes quedas nos preços dos derivados acompanhados. Essa pesquisa conta com o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Preços médios do leite UHT e da muçarela em JULHO nos atacados do estado de São Paulo em Jul/16 Jul/15 Jun/16 R$ 4,00/litro R$ 21,47/kg 52,57% 42,51% 9,67% 17,29% Fonte: Cepea - OCB. Nota: Médias mensais obtidas de cotações diárias.variação em termos nominais, ou seja, sem considerar a inflação do período. COTAÇÕES DOS DERIVADOS NOS ATACADOS EM JUNHO Por Aline Figueiró Santos, graduanda em Ciências Econômicas Preços médios (R$/litro ou R$/kg) praticados em JUNHO e as variações em relação ao mês anterior Media Nacional 2,35 3,46 15,1% 27,0% 2,15 3,24 9,4% 19,8% 2,15 3,14 7,8% 26,2% 2,04 3,16 5,0% 16,7% 2,32 3,48 11,0% 23,3% 2,20 3,30 9,75% 22,5% 19,25 14,5% 20,63 8,6% 20,41 14,8% 17,93 6,8% 21,12 14,4% 19,87 11,8% 20,23 19,1% 20,01 7,8% 19,52 17,3% 17,82 6,6% 19,14 12,2% 19,34 12,5% 20,01 4,9% 20,78 10,5% 20,17 8,1% 20,93 9,6% 20,48 9,4% 20,47 8,5% 17,74 2,8% 16,00 3,4% 15,54 8,6% 15,58 8,2% 16,85 9,4% 16,34 6,3% Fonte: Cepea/ESALQ-USP

NORMATIVA PODE ELEVAR IMPORTAÇÃO E REDUZIR COMPETITIVIDADE INTERNA Por Aline Figueiró dos Santos¹, Juliana Cristina dos Santos² e Marianne Aline Tufani Batista² Graduanda em Ciências Econômicas¹, Ciências dos Alimentos² A Instrução Normativa (IN) nº 26 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que autorizou, pelo período de um ano, as indústrias de laticínios da região da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a reconstituir leite em pó para a produção de leite longa vida (UHT) e leite pasteurizado, pode elevar ainda mais as importações de leite em pó. Segundo colaboradores do Cepea, um incremento nas aquisições prejudicaria a competitividade do produto nacional ao setor, que já enfrenta custos elevados. Embora existam cotas e tarifas que limitam as compras brasileiras de alguns países, o Brasil importa quantidade significativa de leite em pó para atender à demanda doméstica. Além da baixa oferta interna, os preços externos mais atrativos que os praticados no País favorecem as importações. Por outro lado, o processo de reconstituição do leite em pó pode ser limitado pela inexistência de infraestrutura adequada em algumas empresas. Quanto aos preços, a possível pressão causada pelo aumento nas importações deve se limitar ao mercado do Nordeste, na avaliação de agentes consultados pelo Cepea. A criação da normativa está relacionada à queda na oferta de leite, decorrente do clima seco, e aos consequentes aumentos de preços. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) posicionou-se contrária à IN 26. Para a entidade, a reconstituição do leite em pó favorece, sobretudo, os interesses da indústria de laticínios, atraída pela valorização do UHT, rejeitando as manifestações contrárias do segmento da produção primária. A medida, que revoga o artigo 6º da Portaria nº196, elaborada em 1994, que desautoriza a reconstituição do leite em pó para o processamento de leite fluido, teria causado descontentamento não só de produtores do Nordeste, mas de todo o País. Assim, conforme a CNA, a nova norma pode acarretar na saída de muitos produtores da atividade leiteira, em vez de assegurar a produção doméstica de maneira a atender à população.

MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA Ketlyn Hevelise Accorsi e Débora Kelen Pereira da Silva MILHO: Preços voltam a subir com força em plena colheita Em julho, o preço do milho voltou a subir, impulsionado pela retração de produtores em pleno período de colheita da segunda safra. A quebra de 18% na produção estimada pela Conab e as expectativas de maiores preços no futuro foram os principais fatores que embasaram essa retração. A Companhia estimou, em julho, produção nacional da safra 2015/2016 em 69,14 milhões de toneladas, cerca de 7 milhões de toneladas menor que o estimado em junho. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, de junho para julho, os preços subiram expressivos 7,7% no mercado de balcão (preço recebido pelo produtor) e 12,3% no de lotes (negociação entre empresas). Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa se recuperou significativos 16,8%, a R$ 48,21/sc de 60 kg no dia 29. A média mensal foi de R$ 44,61/sc, redução de 9,2% em relação ao mês anterior. No campo, o tempo seco ao longo do mês favoreceu o ritmo acelerado da colheita, que entrou na fase final. No Paraná, o Seab/Deral estima que 65% da área total do estado já havia sido colhida até o dia 25 de julho. Em Mato Grosso, o Imea estima que a colheita tenha atingido 85% da área total do estado até o encerramento do mês. As comercializações também finalizaram o mês em estágio avançado, com 43% da produção do estado paranaense e 68,93% do mato-grossense já comprometida. Nesse cenário, os contratos do cereal na BM&FBovespa voltaram a reagir também. No acumulado do mês, os contratos de Set/16 e Nov/16 foram os que apresentaram as altas mais significativas, de 18,9% e 11,5% respectivamente, a R$ 47,32/sc e R$ 48,60/sc, respectivamente, no dia 29. FARELO DE SOJA: Margem reduzida leva parte das indústrias a parar processamento A oferta de farelo de soja aumentou no Brasil em julho, já que a demanda externa esteve enfraquecida. Com isso, indústrias sinalizam paralisar o processamento do grão a partir de agosto, alegando margem reduzida. Parte dos representantes das indústrias indica que, antes dessa interrupção, será esmagado volume suficiente para garantir o abastecimento do mercado doméstico. A maioria dessas indústrias pretende voltar ao mercado apenas na próxima safra, enquanto algumas unidades devem retomar o processamento em setembro. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços do farelo de soja recuaram expressivos 8,2% entre junho e julho. Mesmo assim, se comparados a julho/15, os valores do derivado subiram 31,5% em julho/16. No segmento de exportação, o Brasil embarcou 1,38 milhão de toneladas de farelo de soja em julho, volume 11,5% inferior ao de junho. Mas, nos primeiros sete meses de 2016, as vendas externas do derivado brasileiro somaram 9,8 milhões de toneladas, quantidade 8,7% superior à do mesmo período de 2015. O preço médio pago pelo farelo de soja em julho foi de R$ 1.318,24/tonelada, 6,18% maior que o de junho. SP 2016 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho 41,65 42,98 47,79 48,92 51,48 49,12 44,61 1.335,78 1.188,99 976,13 979,18 1.274,01 1.450,81 1.361,50 Para receber o Boletim do Leite digital, encaminhe-nos um e-mail para leicepea@usp.br com os seguintes dados: nome, e-mail para cadastro, endereço completo e telefone Contato: leicepea@usp.br Acompanhe mais informações sobre o mercado de leite em nosso site: www.cepea.esalq.usp.br/leite