ENFERMAGEM FUNDAMENTOS E PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM Aula 11 Profª. Tatiane da Silva Campos
BRADICARDIA SINUSAL: Freqüências inferiores a 60bpm com presença da onda P numa relação 1:1 com complexos QRS. TAQUICARDIA SINUSAL: Freqüências superiores a 100 com ondas P preservadas e complexos QRS/P numa relação 1:1
TAQUICARDIA ATRIAL OU TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR A frequência entre 150-200 bpm. Pode ser precedida de uma extra-sístole atrial e produzir palpitações, angina e tonteiras por diminuição do tempo de enchimento ventricular. O primeiro cuidado é observar o pulso das grandes artérias, pois traduz a eficiência da bomba cardíaca. O tratamento com a manobra vagal é uma técnica que geralmente produz queda da FC.
Nos casos mais extremos é pertinente a tentativa da cardioversão elétrica. Freqüências muito altas. Não é possível visualização de ondas P. Presença de complexos QRS, pois a atividade ventricular encontra-se preservada, garantindo presença de pulso rápido.
FLUTTER ATRIAL Originada de um foco ectópico atrial que dispara em uma frequência de 250 350/min. Não apresenta onda P verdadeira e sim ondas F de FLUTTER, que são semelhantes por serem originadas de um único foco. Tem as mesmas características da fibrilação atrial, entretanto as ondas nos átrios são mais arredondadas, um pouco mais organizadas, entretanto não se visualizam as ondas P. Presença de compelxos QRS o que significa presença de pulso.
Pode produzir síndrome de baixo débito, sendo necessária a cardioversão elétrica.
FIBRILAÇÃO ATRIAL A frequência é totalmente irregular. Observa-se no traçado a ausência de onda P. Disparam estímulos com uma frequência de 400-800/min. A sintomatologia vai desde palpitações a sinais de baixo débito cardíaco, favorece a formação de coágulos. O tratamento é a cardioversão elétrica ou química.
TAQUICARDIA VENTRICULAR Normalmente precede a fibrilação ventricular e desencadeia descompensação hemodinâmica severa, progredirá rapidamente para uma parada cardíaca, pois freqüências muitos altas não são capazes de manter sístoles, necessitando de cardioversão elétrica. Caso não ocorra a descompensação, pode-se tentar a cardioversão química com lidocaína. No traçado observa-ser ritmo regular, freqüência de 140-200 bpm ou maior, inexistência de onda P e QRS alargado.
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR Acontece a geração de estímulos ventriculares em uma frequência tão alta que o período de recuperação do miocárdio desaparece, desta forma não há contração efetiva dos ventrículos, ocasionando uma parada do bombeamento de sangue. O paciente normalmente perde a consciência em segundos, pode acontecer convulsões devido à hipóxia e ausência de pulso. Observa-se um traçado caótico, sem definição de ondas.
É uma emergência, necessitando de desfibrilação elétrica. Observe que não há formação de complexos QRS, nem visualização de ondas P. Todo o gráfico encontra-se totalmente desorganizado. Esta atividade não é capaz de gerar pulso, portanto é uma modalidade de parada cardíaca, necessitando de desfibrilação imediata.