OBSERVAÇÃO DAS ATIVIDADES DO/A PEDAGOGO/A: NO ESPAÇO EDUCATIVO NÃO FORMAIS: AVALIAÇÃO REALIZADA NA IGREJA COMUNIDADE DE CRISTO



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Transcrição:

OBSERVAÇÃO DAS ATIVIDADES DO/A PEDAGOGO/A: NO ESPAÇO EDUCATIVO NÃO FORMAIS: AVALIAÇÃO REALIZADA NA IGREJA COMUNIDADE DE CRISTO Patrícia Rachel Fernandes Costa 1, Lia De Abreu Borges Carminhola 2, Daniela Cunha Terto 3, 1,2 Graduanda em Pedagogia, Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 3 Centro de Educação, Departamento De Práticas Educacionais e Currículo Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Lagoa Nova CEP59078-970 Natal/ RN, Brasil Eixo VI Educação e Movimentos Sociais: ações educativas em ambientes não escolares; E-mail: nino_paty@hotmail.com.br INTRODUÇÃO Que destino os educadores darão à Pedagogia?. A partir desse questionamento, Libâneo (1999) convida a refletir sobre a formação do pedagogo, seus espaços potenciais de atuação e as mudanças curriculares relativas à profissão. A observação das várias atividades educativas em nossa sociedade corresponde a diversos conhecimentos pedagógicos envolvidos, que são, por excelência, intencionais. Nesse sentido, compreende-se, portanto, que [...] em todo lugar onde houver uma prática educativa com caráter de intencionalidade, há aí uma pedagogia (LIBÂNEO, 2001, p. 116). Nessa perspectiva a educação não-formal, constituindo-se enquanto modalidade de prática educativa, é um processo que ultrapassa as barreiras da escola, sendo marcado por intencionalidades tanto educativas quanto políticas e sociais, intencionalidades essas que permitem que o pedagogo conheça a identidade e as necessidades dos educandos atendidos, bem como da sua

comunidade. Esse reconhecimento de quem está sendo ensinado e de para que se está ensinando influi na maneira como se dá a prática pedagógica nos diferentes espaços de educação não-formal, se comparada à prática das escolas, tanto no processo de ensino-aprendizagem quanto no desenvolvimento social e emocional do educando. No presente estudo, com a necessária delimitação do foco de pesquisa de um espaço não-formal de educação, foi escolhido para a pesquisa, igreja Comunidade de Cristo ambiente que apresenta possibilidades e necessidades de atuação de um pedagogo. OBJETIVO O trabalho proposto tem por objetivo um maior aprofundamento sobre o que é ser um pedagogo em espaço não escolares. Sendo assim, visitamos a igreja Comunidade de Cristo com o intuito de mostrar através de uma pesquisa de campo a importância do ensino bíblico infantil. Nesta igreja entrevistamos uma estudante de pedagogia que é uma das voluntárias como professora na escola dominical e no cultinho. A partir dessa visita mostraremos que relações podem ser feitas entre o que vimos e o que foi estudado em sala de aula no curso de graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. METODOLOGIA Ao visitar a Igreja Comunidade de Cristo com a finalidade de mostrar como o pedagogo pode atuar em espaços não escolares. Foi realizada uma entrevista com a estudante de pedagogia do segundo período da UFRN, mas Já leciona há onze anos na igreja. Sendo assim, a recente entrada no mercado de trabalho e no curso de pedagogia tem enriquecido bastante sua experiência como profissional e na prática docente na sua igreja. Basicamente a professora da escola dominical e do culto infantil é responsável por passar o conteúdo bíblico de forma simples e dinâmica, já que o tempo de aula é muito curto. Neste ambiente a profissional não apenas tem a reponsabilidade de ensinar conteúdos bíblicos, mas também de avaliar outros aspectos relacionados ao discente. (Ver anexo 1). Sendo assim, o domínio do conteúdo bíblico a ser ministrado é de fundamental importância, porém mesmo

com tais conhecimentos é imprescindível que o docente saiba passar o conteúdo de forma clara e dinâmica fazendo uso dos conhecimentos pedagógicos. Nesse caso a professora não teve muitas dificuldades por ter iniciado tal função ainda muito jovem, ou seja, a formação inicial contribuiu nos conhecimentos teóricos posto que a mesma já fazia uso das questões práticas. Apesar de ser um trabalho desenvolvido na igreja o mesmo não tira em momento algum o mérito dos planejamentos de aula e de reflexão acerca das metodologias a serem utilizadas. Os professores se voltam para suas aulas com a mesma importância de qualquer outra aula ministrada em uma escola regular, pois sabem a importância que deve ser dada a tal prática. Como já falamos não existe um pré-requisito estipulado para exercer tal função. Na verdade a igreja busca pessoas comprometidas e que estejam disponíveis a servir em prol da comunidade. Além disso, o voluntário deve estar disponível para participar de reuniões, encontros e quaisquer outras propostas que possuam a finalidade de melhorar o trabalho realizado na igreja. Os planejamentos são feitos anualmente e semestralmente. Nele são discutidos quais conteúdos são mais adequados para cada faixa etária e de que maneira os professores podem alcançar seu objetivo de ensino da melhor maneira possível. Geralmente com as crianças menores são utilizados recursos como desenhos, pinturas, vídeos e com as crianças maiores, leituras dinâmicas, vídeos e discussões sobre os temas propostos. Existe sim uma equipe de trabalho constituída por representantes da igreja, a esposa do pastor lidera o trabalho juntamente com outros professores voluntários. No quadro docente existe uma grande variedade de pessoas que cursam ou são formadas em pedagogia ou em outras áreas. Sendo assim, os voluntários que possuem mais experiência na área docente ajudam na elaboração dos planos de aula e na formulação das avaliações das aulas (Anexo 1). Ou seja, para trabalhar nessa função a pessoa apenas precisa estar disposta a aprender e compartilhar experiências com a finalidade de sempre aprimorar suas práticas. A criação da avaliação das aulas (Anexo 1) chamou muito a nossa atenção. Na verdade não esperava que tal avaliação fosse utilizada nos ensino

bíblico justamente por não se tratar de uma escola regular. No texto Atuação do pedagogo em espaços não-formais: Algumas reflexões de Ana Silva e Marleide Perrude podemos ver claramente que a educação não ocorre apenas nas quatro paredes de uma escola regular e que o professor não é o único responsável por ensinar (Brandão 2006, p. 9), pois viver já é por si só uma aprendizagem diária e o convívio com amigos, pais e parentes possuem esse papel educativo também. Sendo assim, quando nos voltamos para uma educação em uma igreja, por exemplo, devemos ter em mente que esse espaço educativo também é de fundamental importância além de contribuir igualmente para o desenvolvimento do aluno como um todo. Ainda conhecendo um pouco mais sobre como funcionava o ensino para as crianças fomos informadas que a turma existente estava a três meses desenvolvendo um projeto lúdico na hora da escola dominical. Nele todas as crianças juntas com a equipe de professores estavam confeccionando uma arca de Noé. Ficamos impressionadas com qualidade e a habilidade das crianças, pois a arca estava excelente. Sendo assim, o trabalho foi mostrado a todos da igreja ao termino do culto e as crianças fizeram uma pequena apresentação mostrando através de slides fotos do passo a passo da sua construção e ainda fizeram uma pequena encenação teatral sobre a história de Noé. Dessa forma, podemos fazer um elo entre tal projeto lúdico e o texto Artefatos culturais usados por professores/as e alunos/as no cotidiano escolar como possibilidades de ressignificar o currículo onde o autor traz à tona a discussão sobre o uso de materiais auxiliares como revistas, vídeos, internet e etc. Como recursos capazes de tornar as aulas mais interessantes e ricas em conhecimentos. RESULTADOS E DISCUSSÃO O trabalho realizado foi de extrema importância para nós como estudantes de pedagogia, pois por meio dele pudemos desbravar outros conhecimentos que até então não sabíamos. Aquela visão de que o pedagogo só atua como docente em uma escola regular caiu por terra e novos horizontes se abriram para as muitas possibilidades de nossa atuação no mercado. Infelizmente em sala apenas recebemos a visita de pessoas que atuavam nas prisões e em projetos de extensão à escola regular (IINN-ELS), contudo

também lemos e discutimos sobre a atuação do pedagogo em ambientes hospitalares e no ramo empresarial. É interessante lembrar que os pedagogos atuam em espaços que educam e no decorrer desse semestre tivemos muitos aulas, apresentações de trabalhos e leitura de textos na própria disciplina de Práticas Pedagógicas Integradas II em outras disciplinas que nos mostravam quão amplo é a nossa atuação. Perceber que a rua é um espaço que educa, assim como, igrejas, grupos de escoteiros e muitos outros, é de fundamental relevância para que possamos observar esses locais com outro olhar. O mercado para os estudantes de pedagogia é muito vasto, sendo assim, é de extremo interesse para nós descobrirmos no decorrer do curso em que área e como desejamos atuar. Vimos também que há muitos concursos e que também devemos ir além dos conhecimentos solicitados atualmente, como é o caso da implantação de escolas bilíngues ou até trilíngues que têm exigido do professor não apenas conhecimentos tradicionais, mas também o domínio de outras línguas. Desta forma, dentre todos os assuntos estudados o que nos chamou mais atenção foi a grande tendência da inserção dos pedagogos em escola multilíngues e do árduo trabalho realizado por educadores em hospitais. Logo, quando estudamos sobre o multilinguíssimo na escola vimos o quanto o mercado tem se tornado globalizado e o quanto o mesmo tem exigido dos pedagogos se atualizarem. Vimos também o projeto implantado no Rio de Janeiro chamado Dupla Escola que abriu três escolas públicas bilíngues um português/inglês, outro português/ espanhol e por último português/ francês. Neste projeto os professores passaram por concurso e um dos muitos requisitos era a fluência e o domínio do idioma. Por esse motivo, muitos profissionais têm roubado nossas vagas por saberem o idioma, mas eles não estão preparados para lidar com as questões pedagógicas como é o caso da escola de um dos componentes do nosso grupo que a professora apenas dá aula na escola bilíngue por ser fluente, mas não tem o curso de pedagogia. CONCLUSÕES

Para finalizar, gostaríamos de dizer que fazer tal pesquisa foi de fundamental importância para que nós pudéssemos aprender mais sobre as práticas que ocorrem fora da escola e entender a suas respectivas importâncias. Portanto ao refletirmos sobre todos os textos, vídeos e até debates que foram feitos em sala chegamos à conclusão de que cada espaço educativo tem sua devida importância e que não podemos descartar nenhum deles. Ou seja, devemos respeitar e aprender o que cada local desses tem de melhor a fim de melhorarmos a nossas práticas e até transformarmos o espaço educativo que trabalhamos ou iremos trabalhar. REFERENCIAS BBLIOGRÁFICAS BEISIGEL, Celso de Rui. Estado e Educação Popular: um estudo sobre educação de adultos. SP: Pioneira, 1974. CARREIRA, Denise. Relatoria Nacional para o Direito Humano á Educação: Educações nas prisões brasileiras SP: Plataforma DHESCA Brasil, 2009. ; CARNEIRO, Suelaine. Educação e violência Armada: violação dos direitos educativos no Complexo Alemão (RJ) SP 2008. DEMO, Pedro. Idéias Prelimináres para uma política Penitenciária. In: Ministério da Justiça. Revista do Conselho Nacional de Políticas Criminal e Penitenciária Nº 1 1993. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, Paz e Terra 1987, RJ. LIBÂNEO, José C. Que destino os educadores darão à Pedagogia? In: PIMENTA, Selma Garrido. Pedagogia, Ciência da Educação?. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

SOUZA, João Francisco de (Org.). A Educação de Jovens e Adultos no Brasil e no mundo. Recife: UFPE- Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação de Jovens e Adultos e em Educação Popular (NUPEP), 2000. UNESCO/MEC/MJ, Educando para a liberdade: trajetória, debates e proposições de um projeto para a educações nas prisões brasileiras. Brasília DF 2009.